Economia

Espaço para debates sobre assuntos que não sejam relacionados a Chespirito, como cinema, política, atualidades, música, cotidiano, games, tecnologias, etc.
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 31 Jul 2019, 20:35

Coisas que acho que terá nesse acordo entre Brasil e Estados Unidos :

Brasil (em relação aos Estados Unidos) :
. reduzir os impostos dos games
. reduzir os impostos sobre produtos eletrônicos (entre eles smartphones)
. comprar mais trigo dos Estados Unidos (embora o Brasil já compre muito trigo da Argentina)
. comprar mais óleo diesel dos Estados Unidos
. comprar mais gás propano liquefeito dos Estados Unidos
. reduzir os impostos sobre produtos relacionados à informática
. reduzir os impostos sobre instrumentos musicais importados dos Estados Unidos

Estados Unidos (em relação ao Brasil) :
. comprar mais açúcar do Brasil e reduzir impostos e taxações
. comprar mais aço do Brasil e reduzir impostos e taxações
. comprar mais alumínio do Brasil e reduzir impostos e taxações
. comprar mais celulose do Brasil
. comprar mais semimanufaturados de ferro do Brasil
. comprar mais café do Brasil

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Re: Economia

Mensagem por E.R » 07 Ago 2019, 03:13

https://www.noticiasagricolas.com.br/vi ... UprPY5Ki1s

Com a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China , a expectativa é que as vendas de milho brasileiro venham a ser beneficiadas e tenha um aumento do volume exportado para a China em curto prazo.

Outro produto que o Brasil deverá vender mais para a China é a soja.

De acordo com o Analista da Agrosecurity Consultoria, Fernando Pimentel, a retaliação da China pegou o mercado dos Estados Unidos de surpresa. “Acredito que a China vai direcionar as compras para o Brasil, Argentina e Rússia. Atualmente, nós temos uma oferta abundante de milho e estamos no pico da colheita”, comenta.

Diante desse cenário, o analista salienta que os produtores rurais devem ficar atentos as boas oportunidades de comercializar o cereal. “O milho está competitivo e podemos ter um movimento muito rápido de exportação”, ressalta.
Uma coisa que a China poderia aproveitar já que vai comprar mais milho e soja do Brasil é pedir para o governo do Brasil diminuir os impostos de mais produtos chineses, sobretudo os celulares da Huawei, para que sejam massificadas as vendas de celulares chineses no Brasil.

Isso também poderia ser feito entre China e Argentina, já que os chineses também devem comprar mais produtos da Argentina a partir de agora. Na verdade, desde o final de 2018, que o comércio entre China e Argentina foi intensificado, mas com esses problemas entre China e Estados Unidos, essa relação comercial vai aumentar ainda mais.

E aí vem a notícia :
https://link.estadao.com.br/noticias/ga ... 0002957332

A fabricante chinesa Huawei vai abrir três novos quiosques no Brasil nesta semana, nas cidades de Campinas, Rio de Janeiro e Brasília.

Com os pontos de venda, a empresa pretende reforçar sua marca no País e se aproximar do consumidor – apesar de novata no mercado brasileiro, a Huawei é a segunda maior fabricante de celulares do mundo.

A inauguração do ponto de venda em Campinas será nesta quarta-feira, 7, no Shopping D. Pedro.

No Rio de Janeiro, a Huawei vai abrir o quiosque na quinta-feira, 8, no Barra Shopping.

A última inauguração será na sexta-feira, 9, no Park Shopping, em Brasília. Os quiosques venderão os celulares P30 Pro e P30 Lite, assim como as capinhas dos aparelhos e também fones de ouvido.

“Queremos analisar a necessidade dos consumidores regionalmente”, afirmou Alessandra Ribeiro, gerente da área de vendas da Huawei no Brasil. “O Brasil é muito grande, cada região tem uma procura diferente”, disse.
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Re: Economia

Mensagem por Victor235 » 07 Ago 2019, 21:15

Decreto de Bolsonaro permitirá relicitação de rodovias e Viracopos
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... opos.shtml

Vendas do varejo crescem 0,1% em junho, mas perdem ritmo no ano
https://www.poder360.com.br/economia/ve ... mo-no-ano/
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Re: Economia

Mensagem por Victor235 » 11 Ago 2019, 22:23

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Pergunta para o Paulo Guedes, diz Bolsonaro sobre piora em indicadores
“Pergunta para o Paulo Guedes, pergunta para o Paulo Guedes. Outra pergunta”, disse Bolsonaro, solicitando que repórteres que o acompanhavam abordassem outro assunto.
https://www1.folha.uol.com.br/poder/201 ... ores.shtml
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 12 Ago 2019, 18:16

https://www.oantagonista.com/economia/d ... esde-maio/

Em um dia de ebulição no mercado após a vitória da chapa de Alberto Fernández e Cristina Kirchner nas eleições primárias da Argentina, o dólar fechou em alta de 1,06%, a R$ 3,984 na venda.

É o maior valor do dólar desde o dia 28 de maio.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, registrou queda de 2%.
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Re: Economia

Mensagem por Victor235 » 13 Ago 2019, 20:25

Presidente da Serasa é acionista de offshore nas Ilhas Virgens Britânicas
https://www.poder360.com.br/panama-pape ... ritanicas/
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 13 Ago 2019, 23:28

. MP da Liberdade Econômica é aprovada na Câmara dos Deputados - https://www.gazetadopovo.com.br/republi ... da-camara/
--
O ESTADO DE S.PAULO

Apesar de a maioria dos economistas acreditar ser muito cedo para falar em recessão técnica global (dois trimestres consecutivos de PIB negativo), há sinais de que a atividade econômica possa crescer menos de 3% em 2020, patamar considerado crítico por especialistas.

O Itaú Unibanco, por exemplo, projeta uma alta de 3,2% na atividade global neste ano e de 3,1% em 2020. “Mas vemos chance de a economia ficar ainda mais fraca. Estamos no limite de uma recessão. Qualquer choque extra pode levar o mundo a uma crise”, diz Roberto Prado, economista do banco.

As projeções de PIB ainda estão longe de um número negativo, mas uma alta da economia global abaixo dos 3% é tida como ruim porque a China costuma distorcer os dados, puxando-os para cima com seus crescimentos superiores a 6%, explica Prado. “Com um PIB global inferior a 3%, muitos países já podem estar em recessão”, acrescenta.

A opinião é compartilhada pelo estrategista-chefe do BTG Pactual Wealth Management, João Scandiuzzi : “Tecnicamente, não dá para falar em recessão global, mas a sensação é de crescimento abaixo do potencial (ritmo de expansão que não gera pressão inflacionária).”

Em julho, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu sua estimativa do PIB global para 2019 de 3,3% para 3,2%. Por enquanto, as projeções para 2020 são mais animadoras : alta de 3,5% – até junho, a estimativa do órgão era de 3,6%.

Economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif destaca que só o fato de se estar discutindo a possibilidade de a economia mergulhar em uma recessão já é negativo. “Isso machuca o mercado, por trazer muita incerteza. O pano de fundo é preocupante. Como não se sabe para onde vai a guerra comercial entre China e Estados Unidos, não é possível saber quando a desaceleração vai parar”, diz.

Para Paulo Leme, professor de finanças da Universidade de Miami, não fosse a guerra comercial, seria possível manter o crescimento global ao redor de 3,2% nos próximos anos. “Se tudo mais fosse constante e congelássemos os atores, poderíamos ter um equilíbrio com crescimento razoável”, afirma.

Paulo Leme destaca ser contra uma redução na taxa básica de juros dos Estados Unidos para tentar alavancar a economia. “A inflação está dentro da meta, não há necessidade de cortar juros. É muito preocupante responder com instrumento monetário algo (uma desaceleração agravada pela guerra comercial) que se pode evitar.”

A desaceleração global está em curso desde o ano passado, quando o PIB cresceu 3,6% – 0,2 ponto porcentual a menos que em 2017. Ela seria uma fase natural dos ciclos econômicos, dizem os especialistas, não fosse justamente a guerra comercial, cujos impactos na economia real começam a se aprofundar.

A Alemanha foi o primeiro país a escancarar os efeitos do embate entre as duas maiores potências do mundo. Sua economia tem um alto grau de dependência de exportações de produtos industrializados, principalmente para a China.

Em junho, as exportações alemãs caíram 8% e a produção industrial 5,2 % na comparação com o mesmo mês de 2018 – foi o maior recuo da indústria desde 2009.

A indústria automotiva, a principal da Alemanha, tem ainda puxado o desempenho para baixo por causa de adaptações a padrões mais rigorosos de emissões de poluentes.

Por enquanto, a desaceleração no país, cuja economia é a maior da União Europeia, está limitada ao setor industrial. Se atingir os serviços – responsáveis por gerar o maior volume de postos de trabalho –, pode se alastrar por toda a economia. “O mercado de trabalho está indo bem, a questão é quanto de contaminação (da indústria para outros segmentos) veremos”, afirma João Scandiuzzi, do BTG Pactual.

O estrategista do banco diz também que o Brasil não deve sofrer muito com a redução do comércio global decorrente da desaceleração, pois ainda é um mercado bastante fechado. O freio no crescimento chinês, porém, tem derrubado o preço de commodities como petróleo e minério de ferro – importantes produtos para a economia brasileira.

O economista Livio Ribeiro, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas, lembra que o ambiente incerto e de pessimismo pode contaminar por aqui.

Zeina Latif acrescenta que esse clima deve reduzir o investimento estrangeiro direto no País. “Não existe deslocamento perfeito. Mesmo que a gente faça a lição de casa sempre haverá contágio.”
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 23 Ago 2019, 15:38

O ESTADO DE S.PAULO

Dinheiro curto, emprego incerto e mercadoria encalhada continuam dominando a cena, enquanto se acumulam, na economia, alguns sinais bem vindos de mudança.

Há novidades positivas, mas sempre acompanhadas de uma ressalva. “A produção industrial mostrou forte alta na passagem de junho para julho”, segundo nova sondagem da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Máquinas trabalharam mais e o uso da capacidade instalada chegou a 68%, repetindo o nível de 2018 e superando os de 2015 a 2017. Já se fala até em mais contratações, depois de cinco meses de resultados negativos nesse quesito. As expectativas para os meses seguintes melhoraram, exceto quanto às exportações.

As boas-novas, no entanto, são insuficientes para tornar o quadro muito mais luminoso.

Em julho, diminuiu o número de empregados. A queda foi menor que em junho, mas a direção se manteve. Os estoques continuaram a se acumular. Pior que isso, o índice de estoques indesejados tem crescido desde janeiro e chegou no mês passado ao nível mais alto desde maio de 2018, quando a paralisação do transporte rodoviário impediu o embarque das mercadorias vendidas. Desta vez havia transporte, mas obviamente faltou demanda – um detalhe implícito, mas evidente, no relatório da CNI.

A acumulação de estoques parece indicar também excesso de otimismo no planejamento da produção. O choque de realidade parece estar sempre relacionado com o desemprego muito alto e com a insegurança do consumidor.

A mesma sequência de novidades animadoras e de ressalvas aparece no informe da Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) divulgado na quinta-feira. O indicador mais amplo subiu 1,1 ponto em agosto e atingiu 89,2 pontos, o nível mais alto desde abril, quando havia chegado a 89,5. Mas a novidade fica menos positiva quando se examinam alguns detalhes.

Em primeiro lugar, a melhora ocorreu somente na avaliação das condições atuais. Houve algum avanço nas condições do orçamento familiar e alívio em relação ao endividamento. Mas outros fatores afetaram negativamente as expectativas. Aumentou a insegurança quanto à evolução do emprego e, ao mesmo tempo, diminuiu a disposição, declarada pelos entrevistados, de compras de bens duráveis.

Em agosto – e este é um pormenor significativo – a avaliação das condições presentes melhorou pelo segundo mês consecutivo, enquanto pioraram as expectativas em relação aos meses seguintes. A evolução do quadro presente, embora positiva, continua insuficiente, portanto, para tornar menos nebuloso o horizonte e para dar às famílias, duramente castigadas pela crise, maior segurança para consumir.

A fraqueza do consumo continua refletida na inflação muito bem comportada. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia do indicador oficial, subiu apenas 0,08% no último período apurado. O IPCA-15 é medido entre o meio de um mês e o meio do mês seguinte. A alta recém-divulgada, a menor para o mês de agosto desde 2010, ocorreu essencialmente no item Habitação, por causa do aumento de 4,91% da tarifa de eletricidade. Isso resultou da mudança da bandeira tarifária, por causa da maior dependência de usinas termoelétricas.

A inflação está sendo puxada, como já se havia observado a partir de dados anteriores, pelos preços administrados. Esses preços variam sem depender do comportamento do consumidor. Os preços mais afetados pela disposição de compra das famílias continuam, na maior parte, variando muito lentamente e até caindo.

O governo parece ter percebido, afinal, a persistente fraqueza do consumo, obviamente ligada ao desemprego e à insegurança.

O marasmo dos negócios continua afetando a arrecadação tributária e provocando uma progressiva paralisia do governo. Todos esses dados podem provavelmente explicar a decisão do governo de proporcionar algum estímulo ao consumo a partir de setembro. Essa decisão foi muito demorada. Falta conferir se produzirá algum alívio sensível para as famílias em dificuldades.
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 26 Ago 2019, 03:22

O GLOBO

O coordenador de Economia Aplicada da Fundação Getulio Vargas (FGV) e com livros publicados sobre produtividade no Brasil, Armando Castelar diz que, sem ocupações qualificadas em grandes empresas, o Brasil manterá uma mão de obra pouco produtiva.

Por quê as empresas não investem no Brasil ?

Investir no Brasil é arriscado. Há competição desleal com a informalidade. Há uma série de mecanismos no Brasil, como o Simples ou o MEI (sistema tributário para empreendedores individuais), que incentivam as empresas a ficar pequenas, com vantagens num padrão muito diferente do resto do mundo. Isso incentiva as empresas a ficarem pequenas, e empresas pequenas costumam ser pouco produtivas. A empresa brasileira não pode competir lá fora porque aqui paga muito imposto, não tem infraestrutura.

Produtividade baixa não é resultado de má educação ?

Não. Ao longo dos últimos anos,a escolaridade média do trabalhador brasileiro multiplicou por dois ou três. E a produtividade é exatamente a mesma. Formamos um engenheiro para ele dirigir carro, ser corretor, coisas que não exigem a educação que ele tem. O trabalhador está se qualificando, mas a qualidade do emprego para usar o que ele estudou não aparece. Não é um problema de educação, que melhorou muito. É completamente diferente na Coreia do Sul, onde a escolaridade aumenta e a produtividade vai junto. Aqui, a escolaridade aumenta e a produtividade fica parada. É impressionante. Se queremos melhorar a distribuição de renda, temos que melhorar a produtividade, ter crescimento. A solução passa por criar ocupações que permitam ao trabalhador usar melhor a educação.

O crescimento virá agora ?

O Brasil está vivendo um problema de abstinência do incentivo público, estatal. Durante muitas décadas sempre foi o governo a resolver quando as coisas ficam mal. Você olha para Brasília e espera o que o governo vai fazer, se vai vir um novo plano nacional de desenvolvimento, de campeão nacional. Temos que sair disso porque não tem mais dinheiro. Agora o setor privado tem que fazer as coisas, mas o setor privado não está acostumado. Continua olhando para Brasília. A inflação e os juros já caíram muito, as empresas emitem debêntures (títulos) e captam a juros baixíssimos, mas continua todo mundo esperando um incentivo tributário, crédito mais barato. Isso não vai vir porque não tem dinheiro.
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 03 Set 2019, 02:32

https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2 ... 2020.shtml

O projeto de Orçamento do governo federal para 2020 merece uma menção positiva a seu realismo.

Não se nota na peça a tentativa de mascarar o cenário sombrio que se afigura para as políticas públicas.

Os brasileiros destinarão um quinto de sua renda — se contados os estados e municípios, a parcela vai a um terço — para financiar uma máquina estatal que continuará gastando muito além de suas possibilidades.

A qualidade da despesa vai piorar.

Haverá recursos adicionais para áreas e finalidades que já contam com mais do que deveriam; de outro lado, haverá cortes em atividades e serviços essenciais que já se encontram depauperados.

As receitas da União, nada desprezíveis, estão estimadas em R$ 1,645 trilhão. Descontados os repasses obrigatórios aos demais entes federativos, sobra R$ 1,355 trilhão. Deste valor, três quartos serão consumidos pela Previdência e pela folha de pagamentos.

Os ajustes imprescindíveis arrastam-se sob obstáculos políticos, em especial devido ao poderio do funcionalismo.

Nesse aspecto, o correto diagnóstico não se reflete em medidas concretas, fora a contenção de contratações e reajustes salariais.

Providências como a redução do número de carreiras e dos vencimentos iniciais nem mesmo chegaram ao papel.

A consequência do desajuste das despesas obrigatórias, num contexto de arrecadação insuficiente, é o arrocho sobre as demais despesas.

Os investimentos (obras de infraestrutura e compras de equipamentos) vivem a deterioração mais aguda, com apenas R$ 19,4 bilhões orçados no próximo ano, ou 0,25% do Produto Interno Bruto.

Sem mais reformas da administração e das normas orçamentárias, como se vê, esse ajuste desordenado das finanças públicas tende a se aprofundar.

O impacto é ainda mais traumático nos estados e municípios, que prestam a maior parte dos serviços essenciais e não têm a capacidade de endividamento da União.

Não há como escapar de anos de privação, que aliás já estão em curso. Cumpre evitar desde já um sacrifício maior — e em vão.
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 04 Set 2019, 06:10

O ESTADO DE S.PAULO

Isoladamente, a queda de 0,3% da produção da indústria em julho ante junho faz parte de uma volatilidade mensal associada às perdas durante a recessão, mas o fato de o nível atual da atividade estar no mesmo nível de 2009 mostra que a economia tem uma “doença industrial muito grave”. A avaliação é do economista David Kupfer, professor do Instituto de Economia da UFRJ, especializado em economia industrial.

A seguir, os principais trechos da entrevista.

A queda da produção industrial interrompe o sinal um pouco mais positivo do PIB do 2º trimestre, que teve avanço da indústria ?

O que os dados mostram é que existe uma doença industrial no Brasil muito grave, que se observa pela regularidade no desempenho muito fraco ao longo de tanto tempo. Retomamos o nível de produção de um ano de profunda crise, que foi o início de 2009.

O que explica essa ‘doença’ ?
É uma crise de demanda, primariamente, associada a uma crise de custos (elevados) e (de) competitividade muito baixa da indústria.

Em qual lado do problema está o principal entrave ?

A crise de demanda tem uma característica mais conjuntural, porque ela decorre da economia em geral e da política econômica. E a crise de oferta, que é a questão da perda crescente e contínua da capacidade de competir da indústria, reflete problemas estruturais.

Quais os principais motivos para essa perda de competitividade ?

Destaco o nível insuficiente do investimento. O investimento sendo muito contraído limita o processo de modernização. É um problema de acúmulo de atraso tecnológico. Esse problema do investimento ainda se reflete na infraestrutura, que é um gerador de custos muito importante para a indústria. Depois, temos problemas antigos, permanentes, ligados ao chamado custo Brasil, como a questão tributária e das regulamentações, que sempre existiram.

Qual o principal risco para a indústria daqui para a frente ?

O que pode agravar o quadro é a manutenção desse padrão de estagnação da atividade industrial por mais tempo ainda. E depois vai ser muito difícil reconstituir o tecido industrial, que ainda é relativamente grande no Brasil.
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 11 Set 2019, 12:49

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... ncia.shtml

O imposto sobre transações financeiras (ITF) é bastante polêmico entre os economistas e especialistas em questões tributárias de modo geral.

A bem da verdade, há uma clara predominância de críticos a esse tributo.

A base tributária do ITF pode ter vários graus de abrangência, mas o usual é que incida em transações feitas pelo sistema financeiro, quitadas por meio de cheque, cartão de débito ou de crédito, por exemplo.

Os defensores do ITF costumam argumentar que o imposto apresenta um baixo custo administrativo. De fato, as transações ocorrem e os recursos entram automaticamente no caixa do Tesouro.

Não é necessária qualquer iniciativa do contribuinte ou do fisco. A experiência do Brasil com a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2008, quando o tributo foi extinto, é ilustrativa a esse respeito.

Outro argumento levantado pelos apoiadores é o da tributação da economia informal. Esse lado da economia passa à margem de todo tipo de registro que possa revelá-la, muitas vezes por causa da origem ilícita das operações, mas com frequência, com o simples objetivo de sonegar os impostos devidos. Como essas transações nem sempre podem deixar de ser feitas por meio do sistema financeiro, acabariam registradas e tributadas pela ITF.

Os problemas começam a surgir justamente nesse ponto. Não apenas a economia informal como a formal teriam incentivos para, a depender da alíquota do ITF, encontrar meios para transacionar fora do sistema financeiro, levando à chamada desintermediação financeira.

Trata-se de um problema sério, pois o efeito seria a redução da eficiência e da produtividade da economia. Basta pensar em uma situação extrema, na qual as transações fossem feitas com dinheiro. Na época da CPMF, por exemplo, os cheques eram emitidos e demoravam a ser descontados pois eram utilizados em outros pagamentos.

Pode-se alegar que a desintermediação financeira foi pouca significativa com essa contribuição. Entretanto, a alíquota era baixa (0,38%), escondida em uma taxa de juros bastante elevada. A arrecadação também era baixa, mais um imposto em meio a vários outros.

Um outro problema do ITF é a incidência cumulativa. Esse é um problema que aflige o Brasil, com seu complexo conjunto de tributos sobre bens e serviços. As propostas de reforma tributária que tramitam no Congresso buscam justamente resolver as distorções daí advindas.

Se um bem for produzido em várias etapas, várias transações financeiras seriam necessárias para se se chegar à etapa final, provavelmente, cada qual com a incidência do ITF.

Nesse contexto, cria-se novamente um incentivo negativo, agora para organizar o processo produtivo e empresarial de modo a economizar etapas e reduzir a incidência do imposto, com perdas extras de produtividade e eficiência.

Outro problema do ITF que deriva das dificuldades antes apontadas é a falta de transparência. O desejável é que os contribuintes possam saber quanto estão pagando de impostos até para que possam fiscalizar os governantes para que usem os recursos de forma adequada. Essa é uma questão importante da nossa tributação sobre bens e serviços.

É quase impossível conseguir discriminar em uma nota fiscal a parcela da conta formada por tributos. No caso do ITF, a dificuldade seria possivelmente ainda maior.

O ITF ficou por um bom tempo esquecido. Não houve qualquer tentativa séria de reinstituir a CPMF ou algo parecido nesses dez anos que se passaram desde sua extinção. O tema reascendeu na campanha presidencial e, principalmente, por conta dos sucessivos pronunciamentos de autoridades econômicas a respeito das virtudes desse imposto. Uma proposta do governo poderá ser enviada ao Congresso a qualquer momento, com a presença desse controverso tributo.

É preciso ver se isso de fato ocorrerá e, se ocorrer, como será, especialmente em termos de alíquota e abrangência. Substituirá outro tributo, como a contribuição previdenciária do empregador, ou resultará, na verdade, em aumento da carga tributária, já que o ajuste sobre despesas obrigatórias tem se mostrado tão difícil ?

O fato é que se trata de um tributo bastante polêmico, pouco adotado na experiência internacional.
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 11 Set 2019, 17:15

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... eral.shtml

O ministro da Economia, Paulo Guedes, decidiu demitir o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra.

O motivo da queda foi a divulgação antecipada de estudos para uma reforma tributária, incluindo a cobrança de uma taxação nos moldes da antiga CPMF.

O auditor fiscal José de Assis Ferraz Neto irá assumir o cargo interinamente.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) já havia afirmado neste mês à Folha que a recriação de um imposto nos moldes da antiga CPMF deve ser condicionada a uma compensação para a população.

"Já falei para o Paulo Guedes : para ter nova CPMF, tem de ter uma compensação para as pessoas. Se não, ele vai tomar porrada até de mim", disse o presidente.

Nesta quarta-feira (11), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), afirmou que vê dificuldades para o avanço de uma proposta de imposto nos moldes da antiga CPMF na Câmara.

"De fato as reações hoje foram muito contundentes da dificuldade da CPMF na Câmara."
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 14 Set 2019, 05:05

https://economia.uol.com.br/noticias/es ... ue-vem.htm

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o Brasil vem de anos de desaceleração econômica decorrente do descontrole de gastos públicos, alta carga tributária e outros "infortúnios", que levaram à estagnação.

"Nunca falei que a economia ia crescer este ano", disse, destacando que sabia que o Produto Interno Bruto (PIB) não poderia atingir os 2,5% que embasaram a proposta de orçamento entregue pelo governo Michel Temer para 2019 no ano passado.

Paulo Guedes disse ver um cenário mais favorável para 2020. "Acho que tem uma boa chance de o País se mover bem no ano que vem".

Paulo Guedes pediu "um ano ou dois" para tentar consertar "a destruição financeira" que foi feita no Brasil, com a quebra de empresas como a Petrobras.
--
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/p ... -omc.shtml

A indústria de eletrônicos se articula para que a Lei de Informática, condenada pela OMC, seja corrigida.

Querem mudar o mecanismo que dá incentivo fiscal. Em vez de desconto no IPI, elas passariam a ganhar créditos para abater de tributos sobre o faturamento, segundo Humberto Barbato, presidente da Abinee (associação do setor).

“Dá na mesma. Mas são pequenos detalhes que, por ser signatário da OMC, você é obrigado a respeitar”, diz Humberto Barbato.

A inadequação do incentivo dado às empresas que investem em inovação pode levar o país a sofrer sanções de União Europeia e Japão a partir de 2020.

Na semana passada, um projeto de lei nessa direção foi apresentado na Câmara, de autoria dos deputados Marcos Pereira (PRB), Bilac Pinto (DEM), Vitor Lippi (PSDB) e Daniel Freitas (PSL).
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Re: Economia

Mensagem por @EA » 15 Set 2019, 19:17

Fizeram o maior chilique (com razão) quando o PT tentou recriar a CPMF, agora que é o viadinho do Paulo Guedes, tem arrombado passando pano.
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Ouça Don Cristóvão quero avisar que a tripulação está com fome!
E por que não comem?
Porque não há comida!
E por que não há comida?
Porque acabou!
E por que acabou?
Porque comeram!
E por que comeram?
Porque tinham fome!
Tá vendo, deveriam ter esperado!



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Dá licença, gente! Tô passando pelo tópico!!!
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