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A estreia mais aguardada deste segundo semestre em solos brasileiros é a da CNN Brasil, que terá o início das suas transmissões iniciado até o final do ano, provavelmente em novembro.
Com grandes nomes do jornalismo já contratados e sua sede na Avenida Paulista (em frente ao MASP), bem no coração econômico do país, em fase final de estruturação, a emissora desembarca num primeiro momento na TV por assinatura e serviços de streaming (via internet).
Sedes no Rio de Janeiro e em Brasília também já foram anunciadas. No entanto, se engana quem pensa que a versão brasileira da rede americana se restringe ao universo pago. Informações obtidas com exclusividade pelo Bastidores da TV dão como certo o verdadeiro alvo do investimento milionário da empresa recém-criada pelo empresário Rubens Menin (MRV Engenharia e Banco Inter) e do jornalista Douglas Tavolaro (sobrinho de Edir Macedo e que até o início deste ano era o vice-presidente de jornalismo da Record TV).
Todo o investimento da empresa tem um foco maior, a TV aberta. Num segundo momento, logo após sua implementação, a CNN Brasil poderá ter seu sinal na TV aberta.
Ainda não se sabe se através dos canais que hoje formam a Record News ou por intermédio de outra rede de TV já existente e que atualmente tem sua grade totalmente voltada a programas de igrejas evangélicas. A informação de bastidores foi apurada pelo jornalista Júlio César Fantin e vai de encontro com os objetivos da emissora : “estar em todo lugar”.
Dentre as contratações já anunciadas pela CNN estão Evaristo Costa, William Waack, Phelipe Siani, Mari Palma e Luciana Barreto, todos que já trabalharam no Grupo Globo. O lema da CNN no país é “Feito por brasileiros para brasileiros”. Outros nomes que já atuaram ou que ainda atuam na Globo também podem ter o mesmo destino. É o caso do apresentador Dony De Nuccio que pediu demissão nesta semana da emissora. O ex-âncora do “Jornal Hoje” admitiu fazer publicidade institucional para o Bradesco, o que é vetado pelo Código de Ética da emissora. O ataque da CNN Brasil ao casting global deverá atingir profissionais experientes em TV aberta e fechada, desde âncoras e repórteres, até quem trabalha nos bastidores. A empresa estima contratar cerca de 800 funcionários, sendo 400 jornalistas. A emissora também terá escritórios internacionais. Serão 16 horas diárias de programação ao vivo.
O ingresso da CNN Brasil nas principais operadoras de TV por assinatura ainda está em processo de negociação. Vale lembrar que a SKY e a Claro tiveram participação acionária do Grupo Globo por muitos anos, desde a implantação da TV paga no país, fato que o mercado acredita que possa dificultar a entrada do canal nos pacotes dessas operadoras.
https://telaviva.com.br/31/07/2019/cnn- ... s-modelos/
Apesar da dificuldade em encontrar espaço no line-up das operadoras, um grande investimento vem sendo realizado no lançamento do canal CNN Brasil. O vice-residente de distribuição do canal, Anthony Doyle, destacou durante o PAYTV Forum 2019, realizado esta semana em São Paulo, que o canal, a lançado no último trimestre deste ano, chega ao mercado multiplataforma, com oferta para não assinantes de TV, mas ainda preservando o modelo de exclusividade da TV por assinatura.
Segundo ele, o canal chega com uma versão linear no line-up das operadoras, solução de TV everywhere que permite que os assinantes de TV possam assistir o canal linear em outras plataformas, e um OTT para não assinantes de TV, sem a programação linear.
O conteúdo será fortemente calcado em programação ao vivo, conta. Questionado sobre como levará esse conteúdo ao vivo ao assinante do OTT sem a linearidade, o executivo faz mistério. "Eu poderia explicar, mas meus concorrentes estão aqui", brincou.
Segundo ele, a ideia é não seguir com a fórmula tradicional da TV por assinatura. "Não queremos fazer o que já foi feito, queremos evoluir com o mercado. Vamos ter modelos comerciais de distribuição mais flexíveis, o que não quer dizer que seremos financeiramente irresponsáveis", diz.
Anthony Doyle concorda que o momento escolhido para o lançamento do canal não é o de maior pujança no setor. No entanto, ele destaca que o Brasil é o oitavo mercado de TV por assinatura no mundo. "Temos as questões econômica, e das mudanças tecnológica e de hábito. De qualquer forma, o fato é que temos que olhar para frente. O mercado está evoluindo e cada elo tem seus próprios desafios", diz.
Para ele, as novas plataformas devem ser abraçadas para fortalecer a TV por assinatura. "Um dos erros da indústria foi criar a expectativa de ter 50 milhões de assinantes em 2020. Dá para alcançar essa base, mas não com os modelos do passado", finalizou.
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A promessa futura do 5G para as soluções de vídeo não traria uma mudança adicional tão disruptiva para se investir numa rede wireless de alta capacidade, de acordo com Rodrigo Marques, da Claro, que não vê a chegada do 5G para o celular com qualquer impacto direto para a TV por assinatura: “A TV por assinatura não precisa do 5G pra nada. Quem quer muito o 5G são os vendedores de equipamentos. Uma parte do Brasil não tem nem 4G ainda”, lembra.
A Claro acredita que a empresa operadora é quem ainda vai estar atuando como integradora de conteúdo para o cliente : “A TV por assinatura é o modelo de agregador de conteúdo”, acredita o dirigente Rodrigo Marques. Ele segue : “A gente quer ter todo o conteúdo e disponibilizar de forma mais amigável. Hoje um dos problemas grandes é conseguir entregar o conteúdo para a pessoa certa. Existe uma necessidade de levar de forma simples. O setor é altamente competitivo, altamente acostumado com a competição. São 7 milhões de clientes, na base nem todos são jovens que querem assistir no celular”.
Fernando Magalhães, diretor de Programação da Net/Claro que faz as negociações com os canais para a operadora, afirma que ainda existe espaço para distribuição de novos canais no Brasil. Responsável pela negociação e lançamento de novos canais- na Net/Claro são 230 canais disponíveis atualmente – ele diz haver um paradoxo, que é lançar novos canais sem custo para o assinante, sendo que o cliente reclama que paga por 120 canais mas só assiste a dez.
“Esta percepção não existe no VOD, mas existe com a TV por assinatura”, ele assinala. Magalhães destaca que nos últimos dois anos foram lançados 13 canais (AMC, Smithsonian, Food Network entre eles) e questiona: “Será que isso aumentou ou não a percepção de conteúdo?” Para ele, o problema é que tem de girar a roda e aumentar a percepção de valor para o assinante e isso tem de ser feito por meio de funcionalidades para o assinante ver a oferta de conteúdo como infinita, como o ‘catch-up’, melhorar o sistema de recomendação de programas e usar a ‘replay TV’.
Para ele, na vida real, a maior parte da base de clientes é formada por são pessoas com mais de 30 anos que querem consumir TV linear, ou seja, a TV de forma convencional. Ele também conta que o serviço Now online tem crescido muito.