Não, não tem. Acabou. O país tá quebrado e não é de hoje. Vai precisar de reformas profundas que reduzam e muito o gasto público.Dias escreveu:Dinheiro tem. Ou tem que ter.
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Re: Educação
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Re: Educação
Não interessa. O meu ponto foi que nunca se deve tirar dinheiro da educação, que é um dos setores mais importantes de uma democracia. Não se paralisa a pesquisa de um país nem a formação de jovens para o mercado de trabalho, nem se põe as universidades públicas em risco de fechar com essa desculpa não.Barbano escreveu:Não, não tem. Acabou. O país tá quebrado e não é de hoje. Vai precisar de reformas profundas que reduzam e muito o gasto público.Dias escreveu:Dinheiro tem. Ou tem que ter.
E só acreditarei que medidas de austeridade são para o bem do povo quando houver medidas do tipo também pra quem está no topo. É muito fácil falar em que tirar seus direitos é algo necessário pois o país está quebrado, mas todo ano tem reajuste para o Judiciário, por exemplo.
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Re: Educação
Eu concordo que é um absurdo tentar convencer o povo que é necessário sacrifícios em algumas áreas enquanto Judiciário e Legislativo insistem em se pôr em uma bolha.Dias escreveu: E só acreditarei que medidas de austeridade são para o bem do povo quando houver medidas do tipo também pra quem está no topo. É muito fácil falar em que tirar seus direitos é algo necessário pois o país está quebrado, mas todo ano tem reajuste para o Judiciário, por exemplo.
Porém, o Executivo não tem poder de intervir na folha do pagamento dos outros dois poderes. Pode apenas vetar aumentos votados, o que, embora fosse o mais correto a fazer, é pouco recomendável em um momento no qual o governo precisa de auxílio para realizar uma série de reformas...
Em suma, se correr o bicho pega e se ficar o bicho come. O Bolsonaro fala muita merda em vez de ficar quieto e seu partido mais atrapalha que ajuda. Mas, não são greves hipócritas puxadas pelo pessoal da esquerda (com cartazes de Lula Livre a tiracolo) que vão resolver a situação.
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Re: Educação
A questão é orçamentária e legal. Esse texto é bem didático:Dias escreveu:Não interessa. O meu ponto foi que nunca se deve tirar dinheiro da educação, que é um dos setores mais importantes de uma democracia. Não se paralisa a pesquisa de um país nem a formação de jovens para o mercado de trabalho, nem se põe as universidades públicas em risco de fechar com essa desculpa não.
E só acreditarei que medidas de austeridade são para o bem do povo quando houver medidas do tipo também pra quem está no topo. É muito fácil falar em que tirar seus direitos é algo necessário pois o país está quebrado, mas todo ano tem reajuste para o Judiciário, por exemplo.
O governo é obrigado, na situação atual, a cortar despesas discricionárias, tanto pela LRF como pelo Teto de Gastos.
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Re: Educação
O Bolsonaro mesmo sempre foi a favor de regalias. Ainda que os benefícios estivessem ao alcance dele como presidente, ele não faria nada. Se ele não abre mão nem das que ele tem direito...Bugiga escreveu:Eu concordo que é um absurdo tentar convencer o povo que é necessário sacrifícios em algumas áreas enquanto Judiciário e Legislativo insistem em se pôr em uma bolha.Dias escreveu: E só acreditarei que medidas de austeridade são para o bem do povo quando houver medidas do tipo também pra quem está no topo. É muito fácil falar em que tirar seus direitos é algo necessário pois o país está quebrado, mas todo ano tem reajuste para o Judiciário, por exemplo.
Porém, o Executivo não tem poder de intervir na folha do pagamento dos outros dois poderes. Pode apenas vetar aumentos votados, o que, embora fosse o mais correto a fazer, é pouco recomendável em um momento no qual o governo precisa de auxílio para realizar uma série de reformas...
Em suma, se correr o bicho pega e se ficar o bicho come. O Bolsonaro fala muita merda em vez de ficar quieto e seu partido mais atrapalha que ajuda. Mas, não são greves hipócritas puxadas pelo pessoal da esquerda (com cartazes de Lula Livre a tiracolo) que vão resolver a situação.
E outra, eu vi várias fotos do protesto, em somente uma que eu vi Lula Livre, e estava escrito em letras minúsculas. O pessoal adora falar mal do Bolsonaro, mas também adoram fazer o jogo dele. Parece que falam mal só pra livrar a própria barra.
Mas engraçado que quando os primeiros cortes foram feitos, não teve nada de que devia ser feito um contigenciamento, nem nada, e sim, que o ministro deu a entender que se as universidades têm dinheiro pra fazer "balbúrdia", não precisam de dinheiro público.Barbano escreveu:A questão é orçamentária e legal. Esse texto é bem didático:Dias escreveu:Não interessa. O meu ponto foi que nunca se deve tirar dinheiro da educação, que é um dos setores mais importantes de uma democracia. Não se paralisa a pesquisa de um país nem a formação de jovens para o mercado de trabalho, nem se põe as universidades públicas em risco de fechar com essa desculpa não.
E só acreditarei que medidas de austeridade são para o bem do povo quando houver medidas do tipo também pra quem está no topo. É muito fácil falar em que tirar seus direitos é algo necessário pois o país está quebrado, mas todo ano tem reajuste para o Judiciário, por exemplo.
O governo é obrigado, na situação atual, a cortar despesas discricionárias, tanto pela LRF como pelo Teto de Gastos.
"Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas. A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking".
Depois, surge uma das explicações que o governo cortou da educação superior pra investir na educação básica. Mentira, pois ele cortou também da educação básica. E agora vem esse papo de contingenciamento. Porque os colégios militares não foram afetados por esse "contingenciamento", então? Afinal, estudantes de colégios militares custam três vezes mais do que um estudante de uma escola pública regular.
Aí acarreta nas teses de mestrado e doutorado que foram interrompidas por isso, universidades que, sem poder pagar as despesas com água, luz e segurança, correm risco de fechar. Lendo links de sites formados por banqueiros, como o que você postou agora, que sempre terão suas dívidas bilionárias à Previdência perdoadas pelo governo tentando te convencer que menos é mais, enquanto pra eles, muito mais ainda é pouco, nunca farão uma pessoa pensar em quem está sendo afetado.
Nunca foi feito um diálogo sério quanto a isso, antes dos cortes serem anunciados. Tudo começou com um adjetivo pejorativo. E ontem, tivemos outro adjetivo pejorativo, chamando os manifestantes de "idiotas úteis que não sabem a fórmula da água". Tudo é com base na truculência e no xingamento, nunca no diálogo.
Repito o que disse, não entendo porque falam tão mal do Bolsonaro, se no final, todos fazem o jogo dele. Vocês têm medo de serem chamados de bolsominions? Por isso que dizem que não gostam do Bolsonaro?
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Re: Educação
Pode ter tido apenas uma foto do protesto com algo escrito "Lula Livre". Mas, que esses protestos tinham gente com bandeiras vermelhas do PT, PCdoB, ou de amigalhaços deles, como CUT ou CTB, isso tinha. Basta ver abaixo:Dias escreveu:E outra, eu vi várias fotos do protesto, em somente uma que eu vi Lula Livre, e estava escrito em letras minúsculas. O pessoal adora falar mal do Bolsonaro, mas também adoram fazer o jogo dele. Parece que falam mal só pra livrar a própria barra.
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Re: Educação
Lembrando que o protesto é apartidário
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piadaitaliano/F42 escreveu: ↑18 Abr 2021, 21:26com todo o perdão da palavra e com toda a certeza que eu serei punido, piada é a cabeça da minha piroca! porra mano, eu tive que adicionar seu nome como "pseudo" pré candidato a moderação lá no datafórum e você agora fala que é piada? o que vc tem na sua cabeça, mano?
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Re: Educação
Estavam gritando Lula livre?iago83 escreveu:Pode ter tido apenas uma foto do protesto com algo escrito "Lula Livre". Mas, que esses protestos tinham gente com bandeiras vermelhas do PT, PCdoB, ou de amigalhaços deles, como CUT ou CTB, isso tinha. Basta ver abaixo:Dias escreveu:E outra, eu vi várias fotos do protesto, em somente uma que eu vi Lula Livre, e estava escrito em letras minúsculas. O pessoal adora falar mal do Bolsonaro, mas também adoram fazer o jogo dele. Parece que falam mal só pra livrar a própria barra.
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Re: Educação
O protesto é apartidário sim. Se algum movimento de esquerda deseja integrar e participar dele, você não pode impedir. Ninguém ficou deslegitimando as manifestações favoráveis ao impeachment de Dilma porque tinha bandeiras do MBL no meio. Por essa lógica, as manifestações de camisetas da CBF também não seriam "válidas", afinal estavam "contaminadas" por vários grupos ideológicos, no caso, à direita. É muito contraditório ver gente que ficou famoso por participar de manifestações, como a Carla Zambelli e a própria Joice, falando tão mal do próprio ato de se organizar uma manifestação.
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Re: Educação
Protestos de rua contra cortes na Educação elevam desgaste do governo https://politica.estadao.com.br/noticia ... 0002830753 Decreto dá a Santos Cruz poder de avalizar até nomeação de reitores de universidades federais https://g1.globo.com/politica/blog/andr ... rais.ghtml |
Editado pela última vez por Victor235 em 17 Mai 2019, 14:10, em um total de 1 vez.
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Re: Educação
Não, não vi ninguém gritando "Lula Livre" em nenhuma das reportagens de TV que assisti no dia dos protestos.Dias escreveu:Estavam gritando Lula livre?iago83 escreveu:Pode ter tido apenas uma foto do protesto com algo escrito "Lula Livre". Mas, que esses protestos tinham gente com bandeiras vermelhas do PT, PCdoB, ou de amigalhaços deles, como CUT ou CTB, isso tinha. Basta ver abaixo:Dias escreveu:E outra, eu vi várias fotos do protesto, em somente uma que eu vi Lula Livre, e estava escrito em letras minúsculas. O pessoal adora falar mal do Bolsonaro, mas também adoram fazer o jogo dele. Parece que falam mal só pra livrar a própria barra.
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Re: Educação
Tá de brincadeira, né? Até hoje desqualificam.Victor235 escreveu: Ninguém ficou deslegitimando as manifestações favoráveis ao impeachment de Dilma porque tinha bandeiras do MBL no meio.
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Re: Educação
Porque o presidente e o ministro são dois quadrúpedes (como todos os ministros olavetes, por sinal). Esse governo não tem a menor noção de comunicação.Dias escreveu:Mas engraçado que quando os primeiros cortes foram feitos, não teve nada de que devia ser feito um contigenciamento, nem nada, e sim, que o ministro deu a entender que se as universidades têm dinheiro pra fazer "balbúrdia", não precisam de dinheiro público.
"Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas. A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking".
Depois, surge uma das explicações que o governo cortou da educação superior pra investir na educação básica. Mentira, pois ele cortou também da educação básica. E agora vem esse papo de contingenciamento.
O contingenciamento é tão necessário que atingiu até o Ministério da Defesa, em um governo onde tanto o presidente quanto o vice são militares: https://gauchazh.clicrbs.com.br/economi ... ecmkl.html
Uma coisa é o desastre que são ele, seus aliados e seus ministros. Outra é fechar os olhos para a situação que vive o país e as medidas que são necessárias para reequilibrar as contas públicas e retomar o crescimento. E veja que essa situação se arrasta desde um governo de esquerda (Dilma), um de centro (Temer) e um de direita (Bolsonaro). No poder, todos se deram conta da necessidade de implementar reformas e aplicar contingenciamentos para se adequar à LRF. Não adianta fechar os olhos para a realidade. Não é porque o presidente é um estúpido que temos que torcer contra o país, pois quem se fode é a gente.Dias escreveu:Repito o que disse, não entendo porque falam tão mal do Bolsonaro, se no final, todos fazem o jogo dele. Vocês têm medo de serem chamados de bolsominions? Por isso que dizem que não gostam do Bolsonaro?
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Re: Educação
A participação de movimentos de direita em protestos do impeachment é tão legítima quanto a participação de movimentos de esquerda nos protestos atuais.
Muita gente está tentando desqualificar o protesto atual dizendo que este foi capitalizado por movimentos de esquerda e que por isso não teria legitimidade, mas na verdade se trata de um movimento apartidário, feito por estudantes.
Este afetou até mesmo gente não muito interessada na política e mesmo futuros universitários, gente que cursa escola particular e pensava em entrar na faculdade pública, pesquisadores, cientistas, etc. Jovens cuja força não pode ser ignorada.
Nitidamente, não são "militantes", como disse o presidente para deslegitimar o movimento. São pessoas sérias e inteligentes lutando pela Educação e por seus direitos, espantadas com os ataques feitos à universidade pública.
Evidentemente, essa mobilização também conta com pessoas de esquerda, líderes partidários e organizações sindicais, mas não manipulando e coagindo os participantes, que abriram os olhos e aderiram espontaneamente (as manifestações pró-impeachment tiveram participação de grupos ideológicos, estes à direita, e nesta época o pessoal que está atacando os protestos atuais achava essa participação à direita super válida, não consideravam os militantes como ideológicos, não falavam em "massa de manobra").
Trata-se de mais uma coleção de erros de Bolsonaro, que além de querer diminuir investimentos nas Ciências Humanas parece ele mesmo não ter aprendido com uma delas, a História. Pode pagar caro ao ter "mexido" com os estudantes e, agora de forma mais incisiva ainda, com jornalistas de meios tradicionais.
O próprio ministro usou a palavra "corte" sobre o orçamento geral das universidades, falou em 30% e depois deu uma procurada nas estatísticas para divulgar um percentual menor (sobre as despesas discricionárias e não sobre o total) e agora o governo, que desmentiu seus próprios deputados, deixando-os com cara de mentirosos, chama estudantes e jornalistas de burros por "não saberem a diferença entre corte e contingenciamento".
Eles mesmos causam a confusão generalizada para depois desqualificar críticos e colocar Bolsonaro, a pessoa, como o único que pode resolver os problemas que ele mesmo cria a todo momento, enquanto todas as instituições, políticos e estudantes seriam o mal a ser combatido.
Economias na gestão pública são necessárias, mas cortes de investimentos atrelados a desculpas ("balbúrdia", "gente pelada") são erros indisfarçáveis. O que o governo fez foi um ataque frontal ao conhecimento científico e tecnológico, a uma parte da Educação brasileira que ainda funciona enquanto outras tem graves problemas. Mais ainda, um ataque aos próprios estudantes, que sustentam o futuro do país a partir de suas pesquisas e estudos. Claro que haveria alguma resposta.
Ademais, apresentar a aprovação da Reforma da Previdência como chantagem para justificar cortes essenciais na área de Educação não é uma saída muito boa. Falta capacidade de gestão e articulação. Resolver problemas em vez de criá-los.
Muita gente está tentando desqualificar o protesto atual dizendo que este foi capitalizado por movimentos de esquerda e que por isso não teria legitimidade, mas na verdade se trata de um movimento apartidário, feito por estudantes.
Este afetou até mesmo gente não muito interessada na política e mesmo futuros universitários, gente que cursa escola particular e pensava em entrar na faculdade pública, pesquisadores, cientistas, etc. Jovens cuja força não pode ser ignorada.
Nitidamente, não são "militantes", como disse o presidente para deslegitimar o movimento. São pessoas sérias e inteligentes lutando pela Educação e por seus direitos, espantadas com os ataques feitos à universidade pública.
Evidentemente, essa mobilização também conta com pessoas de esquerda, líderes partidários e organizações sindicais, mas não manipulando e coagindo os participantes, que abriram os olhos e aderiram espontaneamente (as manifestações pró-impeachment tiveram participação de grupos ideológicos, estes à direita, e nesta época o pessoal que está atacando os protestos atuais achava essa participação à direita super válida, não consideravam os militantes como ideológicos, não falavam em "massa de manobra").
Trata-se de mais uma coleção de erros de Bolsonaro, que além de querer diminuir investimentos nas Ciências Humanas parece ele mesmo não ter aprendido com uma delas, a História. Pode pagar caro ao ter "mexido" com os estudantes e, agora de forma mais incisiva ainda, com jornalistas de meios tradicionais.
O próprio ministro usou a palavra "corte" sobre o orçamento geral das universidades, falou em 30% e depois deu uma procurada nas estatísticas para divulgar um percentual menor (sobre as despesas discricionárias e não sobre o total) e agora o governo, que desmentiu seus próprios deputados, deixando-os com cara de mentirosos, chama estudantes e jornalistas de burros por "não saberem a diferença entre corte e contingenciamento".
Eles mesmos causam a confusão generalizada para depois desqualificar críticos e colocar Bolsonaro, a pessoa, como o único que pode resolver os problemas que ele mesmo cria a todo momento, enquanto todas as instituições, políticos e estudantes seriam o mal a ser combatido.
Economias na gestão pública são necessárias, mas cortes de investimentos atrelados a desculpas ("balbúrdia", "gente pelada") são erros indisfarçáveis. O que o governo fez foi um ataque frontal ao conhecimento científico e tecnológico, a uma parte da Educação brasileira que ainda funciona enquanto outras tem graves problemas. Mais ainda, um ataque aos próprios estudantes, que sustentam o futuro do país a partir de suas pesquisas e estudos. Claro que haveria alguma resposta.
Ademais, apresentar a aprovação da Reforma da Previdência como chantagem para justificar cortes essenciais na área de Educação não é uma saída muito boa. Falta capacidade de gestão e articulação. Resolver problemas em vez de criá-los.
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Re: Educação
Perfeito. Mas é um erro achar que a reforma é uma chantagem. Menos contingenciamentos como esses dependem sim de reformas que reduzam o gasto público.