Fanfics CH

Postem aqui suas histórias!

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Bugiga
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Re: Fanfics CH

Mensagem por Bugiga » 23 Fev 2018, 21:26

Barbano escreveu:O bilhete de loteria (76)
Caça ao rato parte 2 (79)
Reivindicação Salarial para o Chaves (79)
De onde tu tirou que a Chiquinha não participa do episódio do Bilhete de 76?

Creio que tu queria citar o episódio do Chiclete no Chapéu, não?
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Re: Fanfics CH

Mensagem por Barbano » 23 Fev 2018, 21:28

Chicletes e confusões. Confusões já tá aí...
Esses usuários curtiram o post de Barbano (total: 1):
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Jacinto
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Re: Fanfics CH

Mensagem por Jacinto » 23 Fev 2018, 21:46

É esse mesmo :P

Guilherme CH
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Re: Fanfics CH

Mensagem por Guilherme CH » 24 Fev 2018, 09:59

Churrumín escreveu:Posso, mas vai demorar um tempo. :joinha:

Mas por enquanto me digam o que acharam das melhorias feitas nessa. :D
Eu não cheguei a ver como estava antes das mudanças, mas essa versão que você postou ficou excelente. Ao mesmo tempo que tem uma certa semelhança com o episódio "Bilhete de Loteria", há também uma identidade própria, assim dizendo. É o mesmo caso do roteiro que eu criei de "A casinha da Chiquinha" (1975) com o link na página anterior.

No mais, a sua história ficou bem bacana e com um final típico das histórias do Chaves. :)

Tirado Alanís
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Re: Fanfics CH

Mensagem por Tirado Alanís » 25 Mar 2018, 16:26

Churrumín escreveu:CHAVES - O Tiro Que Saiu Pela Culatra
Possível ano para o episódio: 1977

Roberto Gómez Bolaños como Chaves
Ramón Valdez como Seu Madruga
Carlos Villagrán como Quico
Florinda Meza como Dona Florinda
Maria Antonieta de las Nieves como Chiquinha
Angelines Fernandez como Dona Clotilde, a Bruxa do 71
e Edgar Vivar como Senhor Barriga

BLOCO 1
Seu Madruga está sentado no sofá, tentando ler um jornal com extrema dificuldade, sem se dar conta de que ele está de cabeça para baixo (RISOS). Chiquinha sai de seu quarto com uma caixa debaixo do braço.

CHIQUINHA - Papi, eu posso ir lá na casa da Pópis?

SEU MADRUGA (sem tirar os olhos do jornal) - Fazer o quê, filha?

CHIQUINHA - É que hoje eu fiquei de mostrar a minha coleção de papéis de carta pra ela! (abre a caixa, despejando o conteúdo em cima da mesa) Eu tenho uns lindos! Olha esse, com desenhos de ursinhos. Aquele verde... O meu preferido é este daqui, tem um casal de namorados se abraçando debaixo de um guarda-chuva, e umas gotinhas douradas caindo em cima deles... (percebe que ele não está prestando atenção, recolhe tudo e vai saindo)

SEU MADRUGA - Ei, ei, ei! Aonde você pensa que vai?

CHIQUINHA - Eu já disse, na casa da Pópis!

SEU MADRUGA - Mas eu não te deixo sair!

CHIQUINHA - E por que não?

SEU MADRUGA - Por que te mandei lavar a louça do almoço, e quando fui ver, o guarda-pratos estava completamente vazio!

CHIQUINHA - Ah, mas eu já lavei!

SEU MADRUGA - E então?

CHIQUINHA - Deixei enxugando!

Ela abre a janela e se vê vários pratos, talheres e panelas pendurados no varal do pátio. (RISOS)
SEU MADRUGA (boquiaberto, levantando-se para tentar recolher tudo) - Mas é incrível! É incrível! Parece que eu estou em um manicômio! Você não sabe que nós temos um pano de prato em casa, menina?

CHIQUINHA - Sei...

SEU MADRUGA - Então por que pendurou a louça no varal?

CHIQUINHA - Bom, o senhor se lembra que também me mandou passar pano no chão? (RISOS)


SEU MADRUGA (parando espantado) - Eu não acredito que você passou o pano de prato no chão, Chiquinha!

CHIQUINHA - Mas é claro que não. Eu usei para lustrar os móveis! (RISOS)

SEU MADRUGA - E para limpar o chão?

CHIQUINHA - “Oho! Ihi! Oho!” Aquela sua toalha já estava tão velha, eu pensei que... (RISOS)

Seu Madruga se zanga e, ao levantar o braço para bater na filha, deixa alguns pratos caírem e se quebrarem. (RISOS) Ela aproveita para se esconder no quarto, enquanto ele fica abaixado, juntando os cacos. Chaves vem chegando da rua, e o vê.

CHAVES - Tão grande e ainda fazendo arte... (RISOS)

SEU MADRUGA (levantando-se bravo, mas relevando e olhando para o chão) - A sorte é que eles se partiram em cacos grandes. Com um pouco de jeito ainda dá pra colar... Chaves, venha cá!

CHAVES (chutando os pés) - Outra vez precisam de um burro de carga! (RISOS)

SEU MADRUGA - Pois esse é um serviço tão banal que até um burro faria, mesmo.

CHAVES - Então por que não faz o senhor? (RISOS)

SEU MADRUGA (zangando-se mais) - O que disse???

CHAVES - Que... Qual é o serviço?

SEU MADRUGA - Está vendo esses pratos aqui (e aponta para os cacos no chão)? Quero que os deixe iguais a estes (e aponta para os que ainda estão no varal).

CHAVES (com uma expressão aérea) - Sim, sim.

SEU MADRUGA - Certo.

CHAVES - Sim, sim.

SEU MADRUGA - Certo!

CHAVES (ainda parado) - Sim, sim.

SEU MADRUGA (inquisidor) - CERTO! (RISOS)

Chaves - Sim, sim. (RISOS)

SEU MADRUGA - Então se mexa, ora, comece a trabalhar!

CHAVES (estendendo a mão) - O senhor não está esquecendo nada?

SEU MADRUGA (remexendo os bolsos) - Ah... Tem razão, Chavinho, tem razão. Toma! (e lhe entrega um tubo de supercola) (RISOS) Enquanto isso, eu vou ali resolver um probleminha muito especial... (volta para casa e entra no quarto da Chiquinha) CHIQUINHA!!!

CHIQUINHA (voz debaixo da cama) - Não está! (RISOS)

SEU MADRUGA (ameaçando tirar o cinto) - Vamos ver se não está...

CHIQUINHA (saindo alvoroçada debaixo da cama) - Não, papaizinho, não! Não, não, papaizinho...

SEU MADRUGA - Muito bem! Agora escute, fruto do meu pecado (RISOS), quero que você explique direitinho que ideia foi essa de pôr a louça no varal.

CHIQUINHA - Mas eu já lhe disse, nós não temos panos o suficiente aqui em casa! Por isso eu tive que usar o de prato para lustrar os móveis, e a toalha para passar no chão.

SEU MADRUGA - Certo... E aposto que nem pretendia me contar o que fez com a toalha.

CHIQUINHA - Bem... Bom...

SEU MADRUGA - Já pensou se eu usasse aquela imundície? Graças a Deus hoje não é sábado, mas se fosse, como é que eu ia tomar banho? (RISOS)

CHIQUINHA - Se o senhor quisesse, eu poderia cortar um pedaço da cortina, e... (RISOS)

SEU MADRUGA (tirando o cinto de vez) - Você vai ver o pedaço da cortina!

Nesse momento, ouve-se um barulho de coisas quebrando.

SEU MADRUGA (saindo do quarto e olhando pela janela) - O que foi isso?

Chaves está parado e todos os pratos estão espedaçados aos pés dele.

SEU MADRUGA (saindo de casa abismado) - Mas o que você fez, seu animal?

CHAVES - O que o senhor mandou, deixei todos os pratos iguais! (RISOS)

SEU MADRUGA - Mas que ótimo... Agora eu vou fazer o mesmo com a sua cabeça, e vamos ver se gosta! (RISOS)

Seu Madruga levanta o boné do Chaves e lhe dá o clássico cascudo. O menino vai se esconder no barril, chorando.

SEU MADRUGA (abaixando-se) - Só não te dou outra porque... Tenho que dar um jeito nesse desastre. (ele então percebe Chiquinha fugindo pelo corredor que liga os pátios e corre atrás dela) Chiquinha, volte aqui! Chiquinha!!!

Dona Florinda chega da rua carregando uma cesta. Quico vem atrás dela.

DONA FLORINDA (parando no meio dos cacos) - Mas o que é isso? Quem fez essa sujeira?

CHAVES (voz de dentro do barril) - Foi o Seu Madruga!

SEU MADRUGA (voltando com o cinto na mão, olhando para trás) - Vamos ver se assim aprende a ser gente!

DONA FLORINDA (aproximando-se dele, com as mãos na cintura) - Muito bonito!

SEU MADRUGA - Ah, vizinha, se a senhora fosse a primeira a dizer isso... (RISOS)

PAFF! (RISOS)

Com o tapa, ele se vira e acaba dando uma cintada no Quico, que estava perto.

QUICO - Mamãe!!!

DONA FLORINDA - Atacando meu filho, hein? E á traição!

SEU MADRUGA - Á traição?

DONA FLORINDA - Pela retaguarda!

RE-PAFF! (RISOS)

Novamente, com o tapa, Seu Madruga se vira e acerta o Quico.

DONA FLORINDA - Outra vez?

SEU MADRUGA (tentando fazer um carinho no garoto) - Mas eu aposto que não doeu nada, veja, é couro sintético! (RISOS)

DONA FLORINDA (tomando o cinto das mãos dele) - Ah, é? Vamos ver se dói ou não!

Ela corre atrás do Seu Madruga pelo corredor. Após uma transição de cena, ele está novamente no sofá de sua casa tentando ler o jornal, que continua de cabeça para baixo. Chiquinha chega com a mesma caixa nas mãos.

CHIQUINHA - Papai, será que agora eu posso ir na casa da Pópis?

Seu Madruga abaixa o jornal, e pode-se ver sua cara com um olho roxo. (RISOS)

SEU MADRUGA - Não!

CHIQUINHA - E por que não?

SEU MADRUGA - Por que é muito longe!

CHIQUINHA - Mas são só duas quadras, pai! Além do mais, a casa dela é de esquina!

SEU MADRUGA - Continua sendo longe. Você é uma criança, e desacompanhada ainda por cima!

CHIQUINHA - Mas a distância de lá pra cá é a mesma, e a Pópis sempre vem brincar comigo!

SEU MADRUGA - Por que os pais dela não devem saber do perigo que é deixa-la sair sozinha! Saiba que a cada dez minutos, uma criança é atropelada na cidade.

CHIQUINHA - Então quer dizer que daqui a alguns dias só vão restar os adultos por aqui? (RISOS)

SEU MADRUGA - Não é possível! Não é possível! São cidades diferentes, minha filha, no mundo todo!

CHIQUINHA - Ah... Eu não acredito!

SEU MADRUGA - Pois pode acreditar. Deu aqui no jornal.

CHIQUINHA - Se é por isso mesmo que eu não acredito!

SEU MADRUGA - Como? Ousa então discordar da imprensa jornaleira, que tantos favores tem prestado á nossa nação? Que com suas reportagens de alto teor informativo e catastrófico aplaca a sede de saber que enlouquece as mentes diariamente? Que nos dá nestas simples linhas o conhecimento necessário para continuar nosso existismo sobre a face da terra? Que...

CHIQUINHA - O jornal está de cabeça para baixo, pai... (RISOS)

SEU MADRUGA (finalmente se tocando e virando o jornal) - Ah, sim! Mas é que... É que... Nós devemos analisar as notícias por todos os ângulos, não? (RISOS)

CHIQUINHA - Que seja. Mas o senhor me manda ir lá na venda, que é até mais longe! E manda o Chaves também.

SEU MADRUGA - É diferente. E só em casos de muita necessidade.

CHIQUINHA - Como naquele dia em que eu fui comprar os seus cigarros? (RISOS)

SEU MADRUGA - Olha, Chiquinha, eu vou lhe dizer uma coisa, e preste muita atenção, por que só vai ser uma vez: aconteça o que acontecer, nunca me desminta, entendeu?

CHIQUINHA - Sim, papi.

Os dois se calam. Chiquinha senta-se numa cadeira com os cotovelos na mesa e as mãos nas bochechas, desapontada. Seu pai começa a ler o jornal da maneira correta, balançando a cabeça negativamente.

SEU MADRUGA (só para si) - Eu devo ser mesmo um burro.

CHIQUINHA (sem sair de sua posição) - Com toda a certeza! (RISOS)

SEU MADRUGA - O que disse?

CHIQUINHA - O senhor quem falou que eu nunca poderia lhe desmentir. (RISOS)

SEU MADRUGA (ameaçando tirar o cinto) - E desde quando você tem que dar ouvidos ao que o primeiro estúpido lhe diz? (RISOS) Digo, digo... Repita, menina, repita se quiser levar umas cintadas outra vez!

CHIQUINHA - Não, não, papaizinho, eu vou ficar no meu quarto!

Chiquinha volta para o quarto, e Seu Madruga finalmente lê o jornal. Em dado momento, ele se espanta. Chaves bate na porta.

CHAVES (do lado de fora) - Posso entrar?

SEU MADRUGA (com o jornal) - Não!

CHAVES - Não?

SEU MADRUGA - Sim?

Chaves entra.

SEU MADRUGA - Não!

Chaves sai.

SEU MADRUGA - Sim?

Chaves entra.

SEU MADRUGA - Não!

CHAVES - Ora, não seja palhaço! (RISOS)

SEU MADRUGA (se levantando bravo) - O QUÊ?

CHAVES - O senhor estava aí feito barata tonta dizendo "não, sim, não, sim"... (RISOS)

SEU MADRUGA - É que eu estava lendo uma coisa que... (olha de novo o jornal) Não!

CHAVES - Já vai começar outra vez! (RISOS)

SEU MADRUGA (balançando as pernas e se sustentando na parede) - Chaves, me faz um favor? Vai lá no quarto e me traz um travesseiro, sim?

Chaves dá de ombros e entra no quarto. Volta com o travesseiro, acompanhado da Chiquinha.

SEU MADRUGA - Ótimo, agora deixe ele aí no chão!

CHAVES (pondo o travesseiro no chão) - Assim?

SEU MADRUGA - Não, mas um pouquinho para lá.

CHAVES (afastando o travesseiro) - Assim?

SEU MADRUGA - Perfeito! Agora, com licença!

Dizendo isso, ele cai duro, extasiado, com o jornal nas mãos, em cima do travesseiro. (RISOS)
BLOCO 2
CHAVES (tremendo um pouco) - Se-será que ele morreu?

CHIQUINHA (mais calma, mas também apreensiva) - Não, deve estar só desacordado...

CHAVES - E como a gente faz para ele ficar desdormido de novo? (RISOS)

CHIQUINHA - Bom, com um pouco d'água se pode fazer os desmaiados voltarem. Eu vou ver o que consigo arranjar. Enquanto isso, você coloca ele em cima do sofá!

CHAVES - Isso, isso, isso!

Chiquinha entra na cozinha, e Chaves tenta, comicamente, arrastar o Seu Madruga para cima do sofá, em várias posições diferentes e sem êxito. (RISOS) Chiquinha volta com um copo e uma jarra com água, e percebe tudo.

CHIQUINHA - Tá, tá, tá, Chaves, deixa ele assim mesmo!

CHAVES - Mas nessa posição de minhoca contorcida? (RISOS)

CHIQUINHA - Não faz mal, eu já trouxe a água. Tome!

CHAVES - (bebendo a água) Obrigado! Sabe, eu cansei mesmo. Nunca pensei que o seu pai pudesse pesar tanto... Olhando assim, ninguém diz! (RISOS)

CHIQUINHA - Mas não era pra você beber, tonto! Era pra jogar nele, e ver se ele se recuperava da desmaiecência! (RISOS)

CHAVES - Ah!...

CHIQUINHA (imitando) - "Ah!..." Mas parece que não pensa!

CHAVES (pegando a jarra que havia ficado sobre a mesa) - Em primeiro lugar, não se diz "desmaiecência", e sim desmaiecimento! (RISOS) E em segundo lugar, eu sim penso. Tanto que ficou um pouco de água ali, e eu vou usar pra curar ele, você vai ver.

CHIQUINHA - Tudo bem... Mas não vá despejar tudo, Chaves!

CHUÁÁÁÁÁ.... (RISOS)

SEU MADRUGA (acordando assustado, pulando e gritando) - Casco furado, casco furado, abandonar navio!!! (RISOS)

CHAVES - Viu só como funcionou? Ele já voltou ao normal! (RISOS)

Há uma transição de cena. Madruga está recuperado, sentado em uma das cadeiras da mesa, Chiquinha e Chaves estão do seu lado. Quico também está lá.

CHIQUINHA - Agora que tudo já passou, acho que o senhor pode contar pra gente por que ficou daquele jeito, papai!

SEU MADRUGA (se animando) - Foi de emoção, filhinha! Só de ver uma nota...

CHAVES - Ah, então está explicado por que o senhor não trabalha! Se vendo uma nota já desaba assim, quando recebesse o primeiro salário ia morrer na hora! (RISOS)

SEU MADRUGA - Uma nota no jornal, Chaves! E que me deixou bambeando!

QUICO - Mas pra isso não precisa muito! É só bater um vento mais forte... (RISOS)

SEU MADRUGA - Quero dizer que a nota me deixou chocado!

QUICO - Então lhe vai nascer um pintinho? (RISOS)

SEU MADRUGA (zangado) - Olha, Quico, o que você está fazendo aqui?

QUICO - Bom, é que a minha mamãe me mandou ver se o senhor já tinha melhorado!

SEU MADRUGA (espantado e incrédulo) - Como? A Dona Florinda quer saber se eu já melhorei?

QUICO - Sim!

SEU MADRUGA - A Dona Florinda?

QUICO - Pois sim.

SEU MADRUGA - Quer mesmo saber?

QUICO - Quer.

SEU MADRUGA - Se... Eu já melhorei?

QUICO - Exato.

SEU MADRUGA - Mas é impressionante!... A Dona Florinda? (RISOS)

QUICO - Ela mesma.

SEU MADRUGA - Então realmente...

QUICO - Ai cale-se, cale-se, cale-se, você me deixa louco!!! (RISOS)

Seu Madruga fecha a cara.

QUICO - Quer dizer, sim, Seu Madruguinha, minha mamãe está perguntando se o senhor já ficou bom!

SEU MADRUGA - Mas... Mas por quê?

QUICO - É que ela espera que o senhor se recupere depressa...

Seu Madruga abre um sorriso.

QUICO - ...Para que possa ir limpar aquela sujeirada que ficou no pátio! (RISOS)

Ele continua com o sorriso no rosto.

CHIQUINHA - Papai! Se eu fosse o senhor, não deixava barato! Ia correndo pedir uma carta de alforria! (RISOS)

Ele permanece alegre, com o olhar perdido.

CHIQUINHA - Ainda está contente? Será que a queda lhe fez mal para os miolos?

CHAVES - Uh... Se depender de queda, então ele já deve ter caído do berço! (RISOS)

Chiquinha o sacode, preocupada.

SEU MADRUGA (entusiasmado) - Hã? Calma, calma, filhinha. É que com o dinheiro que eu vou conseguir, posso até ter a Dona Florinda ajoelhada aos meus pés!

CHAVES - Ela vai engraxar os seus sapatos? (RISOS)

SEU MADRUGA - É um modo de falar, Chaves. Quer dizer que eu vou ser superior a ela.

QUICO (rindo-se) - Vai usar um salto maior que o dela? (RISOS)

SEU MADRUGA - Vou ser superior financeiramente, Quico! Terei mais dinheiro, muito mais!

QUICO (parando subitamente de rir e saindo com raiva) - Ah, é? Pois vai ver só! Eu vou já pedir pra minha mãe comprar todo o Palácio de Versalhes! (RISOS)

CHIQUINHA - Escuta, papai, como o senhor vai conseguir isso tudo?

SEU MADRUGA - Ah, eu ainda não falei? Hoje uma senhora grã-fina pôs uma notícia, dizendo que estava procurando uma caixinha de música, que é a única lembrança da infância dela, e que foi perdida no cais.

CHAVES - E daí?

SEU MADRUGA - E daí que gente desse tipo paga muito para conseguir certas coisas. E com um valor sentimental, ainda por cima, é um negócio estupendo!

CHIQUINHA - Mas o senhor está com ela?

SEU MADRUGA - Você não imagina, Chiquinha! Um tempo atrás eu estava no cais, para cumprir uma aposta que tinha feito com um marinheiro.

CHAVES - Como assim?

SEU MADRUGA - O marinheiro era um companheiro antigo, nós servimos juntos. E olha que eu quase cheguei a ser cabo!

CHAVES - De vara de pesca? (RISOS)

SEU MADRUGA - Mas não consegui sair do raso.

CHAVES - Não sabia nadar? (RISOS)

SEU MADRUGA - Chaves, vai continuar interrompendo, sim ou não?

CHAVES - Não.

SEU MADRUGA - Muito bem. Era uma amizade longa. Nós ainda éramos entusiasmados por qualquer besteira. Claro, era a época da nossa juventude.

CHAVES - Mas já haviam inventado os navios? (RISOS)

SEU MADRUGA - CHAVES!

CHAVES - Perdão.

SEU MADRUGA - E a mulher dele estava grávida. Então, no calor de uma discussão, eu apostei a nossa casa aqui, que seria uma menina. E ele apostou o próprio barco que seria um menino!

CHAVES - Caramba! E nunca tentou acabar com a aposta?

SEU MADRUGA (com a mão no peito) - Nunca. Havia algo de especial em mim. Dessas coisas raras que acabam desaparecendo com a vida.

CHAVES - Era a sua palavra de homem? (RISOS)

SEU MADRUGA (desfazendo a pose) - CHAV... Er... Era. (RISOS)

CHIQUINHA - E o senhor não teve medo de perder?

SEU MADRUGA - De jeito nenhum, me mantive firme até o final!

CHAVES - Até por que, perder uma casa com quatorze meses de aluguel atrasado não é lá grande coisa! (RISOS)

SEU MADRUGA - Ah, não? E aonde você acha que eu iria morar?

CHAVES - Ora, em outra vila, enganando outro senhorio! (RISOS)

SEU MADRUGA - Olha, Chaves, eu só não te dou uma porque... Tenho que continuar a história.

CHIQUINHA - Isso, papai, e aí, quem ganhou?

SEU MADRUGA - Ninguém, filhinha, nasceu um casal de gêmeos! (RISOS) Mas estávamos com o sangue quente!

CHAVES - E não entraram em erupção? (RISOS)

SEU MADRUGA - Nós estávamos agitados com a aposta! E foi aí que eu cometi a maior loucura da minha vida.

CHAVES - Também se casou? (RISOS)

SEU MADRUGA - Será possível!

CHAVES - Me desculpe...

SEU MADRUGA (imitando) - “Me desculpe...” Bom, como eu dizia, foi aí que eu cometi a segunda maior loucura da minha vida. (RISOS) Eu pus a casa á sorte, de novo, e ele o barco, dessa vez num jogo de baralho. Imaginem. Num simples, num mero jogo de baralho. E eu ganhei!

CHIQUINHA - Pai! Então quer dizer que o senhor tem um barco lá no cais e nunca me disse nada?

SEU MADRUGA - É que eu não tenho mais, Chiquinha. Passei adiante.

CHIQUINHA - Por quê?

SEU MADRUGA - Por que eu descobri que ele estava com quinze meses de aluguel atrasado. (RISOS)

CHAVES - Bom, mas eu ainda não entendi aonde entra a caixinha de música nessa história toda.

SEU MADRUGA - É que no dia eu a encontrei abandonada por lá, e... Bom... Cabia um ás ou outro lá dentro... (RISOS) Mas ela me deu sorte! Então eu a trouxe para cá, com a promessa de que ia guardar muito bem.

CHIQUINHA - E onde está agora?

SEU MADRUGA - Bem ali, filha, calçando o pé do sofá! (RISOS)

Chaves e Chiquinha dão pulos de alegria, enquanto Seu Madruga tira a caixinha de baixo do sofá, que fica em falso.

CHAVES - Então o senhor não vai mais me cobrar os partos pratidos? (RISOS)

SEU MADRUGA - O quê?

CHAVES - Digo... Os pratos partidos?

SEU MADRUGA - Não, Chaves!

CHAVES - Nem os lençóis para fazer uma cabaninha? (RISOS)

SEU MADRUGA (parando, surpreso, e depois se recuperando) - Não, Chaves, não!

Chaves entra no quarto da Chiquinha e sai de lá arrastando um punhado de lençóis.

CHAVES - Obrigado! (RISOS)

Seu Madruga se zanga um pouco, mas deixa ele sair.

CHIQUINHA - Papai, vai deixar ele ir embora com os nossos lençóis?

SEU MADRUGA - Vamos comprar vinte, no lugar, filha! Agora nós teremos dinheiro até para picar e usar como confete!

SENHOR BARRIGA (aparecendo na janela) - Não me diga! (RISOS)
BLOCO 3
Dona Florinda sai de sua casa simultaneamente com Dona Clotilde, e as duas param para conversar:

DONA FLORINDA - Boa tarde, Dona Clotilde!

DONA CLOTILDE - Boa tarde! Ouça, é verdade o que andam dizendo por aí, que o Seu Madruga vai ficar rico?

DONA FLORINDA - Pelo que o Quico me contou, sim.

DONA CLOTILDE - Mas como, isso?

DONA FLORINDA - Eu não sei, ele não explicou direito... Parece que uma senhora perdeu algo que ele achou. E como essa senhora é muito rica, vai oferecer uma grande recompensa.

DONA CLOTILDE - Hum! Não será um embuste do seu menino?

DONA FLORINDA - O que é isso? De jeito nenhum! O Quico nunca diria uma mentira!

DONA CLOTILDE - Então a senhora o manda mesmo á padaria para comprar pão dormido, só por que é mais barato! Pois foi o que eu ouvi ele dizer ao Chaves! (RISOS)

DONA FLORINDA (disfarçando) - Bom... Há que se levar em conta que as crianças são muito inventivas... (RISOS) Olhe, aí vem a Chiquinha!

Chiquinha vai saindo de sua casa, e Dona Clotilde anda até ela.

DONA CLOTILDE - Espere, menina! Estão espalhando por aí que o seu pai vai ganhar um bom dinheiro. Isso é mesmo verdade?

CHIQUINHA (animada) - Mas é claro! E vai receber hoje mesmo!

DONA CLOTILDE - Não me diga!

CHIQUINHA - Sim, pois é, pois é, pois é! E agora eu estou indo avisar o carpinteiro!

DONA CLOTILDE - Ué, mas por quê?

CHIQUINHA - Por que ele falou que o meu papai lhe dá calote a tanto tempo, que da próxima vez que o visse, era capaz até fazer uma porta com a sua cara de pau! (RISOS) Mas agora ele vai quitar a dívida toda, e até com juros! E também a do confeiteiro, a do açougueiro, a do leiteiro, a do verdureiro... Ah, são tantos, tantos, que eu acho que só vou voltar à noitinha! (RISOS)

Chiquinha sai pulando, contente, enquanto Quico vem entrando. Dona Florinda o vê e o chama.

DONA FLORINDA - Quico!

QUICO - Sim, mamãe?

DONA FLORINDA (entregando algumas moedas ao garoto e falando alto, para Dona Clotilde escutar) - Olhe, tesouro, quero que você vá à padaria para mim, e me traga tudo isso aqui de pães fresquinhos!

QUICO - Pães fresquinhos? Vamos receber visita hoje, mamãe? (RISOS)

A cena passa, então, para a casa do Seu Madruga, que está lá com o Chaves e o Senhor Barriga.

CHAVES - Sabe, eu ainda não entendo como alguém paga tanto assim por uma simples caixinha de música!

SEU MADRUGA - Mas não é só a caixinha, são todas as lembranças que ela traz, Chaves!

CHAVES - Pois as minhas lembranças eu guardo na cabeça, e não em uma caixa! (RISOS)

SENHOR BARRIGA - Você não vai levar nada da sua infância, Chaves?

CHAVES - Sim!

SENHOR BARRIGA - O quê?

CHAVES - Esse arranhão bem aqui, na perna. Foi quando eu caí de um muro... (RISOS)

SENHOR BARRIGA - Mas não é disso que eu estou falando!

CHAVES - E então?

SEU MADRUGA - Deixe, Senhor Barriga, eu acho que ele ainda não consegue entender. E o senhor, não tem nada da sua infância?

SENHOR BARRIGA - Eu até hoje guardo um pijaminha que minha madrinha me deu, quando eu tinha apenas uns meses de vida!

SEU MADRUGA - Não me diga! Pois o senhor não sabe que eu durmo de roupa? Se pudesse me dar esse pijama...

SENHOR BARRIGA - Mas eu já disse que era de quando eu tinha apenas alguns meses.

SEU MADRUGA - Sim, mas o senhor com poucos meses devia vestir o número que eu visto hoje! (RISOS)

SENHOR BARRIGA - O quê?

SEU MADRUGA - Digo...

SENHOR BARRIGA - Não diga. Se contente apenas em pagar os quatorze meses de aluguel que me deve!

CHAVES - E depois, agora o senhor pode comprar uns dez pijamas!

CHIQUINHA (entrando) - Pois eu acho que não. Com o tanto que o meu pai deve, o dinheiro que sobrar só vai dar para comprar um caramelinho! (RISOS)

SEU MADRUGA - Ah, Chiquinha, que bom que você chegou! Eu não consigo lembrar aonde pus a chave da caixinha!

CHIQUINHA - Ora, a única chave que nós temos aqui em casa é a que fecha a porta do banheiro! (RISOS)

SEU MADRUGA - É mesmo! Como é que eu pude me esquecer! ( vai até o banheiro e volta com a chavinha. Põe na caixa de música e dá corda) Há algo errado.

CHAVES - O quê?

SEU MADRUGA - A bailarina não está rodando bem.

CHAVES - Não estará mal calibrada? (RISOS)

SEU MADRUGA - Deve ser algum problema na corda.

CHAVES - Colocando outra talvez melhore. Eu posso pegar a do varal... (RISOS)

SEU MADRUGA - Olha, Chaves, você quer mesmo ajudar? Então vá comprar uma lanterninha.

CHAVES - Uma lanterninha?

SEU MADRUGA - É, daquelas pequenininhas, porque eu vou ver se consigo mexer nas engrenagens.

CHAVES - Então está bem.

Chaves sai e, no pátio, se encontra com o Quico.

QUICO - Ei, Chaves, o Seu Madruga já foi buscar o dinheiro?

CHAVES - Ainda não, ele está precisando de uma luz e eu tenho ir pegar.

Ele vai para a rua e Dona Florinda sai de sua casa.

DONA FLORINDA - Quico, vai chamar o Chaves pra mim?

QUICO - Agora ele não pode, mamãe. Está muito ocupado!

DONA FLORINDA - Com o quê?

QUICO - Ele foi dar a luz! (RISOS)

DONA FLORINDA (espantada) - A quem?

QUICO - Ao Seu Madruga! (RISOS)

DONA FLORINDA (cochichando) - Olha, tesouro, deixe de falar bobagens e vá você lá no padeiro, trocar esses pãezinhos pelos dormidos (lhe entrega o saco de pães). (RISOS)

QUICO - Pode deixar.

DONA FLORINDA - E traga a diferença! (RISOS)

Há uma transição de cena. Seu Madruga está em casa, terminando de consertar a caixinha. Senhor Barriga, depois de andar um pouco pela sala, senta-se no sofá em falso, afundando toda a parte onde ficou e empinando o outro lado do assento. Chaves e Chiquinha, que estão no chão vendo os papéis de carta espalhados, olham-se espantados e fazem, simultaneamente, um gesto de “gordura”. (RISOS)

SENHOR BARRIGA - Quer dizer que o senhor já foi marinheiro?

SEU MADRUGA - E dos bons!

SENHOR BARRIGA - Então não sei por que saiu da profissão.

SEU MADRUGA - Sinceramente, nem eu sei... Eu não me entregava à barriga, Senhor Ócio. (RISOS)

SENHOR BARRIGA - O que disse?

SEU MADRUGA - Digo, digo... Eu não me entregava ao ócio, Senhor Barriga!

SENHOR BARRIGA (descrente) - Não diga...

SEU MADRUGA - Falo sério! Fazia de tudo para não sentir preguiça ao ver todas as obrigações que eu teria que cumprir. Deixava até de comparecer ao trabalho para que isso não acontecesse! (RISOS)

CHIQUINHA (mostrando um papel ao Chaves) - Olha, Chaves, esse aqui é o meu preferido! Um casal de namorados com um guarda-chuva, e umas gotinhas douradas caindo...

CHAVES - Como são bobos, não?

CHIQUINHA - Bobos?

CHAVES - Claro! Se fosse eu que estivesse aí, virava o guarda-chuva de cabeça para baixo e tentava pegar quanto ouro eu conseguisse! (RISOS) E por que você coleciona esses papéis?

CHIQUINHA - Para passar o tempo. Tem quem colecione selos, ou moedas...

SENHOR BARRIGA - Ou meses de aluguel... (RISOS)

SEU MADRUGA (se levantando entusiasmado) - Pois fique sabendo que eu já terminei! A caixa está funcionando perfeitamente!

Chiquinha e Chaves também se levantam, vibrando.

CHIQUINHA - Vai entregá-la agora, papai?

SEU MADRUGA - Vou, filha, o endereço é per-(ic)... per-(ic)... Perto!

CHAVES - Chiquinha, eu acho que dessa vez a engrenagem que está com defeito é a do seu pai! (RISOS)

SEU MADRUGA - Não é nada dis-(ic)-so! O que acontece é que eu fiquei com so-(ic)... com so-(ic)...

CHAVES - Consolado? (RISOS)

CHIQUINHA - Consorte! (RISOS)

CHAVES - Consomido? (RISOS)

SEU MADRUGA - Com soluço! Deve ter (ic) sido de tanta emoção...

CHIQUINHA (beijando-o na bochecha) - Ah... Boa sorte, pai!

SEU MADRUGA - Vou ter, filha! Eu sinto que, as-(ic)... assim que passar por essa porta, minha vida vai (ic) mudar.

Assim que Seu Madruga cruza a porta, é abraçado por Dona Clotilde, que estava de tocaia, esperando.

DONA CLOTILDE - Meu amor! (RISOS)

SEU MADRUGA - Dona...

DONA CLOTILDE - Agora que a sua situação financeira não é mais um problema, você não precisa se envergonhar!

SEU MADRUGA - Mas se envergonhar do quê?

DONA CLOTILDE - De me pedir em casamento! Mamá, por tanto tempo eu esperei! (RISOS)

SEU MADRUGA - Mas eu...

DONA CLOTILDE - Não diga nada! Não vamos estragar com palavras esse momento que é só de sentimentos!

SEU MADRUGA - Realmente, a senhora é incapaz de imaginar o que eu estou sentido agora... (RISOS)

DONA CLOTILDE (abraçando-o com mais força) - Nós viveremos juntos o resto de nossos dias! Teremos tata paz! Paz! Oh, Mamá, agora eu descobri por que branco é a cor das noivas!

SEU MADRUGA - E eu, por que preto é a dos noivos! (RISOS)

DONA CLOTILDE - Seu coração está batendo tão apressado! Diga-me, qual é a sua sensação agora?

SEU MADRUGA - Alívio!

DONA CLOTILDE (estranhando) - Alívio?

SEU MADRUGA - É sim, muito obrigado! Com esse susto a senhora fez passar o meu soluço. (RISOS)

DONA CLOTILDE (largando-o e indo para sua casa, zangada) - Insensível! (RISOS)

Seu Madruga ainda fica no pátio por alguns momentos, tendo alguns calafrios, mas logo se lembra do embrulho e sai para entregá-lo. Quico volta da rua e sua mãe, abrindo a janela, o vê.

DONA FLORINDA - Quico!

QUICO (aproximando-se da janela) - Sim, mamãe?

DONA FLORINDA - Entregou os pãezinhos como eu mandei?

QUICO - Claro, mamãe, fiz tudo certinho como a senhora falou!

DONA FLORINDA - Que bom menino! E trouxe a diferença?

QUICO - Não se preocupe que depois eu trago.

DONA FLORINDA (estranhando) - Depois? Como assim depois?

QUICO - A senhora não me disse para trocar os pães frescos pelos dormidos?

DONA FLORINDA - Disse.

QUICO - Pois então? A diferença entre eles é de um dia todinho! Então esses que eu deixei lá hoje, vou buscar amanhã! (RISOS)

Há, então, uma transição de cena e pode-se ver Seu Madruga voltando ainda com o embrulho. Chaves e Chiquinha estão no pátio, esperando-o.

CHIQUINHA - Como é que foi, papai?

SEU MADRUGA - Foi péssimo, minha filha. Imagine que, quando eu cheguei lá, já haviam entregado uma caixinha de música para a grã-fina, e ela reconheceu como sendo a que estava perdida!

CHIQUINHA - Mas e a sua?

SEU MADRUGA - Não vale nada! Agora o que eu quero entender é como duas pessoas perdem um mesmo objeto, num mesmo local, e praticamente na mesma data!

Dona Clotilde sai de sua casa com um cesto de roupas sujas e se dirige para o tanque. Acaba escutando um pouquinho da conversa e começa a chorar baixinho. Todos olham para ela.

DONA CLOTILDE - Me desculpem, mas eu escutei vocês falando de objetos perdidos...

SEU MADRUGA - Bom... Mas e daí?

DONA CLOTILDE - É que eu me lembrei de uma caixinha de música que minha mãe me deu, quando eu ainda era criança!

SEU MADRUGA - Puxa! Mas que memória! (RISOS) Digo... Digo...

DONA CLOTILDE - É melhor não dizer nada!... A minha mãe faleceu a algumas décadas...

CHAVES - Décadas? Eu pensei que já se contasse em séculos! (RISOS)

SEU MADRUGA (zangado) - Chaves, quer calar essa boca? Mas prossiga, Dona Mumilde... Digo, Dona Clotilde, Clotilde! (RISOS)

DONA CLOTILDE (já um pouco brava) - Acontece que, um dia, quando eu estava no porto, acabei esquecendo a caixinha no cais.

SEU MADRUGA - Não!

DONA CLOTILDE - Sim! O pior é que eu estava refazendo o caminho para ver se conseguia encontrá-la, quando vi um homem que passou e a levou embora!

SEU MADRUGA - E como era esse homem?

DONA CLOTILDE - Magro, espichado, assim como uma lombriga passada a ferro! (RISOS)

SEU MADRUGA - Mas o que é isso, o que é isso? Ele não era nem um pouco bonito?

DONA CLOTILDE - Era horrível. Quando andava, dava a impressão de uma lesma se revirando no sal. (RISOS) Agora, reparando bem, até que ele era parecido com o senhor.

SEU MADRUGA - Que que foi, que que foi, que que há? (RISOS)

DONA CLOTILDE (se insinuando) - Ah, mas o senhor tem todo um... Charme. (RISOS)

SEU MADRUGA (ficando alegre) - Mas diga, quanto a senhora pagaria para ter a tão estimada caixinha de volta?

DONA CLOTILDE - Pagar? O senhor não me conhece! Se eu reencontrasse esse homem, juro que o estrangularia com a minhas próprias mãos, por ter acabado com a única lembrança que eu tinha da minha mãezinha! (RISOS)

Dona Clotilde sai, nervosíssima, e Seu Madruga volta a ter os calafrios.

SEU MADRUGA - Chaves, venha cá.

CHAVES - Outra vez precisam de um burro de carga! (RISOS)

SEU MADRUGA (lhe entregando o embrulho) - Quer começar de novo? Vá jogar isso aqui no lixo, e rápido.

CHAVES - O que tem nesse saco?

SEU MADRUGA - Nada, não olhe. Simplesmente se livre disso, e de uma vez por todas! (RISOS)

Chaves vai, e Seu Madruga se senta na escadaria, estafado. Chiquinha se aproxima.

CHIQUINHA - Papaizinho, agora que tudo acabou, será que eu finalmente posso ir lá na casa da Pópis? (RISOS)

SEU MADRUGA (tomando a caixa que estava nas mãos dela, pegando os papéis de carta e rasgando em pedaços bem miúdos) - Toma, pra aprender! Foi assim que essa confusão toda se iniciou!

Ele deixa Chiquinha chorando no meio do pátio e entra em casa, aonde está o Senhor Barriga, lendo o jornal.

SENHOR BARRIGA (espantado) - Senhor Madruga, pode se considerar um homem de sorte!

SEU MADRUGA - Por quê?

SENHOR BARRIGA - Logo abaixo do anúncio da caixinha de música tem outro, de um colecionador de papéis de carta! Ele oferece uma verdadeira fortuna por um tipo muito raro, com a estampa de um casal de namorados abraçados, com um guarda-chuva, em meio a uma chuva dourada! Percebe, Senhor Madruga? É o mesmo papel que a sua filha tem! (RISOS)
Misturei papéis de carta com Marinha, caixinha de música e pães dormidos... Mas espero que esteja do gosto de vocês. :D

Cabe aqui uma ressalva. Depois desse trecho

SEU MADRUGA - Falo sério! Fazia de tudo para não sentir preguiça ao ver todas as obrigações que eu teria que cumprir. Deixava até de comparecer ao trabalho para que isso não acontecesse! (RISOS)


haveria uma continuação do diálogo do Seu Madruga com o Senhor Barriga, que limei antes de postar a história para vocês porque percebi que só faria sentido em português, e já que o seriado é mexicano, não teria como ele ter existido originalmente. :P

Mas vou colocar só a título de curiosidade:

SENHOR BARRIGA (balançando a cabeça negativamente, e falando quase que para si mesmo) - Ainda assim está melhor que meu primo, que por mais de quarenta anos foi ao mirante.

SEU MADRUGA - Um almirante. O cargo mais alto da marinha!

SENHOR BARRIGA - Não, não. O senhor está enganado. Ele foi por mais de quarenta anos ao mirante, e ficou lá todo esse tempo ajudando a descarregar o peso das estivas. (RISOS)


Também passo para avisar que vou começar a reeditar a fanfic do Chapolin "Muito Ajuda Quem Pouco Atrapalha", e coloco ela aqui depois, para vocês! :joinha:

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Re: Fanfics CH

Mensagem por Guilherme CH » 29 Mar 2018, 11:22

Fiz uns pequenos ajustes na fanfic "O bolo que deu bolo" (1973). O link também está disponível na primeira página.

https://drive.google.com/file/d/1mUpMG7 ... sp=sharing

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Re: Fanfics CH

Mensagem por Misterpom » 10 Jun 2018, 02:30

Só pra avisar que escreveram uma dissertação na USP sobre Fanfics e uma das minhas Fanfics do concurso que teve aqui ("Um Marido em Apuros") foi mencionada! Hahahaha. Tá na página 68! :P

Segue o link: http://www.teses.usp.br/teses/disponive ... _VOrig.pdf

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Re: Fanfics CH

Mensagem por Tirado Alanís » 11 Ago 2018, 15:57

Essa A casinha da Chiquinha do Guilherme CH realmente é a cara da série, muito boa! :lol:

Estou pensando em preparar uma "remodelagem" de A Lei da Marreta Biônica, incluindo bem mais piadas e tiradas nonsense, que fui imaginando enquanto via o episódio. Vai ficar bem recheado.

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Re: Fanfics CH

Mensagem por Engenheiro Pudim » 12 Ago 2018, 19:36

Chaves: O revolvinho do Chaves (1972)

Elenco: Chespirito, Carlos Villagrán, Florinda Meza, Maria Antonieta de las Nieves e Ramón Valdés.
(Chaves, Chiquinha e Quico estão brincando e Seu Madruga entra na vila com uma cesta cheia de coisas)

Chiquinha: - Papaizinho, conseguiu vender muitas coisas hoje?

Seu Madruga: - Não, filha. Ninguém quer comprar nada agora que já se passaram as festas de independência ninguém quer comprar essas coisas.

Quico: - E, também, com essa cara que o seu papai tem, ninguém ia querer comprar mesmo.

(Seu Madruga belisca Quico, que chora)

Quico: - MAMÃE!

(Dona Florinda sai de casa)

Dona Florinda: O que foi, meu tesouro?

Quico: - Mamãe, o Seu Madruga me beliscou.

(Dona Florinda bate em Seu Madruga)

Dona Florinda: - Vamos, tesouro, e não se misture com essa gentalha!

Quico: - Gentalha, gentalha!

(Dona Florinda e Quico vão para casa e Seu Madruga, furioso, também)

Chiquinha: - Eu também vou pra casa pra ver se consigo algo com o meu papai.

(Chiquinha vai pra casa e Chaves sai da vila)

Chiquinha: - Olha, papai, o que está fazendo?

Seu Madruga: - Estou contando algumas coisinhas que me sobraram, porque não pude vender.

Chiquinha: - E o que são esses saquinhos de papel?

Seu Madruga: - Nada, filhinha, deixe isso aí.

Chiquinha: - É o seu lanche?

Seu Madruga: - Não.

Chiquinha: - O saquinho do Doutor Chapatin?

Seu Madruga (bravo): - São bombinhas! Me proibiram de vender e eu vou ter que devolver para o lugar de onde eu comprei.

Chiquinha: - E eu posso pegar um?

Seu Madruga: - Não. Vai brincar lá fora, sim?

Chiquinha: - Já estou indo!

(Chiquinha pega um saquinho de bombinhas, escondida, e sai de casa)

Chaves: - Olha Chiquinha, eu comprei um revolvinho de brinquedo e não te empresto.

(Chaves brinca que está atirando e Chiquinha joga uma bombinha no chão. Chaves pensa que atirou de verdade.)

Chaves: - Puxa! Eu nem sabia que estava carregada!

(Chiquinha começa a rir)

Chiquinha: - Ai, Chaves, como você é burro!

Chaves: - Eu, por quê?

Chiquinha: - Eu atirei uma das bombinhas que estão nesse saquinho aqui.

Chaves: - Aaaaaah.

(Chiquinha faz uma cara de quem teve uma ideia.)

Chiquinha: - Chavinho, tive uma ideia!

Chaves: - Qual?

Chiquinha: - E se nós brincássemos de assustar os outros?

(Chaves dá um sorriso e os dois concordam. Fim do 1º bloco.)

(Início do 2º bloco)

Chaves: - E quem vai ser o primeiro?

Chiquinha: - Que tal o Quico?

(Chaves concorda e os dois batem na porta da casa de Dona Florinda.)

Quico: - Diga.

(Chaves aponta o revolvinho para o Quico, que fica assustado.)

Quico (ajoelhado no chão): - Ai, não, não me mata não, eu sou muito jovem pra morrer, só tenho sete anos. Pai nosso que estais no céu. Socorro!

(Quico sai correndo)

Quico: - MAMÃÃÃÃÃÃÃÃE!!!!!!

(Chaves e Chiquinha começam a rir.)

Chiquinha: - Ai, Chaves. Agora o meu papai vai querer saber o que aconteceu e vai saber que eu peguei as bombinhas.

(Seu Madruga sai de casa.)

Seu Madruga: - O que houve aqui?

(Chaves esconde o saco de bombinhas em seu chapéu.)

Chiquinha: - Nada, papaizinho lindo, meu amor, te amo muito.

Seu Madruga (bravo): - JÁ! Onde está o saco de bombinhas que falta?

Chiquinha: - Não sei, será que não deixou cair?

(Seu Madruga vê o revolvinho na mão de Chaves.)

Seu Madruga: Agora compreendo o que aconteceu aqui.

(Seu Madruga toma o revolvinho de Chaves e bate nele.)

Seu Madruga: - TOMA!

(As bombinhas estouram no chapéu de Chaves, que começa a tremer frenéticamente.)

(Fim da esquete.)

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Re: Fanfics CH

Mensagem por Ramyen » 12 Ago 2018, 19:47

Legal. Pegou bem o ritmo frenético das esquetes de 72. :joinha:
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Re: Fanfics CH

Mensagem por Engenheiro Pudim » 12 Ago 2018, 19:53

Obrigado. Eu tentei fazer algo que se encaixasse entre 7 e 10 minutos, não sei se daria esse tempo. Também fui pegando os relatos. Provavelmente começarei a fazer fanfics dos PMs. Aliás, essa foi minha primeira fanfic.

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Re: Fanfics CH

Mensagem por Ramyen » 12 Ago 2018, 19:55

É interessante essa ideia. Eu já tentei imaginar como seria o do curto circuito de 74 e tenho algumas fanfics dos Chifladitos. Qualquer hora posto aqui.
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Re: Fanfics CH

Mensagem por Engenheiro Pudim » 12 Ago 2018, 20:30

Provavelmente a minha próxima fanfic vai ser de "A marca do Chaves" (1973).

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Re: Fanfics CH

Mensagem por Dona Florinda cheirando cola » 30 Jan 2019, 12:47

OS EPISÓDIOS REALMENTE PERDIDOS DE CH

Bem, eu estava no meio da rua quando derrepente vi o Nelson Machado chorando com uma fita de vídeo nos braços. Eu estava em dúvida se era o Marcelo de Nóbrega, já que ele rapidamente correu para uma praça e se sentou em um banco. Ele estava tão desesperado que colocou quatro cigarros na boca, mas não conseguia fumar pq as lágrimas molhavam eles. Me aproximei dele e ele me mandou ir embora. Nisso, fui numa barraquinha ali perto para comprar 2 maços de cigarro Eight e 3 R7 pra fazer chantagem e ele me contar que desgraça aconteceu com ele. Rapidamente, pegou o cigarro, enxugou as lágrimas, pegou quatro folhas de caderno, enrolou os maços, acendeu e deu uma tragada bem forte soltando a fumaça e ficando aliviado. Ele decidiu me contar o que aconteceu. Em 1994, o sbt comprou um lote com vários episódios do Chaves e do Chapolin. Esses episódios novos não eram nada comuns, pois eram episódios especiais que nunca foram ao ar. Diz o Nelson, que tinha até um episódio em que os ladrões invadem a vila! Eram episódios que os fãs amariam ver e que dariam um hiper up na audiência do Sbt. Chamaram os dubladores originais, inclusive o Gastaldi para dublar esses especiais que nunca foram ao ar. Como o Nelson era o último a dublar, ele ia mais tarde para o estúdio. No primeiro dia quando ele estava indo para lá, um cara de jaqueta preta e de chapéu preto que estava num beco e chamou o Nelson:

- Venha para cá, meu amiguinho. Olha o que eu tenho aqui.

- Cigarros!

- Sim, mas não são cigarros qualquer. Mas como preciso me livrar deles, pode ficar com todos!

- Ebaaaaa! Hoje vou fazer a festa.

Indo para o estúdio, o Nelson entrou na cabine pra dublar o episódio, quando derrepente, ele coloca o cigarro na boca e dá uma fumadinha enquanto dubla. Nisso ele disse:

- E não é que esse cigarro é do bom, mesmo?!

Todo dia de dublagem, ele fumava igual um caipora doido. Mas, ele não sabia que aquela fumaça que ficava no estúdio entrava dentro da fita dos episódios. E essa fumaça foi o suficiente para alterar a imagem e a até a história dos episódios! O Nelson foi dar uma olhada na mixagem dos episódios, quando derrepente ele se deparou com o mixador todo doido e batendo com a cabeça na parede. E ele viu o que a fumaça dos cigarros dele fez com as fitas, a história e tudo nos episódios: tinha episódios com a imagem toda azulada, passando para cinza; aparecia frames com fotos do Sidney Magal sem camisa; tinha episódio sobre silicone, escatologia, violência, nonsense puro em um nível elevadissimo!!! Nisso, ele foi roubou as fitas e foi contar para os outros dubladores. Ele disse que até a Cecília ficou em coma por uma semana depois do resultado. Então para ajudar o Nelson, 5 dubladores ficaram com certa quantidade de episódios escondidos em suas casas: Nelson, Marta, Vilela, Cecília e Carlos Seidel.

Para se livrar desse peso na consciência, o Nelson me mandou destruir as fitas, mas eu levei para casa.

Sexta, nesse tópico, falarei sobre o primeiro episódio perdido estragado: "Comida no Balde/ Aposta de Ladroagem/ Aula de Música (1974) que tem até participação do Ednaldo Pereira na escolinha! Contando com a Elizabeth, Malicha e Cândida!
Esses usuários curtiram o post de Dona Florinda cheirando cola (total: 2):
apresentei a pistola chgusta dos biscoitos

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Re: Fanfics CH

Mensagem por IgorBorgesCH » 30 Jan 2019, 14:32

KKKKKKKK
• Moderador do Fórum Chaves de 2019 a 2023
• Roteirista do Canal Vila do Chaves
• Apresentador do Bar do Podcast (2018–2020) e editor nos podcasts Mesa Quadrada (2019–2021), FUCHCast (2019–2020) e Mundo CH (2019)
• Roteirista do documentário Episódios Perdidos: Uma História (2020)
• Revisor técnico dos livros Sem Querer Querendo: Memórias (2021), O Diário do Chaves (2021) e Seu Madruga: Vila e Obra (2022)

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