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Em junho de 2011, Pernalonga e Patolino, clássicos personagens Looney Tunes, não
morarão mais no mato, mas
nos subúrbios de uma grande cidade.
Eles serão vizinhos de Eufrazino, Vovó, Piu-Piu e Frajola, e encomendarão suas compras pela Internet, ao som de rap e rock, entre outros ritmos contemporâneos.
As mudanças fazem parte de uma estratégia mundial traçada pela Warner, criadora e licenciadora da marca, para r
enovar o conteúdo de um dos desenhos mais populares já criados pela companhia.
Nos Estados Unidos, os novos episódios começam a ser exibidos no início de 2011 e,
no Brasil, a novidade chega às telas dos canais
SBT (rede aberta) e
Cartoon Network (por assinatura)
no segundo semestre de 2011.
Até os desenhos animados chegarem às tevês, doses "homeopáticas" das mudanças dos personagens poderão ser conferidas nos cinemas. Nesta semana, a primeira delas pode ser vista no Shopping Frei Caneca, na capital paulista, com a exibição do
curta-metragem das aventuras de Coiote e Papa-Léguas antes do filme "Como Cães e Gatos 2 - A Vingança de Kitty Galore", também da Warner.
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O traço dos desenhos está mais moderno, a proporção dos personagens também", afirma Marcos Bandeira de Mello, gerente-geral da Warner Bros. Consumer Products no Brasil. "
O fato de o curta ser em 3D dá a impressão de que a perseguição ao Papa-Léguas não está sendo feita pelo Coiote e sim por quem está assistindo ao vídeo".
Com o relançamento de Looney Tunes, a Warner espera multiplicar o faturamento obtido pela marca no mundo - a companhia não abre números, mas afirma que a turma dos personagens está entre as três mais lucrativas do grupo, junto dos DC Comics (que inclui Batman, Super-Homem, entre outros super heróis) e as aventuras de Scooby Doo.
Apenas por aqui, a companhia espera aumentar a receita com licenciamento dos produtos Looney Tunes em 11% neste ano. "Com o relançamento dos personagens, em 2011, nossa expectativa é de crescer, no mínimo, outros 22% em receita com licenciamento da marca no país", afirma Mello.
Algumas ações que contribuirão para isso são as de promoções e eventos, como o Looney Tunes Sports Day, que será realizado ainda este ano e que contará com parceria da Track&Field, rede de roupas e artigos esportivos presente em dez estados. "Nossa ideia é cada vez mais atrelar a imagens de Looney Tunes com ações esportivas, que promovam qualidade de vida", diz o gerente-geral.
Entre os planos da Warner no Brasil, também está o aumento de 20% no número de distribuidores licenciados da marca. Atualmente, a empresa conta com 40 parceiros, entre fornecedores de vestuário, material escolar e alimentos. A companhia também pretende aumentar a participação de produtos da marca no setor de bebidas e promoções, além de ganhar mais espaço na região Nordeste do país.
A empresa já vinha se preparando para alcançar esses objetivos. No início de 2009, a Warner dobrou os profissionais de sua área de criação no Brasil para garantir mais rapidez e qualidade na aprovação de produtos licenciados.
"Começamos a ter uma atitude mais ativa em relação aos parceiros, com a criação de itens e uma maior liberdade comercial e criativa em relação aos outros países em que atuamos", diz Mello.
De acordo com o executivo, essa autonomia de criação mostra como o Brasil é hoje um dos países mais importantes para o grupo Warner. "O faturamento da companhia por aqui cresce a uma média superior a quase todo o resto do mundo, por isso a companhia tem dado uma atenção especial aos negócios no Brasil". Nesse ritmo, quem sabe, um dia, Pernalonga e sua turma não decidam se mudar para uma imaginária cidade tropical ?