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História

Mensagem por Chapolin Gremista » 02 Dez 2022, 02:11

NOTÍCIAS
UNIVERSIDADE MARXISTA
Os acontecimentos revolucionários da Independência do Brasil
Na 10ª aula do Módulo 2 do curso "Brasil: 500 anos de História", o companheiro Rui explica os aspectos revolucionários da independência brasileira

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Na última quarta-feira (30), ocorreu a 10ª aula do curso “Brasil: uma interpretação marxista de 500 anos de história”, da Universidade Marxista do PCO. A aula era uma continuação direta da exposição anterior, que tratou da cronologia da Independência do Brasil, abordando os principais acontecimentos revolucionários que ocorreram no país.

Essa etapa do curso procura mostrar com clareza que a Independência do Brasil foi, efetivamente, um processo revolucionário. Uma concepção errada que boa parte dos analistas, historiadores e teóricos ligados à esquerda têm é que todas as revoluções devem se parecer com a revolução russa, o que é algo totalmente incorreto.

No caso brasileiro, a Independência foi a primeira etapa do processo da revolução burguesa brasileira. É uma etapa ainda muito inicial, haja visto que o país até hoje não desenvolveu totalmente um sistema capitalista.

O companheiro Rui, durante a exposição, procurou demonstrar por que a formação de um país como o Brasil é um processo revolucionário. Primeiramente, é preciso compreender que a formação de todos os países é feita através de revoluções.

No caso dos países europeus, o feudalismo foi o primeiro obstáculo a ser superado para o desenvolvimento capitalista. Para combatê-lo, a burguesia da época, que foi ficando cada vez mais poderosa, impulsionou os governos centralizados.

No caso brasileiro, o processo de independência é o ponto de partida para o desenvolvimento do capitalismo no país. No entanto, a partir do momento em que o imperialismo se desenvolve nos países mais ricos, isso freia o processo de desenvolvimento de todos os países atrasados, inclusive o Brasil.

Como foi dito no curso, até hoje o Brasil não se constituiu como nação independente e totalmente unificada. Haja visto os intelectuais da burguesia e da pequena-burguesia que ainda defendem que seria melhor que o país fosse fragmentado em diversos territórios menores. Em momentos de crise, esse tipo de posicionamento vem à tona. Como no caso eleitoral, em que muito se ouviu sobre a “necessidade” de separar o Nordeste do resto do Brasil, já que estes votam na esquerda e o Sul/Sudeste só teriam fascistas e direitistas.

O companheiro Rui explicou também que a Independência foi a primeira etapa deste processo revolucionário da formação nacional, as etapas seguintes foram a Proclamação da República e a Revolução de 30. No entanto, em nenhuma dessas etapas se conseguiu resolver a questão de unificar totalmente o país para seu desenvolvimento capitalista.

Por fim, o companheiro Rui fez uma breve comparação com as independências dos outros países latino-americanos, procurando demonstrar que a tese de que a independência brasileira teria sido conservadora por não ter participação popular é totalmente absurda, já que numa revolução burguesa, não há uma defesa dos interesses gerais da população em nenhum lugar, e isso vale para todas as nações da América Espanhola e também para os Estados Unidos.

Para se aprofundar mais na discussão, basta entrar na página unimarxista.org.br e acompanhar as aulas do curso por lá, que estão ocorrendo todos os dias da semana, das 19 horas às 21 horas. Caso ainda não esteja inscrito, basta entrar em contato com os militantes do PCO e pedir para se inscrever. Acompanhe este que é o curso que defende a história do Brasil e é a primeira e única análise marxista dos 500 anos de História do Brasil.



https://causaoperaria.org.br/2022/os-ac ... do-brasil/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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História

Mensagem por Chapolin Gremista » 03 Dez 2022, 02:11

NOTÍCIAS
UNIVERSIDADE MARXISTA
A sabedoria política de Dom Pedro e dos autores da Independência
Acompanhe a 11ª aula do Módulo 2 do curso Brasil: uma interpretação marxista de 500 anos de História

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Na 11ª aula do Módulo 2 do curso Brasil: uma interpretação de 500 anos de história, o companheiro Rui Costa Pimenta continuou a falar sobre os acontecimentos que levaram o Brasil à independência e que demonstram que esse acontecimento foi uma verdadeira revolução.

O fato fundamental, que já havia sido exposto anteriormente e deve ser compreendido por todos, é que houve uma revolução em Portugal, na cidade do Porto em 1820, e essa revolução teve efeitos que atingiram o Brasil, tornando-se uma outra revolução: a independência brasileira.

A cronologia apresentada pelo companheiro Rui nessa aula já é a partir do ano de 1821. Naquele momento, os liberais já haviam tomado controle do governo de Portugal e procuravam retomar o pacto colonial com o Brasil, abolido anteriormente por Dom João VI.

Conforme explicado na aula, em março de 1821, Dom João VI volta para Portugal, por pressão do governo português, deixando Dom Pedro I como Príncipe Regente no Brasil. Dom Pedro, que era visto como uma liderança do próprio movimento constitucionalista no país, passou a enfrentar uma pressão intensa por parte dos portugueses, que queriam recolonizar o Brasil.

Em abril deste mesmo ano, as Cortes de Lisboa aprovam o estabelecimento de juntas governativas em todos os Estados do Brasil, essas juntas deveriam responder diretamente a Portugal. Trata-se de uma manobra política para minar o governo central do Brasil e pressioná-lo através dos Estados nacionais.

José Bonifácio, um importante conselheiro da Coroa no Brasil, percebe a manobra política dos portugueses e propõe que a junta de São Paulo, da qual se torna vice-presidente, seja solidária ao regime do Príncipe Regente, Dom Pedro.

O companheiro Rui explica que essa agudeza e percepção política apurada de José Bonifácio se dá porque ele já havia sido membro da burocracia de Portugal e tinha conhecimento desse tipo de manobras e esquemas, feitas a todo o tempo pelos governos portugueses e brasileiros.

José Bonifácio era a favor da Independência e a partir daí, ele faz uma aliança com Dom Pedro I para levar adiante essa política – trata-se de uma manobra extremamente ousada, contar com um membro da Coroa para conquistar a independência do Brasil.

Ele compreende, portanto, a importância de Dom Pedro no Brasil. Quando, em dezembro, chegam dois decretos de Lisboa – um determinando a volta de Dom Pedro para Portugal e o outro de que as juntas provinciais deveriam se entender diretamente com a Metrópole – José Bonifácio se coloca a tarefa de manter Dom Pedro I no país.

A partir daí, Dom Pedro e José Bonifácio articulam um abaixo-assinado com milhares de assinaturas, com manifesto redigido por Bonifácio, exigindo que Dom Pedro I fique no Brasil. Foram cerca de 8 mil assinaturas e, diante disso, Dom Pedro afirmou que ficaria no país, levando ao famoso Dia do Fico.

A continuação da história e mais detalhes sobre a situação política daquele momento podem ser conhecidos acessando a última aula do curso Brasil: uma interpretação marxista de 500 anos de História, através da plataforma unimarxista.org.br. Quem ainda não estiver inscrito, pode entrar em contato com os militantes do PCO e fazer a inscrição no curso.

https://causaoperaria.org.br/2022/a-sab ... pendencia/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 03 Dez 2022, 14:12

NOTÍCIAS
2 DE NOVEMBRO DE 1825
02/12/1825: D. Pedro II, “o Magnânimo”, completa 197 anos
Um grande intelectual e erudito, o último imperador do Brasil foi decisivo para a formação histórica, politica, econômica e territorial do nosso país

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No dia de hoje na História nascia Dom Pedro II, o segundo e último monarca do Império do Brasil, tendo imperado no país durante um período de 58 anos, foi o filho mais novo do imperador Pedro I do Brasil e da imperatriz consorte Maria Leopoldina da Áustria e, portanto, membro do ramo brasileiro da Casa de Bragança. Nascido no Palácio imperial de São Cristóvão, no Rio de Janeiro.

Teve a maioridade decretada para assumir o governo e evitar a desintegração do Império. O imperador D. Pedro II tornou-se um homem com forte senso de dever e devoção ao seu país e seu povo. Sob seu império o Brasil foi vitorioso em três conflitos internacionais: a Guerra do Prata, a Guerra do Uruguai e a Guerra do Paraguai. Pessoa muito culta e de uma formação politica grandiosa, ficou conhecido por incentivar de forma veemente o conhecimento da cultura e das ciências no país.

D. Pedro II não permitiu nenhuma medida contra sua remoção e não apoiou qualquer tentativa de restauração da monarquia. O imperador deposto passou os seus últimos dois anos de vida no exílio na Europa, vivendo só e veio a falecer em Paris, curiosamente, três dias após seu aniversário de 66 anos – 5 de novembro de 1891. Algumas décadas após sua morte, sua reputação foi restaurada e seus restos mortais foram trazidos de volta ao Brasil em meio a amplas celebrações.

Para evitar uma história desfigurada do nosso país, o Partido da Causa Operaria está promovendo um grande curso de História do Brasil, através da Universidade Marxista do PCO. O Curso está dividido em quatro módulos e embarca o interessado nos 500 anos de História do Brasil, tudo sob uma visão clara e marxista. A divisão é a seguinte: Parte 1 – os Três Primeiros Séculos, Parte 2 – o Império Tropical, Parte 3 – Da República ao Fascismo e Parte 4 – de Getúlio aos dias de Hoje. Para cada módulo são despendidas 30 horas de aula, a fim de discorrer de maneira aprofundada sobre os temas. A discussão é feita ao vivo, com perguntas do público respondidas pelo companheiro Rui Costa Pimenta.

Para se inscrever no curso ou acessar a plataforma: https://unimarxista.org.br/




https://causaoperaria.org.br/2022/anive ... -pedro-ii/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 03 Dez 2022, 16:40

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Mensagem por Chapolin Gremista » 04 Dez 2022, 01:56

NOTÍCIAS
REVOLUÇÃO QUE MUDOU A HISTÓRIA
01/12/1640: Portugal retoma sua independência contra os espanhóis
Este resultado teve um desfecho fundamental para o Brasil, que com a ascensão casa de Bragança posteriormente, se tornaria a capital do reino pela própria mudança da família real

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No dia 1º de dezembro de 1640, 140 anos após o descobrimento do Brasil, ocorreu um dos mais decisivos momentos para a história de Portugal, e também para a história brasileira. A Restauração da independência, como é conhecido pelos historiadores, é o nome que se refere a tomada do poder e o golpe revolucionário ocorrido pela revolta portuguesa contra o domínio espanhol.

A busca pela autonomia portuguesa ocorreu após sessenta anos de conflito com o surgimento da União Ibérica, que se iniciou após a anexação do território de Portugal à coroa espanhola, com a morte do rei português, Dom Sebastião. Essa união tinha como objetivo da coroa espanhola monopolizar o domínio sobre as colônias e, com o apoio da burguesia, colocar a economia espanhola em um nível de maior estabilidade. No entanto, a anexação nunca foi bem vista por grande parte da população portuguesa, pelos nobres e também por setores da burguesia local.

O conflito interno cujo objetivo era tornar Portugal novamente um país independente e garantir o seu controle sobre as colônias conquistadas no século anterior foram os pilares dessa revolta que mudaria a história brasileira.

Em conjunto a essas divergências internar, Dom João IV, buscou organizar uma política de aliança com países inimigos da Espanha, como a França e a Inglaterra, que durante o conflito lutaram juntas contra a coroa espanhola, devido a seus interesses em comum pelo mercado das colônias. O conflito nesse período também se estendeu ao controle dos países no ultramar, assim como as disputadas entre Portugal e Holanda, além da Guerra dos Trinta Anos, encerrada em 1648.

O resultado da revolução foi a tomada do poder da Casa de Bragança em 1688 e aclamação de Dom João IV como rei de Portugal. Além da vitória, as ações da Restauração tiveram como fim a União Ibérica e a Dinastia Filipina, além do reconhecimento de Carlos II da posse de Portugal em relação às suas colônias.

Este resultado teve um desfecho fundamental para o Brasil, que com a ascensão casa de Bragança voltou a tornar-se independente da coroa espanhola e, posteriormente, se tornaria a capital do reino pela própria mudança da família real portuguesa durante as invasões napoleônicas. Com esse desenvolvimento, Portugal se consagrou como a única potência com o controle do território brasileiro, o que mais tarde, no período da independência, seria de fundamental importância para a manutenção do território continental do Brasil.

No curso sobre a História do Brasil, de um ponto de vista marxista, ministrado por Rui Costa Pimenta na Universidade Marxista, este tema é tratado logo nos primeiros módulos, onde explica-se as relações da história brasileira com a luta em Portugal. Para compreender melhor este tema e sua relação com a luta no País. Acesse: https://universidademarxista.pco.org.br/



https://causaoperaria.org.br/2022/01-12 ... espanhois/
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Mensagem por E.R » 28 Jan 2023, 01:12

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Mensagem por Chapolin Gremista » 06 Fev 2023, 03:49

NOTÍCIAS
A CIDADE DO MEIO DO MUNDO
04/02/1758: Fundação de Macapá
Importante cidade de defesa do território brasileiro que fica no coração da Amazônia completa 265 anos

Macapá completa hoje 265 anos. A cidade que foi construída pela coroa portuguesa às margens do Rio Amazonas, bem no coração da região amazônica, em 4 de fevereiro de 1758. Ela é cortada pela linha imaginária do Equador, por isso recebe o título de “cidade do meio do mundo”. Tudo começou com um pequeno povoado, que foi crescendo e sendo estrategicamente projetado em modelo militar, com o objetivo de proteger a fronteira do Brasil na época das intensas tentativas de invasão dos franceses.

Na cidade foi construída a imponente Fortaleza de São José de Macapá, que é até hoje a maior edificação militar na América Latina. Na época de sua construção, os portugueses mostravam ao mundo a grandeza do seu poderio militar e com a edificação da fortaleza protegiam a importante região do extremo norte da fronteira brasileira. A fortificação foi inaugurada em 19 de março de 1782, dia de São José, padroeiro da cidade. Entretanto, em mais de duzentos anos de existência, nunca aconteceu sequer uma batalha ou conflito militar na fortaleza macapaense. Mas sua força de defesa garantiu aos portugueses o importante domínio da região entre os rios Amazonas e Oiapoque.

Macapá começou como uma pequena vila, criada a partir de um destacamento militar em 1738. Foi Francisco Xavier de Mendonça Filho, irmão do Marquês de Pombal e então governador do estado do Grão-Pará e Maranhão, que transformou a vila em cidade vinte anos mais tarde. Ao longo dos séculos a cidade foi crescendo e em 1943 Getúlio Vargas fez de Macapá a capital do então território federal do Amapá, o qual se tornaria um estado em 1988.

O nome Macapá tem origem no Tupi e significa terra de bacabas, frutos da árvore da bacabeira, uma palmeira nativa da região com a qual se faz um vinho de cor acinzentada. A Igreja de São José de Macapá é o monumento mais antigo da cidade, que foi inaugurado em 6 de março de 1761. A vila que começou como um pequeno povoado formado por habitantes vindos das ilhas de Açores trazidos pela coroa portuguesa, foi crescendo tendo como objetivo consolidar uma estrutura para receber destacamentos militares. De início, o povoado tinha sua economia, cultura e política ligadas ao estado do Pará, até que Mendonça Filho elevou o povoado à categoria de vila, chamando-a então de Vila de São José de Macapá. E para fortificar ainda mais a vila construiu a suntuosa Fortaleza de São José de Macapá. Assim, a pequena vila foi se desenvolvendo e se expandindo em torno da fortificação. Foi somente no Segundo Reinado, em 6 de setembro de 1856, que a vila foi elevada à categoria de cidade, passando a ser chamada simplesmente de Macapá.

É importante notar como a coroa portuguesa já compreendia naquela época a importância da defesa das terras da Amazônia. Tanto para a defesa do território brasileiro, quanto para garantir a constituição do Brasil como um país unificado de grandes proporções territoriais. O rio Amazonas é uma importante via de entrada para a Amazônia e para todo o território do Brasil, o que justifica a construção já no século XVIII da maior fortaleza da América Latina. Hoje em dia, pode até não parecer, mas essa defesa ainda tem imensa importância estratégica para garantir a soberania do país.

Quando a vila de Macapá foi fundada no extremo norte da fronteira brasileira, o território do Brasil já era praticamente o mesmo de hoje em dia, definido pela assinatura do Tratado de Madri em 1750. Nessa mesma época, o território dos Estados Unidos era composto por apenas treze colônias. O que mostra como o Brasil já tinha potencial para se desenvolver e disputar forças com o bloco de países unidos da América do Norte, se não fossem todos os golpes e espoliações que sofremos historicamente das potências imperialistas.

A história da cidade de Macapá é mais uma parte da história do Brasil que nos mostra claramente a força de ser um país com um extenso território. A verdade é que ainda precisamos hoje lutar para preservar nosso tamanho e soberania diante de tantas ameaças internas e externas para dividir o país. Nessa luta, tem enorme importância a cidade do meio do mundo que defende o norte do Brasil.

https://causaoperaria.org.br/2023/04-02 ... de-macapa/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 06 Fev 2023, 19:37

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Mensagem por Chapolin Gremista » 07 Fev 2023, 21:57

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Mensagem por Chapolin Gremista » 08 Fev 2023, 20:08

NOTÍCIAS
DEMOCRACIA DESTRUÍDA
08/02/1963: Golpe de Estado no Iraque completa 60 anos
O desastre economico ,social e político causado pelo imperialismo americano no Iraque para manter seu domínio no pós-Guerra, levou à total destruição da democracia.

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ARevolução de 8 de Fevereiro, Golpe de Estado de Fevereiro de 1963 ou Revolução Ramadã, foi um golpe de Estado orquestrado por militares iraquianos que resultou na ascensão ao poder do Partido Baath e na derrubada do regime do primeiro-ministro do Iraque, brigadeiro-general Abd al-Karim Qasim, em 1963. O general Ahmed Hassan al-Bakr tornou-se o novo primeiro-ministro e o coronel Abdul Salam Arif tornou-se presidente. A mais poderosa figura do novo regime iraquiano era o secretário-geral do Partido Baath, Ali Salih al-Sa’di, que controlava a Guarda Nacional e que, após a instauração do novo regime, organizou uma campanha que levou à morte de milhares de membros do Partido Comunista Iraquiano e de outros opositores.

Após a derrota do exército alemão pelas Repúblicas Soviéticas colocou o imperialismo numa complexidade de questões sociais, políticas e econômicas a serem enfrentadas para estabelecer a hegemonia do imperialismo como grande potência mundial, frente a estrondosa vitória da URSS.


Vários movimentos nacionalistas e revoluções surgiram, inspirados pela vitória do Exército Vermelho sobre o tão temido Exército Alemão, o que enfraqueceu o imperialismo europeu e americano bem como os governos apoiados por estes. O imperialismo americano vinha de um período de estagnação econômica e se utilizaram de uma política anti-comunismo para alavancar e justificar, com apoio interno da sociedade americana, suas invasões e investimento em guerras e apoios a conflitos em outros governos, como foi o caso do governo João Goulart, no Brasil. Foi o período Kennedy, que teve como característica um período de tolhimento de liberdades democráticas em vários países, financiadas pelos Estados Unidos e com participação intensa da CIA, como promotor de golpes de Estado.


O partido Baath, foi fundado pela fusão do movimento árabe Baath, liderado por Michel Aflaq (um cristão) e al-Bitar (muçulmano sunita), e o Baath Árabe, liderado por Al-Arsuzi (um alauíta), em 7 de abril de 1947. Seu nome era Partido Socialista da Ressurreição Árabe. Membros deste partido se estabeleceram em outros países árabes, e conquistaram a população e o poder no Iraque e na Síria. O partido foi um sucesso, e tornou-se o segundo maior partido no parlamento sírio na eleição de 1954. Isso, juntamente com a força crescente do Partido Comunista Sírio. O alvo destes movimentos era a derrubada da monarquia e seus resquícios notórios nos políticos fantoche que havia na época.


O fracasso dos partidos tradicionais representados pelo Partido do Povo (PP) e pelo Partido Nacional (NP) fortaleceu a credibilidade pública do Partido Baath. Dois de seus membros entraram no gabinete do governo; Bitar foi nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiros e Khalil Kallas tornou-se Ministro da Economia. Sua nova e fortalecida posição foi usada com sucesso para angariar apoio para a fusão da Síria com o Egito de Gamal Abdel Nasser, o que levou ao estabelecimento da República Árabe Unida (UAR) em 1958. Um golpe de Estado sírio, em 1961, dissolveu essa união.


Os desafios da construção de um Estado Baathista levaram a uma considerável discussão ideológica e luta interna dentro do partido. A Filial Regional Iraquiana foi cada vez mais dominada por Ali Salih al-Sadi, de orientação marxista. Ele foi apoiado em sua reorientação ideológica por Hamud al-Shufi, o Secretário do Comando Regional Sírio, Yasin al-Hafiz, um dos poucos teóricos ideológicos do partido, e por certos membros secretos do Comitê Militar.

A tendência à esquerda ganhou o controle no partido no 6º Congresso Nacional de 1963, onde partidos regionais sírios e iraquianas dominantes juntaram forças para impor uma guinada mais à esquerda ainda, chamada de “planejamento socialista”, “fazendas coletivas conduzidas por camponeses”, “controle democrático dos trabalhadores dos meios de produção”, um partido baseado em trabalhadores e camponeses, inspiradas na Revolução Russa de 1917. Foi um período de grande liberdade democrática para o povo iraquiano além de desenvolvimento social e econômico.

Entre 10 e 11 de novembro de 1963, 15 oficiais do Exército do Iraque foram armados em uma reunião do Congresso do Partido Baath, e, com armas apontadas para os políticos, os levaram presos em um vôo para Madri, capital da Espanha. Sete dias depois, o golpista iraquiano, Abdul Salam Arif que foi colocado no poder juntamente com seu irmão que era brigadeiro das forças armadas, Abdul Rahman Arif, seguido pelas tropas que controlava, sujeitaram a Guarda Miliciana Nacional do Baath, bombardeando sua sede. A oposição foi suprimida à força e 7000 ditos comunistas iraquianos foram presos.

O que resultaria desse golpe, mais tarde, seria a ascensão de políticos antidemocráticos, apoiados pelo imperialismo americano, como Saddam Hussein que liderou o partido Baath. A opressão econômica do imperialismo era tão forte a fim de alavancar a prosperidade econômica dos Estados Unidos em detrimentos de outras economias que nem mesmo Hussein seguiu à risca o que foi designado para fazer e mais tarde foi perseguido pelo imperialismo sob vários outros pretextos inventados pela inteligência americana que resultaram na invasão do Iraque.

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Mensagem por Arieel » 10 Fev 2023, 16:20


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Mensagem por Chapolin Gremista » 10 Fev 2023, 19:59

NOTÍCIAS
MOVIMENTO OPERÁRIO
10/02/1980: É fundado o Partido dos Trabalhadores (PT)
Fundação do PT representou avanço para os trabalhadores do Brasil

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Para o marxismo, é imprescindível a organização da classe operária em um partido operário. No caso brasileiro, o marco recente que mais impactou no movimento operário brasileiro foi a fundação do PT: o Partido dos Trabalhadores.

O que veio a ser conhecido como PT, no entanto, é a unificação de diversos movimentos, frentes e fluxos dentro de um só partido, visando atingir um patamar de relevância na política nacional que a esquerda não possuía na época. Era impossível de se imaginar, por exemplo, que um operário pudesse ter sequer alguma pequena participação na política na época da ditadura militar. Em um regime onde dois partidos, igualmente direitistas, escolhiam seus representantes, o ARENA e o MDB, jamais um metalúrgico conseguiria alçar um patamar eleitoral.


No cenário de extrema repressão aos movimentos populares e demais setores da sociedade civil, a junção de algumas frentes em um partido, em 1980, representou um enorme avanço para a esquerda da época. Dentre as correntes, possuíam as operárias, de onde surgiu o presidente Lula, relacionado aos sindicatos, e a própria Causa Operária, até as que traziam uma visão da teologia da libertação, um movimento católico que flerta com o identitarismo e demais visões pequeno-burguesas e até mesmo burguesas.

Apesar de ser um partido amplo, sua fundação seguiu sendo o que fez com que os trabalhadores tivessem espaço no jogo político brasileiro, representando o único partido da América Latina operário desde sua origem. O tempo fez com que as correntes stalinistas ganhassem espaço, em detrimento das correntes até mesmo revolucionárias que compunham o partido em sua origem – como a corrente Causa Operária, que veio a se tornar, posteriormente, o Partido da Causa Operária.

De toda forma, é fundamental destacar sobretudo nos dias atuais que a relevância de ter um metalúrgico como fundador de um Partido político relevante o suficiente para eleger deputados, senadores e presidente da República, sendo o maior e mais popular partido de esquerda da América Latina, o que não é pouca coisa. O Partido dos Trabalhadores, neste aspecto, se destaca mundialmente – não sendo relevante, neste tópico, os desmandos aqui ou ali que posteriormente vieram a acometê-lo. Sua fundação representou um avanço para todo e qualquer movimento de esquerda brasileiro.

Sua origem deve ser celebrada pelos movimentos populares, sindicais e trabalhistas não como um simples momento de festa, apesar de haver motivos para comemorar, mas também de luta. No momento atual, há uma tentativa burguesa por parte da imprensa capitalista de manchar a história do partido e das movimentações que orquestraram sua fundação, e é isso que deve ser combatido. A fundação do Partido dos Trabalhadores foi um avanço progressista, no sentido original da palavra, rumo à uma sociedade sem classes.



https://causaoperaria.org.br/2023/10-02 ... adores-pt/
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História

Mensagem por Chapolin Gremista » 14 Fev 2023, 18:47

NOTÍCIAS
ANÁLISE MARXISTA
A importância das famílias históricas da classe dominante
O presente artigo procura elucidar o fenômeno do poder político e econômico a partir da explicação sociológica que envolve as famílias históricas da classe dominante

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Uma agenda de estudos e pesquisas no Brasil que procure elucidar o fenômeno do poder político e econômico a partir da explicação sociológica que envolve as famílias históricas da classe dominante passa a ser a provocação, ao menos embrionária desse artigo.

O processo de dominação no sistema capitalista dependente brasileiro está sob o controle de famílias históricas da burguesia nacional a partir da colonização em conluio com o imperialismo. Significa afirmar que a classe dominante controla o poder político desde os três poderes (legislativo, executivo e judiciário) e demais instituições no interior da administração pública e as empresas estratégicas do Estado. O controle político dos aparelhos de Estado é uma condição dos ditames do imperialismo e da burguesia nacional para o controle da economia do país. As empresas privadas dos diversos segmentos estão intimamente imbricadas com o Estado brasileiro, principalmente as grandes empresas nacionais e suas relações de proximidade e dependência dos grandes conglomerados econômicos e financeiros transnacionais, em especial no presente da globalização econômica e financeira neoliberal. As políticas públicas, a máquina tecnocrática estatal e as instituições estratégicas do poder político estão sob a égide macroestrutural do imperialismo, onde as famílias históricas da classe dominante controlam em nível local, provincial e nacional os espaços de poder; muitas vezes em parceria com sócios globais do poder universal. Como esse processo pode ser explicado pelo controle da burguesia através dessas famílias da classe dominante historicamente; seja pela via do controle dos aparelhos de Estado e/ou se associando com organizações privadas, é o desafio dessa discussão embrionária, levando sempre em consideração aspectos macroestruturantes. A necessidade da compreensão desse fenômeno sociológico aumentou, em parte, devido as últimas revelações de dados estatísticos que demonstram o aumento e a concentração brutal da riqueza no mundo e no Brasil. Compreender a concentração de renda no Brasil passa necessariamente pelas famílias históricas do poder e mais recentemente pelas famílias denominadas de “emergentes” que datam principalmente entre a transição oligárquica fundiária e a metamorfoseada burguesia da década de 1930 e também como marco temporal o pós-Segunda Guerra Mundial com o aumento da imigração com maior intensidade. As instituições jurídicas, políticas, a administração pública e as empresas estratégicas do Estado brasileiro estão repletas de exemplos de que o nepotismo, o compadrio e as relações de permutas políticas entre as diversas frações da classe dominante fazem parte do cotidiano das práticas políticas e econômicas no Brasil. As estratégias de casamento e de diversos vínculos de parentesco entre as famílias históricas do poder e outras recém-chegadas contribuem muito frequentemente, ainda no presente, para a construção dos grupos políticos e econômicos dominantes no país. A gênese do processo de concentração de renda e riquezas no Brasil pode ser encontrada nas pesquisas e nas abordagens teóricas sobre o tema, onde as famílias aparecem como detentoras de Revista Direitos, trabalho e política social, CUIABÁ, V. 8, n. 15, p. 240-263 jul./dez. 2022 244 terras, cargos na administração pública e negócios relacionados à escravidão, mineração e demais formas de exploração da natureza desde o período colonial. A construção da economia política no Brasil evidentemente não se desenvolveu como na Europa e mais tarde nos EUA, mesmo porque não havia na fase colonial brasileira agrupamentos sociais e as condições materiais capazes de romper com a ordem agrária escravocrata vigente, como nas revoluções industriais a partir de uma burguesia que estava sendo gestada anteriormente.


Portanto, a economia política no Brasil até recentemente se baseou na pilhagem e na devastação colonial até o final da Primeira ou da Velha República. As formas de governo se modificaram assim como os sistemas de engrenagens econômicas, mas as estratégias de controle e dominação do poder político e econômico por parte da classe dominante se adaptaram perante as conjunturas e as estruturas organizacionais do sistema capitalista dependente no Brasil.


A pobreza e a desigualdade econômica e social no Brasil foram produzidas pelas decisões de poder da classe dominante, onde as famílias históricas detêm o controle e o domínio dessas políticas de exclusão social permanente da grande maioria e de manutenção e reprodução da concentração de poder por parte dessa classe social privilegiada.


Desde as primeiras etapas do seu desenvolvimento até hoje o Brasil permanece sendo controlado por elites políticas e por uma burguesia nacional e estrangeira, seja tradicional como recente, mas que tem em comum conexões multifacetadas e dinâmicas entrelaçadas ao longo da história e também no espaço de influências em diversos setores do capitalismo. Estabelecer algumas abordagens históricas e sociológicas explicativas para a discussão a partir de uma teoria densa que remete as origens do marxismo contribui para pavimentar, inclusive, um longo percurso de complexas lutas contra a burguesia nacional e o imperialismo.


https://causaoperaria.org.br/2023/a-imp ... dominante/
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História

Mensagem por Chapolin Gremista » 18 Fev 2023, 13:30

NOTÍCIAS
DIA DE HOJE NA HISTÓRIA
Em 1655, Mapuches lutavam contra espanhóis; hoje, contra Boric
Governo Há 368 anos, no dia 14 de fevereiro de 1655, ocorreu uma das revoltas mais expressiva dos Mapuches, iniciando um conflito que existe até os nossos dias. Indígenas que vivem no sul do Chile entraram em conflito com os colonizadores espanhóis, este problema já existia a algumas décadas, porém foi acentuado com as normas decididas no “Parlamento de Boroa”, assinado no dia 24 de janeiro de 1651. Parlamento este que defendeu o desarmamento dos indígenas chilenos e favoreceram os espanhóis, intensificando, deste modo, a hostilidade dos colonizadores contra os Mapuches.

Apesar do fim da escravidão, os Mapuches, quando capturados, poderiam ser escravizados pelos jesuítas, um desvio de lei que favorecia seus opressores. Essa sequência de acontecimentos foi acirrando a luta do povo originário contra seus inimigos, resultando em uma revolta generalizada, inclusive, com levantes de escravos capturados nas batalhas anteriores.


A revolta foi um contra-ataque em relação à campanha de Salazar, líder do exército de espanhóis que capturavam escravos, contra os Cuncos, outros índios presentes na região, ao sul do Rio Bueno. Os Mapuches, em defesa própria, com povos localizados no Sul do Chile – de Osorno ao Rio Maule -, se lançaram contra os espanhóis, iniciando uma espécie de Guerra Civil.


Com auxílio do novo governador do Peru, em 1656, os Mapuches foram derrotados e colocados em situação de penúria social, condição geral dos indígenas em toda América Latina. Apesar de nunca se renderem, esse povo passou por vários percalços desde o século XVII, passando por eventos como a ditadura chilena com Pinochet, onde foram duramente massacrados pelas forças policiais, verdadeiros fascistas. Além de ser sempre tratados como “terroristas” pela imprensa burguesa por perderem a esportiva contra os abusos praticados pelo estado chileno.

Apesar da história ilustrar o problema nas suas raízes, é bom lembrar que atualmente não são os colonizadores espanhóis que exploram e reprimem esses povos, e sim um governo pseudo-democrático eleito em um verdadeiro estelionato político, em 2022. Gabriel Boric foi apresentado como um representante das massas, dos povos oprimidos, do meio-ambiente e das minorias. Esta roupagem identitária só serviu para mascarar o teor antidemocrático, repressivo e pró-imperialista de Boric.

A crise política no Chile era muito intensa, e ofereceu uma via à “esquerda”: transvestiram um direitista com pautas “progressistas” para enganar o povo. Essa ilusão não se sustentou, pois logo no início de seu governo, já atacou o movimento estudantil, jogando dezenas nas prisões. Como se não bastasse, declarou estado de sítio contra os Mapuches, com pretexto de proteger a ordem à população. A ação se deu após organizações indígenas iniciarem sabotagem às empresas extrativistas locais, além de se organizarem para se autodefenderem, atitude correta. Essa ação extremamente reacionária e exagerada veHá 368 anos, no dia 14 de fevereiro de 1655, ocorreu uma das revoltas mais expressiva dos Mapuches, iniciando um conflito que existe até os nossos dias. Indígenas que vivem no sul do Chile entraram em conflito com os colonizadores espanhóis, este problema já existia a algumas décadas, porém foi acentuado com as normas decididas no “Parlamento de Boroa”, assinado no dia 24 de janeiro de 1651. Parlamento este que defendeu o desarmamento dos indígenas chilenos e favoreceram os espanhóis, intensificando, deste modo, a hostilidade dos colonizadores contra os Mapuches.

Apesar do fim da escravidão, os Mapuches, quando capturados, poderiam ser escravizados pelos jesuítas, um desvio de lei que favorecia seus opressores. Essa sequência de acontecimentos foi acirrando a luta do povo originário contra seus inimigos, resultando em uma revolta generalizada, inclusive, com levantes de escravos capturados nas batalhas anteriores.


A revolta foi um contra-ataque em relação à campanha de Salazar, líder do exército de espanhóis que capturavam escravos, contra os Cuncos, outros índios presentes na região, ao sul do Rio Bueno. Os Mapuches, em defesa própria, com povos localizados no Sul do Chile – de Osorno ao Rio Maule -, se lançaram contra os espanhóis, iniciando uma espécie de Guerra Civil.


Com auxílio do novo governador do Peru, em 1656, os Mapuches foram derrotados e colocados em situação de penúria social, condição geral dos indígenas em toda América Latina. Apesar de nunca se renderem, esse povo passou por vários percalços desde o século XVII, passando por eventos como a ditadura chilena com Pinochet, onde foram duramente massacrados pelas forças policiais, verdadeiros fascistas. Além de ser sempre tratados como “terroristas” pela imprensa burguesa por perderem a esportiva contra os abusos praticados pelo estado chileno.

Apesar da história ilustrar o problema nas suas raízes, é bom lembrar que atualmente não são os colonizadores espanhóis que exploram e reprimem esses povos, e sim um governo pseudo-democrático eleito em um verdadeiro estelionato político, em 2022. Gabriel Boric foi apresentado como um representante das massas, dos povos oprimidos, do meio-ambiente e das minorias. Esta roupagem identitária só serviu para mascarar o teor antidemocrático, repressivo e pró-imperialista de Boric.

A crise política no Chile era muito intensa, e ofereceu uma via à “esquerda”: transvestiram um direitista com pautas “progressistas” para enganar o povo. Essa ilusão não se sustentou, pois logo no início de seu governo, já atacou o movimento estudantil, jogando dezenas nas prisões. Como se não bastasse, declarou estado de sítio contra os Mapuches, com pretexto de proteger a ordem à população. A ação se deu após organizações indígenas iniciarem sabotagem às empresas extrativistas locais, além de se organizarem para se autodefenderem, atitude correta. Essa ação extremamente reacionária e exagerada vem de um representante “socialista”, aplaudido pela esquerda pequeno-burguesa no Brasil. Esse é um exemplo concreto do teor antipopular e reacionário das chamadas políticas de identidade, evidenciando que as pautas supostamente progressistas são, na realidade, algozes da população miserável e oprimida.m de um representante “socialista”, aplaudido pela esquerda pequeno-burguesa no Brasil. Esse é um exemplo concreto do teor antipopular e reacionário das chamadas políticas de identidade, evidenciando que as pautas supostamente progressistas são, na realidade, algozes da população miserável e oprimida. permanece com a tradição de massacrar os Mapuches
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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História

Mensagem por Chapolin Gremista » 20 Fev 2023, 21:20

NOTÍCIAS
LUTA POLÍTICA
Um depoimento impressionante sobre a prática revolucionária
Humberto Paz conta detalhes sobre sua partipação em um fato histórico de grandes proporções para a conjuntura brasileira

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Esta semana, gostaria de sugerir uma entrevista no YouTube que o jornalista e militante do PT Breno Altman realizou em seu canal Ópera Mundi.

O jornalista convidou Humberto Paz, revolucionário argentino que participou da resistência armada contra a ditadura neste país, para conversar sobre um fato histórico que teve enorme impacto no cenário político brasileiro no final de 1989.


Trata-se do sequestro de Abílio Diniz, proprietário do Grupo Pão de Açucar. Humberto Paz e mais 19 companheiros organizaram e sequestraram o empresário com intuito de levantar fundos para a causa revolucionária em El Salvador.

No relato, surpreendente, destaca-se a luta revolucionária colocada em prática. “Fizemos por nossas convicções”, diz o entrevistado, hoje um homem já idoso.


O sequestro, realizado em São Paulo, foi descoberto pela política. Paz e mais 10 participantes foram presos e torturados.

Mais do que isso, houve uma armação escandalosa no cativeiro de Diniz. Panfletos e material de propaganda do PT foram colocados na cena como forma de incriminar o partido.

Na época, a imprensa corporativa tratou de transformar tudo em um escândalo de grandes proporções, envolvendo o nome do presidente Lula, que disputava o segundo turno das eleições contra Fernando Collor de Melo.

Sobre o episódio, Paz afirma que houve um erro de cálculo: “não levamos o cenário político brasileiro em consideração e não imaginávamos o quanto prejudicaríamos o PT”, afirma.

O depoimento tem uma força histórica muito grande e é de especial interesse pois ajuda na compreensão de um fato de enorme gravidade a partir do ponto de vista de um indivíduo que viveu todos os acontecimentos e foi um de seus protagonistas.

Humberto Paz ficou preso por 10 anos no Brasil e teve seus direitos violados. Ele e seus companheiros realizaram uma greve de fome que durou 46 dias e que exigia que fossem reconhecidos como presos políticos pelas autoridades brasileiras. O protesto só acabou pela interferencia do próprio Lula e de Fernando Henrique Cardoso.

Os impactos na vida pessoal dos participantes também são comentados. Vale a pena conhecer e refletir sobre testemunhos como esse, que são muito raros. É de uma riqueza impressionante e que merece toda a nossa atenção. É como montar um quebra-cabeça.

A entrevista pode ser assistida neste link:



https://causaoperaria.org.br/2023/um-de ... ucionaria/
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