História

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Chapolin Gremista
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Re: História

Mensagem por Chapolin Gremista » 22 Jan 2020, 02:19

Domingo Sangrento
22/01/1905: Domingo Sangrento inicia a Revolução de 1905 na Rússia
De acordo com Lênin, o Domingo Sangrento foi o ensaio geral da Revolução proletária de 1917. Pela primeira vez, surgem os Conselhos de Operários e Soldados (Sovietes).

No domingo, 22 de Janeiro de 1905, ocorreu o massacre que ficou conhecido como Domingo Sangrento na Rússia czarista.

Uma passeata de dezenas de milhares de trabalhadores e trabalhadoras, liderada pelo padre ortodoxo George Gapon, na capital São Petersburgo, se direcionava para o Palácio de Inverno, residência oficial do czar Nicolau II. A ideia era entregar, pacificamente, uma petição ao czar que continha um conjunto de reivindicações da classe operária russa, como melhores condições de trabalho nas fábricas, melhorias salariais, redução da jornada de trabalho para oito horas semanais, fim das arbitrariedades do patrões nos locais de trabalho, fim da guerra Russo-Japonesa e introdução do sufrágio universal no país. Os manifestantes esperavam uma recepção por parte de Nicolau II e o atendimento de suas reivindicações.

A violenta repressão das tropas czaristas, estimada em um total de 4 mil vítimas, entre mortos e feridos, desencadeou um movimento insurrecional da classe operária russa. Pela primeira vez na história, brotam por todo o país os Conselhos de Operários e Soldados (Sovietes em russo), órgãos de poder político armados da classe operária, acontecem manifestações públicas e combates de rua, greves de massas se generalizam nas fábricas e motins e rachas nas Forças Armadas imperiais se sucedem continuamente. A insurreição da classe operária se prolonga por meses até ser finalmente derrotada pela repressão, não sem antes promover um profundo abalo no regime czarista e obrigar o czar a fazer concessões políticas, como a instalação da Duma de Estado, da qual os revolucionários russos vão participar e eleger a fração-social democrata.

Leon Trotsky se destaca como líder do Soviete de São Petersburgo, que tem papel destacado na direção da insurreição na capital. O Soviete é cercado por tropas czaristas e Trotsky é preso, processado e condenado ao desterro na Sibéria, no Circulo Polar Ártico, da qual irá fugir.

A fração bolchevique do Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR), liderada por Lênin, participa ativamente na insurreição de 1095. Seus quadros adquirem experiência política e a têmpera necessárias para dirigirem o processo revolucionário de 1917, que resultou na queda da monarquia e na tomada do poder pela classe operária por meio de seus próprios órgãos de poder, os Sovietes.

Em um relatório em que analisa de forma pormenorizada a insurreição ou Revolução de 1905 para retirar as lições políticas, Lênin afirma que o episódio foi o ensaio geral da revolução proletária de 1917.
https://www.causaoperaria.org.br/22-01- ... na-russia/
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Re: História

Mensagem por Chapolin Gremista » 23 Jan 2020, 21:45

Libertação dos povos
23/01/1963 – Inicia-se a Guerra de Independência da Guiné-Bissau
Luta pela independência das colônias portuguesas na África se deu junto com a luta pelo fim do regime fascista de Salazar

A Guerra de Independência da Guiné-Bissau teve início com as ações de guerrilha na região de Tite, a partir do dia 23 de janeiro de 1963. A guerrilha foi apoiada pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), sob comando de um dos maiores líderes da esquerda nacionalista, Amílcar Cabral. O conflito durou mais de dez anos, tendo sua conclusão com o reconhecimento da independência de Guiné-Bissau por Portugal, em 1974.

Nas colônias europeias sempre existiram movimentos de oposição e resistência à presença do imperialismo colonialista. Nas décadas 50 e 60, várias nações colonizadas no continente africano estavam no processo de luta por independência que se intensificou após a primeira e segunda guerras mundiais. Em 1961, movimentos nacionalistas em diversos países se uniram na Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas (CONCP). Esse evento reuniu organizações de Moçambique, Angola, São Tomé, Guiné e Cabo Verde em torno da luta pela independência das colônias portuguesas na África.

A repressão contra os povos dos países africanos, por parte das metrópoles europeias, era intensa, com torturas e assassinatos de opositores e a supressão de direitos democráticos e trabalhistas. Além disso, o cenário era de muita pobreza, especialmente a colônia da Guiné que era a menos desenvolvida da África, nos anos 1950.

Nesse contexto, um dos eventos que marcaram o período foi o Massacre de Pidjiguiti (1959), quando tropas portuguesas mataram 50 estivadores que estavam em greve por melhores salários. Esse fato provocou uma grande comoção da população da Guiné, que passou a apoiar mais amplamente as ações do PAIGC pela independência.

Entre os anos 1960 e 1962, o PAIGC se consolidou no país, ao se expandir para o interior da Guiné e iniciar a formação de militantes para a luta por independência. O movimento ganhou força com apoio tático e militar de outras nações como a República Popular da China, Reino de Marrocos, Cuba e União Soviética.

No dia 23 de janeiro de 1963, Amílcar Cabral declarou guerra contra Portugal com um ataque da guerrilha do PAIGC à fortaleza portuguesa de Tite. A esse episódio foram seguidos diversos outros ataques.

Em 1964, durante o primeiro congresso do PAIGC foram organizadas as Forças Armadas Revolucionárias do Povo (FARP) para auxiliar as forças guerrilheiras.

Em 1966, Amílcar Cabral participou da Conferencia Tricontinental Enero em Havana, onde iniciou conversações com Fidel Castro. Como resultado disto, Cuba concordou em fornecer mais armas, além de médicos, especialistas e técnicos para auxiliar na luta pela independência.

Já em 1967, o PAIGC tinha controle sobre 2/3 da Guiné Portuguesa. Nesse período, Portugal buscou ganhar apoio popular impondo o governo de António de Spínola. As tropas portuguesas conseguiram recuperar terreno. Em janeiro de 1973, dois membros traidores de seu próprio partido assassinaram o principal líder do PAIGC, Amílcar Cabral, o que acentuou a crise que teve como desfecho a declaração unilateral do PAIGC pela independência da Guiné-Bissau, em setembro de 1973.

A luta pela independência trouxe inúmeros ganhos para os povos e, inclusive, teve influência direta na revolução portuguesa que pôs fim ao regime fascista de Salazar em Portugal (Estado Novo), em abril de 1974. O novo governo aceitou negociar com o PAIGC e, em 10 de setembro 1974, a independência da Guiné foi concedida por Portugal.
https://www.causaoperaria.org.br/23-01- ... ne-bissau/
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Re: História

Mensagem por Chapolin Gremista » 24 Jan 2020, 12:52

185 anos
24/01/1835 – inicia-se a Revolta dos Malês em Salvador
Exemplo para o povo negro de como lutar contra o capitalismo

No dia 24 de janeiro de 1835, se iniciou a chamada “Revolta dos Malês”, na cidade de Salvador, Bahia. Essa revolta, resultado da instabilidade do governo imperial brasileiro, é considerada uma das maiores revoltas da história do estado e se desencadeou por conta dos desdobramentos a partir dos anos de 1830.

A renúncia de Dom Pedro I (1831) e a Regência Provisória que duraria até 1840, quando Dom Pedro II recebe a Declaração de Maioridade e obtém, assim, o direito a se tornar o imperador do Brasil daquela época, abriu um período marcado por uma série de transformações sociais, econômicas e políticas. Diversas revoltas explodiram com o mesmo objetivo: derrubar o poder vigente e favorecer o movimento republicano. As principais foram a Guerra dos Farrapos (1835-1845), na Região Sul, a própria Revolta dos Malês (1835), na Bahia, a Cabanagem (1835-1840), na província do Pará, a Sabinada (1837-1838), também na Bahia e a Balaiada (1838-1841), no interior da província do Maranhão.

Especificamente sobre a Revolta dos Malês, nós temos a luta pela libertação do povo negro de sua condição de escravos e a garantia da liberdade religiosa. Os malês, termo usado no Brasil para designar os negros muçulmanos que sabiam ler e escrever em língua árabe, eram muitas vezes mais instruídos que seus senhores, e, apesar da condição de escravos, não eram submissos, mas muito altivos. Utilizavam a linguagem iorubá, de onde vem a palavra “malê”, direta de “imalê”, que significa “muçulmano”, mas tinham vindo diretamente da África. Na Bahia, eles eram conhecidos como “nagôs”.

O grupo de rebeldes contou com aproximadamente 600 homens, se rebelando na noite do dia 24, mas iniciando os ataques na manhã do dia seguinte. O prefeito de Salvador, Francisco de Souza Martins, recebe uma denúncia anônima sobre uma possível revolta planejada pelos escravos, avisando assim o chefe da polícia, Francisco Gonçalves, para dobrar a quantidade de patrulhas na região e que prendesse qualquer pessoa suspeita.


Ao amanhecer do dia 25, a polícia tenta invadir uma casa suspeita, de onde saem 60 homens para se inicia uma batalha entre escravos e soldados do palácio. Os revoltos saem pelas ruas reunindo o máximo de escravos possível, enquanto outra parte de suas tropas vão em direção à Câmara Municipal para resgatar um dos líderes da revolta, Pacifico Licutan. A investida não funciona e esses são detidos, porém, a cidade se torna um palco de guerra. Outra líder importante do movimento foi Luiza Mahin, e de seu tabuleiro, eram distribuídas as mensagens em árabe, através dos meninos que pretensamente com ela adquiriam quitutes, liderando também a revolta Sabinada (1837-1838).

Os malês começam a ser derrotados, quando se depararam com o quartel da cavalaria na região de Água de Meninos. Característica fundamental dos opressores – e necessário para compreender a importância do armamento -, a repressão armada se torna ainda mais dura para acabar com a revolta e centenas são assassinados a sangue frio. Os sobreviventes receberam penas de diversos tipos, entre elas a deportação forçada ao continente africano, 16 condenações à morte e penas de açoites que podiam variar entre 300 e 1.200 chibatadas – uma crueldade sem tamanhos.

E apesar de ter sido derrotada, essa grande revolta que faz parte de nossa história, gerou um grande terror em Salvador, e esse clima de medo se espalhou por vários cantos do país. Repercutindo na imprensa da época, incentivou o surgimento de outras lutas do povo negro pela sua libertação, conquistando, de certo modo, um ponto de ameaça o regime político vigente naquele dado momento. Uma lição e tanto de insurreição popular.

Um fato interessante dos dias atuais é o jogo criado sobre essa importante história. Lançado em 2018, o jogo ‘Sociedade Nagô – O Resgate’ retrata a Revolta dos Malês.

https://observatorio3setor.org.br/notic ... dos-males/

Para concluir, esse extermínio nas favelas por parte das forças repressivas do Estado burguês, a discriminação que é fruto do sistema capitalista, só podem ser superados através de uma política revolucionária. É através da organização e mobilização política que a população negra poderá superar as condições de miséria que ainda afeta esse segmento da sociedade. A escravidão continua atualmente com o próprio sistema capitalista e as favelas são a expressão maior de verdadeiras senzalas à céu aberto.

Que nunca se perca em nossas memórias e que esteja em nossas ações a Revolta dos Malés!
https://www.causaoperaria.org.br/24-01- ... -salvador/
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Re: História

Mensagem por Chapolin Gremista » 25 Jan 2020, 13:09

Exploração na América
25/01/1538: quando a prata de Potosí começou a financiar o capitalismo
A prata de Potosí engordou o bolso não apenas da Coroa Espanhola, mas principalmente da burguesia europeia. Na América, deixou um saldo de oito milhões de mortos

Em 25 de janeiro de 1538, o indígena Diego Huallpa descobre o que seriam as maiores minas de prata do mundo na montanha Cerro Rico, em Potosí – Bolívia. Ele seguia as pegadas de uma lhama fugida e foi obrigado a passar a noite na montanha. Para não morrer de frio, fez fogo. A fogueira iluminou uma pedra branca e brilhante. Era prata pura. A partir dessa descoberta, o local passaria a ser cenário da morte de milhões de indígenas escravizados, por pelo menos dois séculos, na exploração do minério que enriqueceu não apenas a Coroa Espanhola, mas a burguesia de diversos países na Europa e Oriente.

A região onde se encontra a montanha foi povoada por civilizações nativas pré-incaicas, entre as mais importantes estão os Cantumarca com população estimada em 2500 habitantes no início da exploração mineira. Seu povoado era estabelecido próximo à montanha, conforme revelam os vestígios dessas populações antigas que ali viviam antes da chegada dos espanhois. Esse povo tinha sua Economia baseada na agricultura, pecuária e mineração.

Em meados do século XV, os incas chegaram na região. Segundo a lenda, o rei Huayna Capac teria enviado seus serviçais para explorar os minérios da montanha, mas chegando lá, ouviram um grande estrondo. Esse estrondo foi seguido de uma mensagem que dizia que os metais da montanha eram reservados a outros donos. Portanto, os incas tinham conhecimento do metal da montanha, mas não o retiravam. Desde então a montanha foi tida como sagrada para aquelas populações, até a chegada dos espanhois, sob o império de Carlos V. quando a montanha passou a ser largamente explorada.

Com a exploração do Cerro Rico, os espanhois fundaram a cidade de Potosí, em 1545. Cinquenta anos depois, Potosí já era a maior produtora de prata do mundo, chegando a ser a cidade mais rica das Américas, além da segunda cidade mais populosa do mundo, em 1611, com aproximadamente 150 mil habitantes.

Para o trabalho nas minas, os colonizadores recrutavam os indígenas que trabalhavam em condições de semiescravidão, com jornadas de dezesseis horas diárias cavando túneis e extraindo o metal. Muitos trabalhadores passavam meses dentro das minas, sem ver a luz do dia. Grande parte deles morreram vítimas de desnutrição, acidentes (soterramentos e quedas de grandes alturas) ou doenças pulmonares. Além disso, as rebeliões eram contidas com violência. Calcula-se que cerca de oito milhões de indígenas foram mortos no trabalho de mineração no Cerro Rico, em Potosí.

A prata era enviada à Europa de navio, pelo Pacífico e pelo Atlântico. A prata e ouro que se extraiu do Cerro Rico deu a volta ao mundo, ativando as economias de Europa e Oriente durante a colonização. Foi o padrão de prata da moeda da Índia, China e Turquia. Estima-se que entre 1503 e 1660, desembarcaram no porto de Sevilha 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata.

Conforme relata no livro As Veias Abertas da América Latina (1971) do escritor Eduardo Galeano, “Os metais arrebatados aos novos domínios coloniais estimularam o desenvolvimento europeu e até se pode dizer que o tornaram possível. Nem sequer os efeitos da conquista dos tesouros persas que Alexandre Magno derramou sobre o mundo helênico poderiam ser comparados com a magnitude dessa formidável contribuição da América para o progresso alheio. Mas não para o progresso da Espanha, ainda que lhe pertencessem as fontes da prata americana. (…) Os espanhóis tinham a vaca, mas quem bebia o leite eram os outros. Os credores do reino, estrangeiros em sua maioria, sistematicamente esvaziavam as arcas da Casa de Contratação de Sevilha, encarregada de guardar sob três chaves, em três diferentes mãos, os tesouros da América.”

Nesse contexto, quase todos os carregamentos de prata eram antecipadamente cedidos a banqueiros alemães, genoveses, flamengos e espanhois. Somente uma parcela mínima da prata, cerca de 5%, era aplicada na Economia espanhola.

Em 1825, a maior parte da prata no Cerro Rico já se tinha esgotado e a população de Potosí caiu para oito mil habitantes, voltando a subir anos depois com a exploração de estanho. Segundo o censo de 2009, Potosí possui 195 mil habitantes.

Em 1987, o Cerro recebeu o título de Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade da Unesco. A extração mineira continua até hoje com as mesmas técnicas desde os tempos da dominação colonial espanhola, por isso, muitos mineiros ainda trabalham em condições muito precárias. Hoje, Potosí vive basicamente da exploração do que sobrou no Cerro Rico e do turismo.
https://www.causaoperaria.org.br/25-01- ... pitalismo/
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Re: História

Mensagem por Victor235 » 25 Jan 2020, 22:18

27/09/2000: Alckmin é candidato que não diz não
O "sim" ao MDB levou Alckmin ao primeiro cargo eletivo -o de vereador em Pindamonhangaba, a 140 km de São Paulo.
Alckmin costuma contar que, nessa eleição, disputada quando tinha 19 anos, obteve 1.447 votos (pouco mais de 10% do total), um recorde jamais alcançado, porque era popular entre os estudantes da cidade. É fato. Ele dava aulas num curso de madureza e, após o expediente, ficava na escola para resolver dúvidas dos estudantes.
Há, porém, outras razões para a votação, segundo Andrade: um tio de Alckmin, chamado José Geraldo Rodrigues Alckmin (1915-1978), acabara de ser nomeado ministro do STF em 1972 e transferiu prestígio para o sobrinho.
A outra razão era histórica. Geraldo é sobrinho-neto do folclórico político mineiro José Maria Alkmin (1901-1974), que fora ministro da Fazenda de Juscelino Kubistschek (1956-1958) e vice do presidente Castello Branco (1964-1967). "Ter um Alckmin no MDB era um trunfo", diz Andrade.
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasi ... 200025.htm
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Re: História

Mensagem por Chapolin Gremista » 26 Jan 2020, 03:26

Guerra civil espanhola
26/01/1939: franquistas capturam a cidade de Barcelona
A queda de Barcelona, importante cidade industrial da Espanha, selou a vitória do golpe militar fascista liderado pelo general Francisco Franco.

Em 26 de janeiro de 1939, as tropas franquistas conseguem capturar a cidade de Barcelona, capital da Província da Catalunha e importante região industrial da Espanha.

A guerra civil espanhola já durava cerca de três anos. O golpe militar fascista, liderado pelo general Francisco Franco, deu-se como uma reação à vitória eleitoral da Frente Popular, que serviu como elemento de intensificação da mobilização operária pelo país. As organizações operárias CGT e a CNT e os partidos de esquerda com milícias armadas passaram a controlar diretamente diversas regiões do país.

A política desastrosa da Frente Popular, composta por partidos importantes da esquerda espanhola como o Partido Socialista, Partido Comunista e o POUM em coligação com partidos burgueses, levou à trágica derrota na luta armada contra o golpe fascista. A burguesia espanhola e a burguesia mundial sabotaram o esforço de guerra do povo espanhol contra o avanço do fascismo.

A queda de Barcelona selou a vitória das forças fascistas e instaurou o regime franquista, que promoveu um amplo expurgo em toda a esquerda, destruiu as organizações operárias, sufocou completamente a vida política, submeteu a população civil que julgava ser simpatizante da República às maiores atrocidades possíveis e mergulhou o país em uma férrea ditadura que durou aproximadamente 40 anos.

https://www.causaoperaria.org.br/26-01- ... barcelona/
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Re: História

Mensagem por Victor235 » 26 Jan 2020, 03:38

"Se aproveitaram da minha astúcia" - VELOSO, Caetano

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Re: História

Mensagem por Victor235 » 27 Jan 2020, 00:53

Chapolin Comunista escreveu:
A fração bolchevique do Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR), liderada por Lênin, participa ativamente na insurreição de 1095.
Marx ainda nem tinha nascido neste século.
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Re: História

Mensagem por Jezebel do Canto e Mello » 27 Jan 2020, 05:54

Acho que confundiram com a conquista de Lisboa pelos Almorávidas, com a derrota do conde Raimundo de Borgonha.
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Re: História

Mensagem por Chapolin Gremista » 27 Jan 2020, 07:13

1905*
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Re: História

Mensagem por Chapolin Gremista » 29 Jan 2020, 06:54

Independência de Cuba
28/01/1853: nasce José Martí, líder da independência cubana
A guerra de independência de Cuba prolongou-se por décadas de combates armados contra a metrópole espanhola. José Martí foi um líder nacionalista da libertação cubana.

Em 28 de Janeiro de 1853, na capital Havana, nasce o revolucionário cubano José Martí, filho dos espanhóis Mariano Martí, natural de Valência, e Leonor Pérez Cabrera, natural de Tenerife, nas ilhas Canárias.

Desde muito novo, Martí destacou-se por ser um militante pela independência de Cuba, que há séculos se encontrava sob dominação colonial do Império Espanhol. Em 1869, aos 16 anos de idade, publicou panfletos e a revista Pátria Livre que faziam agitação política em torno das ideias nacionalistas. Em seguida, foi preso e processado pelos espanhóis pela posse de material de propaganda com conteúdo revolucionário. Seu processo resultou em condenação a seis anos de trabalhos forçados, da qual cumpriu seis meses.

Em 1871, com a saúde extremamente debilitada, Martí tem sua pena comutada para deportação na Espanha. Já na metrópole colonial, Martí publica seu primeiro livro, O Presídio Político em Cuba, onde denuncia as crueldades e os sofrimentos do tempo de prisão. Mais tarde, Martí dedicou-se ao estudo do Direito, obtendo o doutorado em Leis, Filosofia e Letras da Universidade de Saragoça em 1874. Seu retorno a Cuba foi marcado por grande tensão e vigilância por parte dos espanhóis, que temiam que sua influência pudesse alavancar a luta que já acontecia.

Como instrumento político para organizar a luta, em 1892, Martí fundou o Partido Revolucionário Cubano (PRC), cujo principal objetivo consistia na libertação de Cuba e presta auxílio à luta pela independência de Porto Rico, as duas últimas possessões coloniais da Espanha na América. Colocava-se também dentre os objetivos do PRC impedir a expansão da influência dos Estados Unidos na região.

Já em 1895, em pleno processo de guerra de libertação, em um encontro com as tropas coloniais, Martí é atingido por um tiro e falece. Seu corpo foi mutilado pelos soldados espanhóis e exibido à população como forma de propaganda política contra o engajamento na rebelião. Seu sepultamento ocorreu na cidade de Santiago de Cuba, em 27 de maio do mesmo ano.

A guerra de libertação nacional de Cuba ocorreu em três processos de luta: a Guerra dos Dez Anos (1868-1878), a Guerra Pequena (1879-1880) e a Guerra de 95 (1895-1898). A rebelião armada contra os espanhóis terminou com a rendição do país europeu em 1898, ano em que os Estados Unidos intervieram em Cuba para impor sua dominação política e econômica.

Oficialmente independente, Cuba, no entanto, passou, na prática, das mãos dos espanhóis para as mãos dos norte-americanos. Meio século depois, completou-se, finalmente, o processo revolucionário cubano, liderado por Fidel Castro e Che Guevara, inspirados no movimento martiano. Em seguida, a revolução amadureceu para posições socialistas e o governo revolucionário expropriou a burguesia e o imperialismo, transformando Cuba em um Estado Operário. Até hoje, o Partido Comunista de Cuba se considera marxista e martiano.
https://www.causaoperaria.org.br/28-01- ... ia-cubana/
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Re: História

Mensagem por Chapolin Gremista » 30 Jan 2020, 01:57

Ascensão do nazismo
30/01/1933: Hitler assume como chanceler, promovido pela burguesia
A nomeação de Hitler por Hindemburg para chanceler da Alemanha é um passo decisivo na constituição de um regime de força contra os trabalhadores e suas organizações

No dia 30 de Janeiro de 1933, Adolf Hitller, líder do Partido Nazista, assume o posto de chanceler da Alemanha, nomeado pelo presidente Hindemburg com apoio dos partidos da direita tradicional e das burguesias alemã e imperialista. A tarefa a ser cumprida por Hitler seria o extermínio sistemático de toda a esquerda alemã, seu banimento permanente da vida política do país por mais de uma década, com a perspectiva de eliminá-la definitivamente.

A chegada de Hitler ao controle do aparelho de Estado responde aos anseios da burguesia. Assustada com as consequências da crise de 1929 e a crise política e social que se arrastava, em especial pelo desemprego de 4 milhões, percebeu o perigo que as organizações operárias e os partidos de esquerda representavam para sua dominação de classe. Os nazistas incorporaram a experiência do fascismo italiano, aprimorando-a.

A política desastrosa dos principais partidos de esquerda alemães, o Partido Social-Democrata (SPD) e o Partido Comunista Alemão (KPD), mostraram sua incapacidade de mobilizar os trabalhadores nas ruas e armá-los para resistir ao avanço da extrema-direita nazista. Após uma série de zigue-zagues e idas e vindas, os partidos tradicionais da burguesia votam plenos poderes para Hitler no Parlamento (Reichstag) para que pudesse implementar uma política de terror contra os trabalhadores e suas organizações políticas e sindicais. As forças de repressão então incorporam as forças paramilitares nazistas.

Hitler, com plenos poderes, promove um amplo expurgo em toda a esquerda, bairro por bairro, casa por casa. Deputados do SPD e KPD são presos ou exilados e os partidos são postos na ilegalidade, com suas gráficas e estruturas completamente destruídas. Os sindicatos são tomados pelas forças nazistas, que enviam os líderes operários para os campos de concentração. A burguesia de conjunto tinha-se decidido por um regime de força contra a esquerda e os trabalhadores, e os nazistas e seus métodos de terrorismo foram os meios funcionais para atingir esse objetivo.
https://www.causaoperaria.org.br/30-01- ... burguesia/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Re: História

Mensagem por Chapolin Gremista » 31 Jan 2020, 05:06

Dia de Hoje na História
31/01/1891: revolta republicana tenta derrubar monarquia portuguesa
Degradação da monarquia constitucional portuguesa foi um dos antecedentes da ascensão do fascismo em Portugal.

Durante o século XX, Portugal atravessou um longo período marcado por ditaduras e golpes de Estado. De 1926 a 1933 teve vigência a chamada Ditadura Nacional, regime liderado pelo presidente Óscar Carmona. Em 1933 foi aprovada uma nova constituição e iniciou-se o regime conhecido como Estado Novo, cuja principal liderança foi António de Oliveira Salazar. A ditadura fascista de Portugal encerrou-se em 1974, após sufocar a vida política portuguesa por 48 anos.

A ascensão do fascismo em Portugal não foi obra do arbítrio deste ou daquele indivíduo, não foi um acontecimento casual ou isolado. Trata-se do resultado de um desenvolvimento histórico complexo. Um dos elementos desse desenvolvimento é a degradação da monarquia constitucional portuguesa na transição do século XIX para o século XX.

O apodrecimento da monarquia se manifesta, por exemplo, nos embates entre monarquistas e republicanos. Nos anos 1870 foi fundado o Partido Republicano Português, com o objetivo de encerrar a monarquia. A primeira tentativa relevante do movimento republicano no sentido da tomada do poder ocorreu em 31 de janeiro de 1891, na revolta republicana da cidade do Porto.

O que deflagrou a revolta foi um fracasso político do governo português quanto às suas colônias africanas de Angola e Moçambique. Ambos os países se situam no sul da África, o primeiro na costa oeste, o segundo na costa leste, mas não são fronteiriços. A monarquia portuguesa tinha intenção de unificá-los, tomando alguns dos territórios situados entre os dois países.

A esse projeto opôs-se frontalmente a Inglaterra. Em 1890, ameaçando um confronto militar, ela impôs aos monarquistas portugueses a derrota do plano de unificação. A rendição do governo português diante da ameaça britânica soma-se a uma sequência de crises políticas. Intensifica-se o descontentamento da burguesia, das camadas médias e, numa certa medida, da classe operária portuguesa.

Nesse contexto, em 31 de janeiro de 1891, um grupo formado sobretudo por militares de baixa patente dirigiu-se à Câmara Municipal do Porto e proclamou a república. Embora expressasse uma ampla insatisfação, o levante foi derrotado por meio de uma dura repressão militar, com várias mortes, prisões, fugas e degredos.

Após a revolta, a monarquia constitucional portuguesa atravessou um período turbulento no qual não conseguiu estabilizar o regime. Em 1910 aconteceu um golpe de estado republicano e a monarquia foi definitivamente sepultada. Mas a república também não será capaz de promover a estabilidade político-econômica. À semelhança do que ocorreu na Itália, na Alemanha e na Espanha, a burguesia teve de recorrer ao fascismo para tentar controlar a situação de crise.

A quem estiver interessado em aprofundar-se no tema do fascismo português, recomendamos a plataforma Universidade Marxista e a terceira aula do companheiro Rui Costa Pimenta para a 45ª Universidade de Férias do PCO:

https://www.universidademarxista.com.br/
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Re: História

Mensagem por E.R » 02 Fev 2020, 06:41

ANCELMO GOIS - O GLOBO

Até hoje, não ficou pronto o modelo de governança das obras de reconstrução do Museu Nacional, tomado pelo fogo em setembro de 2018.

Está previsto num protocolo assinado em 31 de agosto entre a Universidade Federal do Rio (UFRJ), a Unesco, o BNDES e a Fundação Vale.
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Re: História

Mensagem por Jezebel do Canto e Mello » 02 Fev 2020, 18:52

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Juan Domingo Perón e Isabelita Perón visitam o casal Ceausescu em Bucareste
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