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Re: Educação

Enviado: 19 Mai 2019, 21:39
por Victor235
Valeu. A reforma não é uma chantagem. Passa a ser quando é apresentada pelos governantes de forma condicionada a outras coisas. Dizem que tudo vai melhorar, forçando sua aprovação, mas não é algo automático assim.

Re: Educação

Enviado: 19 Mai 2019, 23:22
por Victor235
MEC corta verba de obras de hospitais que servirão a 2,7 milhões de pessoas
Ao todo, quase R$ 40 milhões foram bloqueados de três instituições, afetando obras que --quando concluídas-- devem criar 755 novos leitos na rede pública e servir para atender um público de 2,7 milhões de pessoas.
Além de atender à população, a ideia dos hospitais universitários é ajudar na formação de alunos da área de saúde e fomentar pesquisas em diversos campos de atuação. Por isso, eles são ligados a uma instituição federal de ensino e têm verbas do MEC.
https://educacao.uol.com.br/noticias/20 ... essoas.htm

Re: Educação

Enviado: 21 Mai 2019, 20:42
por Victor235
Estudantes de São Carlos e região fazem prova através de app de celular feito na UFSCar
http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regia ... r/7629786/

Re: Educação

Enviado: 27 Mai 2019, 19:45
por E.R
https://www.nsctotal.com.br/noticias/os ... -no-brasil

Como criar ambientes inovadores e geradores de riqueza no Brasil ?

A resposta para esta pergunta requer conhecer como está a educação brasileira.

Não é novidade que o Brasil aparece nas últimas posições nas avaliações internacionais de aprendizagem como o PISA (66ª entre 72 países). Isto significa que nossas crianças e jovens não estão desenvolvendo as competências necessárias para um cidadão do Século 21.

Mas quando o assunto é inovação e tecnologia outros dados também preocupam. Apesar da maioria das escolas públicas brasileiras reportarem terem acesso à internet, a velocidade é lenta (menor de 2 mps) e o uso é limitado a atividades administrativas. Apenas 19% dos alunos em escolas públicas dizem acessar à internet para atividades educativas em sala de aula.

Outro dado preocupante é a nova desigualdade social que está sendo criada no acesso à internet. Enquanto alunos das classes A e B reportam acessarem a internet por meio de diversos dispositivos (laptops, tablets e celulares) e em diversos locais, 67% dos alunos das classes D-E só acessam por meio da tela de seus celulares e utilizam um plano de acesso limitado. Isto reduz o tipo de experiência de aprendizagem que a tecnologia é capaz de oferecer aos alunos de níveis socioeconômico mais baixos.

Por outro lado, o Brasil pela primeira vez tem uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que indica as competências e habilidades que todos os estudantes devem desenvolver durante seu percurso escolar. Entre as 10 competências gerais está a competência #5 que diz que todos os jovens brasileiros devem ser capazes de :

"Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva”.

Já temos uma meta clara. Se conseguirmos melhorar nossas escolas de modo a desenvolver esta competência poderemos ter um país capaz de inovar.

Re: Educação

Enviado: 27 Mai 2019, 19:49
por Victor235
Acho que o uso de celular na sala de aula ainda é visto como algo bastante negativo, por isso o pouco uso. É mais proibido do que incentivado para fins escolares.

Re: Educação

Enviado: 30 Mai 2019, 03:26
por E.R
https://www1.folha.uol.com.br/educacao/ ... acao.shtml

Estudantes e professores de escolas públicas e privadas voltarão às ruas em todas as regiões do país nesta quinta-feira (30) para realizar seu segundo protesto contra os bloqueios na verba para a educação promovidos pelo Ministério da Educação.

A manifestação será encabeçada pela UNE (União Nacional dos Estudantes).

O principal objetivo da manifestação, segundo os organizadores, é mostrar à população que os cortes no orçamento da educação prejudicam o ensino, a pesquisa e os serviços prestados pelas instituições do setor à sociedade.

Re: Educação

Enviado: 30 Mai 2019, 08:53
por Barbano
Vai flopar.

Manifestação não é algo que deve ser organizado com tanta frequência. Só gera desmobilização.

Re: Educação

Enviado: 30 Mai 2019, 23:09
por O Gordo
Em comparação com a primeira foi um flop sim. Mas foi melhor que as do dia 26 ou não?

Re: Educação

Enviado: 31 Mai 2019, 09:01
por Barbano
Isso é difícil de medir. Aqui deu mais gente sim. No Rio de Janeiro deu menos. Em São Paulo acho que foi no máximo equivalente.

Re: Educação

Enviado: 04 Jun 2019, 21:46
por Victor235
Imagem
Em tempo: ‘Está chovendo fake news’, diz ministro da Educação ao som de ‘Cantando na Chuva’
https://politica.estadao.com.br/blogs/f ... -na-chuva/

Re: Educação

Enviado: 04 Jun 2019, 21:53
por CHarritO


:escondido:

Re: Educação

Enviado: 05 Jun 2019, 20:38
por Victor235
Capes anuncia novo corte de 2,7 mil bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado
https://g1.globo.com/educacao/noticia/2 ... rado.ghtml

Re: Educação

Enviado: 09 Jun 2019, 00:12
por Victor235
Em tempo: Justiça manda MEC suspender bloqueio em universidades
https://www.poder360.com.br/justica/jus ... ersidades/

Re: Educação

Enviado: 14 Jun 2019, 07:00
por E.R
O ESTADO DE S.PAULO

Seis ex-ministros da Educação, em recente nota, falam do grande consenso que teria sido construído no Brasil sobre o setor, que o atual governo estaria desconsiderando.

De fato, existe um forte consenso sobre a prioridade que a educação deve ter, e o governo até agora não mostrou uma política para o setor que vá além de cortes orçamentários e posturas ideológicas, diferentemente do que ocorre na economia e na segurança, onde existem propostas claras formuladas com o apoio de fortes contingentes de economistas, juízes, promotores e funcionários públicos qualificados.

A educação brasileira, depois de um período de crescimento descontrolado, chegou a um impasse, com milhões de jovens concluindo a educação fundamental semianalfabetos; o ensino médio estagnado e com altíssimas taxas de abandono; um ensino superior público caro, desigual e que não consegue atender a mais do que 25% das matrículas; e um sistema de pós-graduação e pesquisa em grande parte voltado para si mesmo, que cresceu em quantidade, mas não em impacto e relevância científica e econômico-social, com as boas exceções de sempre.

O ponto mais alto deste consenso, segundo os ex-ministros, teria sido o Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado por unanimidade pelo Congresso Nacional em 2014, com planos filhotes para cada Estado e município e que se desdobrava em 10 diretrizes e 20 grandes metas, divididas em 244 estratégias específicas, a serem financiadas com 10% do Produto Interno Bruto (PIB).

Para acompanhar tudo isso, contava-se com uma grande parafernália de comissões tripartites estabelecidas com as associações de secretários de Educação estaduais e municipais e fóruns permanentes de negociação.

O PNE é um zumbi que se recusa a morrer, e até que seja devidamente enterrado e substituído por um conjunto pequeno de objetivos realistas e bem definidos não há como a educação brasileira avançar.

Dois exemplos recentes do suposto consenso foram a elaboração da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a reforma do ensino médio. A ideia de que todos os estudantes, até determinado nível, precisam compartir um conjunto mínimo de conhecimentos, sobretudo no domínio da linguagem, do raciocínio matemático e de familiaridade com as ciências naturais e sociais, é hoje reconhecida em todas as partes. Mas nenhum país, que eu saiba, tem um documento semelhante à BNCC brasileira, com suas 600 páginas e centenas de habilidades e competências que os estudantes deveriam adquirir. É um texto recheado de linguagem empolada, incompreensível ou meramente retórica, como na introdução, na qual se diz que o objetivo é levar à “educação integral”, a partir de uma “visão plural, singular e integral da criança, do adolescente, do jovem e do adulto – considerando-os como sujeitos de aprendizagem – e promover uma educação voltada ao seu acolhimento, reconhecimento e desenvolvimento pleno, nas suas singularidades e diversidades”.

Compare-se com o Socle Commun francês, de 30 páginas, ou o currículo da Nova Zelândia, resumido em 8 quadros, em linguagem direta e sem adjetivos. A grande lista de assessores, especialistas, colaboradores, pesquisadores, comissões de discussão e leitores críticos mencionados ao final mostra o esforço do MEC de construir um consenso a favor do documento. Só não foram consideradas as críticas mais profundas que chamavam a atenção para a necessidade de chegar a um documento sintético, compreensível e compatível com o estado da arte internacional sobre os processos de aprendizagem.

O outro exemplo foi a reforma do ensino médio, que começou com uma tentativa de quebrar o consenso do currículo único tradicional e propor a implantação de trajetórias escolares diversificadas a combinadas com um núcleo comum. À medida que o projeto ia sendo discutido, o tamanho deste núcleo comum aumentava, atendendo às demandas dos professores das diversas disciplinas, até se transformar numa versão reduzida do currículo tradicional, deixando as trajetórias curriculares em segundo plano e diluindo a proposta inicial.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que deveria ser reformulado para corresponder ao novo formato, continua como está. O novo ensino médio entra em vigor em 2020, e as escolas não sabem o que fazer.

É preciso construir um novo consenso, baseado na ideia de que deve ser possível fazer muito mais com os 5% do PIB que o Brasil já gasta em educação.

Com a queda da natalidade, serão menos estudantes e será possível ter menos professores e pagar mais.

A profissão docente precisa ser reformada, com melhores cursos de formação, carreiras associadas ao desempenho e facilitando o acesso ao ensino de pessoas com outros perfis.

A educação infantil deve deixar de ser meramente assistencialista e ser tratada como etapa essencial de formação.

A tolerância com o analfabetismo funcional deve acabar, com o uso de métodos comprovados de alfabetização e acompanhamento de resultados.

O segundo ciclo do ensino fundamental precisa ser repensado, e a reforma do ensino médio precisa ser efetivamente implementada, inclusive pela ampliação e fortalecimento da educação técnica.

O formato do ensino superior precisa ser revisto, criando mais alternativas de formação em diferentes níveis, e a pós-graduação e a pesquisa precisam se tornar menos acadêmicas e mais vinculadas às necessidades do País.

E, em todos os níveis, os papéis do setor público e do privado precisam ser revistos, para que se tornem complementares e livres dos predomínios simétricos do corporativismo e do mercantilismo.

Re: Educação

Enviado: 14 Jun 2019, 23:27
por Victor235
Atualizando:
Planalto cede verba para Educação e Congresso libera R$ 249 bi ao Orçamento
https://www.poder360.com.br/congresso/p ... orcamento/

Justiça derruba liminar que suspendeu cortes em universidades
https://www.poder360.com.br/justica/jus ... ersidades/