Essa construção frasal tá meio confusa... A mensagem principal do vídeo é que ou você escolhe os homossexuais, ou escolhe os muçulmanos. Que as duas coisas não podem conviver juntas. E acusa a esquerda de defender os islâmicos.Hyuri Augusto escreveu:O vídeo serve de refutação ao fato de que alguns muçulmanos odeiam homossexuais e pregam o preconceito e por ironia querem migrar para países onde a quantidade de homossexuais é grande e é mais inclusa.Borges escreveu:Não entendi então o vídeo da página passada.Hyuri Augusto escreveu: Conheço. Tenho amigos que frequentam uma mesquita muçulmana. Inclusive, um deles é homosexual e diz que seus pais o aceitaram. O que me deixou muito feliz, visto que como disseram, mesmo sendo poucos, ainda tem aceitação no meio muçulmano.
Bom, eu discordo frontalmente de qualquer legislação contra os LGBTs e não vou concordar com preconceito. Mas também não dá para simplesmente sair à caça de muçulmanos, como a direita praticamente tem incentivado. Estão até dizendo que vai haver uma invasão islâmica no Brasil!
Dia desses, no Reino Unido, dois muçulmanos foram atacados com ácido. O depoimento de um deles ao Channel 4 é desesperador:
Enfim, não dá para aceitar preconceito contra os LGBTs, mas também não dá para promover o ódio contra uma religião - sendo que muitos dessa religião podem, inclusive, ser mais liberais que muita gente aí. Seria a mesma coisa se fôssemos pregar a perseguição aos cristãos porque gente como Malafaia e Marco Feliciano promovem ódio contra os LGBTs. Engraçado que, nesse caso, tem muita gente pra falar de "cristofobia", quando esses falsos profetas são criticados. Mas alguns dos mesmos são os primeiros a incentivar o ódio contra muçulmanos.
Por fim, Hyuri, quando tu faz esse desabafo, eu acredito que você seja super favorável aos direitos LGBTs e tudo mais. Mas ficou um estranhamento quando você fez esse post: viewtopic.php?p=884100#p884100 E que respondi aqui: viewtopic.php?p=884365#p884365
Inclusive fui à Parada de Luta LGBT que rolou dia 2. Fiquei quase cinco horas lá e o que mais vi foi gente feliz por poder se expressar como é. Sem amarras, sem ter de ficar no armário, podendo andar de mãos dadas, abraçar, beijar o/a namorado/a etc.
Não concordei com 100% do que foi dito lá, mas eu não sou massa de manobra de ninguém. E acredito que a maioria também não seja.
A gente sofre pra caramba por simplesmente existir. O movimento LGBT tem uma história longa de luta para que a gente seja aceito como é. Tivemos muitas conquistas, mas ainda estamos longe do ideal. É foda você vir pra casa depois de uma parada bonita como aquela e, depois, ver gente perguntando: "orgulho de quê?" ou reduzindo a nossa existência a "dar o cu", a dizer que somos promíscuos...
O movimento não está isento de críticas, mas acho que é preciso ter um pouco mais de sensibilidade em relação a certas coisas. Sobretudo pra não fazer críticas equivocadas e que acabam, queira ou não, denotando uma impressão de preconceito.