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Na última segunda-feira, a TV Globo promoveu a demissão de 21 jornalistas do portal Gshow, o braço do entretenimento da emissora na internet, incluindo pelo menos dois fotógrafos e um designer, além da transferência de mais dois profissionais para outras áreas.
Por lá, jornalistas que trabalhavam dedicados a determinados programas - a maior parte ficava nas produções - passarão a trabalhar dentro da redação do portal.
Em uma reunião que aconteceu também na segunda-feira, os profissionais que sobraram receberam, cada um, um envelope fechado no qual foi indicada uma nova função.
Houve uma verdadeira dança das cadeiras na redação e, segundo a direção, haverá apenas um profissional alocado em alguns programas.
Parte da produção de conteúdo deverá ficar a cargo dos produtores, assistentes de direção e até do elenco.
A novidade já tem gerado discordância entre as equipes.
Fotos de cenas tiradas nos sets de gravação pela equipe de produção, por exemplo, não podem ser creditadas, pois de acordo com o departamento jurídico da empresa, isso caracterizaria dupla função.
Há alguns dias, o diretor artístico da novela “Pega Pega”, Luiz Henrique Rios, chegou a proibir sua equipe de produzir qualquer conteúdo para o Gshow enquanto não conseguisse uma reunião com a diretora do portal, Ana Bueno, para que tais demandas fossem devidamente explicadas.
As demissões não seguiram o critério de meritocracia e só atingiram jornalistas produtores de conteúdo.
Gerentes e coordenadores permanecem no cargo até o momento, alguns, inclusive, sem função ainda definida.
Nos últimos três anos, pelo menos três gerentes e dezenas de jornalistas deixaram o Gshow insatisfeitos com os rumos do portal.
Nos últimos meses, nos Estúdios Globo, centenas de profissionais ligados à produção de programas, séries, seriados e novelas foram desligados da empresa.
O Site EGO, foi descontinuado.
Os funcionários também foram proibidos de fazer horas extras.
Por lá, o clima está tenso em todos os departamentos. De “fábrica de sonhos”, apelido dado ao antigo Projac, a central de produções da emissora já está sendo chamada de “fábrica de doenças”. O motivo : a grande pressão, o alto nível de estresse, a sobrecarga de trabalho e as incertezas a que os funcionários estão sendo submetidos tem levado diversos profissionais para os consultórios médicos.