Livros

Espaço para debates sobre assuntos que não sejam relacionados a Chespirito, como cinema, política, atualidades, música, cotidiano, games, tecnologias, etc.
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Re: Livros

Mensagem por E.R » 27 Jan 2019, 06:15

LAURO JARDIM - O GLOBO

A venda de livros no Brasil caiu 20% na primeira quinzena de janeiro de 2019 ante o mesmo período de 2018.

A culpa não é da economia e nem da falta de apetite por leitura, mas da crise profunda das livrarias Saraiva e Cultura.
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Re: Livros

Mensagem por E.R » 30 Jan 2019, 17:59

https://blogs.oglobo.globo.com/lauro-ja ... livro.html

A Planeta coloca na rua em março a badalada biografia de Nietzsche, lançada no ano passado pela inglesa Sue Prideaux, "Eu sou dinamite — a vida de Friederich Nietzsche".

O livro desmistifica três famas ruins do alemão : de que ele era misógino, nazista e sem senso de humor.
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Re: Livros

Mensagem por E.R » 01 Fev 2019, 04:24

https://oglobo.globo.com/cultura/o-senh ... s-23347314

A partir deste ano, uma das mais cultuadas sagas de fantasia da História vai deixar o condado geek em busca de outros reinos.

Pelo menos três frentes pretendem recolocar “O Senhor dos Anéis” na mapa. E com orçamento para fazer a Terra Média ganhar o mundo.

São Paulo e Rio de Janeiro recebem um megaconcerto com a trilha sonora de “A Sociedade do Anel” (2001), primeiro capítulo da trilogia levada ao cinema por Peter Jackson. Por fim, em 2019 também começa a produção bilionária — sim, US$ 1 bilhão por cinco temporadas — de “O Senhos dos Anéis” para a TV. É a série mais cara de todos os tempos.

E cinco livros do autor britânico J.R.R. Tolkien (1892-1973) estão sendo relançados no Brasil com novas traduções. Além deles, duas outras obras do escritor, antes inéditas por aqui, chegaram há poucos meses às livrarias (“Beren e Lúthien” e “A queda de Gondolin”) .

A editora HarperCollins formou um conselho composto de quatro especialistas na literatura tolkiana. Sua função é adaptar para o português a riqueza de termos, seres e reinos dos clássicos “O Senhor dos Anéis”, “O Silmarillion”, “Contos inacabados”, “O hobbit” e “As cartas de J.R.R. Tolkien”, que serão lançados ao longo de 2019.

— Fui criado nos Estados Unidos e estudei “O hobbit” no ensino médio. Trata-se de um cânone da literatura inglesa, ensinado junto com Shakespeare — conta Samuel Coto, gerente editorial da HarperCollins.

— Já no Brasil, os livros só ficaram conhecidos após os filmes, mas pertencem ao mundo geek, à galera que joga RPG. Vamos mudar isso.

Até então, a edição brasileira dos livros era feita pela Martins Fontes. Os conselheiros, porém, acham que podem aperfeiçoar a tradução. Querem, por exemplo, preservar características estilísticas dos originais.

— Em inglês, o dialeto dos hobbits é rural — diz um dos conselheiros, Reinaldo José Lopes, escritor e jornalista que fez sua tese de doutorado sobre o autor. — Já o dos trolls traz referências mais populares. Estamos levando a sério a questão linguística.
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Re: Livros

Mensagem por E.R » 02 Fev 2019, 03:18

https://www.terra.com.br/noticias/brasi ... xq5zz.html

Evandro Martins Fontes, sócio da editora e livraria que leva o nome da família, além de criticar o modelo de expansão adotado pelas redes Saraiva e Cultura, aponta uma conivência das grandes editoras, que não reagiram ao acúmulo crescente de dívidas das quais eram credoras.

"Essas redes optaram pelo modelo das megalojas, que envolvem altos custos de operação, inclusive os aluguéis. A Cultura só tinha uma loja em São Paulo, que era referência, mas começou a expandir em 2004. Já era um momento delicado, pois a venda digital se expandia. Com a crise, elas sofreram um forte baque, e esse modelo se tornou ainda mais insustentável. Elas foram vítimas da ganância", diz o empresário.

"O negócio do livro sempre foi de margens pequenas, mas todos pudemos crescer aos poucos, honrando nossos compromissos. Por ser uma empresa de capital aberto, a Saraiva tinha que divulgar os balanços financeiros. Houve um ano em que o faturamento anual deles ultrapassou 1 bilhão de reais, mas o lucro foi de apenas 3 milhões. Eu faturo muito menos e tenho margem de lucro igual ou maior", explica.

Embora seja possível apontar eventuais escolhas equivocadas nas estratégias adotadas pelas empresas que abriram pedidos de recuperação judicial no fim do ano passado, o negócio do livro já vem sentindo, há alguns anos, os efeitos de mudanças tecnológicas que afetam diversas atividades econômicas.

Mesmo que os e-books e dispositivos para leitura digital ainda não tenham força expressiva no Brasil, o tempo dedicado à leitura passou a dividir espaço com a oferta interminável de conteúdo nas redes sociais e plataformas de streaming.

Além disso, novos canais de venda se abriram na internet. Com isso, editoras passaram a ter a opção de vender diretamente para seus clientes, empresas estrangeiras passaram a atuar no mercado nacional sem o custo de lojas físicas - caso da Amazon - e plataformas que não se dedicam exclusivamente à venda de livros passaram a competir com as livrarias.

Se as mudanças foram sentidas pelas principais empresas do setor, o resultado sobre as menores foi devastador. Em condições mais desfavoráveis de negociação, devido ao menor volume de vendas, fechar as portas virou a única saída. Com a possibilidade de encontrar o melhor preço na internet, a livraria do bairro deixou de ser a opção natural para comprar livros.

Dessa forma, a concentração de mercado se aprofundou nos últimos anos, a ponto de Saraiva e Cultura responderem, juntas, por 40% do mercado varejista. Desde 2012, o número de lojas no Brasil caiu de 3.481 para 2.500.

Cenário habitual em obras de Machado de Assis, a mítica Rua do Ouvidor, no Centro do Rio de Janeiro, mantém uma tradição de abrigar livrarias históricas desde o século 19, como a Garnier e a José Olympio. Hoje, além de uma megaloja da Saraiva, está ali a Folha Seca, uma sobrevivente do processo de desaparecimento das lojas de rua.

O site da livraria Folha Seca está permanentemente em manutenção. Para comprar livros, ligados a temas afro-brasileiros, samba e futebol, somente in loco. Seus clientes sabem que os preços são mais altos do que nas grandes livrarias, mas fazem questão de prestigiar o lugar que é ponto de encontro de artistas e escritores. Entre eles, Luiz Antonio Simas, vencedor do Prêmio Jabuti em 2016.

"Eu prefiro não comprar em megalivrarias, não compro livros pela internet e sou cliente de uma pequena/imensa livraria de rua. É o que está ao meu alcance fazer como um sujeito que preza os livros, as amizades, as esquinas", escreveu no Jornal do Brasil. "Fica minha sugestão simples : escolham as suas livrarias de rua e sejam, na medida do possível, fiéis a este amor cotidiano e necessário."

A comemoração dos 21 anos de funcionamento, no último dia 20 de janeiro, ajuda a explicar como a Folha Seca conseguiu chegar até aqui. Fãs da livraria se amontoavam na rua em torno de um piano de cauda, encomendado para a festa. Entre um copo de cerveja e outro, compravam livros. Não se trata de uma exceção pela data comemorativa. Rodas de samba acontecem com regularidade ali.

Mesmo em dias de semana, é comum encontrar Rodrigo Ferrari, dono do espaço, confraternizando com clientes na Toca do Baiacú, bar vizinho à Folha Seca. Ele acredita que esse atendimento, impensável nas grandes livrarias, possibilitou a sobrevivência do estabelecimento.

"Se for pelo preço, a gente sabe que ninguém vai vir comprar aqui, porque é só você fazer uma pesquisa de dois minutos na internet. Nós fomos criando identidade e estabelecemos outros laços que não são os comerciais, embora sejamos um comércio".

Foi na mesma Rua do Ouvidor que a Livraria Travessa teve sua primeira loja. Gradualmente, filiais foram abertas em outros bairros da cidade e, neste ano, será a vez de São Paulo e Lisboa receberem a livraria. Fundador da empresa, Rui Campos rejeita a ideia de um "plano de expansão". Em sua visão, foi justamente o crescimento desenfreado que levou suas concorrentes à situação desfavorável que vivem hoje.

"Ao mergulharmos na crise sem precedentes que o Brasil enfrentou nos últimos anos, as nossas principais redes revelaram as estratégias equivocadas em que se envolveram. Encontrando financiamento fácil característico dos anos Dilma, usaram e abusaram de busca desenfreada por aumento de faturamento visando 'abertura de capital', sem nenhuma preocupação com margens e resultados", diz.

"Conduziram uma abertura acelerada de megalojas, enxugamento de quadros com a demissão dos livreiros históricos e um forte investimento em livros eletrônicos e em e-readers para leitura de e-books que não performaram nem perto do que se apregoava. Sendo as livrarias criadoras de demanda, nunca essa demanda será totalmente atendida por outras livrarias. Muito irá se perder com consequências ruins para nossas editoras e para o mercado livreiro", avalia.

Segundo pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgada em maio do ano passado, o mercado editorial encolheu 21% de 2006 a 2017, com perdas que somam R$ 1,4 bilhão. Sônia Machado Jardim, presidente do Grupo Editorial Record - que tem 22 milhões de reais a receber de Saraiva e Cultura - lembra que a venda de livros cresceu em 2018 na comparação com 2017. Logo, afirma, a crise seria pontual dessas grandes redes, e não refletiria um desinteresse generalizado pela leitura no Brasil.

"Para tentar amenizar esse impacto financeiro, o Grupo Editorial Record voltou a investir na venda direta ao leitor, atividade que já teve uma participação importante em termos de venda no passado. Lançamos um clube de assinatura, estamos no marketplace da Amazon e participando de mais feiras. Estamos atentos a toda iniciativa que possa contribuir para aproximar o livro do leitor, porque esse interesse não diminuiu", afirma.

Essa visão é compartilhada por Ivana Jinkins, fundadora da Boitempo, que publica, há 23 anos, obras de autores ligados ao pensamento crítico internacional. Com um crescimento anual que varia entre 20% e 30%, o grupo se soma a outras editoras independentes que vêm ganhando cada vez mais espaço. Na Feira Literária de Paraty (Flip) de 2018, quase um terço dos 33 convidados era publicado por editoras independentes.

"Desde 2014, viemos investindo na venda direta em nosso site, mas um canal direto muito forte com os clientes são os seminários e eventos que organizamos, nos quais o público pode ter contato direto com o autor", explica Ivana. "Na Feira da USP do ano passado, vendemos mais que em todos os anos. As pessoas não perderam o interesse pela leitura, precisam ser estimuladas de outro modo", afirma.

Ela também comenta que a venda para livrarias independentes aumentou após as editoras suspenderem vendas para as empresas em recuperação judicial, o que pode dar sobrevida a este combalido modelo de negócio.

A crise também favoreceu a Estante Virtual, plataforma que conecta sebos e compradores de livros usados. Em 2018, 3 milhões de obras foram comercializadas no portal - quase o dobro da média anual de vendas.

"Acreditamos que o livro impresso nunca vai morrer. Há sensações geradas em uma leitura de um livro digital que jamais serão equiparadas à leitura de um livro físico. Dados do mercado também mostram que o crescimento nas vendas de e-books ainda não chegam perto da venda de impressos", comenta Sérgio Ciglione, CEO da empresa.

Embora os novos canais de vendas de livros atraiam o interesse do público, Bernardo Grubanov, presidente da Associação Nacional de Livrarias, teme os efeitos de uma desregulamentação ainda maior do mercado. Ele defende a divisão de tarefas entre editores, distribuidores e livrarias para formar uma capilaridade que permita o escoamento dos livros em todo o país.

"Originalmente, o sistema é previsto com funções diferentes, do autor, editor, diagramador e distribuidor. As coisas mudaram com a tecnologia, o que não é necessariamente ruim. Assim como todo mundo é fotógrafo, todos vendem livros pela internet. Nunca houve tanta promiscuidade quanto à circulação comercial do livro quanto hoje", critica.

"Uma das consequências perversas desse modelo é que o livreiro perde seu cliente para seu próprio fornecedor. Nessa época do ano, as editoras de livros didáticos abrem sites especiais para a venda direta para pais de colégios com 25% de desconto nos preços de capa. Para as livrarias, oferecem 27%. Isso é muito danoso para o sistema. Os livros didáticos representam pelo menos 50% do faturamento anual de algumas livrarias", complementa.

No segundo semestre do ano passado, o governo federal organizou um grupo de trabalho para implementar, via medida provisória, a Lei do Preço Fixo. O projeto original, parado no Senado, é de autoria da ex-senadora Fátima Bezerra (PT) e estabelece um desconto máximo de 10% pelas livrarias em cada obra durante um ano após o lançamento de um título. Depois, elas ficam livres para dar o desconto que quiserem.

É o mesmo modelo que a maior parte dos países europeus adota. Trata-se de uma demanda antiga de pequenas e médias livrarias, apoiada pela maioria das editoras. A proposta ainda não saiu do papel. Críticos do projeto apontam que poderia levar a um encarecimento dos livros.
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Re: Livros

Mensagem por E.R » 05 Fev 2019, 01:56

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... tura.shtml

A Justiça determinou a penhora de um apartamento do empresário Sérgio Herz, CEO e sócio da Livraria Cultura, para fazer frente a uma dívida de R$ 2,7 milhões com o Banco Original.

A Livraria Cultura está em recuperação judicial desde 24 de outubro do ano passado, com uma dívida total que chega a R$ 285 milhões.

Desse montante, são R$ 63 milhões com bancos e R$ 92 milhões com fornecedores.

Localizado em uma região nobre da zona oeste de São Paulo, o imóvel penhorado pela Justiça a pedido do banco possui uma área construída de 424 metros quadrados e cinco vagas de garagem.

Conforme os autos do processo, a que a Folha teve acesso, esse apartamento não é a residência de Herz, que declarou viver na zona sul da capital paulista.

A decisão sobre a penhora é da juíza Tonia Yuka Kôroku, da 13ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, e foi proferida no dia 29 de janeiro.

Conforme o processo, o Banco Original, que pertence a holding J&F da família Batista, só conseguiu a penhora do bem, porque Herz figura como avalista da dívida da empresa F Brasil, que pertence ao Grupo Cultura.

A defesa de Herz vem argumentando que os bens do empresário não podem ser arrestados, já que a Livraria Cultura está em recuperação judicial. O banco, por sua vez, afirma que a proteção concedida pela Justiça se aplica apenas à empresa e não aos seus avalistas e que pessoas físicas não têm direito a pedir recuperação judicial.

O mérito do processo ainda não foi julgado, mas a juíza concedeu a penhora antecipada para evitar riscos de venda do bem. Se a penhora for mantida na decisão final, o apartamento vai a leilão.

O Banco Original é credor do Grupo Cultura desde março de 2018, quando topou assumir dívidas da empresa com três fornecedores : Sony Brasil (R$ 1,26 milhão), Allied Tecnologia (R$ 238,6 mil) e Dell Computadores (R$ 1,1 milhão).

A instituição financeira pagou aos fornecedores, mas não recebeu do Grupo Cultura. Os vencimentos desses empréstimos ocorreram ao longo do primeiro semestre de 2018. O primeiro pedido de penhora do apartamento ocorre no início de outubro, antes até da recuperação judicial.

No fim de 2018, o Grupo Cultura propôs pagar aos credores apenas 30% das dívidas e num prazo de 14 anos. Além do calote de 70%, deseja que os pagamentos ocorram após dois anos de carência e em 48 parcelas trimestrais.

O corte de 70% atingiria apenas os credores que não se dispuserem a ajudar a empresa. Os chamados credores "incentivadores" e "estratégicos" teriam um pagamento em condições menos drásticas.

É o caso, por exemplo, dos locadores de imóveis que aceitem reduzir por ao menos dois anos o valor dos aluguéis para patamares considerados suficientes pelo Grupo Cultura.

Para esses credores, o deságio seria de 30%, sendo que a dívida seria paga em 20 parcelas trimestrais (cinco anos), após carência de um ano.

Os fornecedores que aceitem celebrar novos contratos "em condições adequadas de mercado" com a livraria até 30 dias após a homologação do plano também teriam um calote menor.

Sofreriam um deságio de 25% no valor, com pagamento em 48 parcelas trimestrais após dois anos de carência. Já as empresas que não interromperam o fornecimento de produtos não sofreriam deságio. Mas seriam pagas após dois anos e em 48 parcelas trimestrais.

A proposta precisa ser aprovada por um assembleia de credores e homologada pela Justiça. Se isso não ocorrer, pode ser decretada a falência com a liquidação dos ativos, o que, via de regra, costuma ser insuficiente para atender a todos os credores.
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Re: Livros

Mensagem por E.R » 06 Fev 2019, 02:17

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... vida.shtml

A Livraria Saraiva, rede de varejo líder de vendas de livros no país e que passa por crise financeira, apresentou na última segunda-feira (4) o plano de recuperação dos seus negócios aos credores.

A Saraiva, que fechou mais de 20 lojas no país, propõe pagar apenas 5% da sua dívida em 15 anos — parcelas anuais por 14 anos, após 12 meses de carência.

Os 95% restantes da dívida seriam transformados em debêntures (títulos de dívidas) a serem emitidos em 2034 — ou seja, em 16 anos a partir da homologação do plano pela Justiça.

A Livraria Saraiva está em recuperação judicial desde novembro do ano passado, quando pediu uma trégua para não quebrar.

A dívida total da companhia chega a R$ 684 milhões.

No plano de recuperação, ao qual a Folha teve acesso, a varejista atribui suas dificuldades financeiras a uma série de fatores : crise da economia brasileira, falta de abastecimento pelos fornecedores, dificuldades com a implementação de um novo sistema tecnológico e escassez de crédito bancário.

A exemplo do que foi feito pela concorrente Livraria Cultura, que também está em recuperação judicial com uma dívida total que chega a R$ 285 milhões, a Saraiva ofereceu no plano condições muito mais favoráveis aos chamados "credores parceiros".

Editoras, locadores de imóveis e outros fornecedores que sigam trabalhando com a empresa em condições iguais ou mais favoráveis que as atuais receberão 60% da dívida em 15 anos.

Os 40% restantes seriam convertidos em debêntures a partir do 16º ano.

Fornecedores têm de se comprometer a seguir vendendo produtos por dois anos, enquanto locadores de imóveis precisam garantir que manterão o mesmo aluguel por cinco anos.

A existência dos "credores parceiros" é uma estratégia das varejistas de livros para seguir operando e tentar sobreviver.

Funcionários e ex-funcionários não estão incluídos nas condições descritas. Para os credores trabalhistas, a Saraiva propôs pagar no máximo R$ 100 mil, parcelados mensalmente durante um ano.

O plano de recuperação da Saraiva precisa ser aprovado em assembleia geral de credores e, portanto, ainda pode sofrer modificações.
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Re: Livros

Mensagem por Fola » 06 Fev 2019, 09:06

E.R escreveu:
O livro desmistifica três famas ruins do alemão : de que ele era misógino, nazista e sem senso de humor.
Existe quem diga que Nietzsche era nazista?

Me corrijam se eu estiver errado, mas de acordo com a Wikipédia, quando Nietzche morreu, em 1900, Adolf Hitler tinha apenas onze anos de idade. Além disso, o Partido Nacional Socialista alemão foi fundado em 1920.
"Um governo que não aparece faz o povo feliz. Um governo que tudo quer determinar faz o povo infeliz." - Lao Tsé

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Re: Livros

Mensagem por Dias » 06 Fev 2019, 09:33

Quem chama ele de nazista deve estar confundindo ele com outro filósofo alemão, o Martin Heidegger. Esse é autor de frases que defendem o nazismo.
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Re: Livros

Mensagem por Bgs » 06 Fev 2019, 11:58

Fola escreveu:
E.R escreveu:
O livro desmistifica três famas ruins do alemão : de que ele era misógino, nazista e sem senso de humor.
Existe quem diga que Nietzsche era nazista?

Me corrijam se eu estiver errado, mas de acordo com a Wikipédia, quando Nietzche morreu, em 1900, Adolf Hitler tinha apenas onze anos de idade. Além disso, o Partido Nacional Socialista alemão foi fundado em 1920.
Dizem que ele foi o inspirador da ideologia nazista. A irmã do Nietsche era amiga do Hitler, inclusive. Mas aí dizer que o autor era nazista acredito ser um erro.
#BgsDNV?
- criação do sub-fórum Espaço Kids: livre postagem de manifestações de apoio ao candidato Jair Bolsonaro
- criação do Fórum Privilegiado: fim das relações diplomáticas com o outro fórum a não ser que haja fusão
- revitalização do mini-chat: o mini-chat vai voltar pra home e todos os candidatos a moderação serão submetidos a uma sabatina ao vivo na plataforma
- fim do puxa saquismo: banimento do usuário Ramyen
- fim da dublagem Maga no Multishow: todos os episódios das séries Chaves e Chapolin serão imediatamente redublados (clipes inclusos)
- fim do privilégio na administração: votos de moderadores terão o mesmo peso que o de administradores em votações internas
- fim dos debates chatos: os debates para a moderação serão organizados por Fabio em uma gincana de #afazendaconectada
- fim da mamata (spoiler: ela vai acabar): moderadores que tiverem posturas autoritárias serão punidos da mesma forma com que se punem usuários comuns
- criação do mandato colaborativo: a moderação não pode ser de 1 usuário, dessa forma, propostas e ideias poderão ser apresentadas num tópico específico. As postagens que tiverem mais respostas ou curtidas serão levadas imediatamente a votação na Politura.
- legalização do flood: chega de critérios autoritários para definir o que é o que não é útil.

#BgsDNV, quem conhece confia! :campeao:
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Re: Livros

Mensagem por Victor235 » 07 Fev 2019, 19:29

Convido o pessoal que estava comentando sobre "Moby Dick" aqui a ler este post: viewtopic.php?p=1033739#p1033739
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Re: Livros

Mensagem por E.R » 10 Fev 2019, 02:10

https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2 ... rias.shtml

Sempre estive em contato com livros, revistas e jornais. Meu pai, Lourival Santos, foi por muito tempo vice-presidente jurídico do Grupo Abril, que, durante os anos 90, era o que o Google é hoje. Tudo de novo acontecia lá.

Nessa trilha, há muitos anos, advogo na área de mídias, em favor das liberdades de expressão e de imprensa, ao lado de jornalistas, autores, imerso no mercado editorial.

Há algumas semanas, recebi a notícia de que livrarias do porte da Cultura e da Saraiva se contorciam. Confesso, não me espantei. Quando a internet se aboletou em nossas vidas, informações de todos os tipos e mídias de todos os formatos passaram a ser gratuitas. Uma reação adequada era vital. Não foi o que ocorreu.

A indústria fonográfica passou a rivalizar com a mídia pirata, produzindo intermináveis coletâneas de regravações, que, com baixo custo, poderiam ser competitivas; o jornalismo profissional, por muito tempo, disputou ombro a ombro espaço com amadores de celular em punho, sem notar que os legitimava. O público, a quem tudo parecia a mesma coisa, optou por consumir o mais barato, o gratuito.

Era claro o descaminho. Apesar disso, foi pacientemente trilhado por muitas editoras de livros e pelas grandes livrarias : livros de autores de ocasião, gôndolas de obras pretensamente analíticas, editadas na madrugada dos fatos, para competir com a velocidade da rede. Muitos cafés, poucos livros.

Outro dia (conto por ser pitoresco), em uma livraria que nascera identificada com o público universitário, tornou-se grande e ainda está ativa, perguntei por um livro de história. O vendedor me disse : As humanidades ficam lá no canto. E arrematou : E por enquanto; daqui a pouco ali virará um restaurante.

Longe de querer ser a pitonisa do mercado de mídia, mas o caminho me parece simples e, de tão simples, difícil de ser enxergado : 1) foque no seu segmento; 2) faça isso, mesmo que seu negócio diminua.

Diminuir é melhor que quebrar. E, se segmentar é a palavra do momento, crescer pode significar mera falta de foco.

Como os grandes grupos, de forma geral, evitam sugestões pouco atrativas financeiramente, a tendência é que outras livrarias menores - que pouco ou nada têm a perder, e muito a arriscar - o façam, razão pela qual imagino ver em breve livrarias menores e segmentadas, oferecendo livros identificados com seu público.

O jornalismo que se reinventa hoje, sobremaneira nas plataformas digitais, é segmentado, com estrutura menor, com jornalistas que se valem de seu talento e credibilidade para serem curadores das informações.

O mesmo se pode dizer das gravadoras atuais, segmentadas e oferecendo produtos personalizados. O mercado de livros deve tender a isso.

O drama é que os maiores grupos sempre são os últimos a entenderem os sinais do mercado, e, assim, há um momento de transição em que a instabilidade dos grandes chama mais atenção do que o reconfortante surgimento dos pequenos.
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Re: Livros

Mensagem por E.R » 14 Fev 2019, 13:55

https://blogs.oglobo.globo.com/lauro-ja ... m-ano.html

"Me Poupe!", livro da jornalista e youtuber de finanças Nathalia Arcuri, acaba de atingir a marca de 200 mil exemplares vendidos.

A Sextante publicou o título há menos de um ano, em maio. O livro já teve dez reimpressões.
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Re: Livros

Mensagem por E.R » 19 Fev 2019, 08:20

https://veja.abril.com.br/blog/radar/de ... corrupcao/

O Ministro do Superior Tribunal de Justiça, Néfi Cordeiro, o relator da Lava-Jato, no TRF-4, João Pedro Gebran Neto, o Delegado da Polícia Federal de Combate a Crimes Previdenciários, Rafael Fernandes Souza Dantas e a Procuradora da Fazenda Nacional em São Paulo/SP, Regina Tamami Hirose, estão entre os autores de um livro inédito que fala sobre os desafios e os avanços na prevenção e combate à corrupção nos últimos 30 anos.

Com 27 artigos, o livro “Carreiras Típicas de Estado” contempla experiências e conhecimentos técnicos de agentes e servidores públicos, que traçaram um panorama sobre os avanços que aconteceram na prevenção e combate à corrupção nos últimos 30 anos.
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Re: Livros

Mensagem por Ramyen » 20 Fev 2019, 11:57

[img]https://metropolitanafm.com.br/wp-conte ... .35-PM.png[/img]

Capa da biografia não autorizada da Anita por Léo Dias.

A Anita viu e disse: ‘Cadê meu rosto? É só minha bunda, cadê a minha cara?' :lol:
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Re: Livros

Mensagem por E.R » 25 Fev 2019, 21:54

https://cultura.estadao.com.br/noticias ... 0002723380

Uma das maiores especialistas em Euclides da Cunha (1866-1909) no Brasil, com 12 livros publicados sobre o escritor e sobre Canudos, a crítica literária e professora emérita da USP Walnice Nogueira Galvão participará da próxima edição da Festa Literária Internacional de Paraty, cujo homenageado é o autor de Os Sertões.

A Flip deste ano ocorre de 10 e 14 de julho, na cidade do litoral fluminense.
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