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Re: Livros

Mensagem por Polegar » 17 Nov 2018, 17:28

Bgs escreveu:Sobre esses do Jorge Amado, dei uma olhada aqui e achei as capas simpáticas.
Achei aquém. Pegar uma imagem qualquer, espelhar e pôr um filtro de cor eu faço aqui no computador. Particularmente não gosto quando o nome do autor se sobrepõe ao da obra, mas nesse caso a disposição dos títulos incomodou mais que demais, Jesus...

Me desculpe, por aí já dá pra perceber que sou um chato pra capas. :P
Bgs escreveu:Minha "frescura" mesmo tá no material em que o livro foi impresso. Gosto sempre de páginas amareladas e com uma fonte num tamanho aceitável. O Senhor dos Anéis da Martins Fontes é um caso que eu odeio. Livro muito pequeno, fonte minúscula e papel branco de má qualidade. Recorri ao Kindle pra conseguir ler com mais conforto.
Sempre. Papel pólen reside no . Pior que o branco é o "de bíblia". Não tenho O Conde e Monte Cristo da Zahar e o Teatro Completo de Shakespeare da Nova Aguilar por isso.
Não consegui me acostumar com o Kindle. :unsure:

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Re: Livros

Mensagem por Victor235 » 17 Nov 2018, 20:02

Bgs escreveu:Pra isso é uma boa mesmo
Pra gibis também é muito bom. Porém, desde que me colocaram em vários grupos do Facebook e Whatsapp, acabei não comprando mais nenhum gibi pela Estante Virtual. Pelo que vejo, os preços são bons até hoje, mas o frete subiu muito. Em alguns casos já não compensa a compra.
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Re: Livros

Mensagem por Fola » 21 Nov 2018, 12:10

Estou relendo, pela sexta ou sétima vez (já perdi a conta), o clássico de terror e ficção científica (inaugurou o gênero FC) "Frankenstein", de Mary Shelley. Li pela primeira vez em 2012, aos 22 anos, e de lá pra cá procuro reler, no mínimo, uma vez por ano. Alguns capítulos são narrados do ponto de vista do monstro, e ao ler esta parte do livro, eu me identifiquei um pouco com ele, pois o monstro inicialmente tinha bons sentimentos, mas as pessoas o julgavam pela aparência e sempre ficavam com medo dele e o escurraçava e agrediam fisicamente. Na adolescência, quando estava no ensino médio, eu sofria bullyng na escola (coisas sérias mesmo, tipo chutes no saco, socos na boca do estômago, pisões no pescoço, etc) e, assim como o monstro, eu tinha vontade de me vingar de meus agressores cometendo atos violentos, mas nunca cheguei a fazer isso.

O filme de 1931, com Boris Karloff no papel do monstro, o retratou como um ser quase irracional, que matava sem um motivo aparente, algo muito diferente da criatura inteligente, sensível e articulada retratada por Mary Shelley.
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Re: Livros

Mensagem por Polegar » 21 Nov 2018, 12:56

Tô com os dois Frankensteins encalhados aqui (livro e filme). Preciso tomar vergonha na cara e ler/ver logo. :unsure:

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Re: Livros

Mensagem por Fola » 21 Nov 2018, 13:40

Churrumín escreveu:Tô com os dois Frankensteins encalhados aqui (livro e filme). Preciso tomar vergonha na cara e ler/ver logo. :unsure:
Qual versão do filme? Só por curiosidade.

E sobre o livro, se você nunca leu, leia, porque vale muito a pena. E se já leu, releia, pois é um livro excelente. :linguinha:
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Re: Livros

Mensagem por Polegar » 21 Nov 2018, 15:16

A de 1931, que já vi pela metade (fora essa, vi a de 1994). E o livro nunca li. Me parece - posso estar falando bobagem - que o livro traz um viés "filosófico-existencial" e os filmes diminuem isso pra só focar no terror.

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Re: Livros

Mensagem por Fola » 21 Nov 2018, 18:09

O filme de 1931 com Boris Karloff no papel do monstro é bem fraco. Como eu disse, na versão cinematográfica (essa de 1931) o monstro é mau por si só, desde o momento da sua criação, enquanto que no livro ele tem bons sentimentos inicialmente, mas é rejeitado por toda a humanidade e por isso resolve se vingar de seu criador.

Já a versão de 1994 eu ainda não vi, mas pelo que eu ouvi dizer, apesar de ser melhor do que a de 1931, também toma algumas liberdades e foge um pouco do livro em alguns momentos.

Na minha opinião, o cinema ainda está devendo uma adaptação desse clássico que esteja no mesmo nível de qualidade do livro.

E, de fato, o livro é mais filosófico, levantando a questão de quem é o verdadeiro monstro: a criatura, que foi produzida em um laboratório, com uma aparência repugnante que faz com que todos os humanos afastem-se com medo ou o agredirem; ou o cientista, que deu vida a um ser disforme, ficou com medo dele e, irresponsavelmente, fugiu e o abandonou?
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Re: Livros

Mensagem por Polegar » 22 Nov 2018, 00:18

Nunca li Memórias Póstumas de Brás Cubas, já estava até me sentindo obrigado. Comecei segunda e acho que acabo ainda hoje. 160 capítulos.
Acho que o segredo do livro são os capítulos curtos demais (muitos interativos, talvez possa dizer até "circenses"), que passam que nem água. A gente lê dez, analisa o próximo "é, dá pra emendar só mais esse", e quando vê leu mais dez. Nem a prolixidade do Machado dificulta. Flui.

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Re: Livros

Mensagem por Bgs » 22 Nov 2018, 14:22

Fola escreveu:O filme de 1931 com Boris Karloff no papel do monstro é bem fraco. Como eu disse, na versão cinematográfica (essa de 1931) o monstro é mau por si só, desde o momento da sua criação, enquanto que no livro ele tem bons sentimentos inicialmente, mas é rejeitado por toda a humanidade e por isso resolve se vingar de seu criador.

Já a versão de 1994 eu ainda não vi, mas pelo que eu ouvi dizer, apesar de ser melhor do que a de 1931, também toma algumas liberdades e foge um pouco do livro em alguns momentos.

Na minha opinião, o cinema ainda está devendo uma adaptação desse clássico que esteja no mesmo nível de qualidade do livro.

E, de fato, o livro é mais filosófico, levantando a questão de quem é o verdadeiro monstro: a criatura, que foi produzida em um laboratório, com uma aparência repugnante que faz com que todos os humanos afastem-se com medo ou o agredirem; ou o cientista, que deu vida a um ser disforme, ficou com medo dele e, irresponsavelmente, fugiu e o abandonou?
Interessante sua resenha. Vou procurar ler.
Churrumín escreveu:Nunca li Memórias Póstumas de Brás Cubas, já estava até me sentindo obrigado. Comecei segunda e acho que acabo ainda hoje. 160 capítulos.
Acho que o segredo do livro são os capítulos curtos demais (muitos interativos, talvez possa dizer até "circenses"), que passam que nem água. A gente lê dez, analisa o próximo "é, dá pra emendar só mais esse", e quando vê leu mais dez. Nem a prolixidade do Machado dificulta. Flui.
Esse aí eu só consegui ler no Kindle usando o recursozinho do dicionário. Complicadinho, mas BOM.
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- fim dos debates chatos: os debates para a moderação serão organizados por Fabio em uma gincana de #afazendaconectada
- fim da mamata (spoiler: ela vai acabar): moderadores que tiverem posturas autoritárias serão punidos da mesma forma com que se punem usuários comuns
- criação do mandato colaborativo: a moderação não pode ser de 1 usuário, dessa forma, propostas e ideias poderão ser apresentadas num tópico específico. As postagens que tiverem mais respostas ou curtidas serão levadas imediatamente a votação na Politura.
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#BgsDNV, quem conhece confia! :campeao:
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Re: Livros

Mensagem por Polegar » 22 Nov 2018, 16:40

A linguagem não atrapalhou tanto pra mim, era a usual da época e embora distante do nosso cotidiano, com pouca cousa complicada. Notei, sim, um pedantismo no estilo (de misturar toda hora à narrativa noções de teatro, mitologia, astronomia, literatura, ópera, latim...). Ia dizer que ficou como um bolo em que um cozinheiro põe fermento demais tentando deixar vistoso por fora, mas estraga a receita, atrapalhando o principal: a degustação. Mas é Machado de Assis, dá medo dizer isso dele e vir alguém aqui me apedrejar. :P Então mudemos a expressão: ficou como um bicho-de-pé. Incomoda quando chega e continua incomodando enquanto se perceberem dele. Mas basta ignorar que o desconforto passa, fica até uma coceirinha agradável. Faz parte...

Sobre o livro em si: Brás Cubas foi um anti-herói. Talvez um retrato generalizado do homem daquele tempo (e a morte foi uma perfeita válvula de escape pra escrachar), mas não sei se Machado refletiu nele suas convicções ou mostrou o avesso justamente para nos fazer indagar. Virgília não me convenceu, preferi Marcela à ela. A narrativa interessa até o ponto da despedia dos dois no navio. Depois, a separação não convence, o caso com Nhã-Loló não acrescenta em nada e a teoria do Humanitismo parece extremamente destoada do resto da obra (faria mais sentido apenas no Quincas Borba). Uma última parte muito alongada e sem o interesse do início, até sem conexão. Mas aí vem a última frase, e dá vontade de ler tudo de novo sob uma nova perspectiva. :mrgreen:

As atitudes de Brás Cubas não incomodaram tanto, analisando agora (durante a leitura, sim). É ótimo quando uma trama te faz ruminar bastante, buscando outras óticas para interpretação, essa vai viver um tempão na minha cabeça. Como dito, estava morto, e a morte foi uma razão maravilhosa para não esconder nada nas memórias, e ainda recheá-las com ironia. Eis o grande diferencial. Usando tuas palavras, BOM.

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Re: Livros

Mensagem por Bgs » 22 Nov 2018, 18:03

Na verdade, o Brás Cubas é uma grande ironia do Machado à elite brasileira: vazia, repleta de caprichos e na busca de grandes feitos, mas insignificante em sua essência.

O livro é bom e não perdeu o sentido durante o tempo. Temos muitos Brás Cubas por aí, embora a maioria esteja mais pra Prudêncio.
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Re: Livros

Mensagem por E.R » 23 Nov 2018, 07:01

O ESTADO DE S.PAULO

Após uma tentativa de fechar acordo extrajudicial para suas dívidas – que estão em cerca de R$ 600 milhões – a Livraria Saraiva deve entrar com um pedido de recuperação judicial.

A companhia pode oficializar ainda hoje essa decisão, de acordo com fontes próximas à situação.

Um acordo entre a maior rede de livrarias do Brasil e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) abriu caminho para que a Saraiva possa separar as obrigações futuras dos débitos passados.

Isso pode garantir o fluxo de livros para a empresa nas próximas semanas. Desta forma, as lojas devem ficar abastecidas para o Natal.

Conforme o acordo anunciado ontem, a Saraiva se compromete a acertar à vista todas as encomendas que fizer a partir de agora.

Esse compromisso ajudará também no faturamento das editoras no fim do ano.

Já a situação das dívidas passadas será resolvida por meio da recuperação judicial.

Segundo uma fonte do mercado editorial, o consenso era de que, com o Natal no horizonte, não havia tempo necessário para uma negociação extrajudicial. Dessa forma, os fornecedores optaram por “empurrar” a Saraiva para a recuperação judicial, embora isso deixe o processo de recebimento de débitos passados mais lento. Quando uma recuperação judicial é aprovada, a empresa ganha uma “moratória” de seis meses para renegociar dívidas.

Apesar de o faturamento da venda de livros apresentar crescimento de mais de 5% desde o início do ano, de acordo com dados da Snel, as livrarias vivem uma crise sem precedentes.

A Livraria Cultura pediu recuperação judicial no mês passado e, ao contrário da Saraiva, ainda enfrenta dificuldades para garantir o fornecimento para o Natal. Depois de assumir a Fnac no País, a Cultura também encerrou todas as lojas da rede francesa Fnac.

Dentro desse cenário, as editoras viram as redes responsáveis por cerca de 40% das vendas de livros no País ficarem sob ameaça.

O mercado editorial tenta se reorganizar, mas fontes do setor sabem que seria inviável redirecionar todo esse volume a outros varejistas no curto prazo. Por isso, o acordo com a Saraiva – que domina quase 30% do setor – era visto como vital pelos editores.

Aos poucos, porém, o setor vem se organizando. A mineira Leitura, hoje a segunda maior rede do País, disse ao Estado na semana passada que está negociando com shopping centers a possibilidade de assumir cinco unidades da Saraiva.

Editoras ouvidas pela reportagem também afirmaram que varejistas online como Amazon e Submarino também vêm ganhando espaço nas vendas de livros no país.

Procurada, a Saraiva não comentou.
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Re: Livros

Mensagem por Polegar » 24 Nov 2018, 17:30

Uma dúvida, vocês costumam fazer marcações nos livros? Riscando a página, com post-its ou de qualquer outra forma? E/ou mantém um "diário" de leitura?

Nunca fiz nada disso e estou pensando em começar. Registrar minhas impressões, destacar passagens favoritas, etc.

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Re: Livros

Mensagem por E.R » 25 Nov 2018, 08:26

O ESTADO DE S.PAULO

Em menos de um mês, duas das maiores livrarias do País entraram em recuperação judicial, com dívidas que, somadas, chegam perto de R$ 1 bilhão. A Cultura recorreu à medida no fim de outubro. Na sexta-feira foi a vez da líder Saraiva seguir o mesmo caminho. Ainda que editoras e outros varejistas do setor insistam que não se trata de uma crise de demanda por livros – que está em discreta expansão –, os problemas das duas varejistas obrigam o mercado editorial a desarmar uma bomba a poucas semanas do Natal: a missão agora é convencer o cliente acostumado a comprar livros nessas duas empresas a procurar o produto em sites, clubes de assinatura ou outras redes.

Não se trata de um volume pequeno: Saraiva e Cultura respondem por cerca de 35% das vendas do setor. Diante da necessidade, redes regionais, grandes sites de varejo eletrônico – do Brasil e dos EUA – e até as próprias editoras estão virando opções para ajudar os livros a chegar às mãos do consumidor. “Vivemos um paradoxo, pois não se trata de falta de leitores – esse é um problema crônico, mas que não se agravou”, diz Cassiano Elek Machado, diretor editorial da Planeta. “Mas vamos passar por essa travessia do deserto, porque existe demanda pelo livro.”

Embora a estratégia da Planeta seja evitar concorrer a sua rede de distribuição, há grandes editoras que pensam diferente. Um dos grupos mais tradicionais do País, a Record vai estrear um e-commerce próprio antes do Natal. A ideia era estrear a novidade na Black Friday, mas a vice-presidente da companhia, Sônia Machado Jardim, diz que a opção foi resolver falhas técnicas, para evitar problemas em dezembro.

Além do novo site, a Record – que concentra 15 selos, em diferentes segmentos – também está lançando um clube de assinaturas, com curadoria de escritores. Nesse sentido, a empresa segue o caminho da Intrínseca, que lançou em outubro o Intrínsecos, em que assinantes têm acesso a edições especiais, em capa dura, de obras que só serão lançadas posteriormente. “É mais uma opção de receita”, disse Jorge Oakim, fundador da Intrínseca, que insiste que a crise é das varejistas, e não dos livros. De janeiro a outubro, a Intrínseca acumulou alta de 23% em vendas, na comparação com o mesmo período de 2017.

Além dos testes de venda direta pelas editoras, os grandes sites de e-commerce também devem abocanhar parte das vendas da Saraiva e da Cultura, segundo fontes do setor. Para algumas grandes editoras, a americana Amazon já representa cerca de 15% do faturamento – e oferece a vantagem de comprar livros, em vez de pegá-los em consignação. Neste fim de ano, gigantes brasileiras, como Americanas.com e Submarino, também reforçaram aquisições de títulos. Procurada, a B2W não quis comentar.

Embora a Amazon não revele sua participação de mercado, o diretor da área de livros da gigante americana no Brasil, Mário Meirelles, diz que a receita com o segmento foi recorde na Black Friday 2018. “O crescimento está relacionado ao aumento do número de títulos oferecidos e também ao atendimento”, diz. “A Black Friday é a nossa data de maior volume em vendas. Começamos o planejamento no início do ano, para garantir que a disponibilidade de produtos e a experiência de atendimento fossem as mesmas de um dia comum.”

Embora a venda direta e a busca pelos canais online sejam opção às redes tradicionais, há empresas que no varejo físico também conseguem obter bons resultados. Uma das companhias vistas pelo mercado editorial como candidata a assumir parte do espaço da Saraiva é a Leitura, hoje vice-líder do setor, com 70 lojas. Em entrevista ao Estado na semana passada, o presidente da Leitura, Marcus Teles, disse já ter iniciado negociações com shopping centers para assumir até cinco lojas que a Saraiva encerrou.

Outra rede de médio porte, a Livrarias Curitiba, atualmente com 29 lojas, a maior parte delas no Paraná e em Santa Catarina, começa a ocupar espaços em São Paulo sem medo da concorrência já estabelecida.

“Buscamos espaço ainda não ocupado, com aluguel mais barato do que o cobrado nos shoppings de primeira linha”, explica Marcos Pedri, diretor comercial da Livrarias Curitiba e membro da família que fundou o negócio há 55 anos. A Curitiba chegou em solo paulista pelos shopping Aricanduva e Tucuruvi, na capital, e por Taboão da Serra. A empresa também abriu uma unidade em Diadema.

Todas essas áreas tinham um ponto em comum: eram “território virgem” para livrarias. Pedri diz que o fato de o preço do livro ter caído nos últimos anos acabou abrindo uma oportunidade para o produto cair no gosto da classe C. “Seremos beneficiados pelos problemas enfrentados pela concorrência.”

Para garantir um discreto crescimento – de 5% a 10% –, tanto a Leitura quanto a Curitiba vêm apostando em lojas simples, de porte médio e longe dos endereços “classe A”. O modelo das chiques megastores virou coisa do passado, segundo Teles. O nome do jogo, na atual situação, é a austeridade.
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Re: Livros

Mensagem por Fola » 25 Nov 2018, 09:21

Churrumín escreveu:Uma dúvida, vocês costumam fazer marcações nos livros? Riscando a página, com post-its ou de qualquer outra forma? E/ou mantém um "diário" de leitura?

Nunca fiz nada disso e estou pensando em começar. Registrar minhas impressões, destacar passagens favoritas, etc.
De jeito nenhum. Meus livros são meus pequenos tesouros. Me nego a estragá-los riscando.
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