Economia

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Victor235
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Re: Economia

Mensagem por Victor235 » 16 Nov 2018, 19:02

Campos Neto presidirá Banco Central e Mansueto será chefe do Tesouro
Paulo Guedes confirmou os nomes.
Campos Neto é diretor do Santander.
É neto de Roberto Campos (1917-2001).
Mansueto Almeida permanece no cargo.
https://www.poder360.com.br/economia/ca ... o-tesouro/

Previsões econômicas com Bolsonaro são chutes ao quadrado, diz José Kupfer
https://www.poder360.com.br/opiniao/eco ... se-kupfer/
"Se aproveitaram da minha astúcia" - VELOSO, Caetano

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Re: Economia

Mensagem por E.R » 18 Nov 2018, 05:49

O ESTADO DE S.PAULO

As vendas de produtos do Brasil para o exterior devem fechar o ano com o melhor resultado desde 2013. Até outubro, as exportações somaram US$ 199,1 bilhões e, se mantido o ritmo, a expectativa é de que alcancem patamar acima de US$ 230 bilhões. O resultado é impulsionado pela guerra comercial travada entre os Estados Unidos e a China, que mudou o fluxo de comércio e alavancou as exportações de soja para o país asiático.

Os Estados Unidos exportavam 40 milhões de toneladas do grão aos chineses e o Brasil, cerca de 50 milhões. Com a taxação de 25% imposta pelo governo de Donald Trump aos chineses, as exportações brasileiras de soja subiram 20% em relação a 2017.

A carne bovina também ganhou com a disputa entre os dois países. A China passou a representar, em outubro, 44,1% das vendas, ante 37,1% no ano passado.

Além de incrementar o número de empregos nos setores envolvidos e, em parte, compensar a lenta recuperação do mercado interno, o aumento das exportações traz dólares ao Brasil.

A guerra comercial travada entre Estados Unidos e China, cujo desfecho ainda é imprevisível, tem turbinado as exportações brasileiras. A projeção é que as vendas dos produtos nacionais ao exterior encerrem 2018 com o melhor resultado em cinco anos.

Até outubro, as exportações já somaram US$ 199,1 bilhões. Nesse ritmo, a expectativa de analistas é que fechem o ano acima dos US$ 230 bilhões – maior patamar desde 2013. O recorde nas vendas foi em 2011, de US$ 256 bilhões, segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic).

“Há alguns meses, se projetava que as exportações ficariam perto de US$ 218 bilhões. São as commodities, favorecidas pela guerra comercial, que têm ajudado”, diz José Augusto de Castro, da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

O governo Donald Trump impôs tarifas e cotas de importação a diversos parceiros, para reduzir o déficit comercial – quando o país compra mais do que vende. Aos chineses, com quem esse déficit é maior, foram impostas taxas sobre importados, para forçar os asiáticos a fazerem concessões. Essa política, retaliada pela China, levou os dois países à guerra comercial.

A briga alterou o fluxo de comércio. As vendas brasileiras de soja para a China foram beneficiadas quando o país asiático impôs tarifas de 25% sobre o grão americano. Os Estados Unidos exportavam 40 milhões de toneladas aos chineses; o Brasil, cerca de 50 milhões. Até agosto, as exportações de soja brasileira subiram 20% ante 2017. Além da soja, o Brasil se beneficiou da alta do preço do petróleo.

Os bens manufaturados brasileiros, porém, não têm tido o mesmo desempenho. Enquanto a participação dos bens primários nas exportações subiu quase três pontos porcentuais nos nove primeiros meses do ano, a fatia dos manufaturados nas vendas caiu um ponto.

Entre especialistas, há dúvidas de quanto tempo esse período favorável às exportações vai durar. “A janela é estreita”, diz Lia Valls, da FGV. “Em 2019, com a previsão de alta das tarifas impostas pelos Estados Unidos, haverá uma resposta agressiva chinesa, o que levaria a mais protecionismo.”

Michael McDougall, vice-presidente da consultoria americana ED&F Man Capital Markets, tem porém uma visão diferente. “A negociação entre eles (Estados Unidos e China) vai demorar. Assim, o Brasil tem oportunidade de exportar mais para a China e deve aproveitar isso ampliando, por exemplo, o plantio de soja, pois levará anos para os chineses diversificarem o fornecimento da oleaginosa”, disse.

Com o cenário favorável à exportação do grão brasileiro, produtores de soja estão ampliando a venda antecipada da safra que ainda está sendo plantada nas principais regiões produtoras do Brasil. Pelo menos a metade da produção futura dos 3 mil hectares que o produtor Silvio Malutta acaba de plantar nas áreas de cultivo da Fazenda Fratelli, em Itapeva (SP), já está vendida. “Estou vendendo a soja que está embaixo da terra, pois, em muitos talhões, as sementes ainda nem brotaram”, diz. Experiente, o produtor já sabe que deve colher em torno de 80 sacas por hectare. “A gente antecipa a venda para recuperar o dinheiro investido no plantio. Para uma parte vendida há três meses, com o dólar mais alto, consegui travar o preço em R$ 81 a saca aqui na fazenda. De lá para cá, o cenário piorou um pouco”, disse.

Silvio Malutta não vê só vantagens para a soja brasileira na disputa comercial entre Estados Unidos e China. “Num primeiro momento, eu acreditei que essa briga seria interessante para nós, mas agora tenho dúvidas. Os americanos têm condições de vender para a Europa e nós podemos perder parceiros. A China é um grande mercado, mas é ruim ficarmos na dependência de um comprador só”, disse. Ele avalia que os preços da soja chegaram a subir em função da disputa, mas não se sustentaram porque, com menos venda da soja americana, os estoques aumentaram. Na quarta-feira passada, a soja levada ao porto de Santos, livre do frete, estava a R$ 75 a saca.

O produtor Maurício Fernandes Dias, da Fazenda Capituva, em Taquarivaí, já vendeu quase 70% da soja que acabou de plantar. “Aproveitei a subida do dólar, que chegou a R$ 4,30. Nesse momento, as vendas futuras não estão com preço muito bom”, disse. Maurício Fernandes Dias avalia que o impacto da guerra comercial ficou abaixo da expectativa. “Era esperado um preço melhor para a soja este ano. Fechamos a saca a R$ 78 em média, ante a média de R$ 73 no ano passado, porque o dólar subiu em relação ao real.” Ele lembra que os custos de produção também aumentaram.

O produtor é um dos que apostaram num cenário favorável para a soja brasileira motivado também pela expectativa de aumento no consumo mundial do grão. Na região de Itapeva, Maurcio Fernandes Dias ampliou a área de soja de 3,8 mil hectares, na safra passada, para 5 mil hectares agora.

A região de Itapeva é a que mais produz soja no Estado de São Paulo. São 196 mil hectares, com produção de 11 milhões de sacas. São Paulo está em oitavo lugar entre os Estados na produção nacional de soja, liderada pelo Mato Grosso. Lá, com 90% da nova safra semeados, os produtores já venderam 35% da produção futura, um volume 3% mais alto que na safra passada, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Aplicada (Imea).

Conforme o Imea, as vendas futuras foram aceleradas entre setembro e outubro, com o dólar mais alto. Isso aconteceu mesmo com o tabelamento do frete rodoviário pelo governo federal, após a greve dos caminhoneiros, em maio, que aumentou o custo para os produtores.

Para Nelson Schreiner Junior, presidente da Nutriceler, empresa que fabrica fertilizantes, a variação recente do preço da soja em função da guerra comercial não foi drástica. “O mercado de commodities é muito vulnerável. É normal que, diante de qualquer fato especulativo, o produtor venda nos momentos de alta”, afirma. “Mas o ganho em produtividade e a redução de custo também são pontos importantes no aumento da rentabilidade.” Nelson Schreiner Junior, que também é produtor, conta que aprendeu com o pai, agricultor experiente, a estratégia de vender parte da produção no mercado futuro e parte só após a colheita. “Ele sempre acertou nos dois tipos de venda”, disse.

A guerra comercial entre Estados Unidos e China não beneficiou apenas as exportações de soja. Na carne bovina, o dado mais recente, da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), mostra que a China passou a representar, em outubro, 44,1% das exportações brasileiras – ante 37,1% em igual mês do ano passado. Para a China e Hong Kong foram embarcadas, no mês passado, 585.263 toneladas, ante 448.721 toneladas em igual período de 2017.

No acumulado do ano, até setembro, o avanço é bastante expressivo : embarques 56% maiores de carne bovina para a China, com faturamento adicional de 68%, conforme a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). Na soja, só em outubro, foram 5,04 milhões de toneladas exportadas, 132% mais que no mesmo mês de 2017, com receita de US$ 1,98 bilhão, uma alta em valores de 141%.

“Os exportadores de soja brasileira já levaram uma fortuna com a guerra comercial”, disse o vice-presidente da consultoria americana ED&F Man Capital Markets, Michael McDougall, que participou na terça-feira do Summit Agronegócio 2018. Ele disse acreditar que a guerra comercial está longe do fim por causa do caráter agressivo do presidente americano, Donald Trump. “Em vez de investir em diplomacia, Donald Trump investe em armas, aumentando o orçamento para militares”, observou.

Procurada na quarta-feira, a futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina, evitou dar declarações sobre os efeitos da guerra comercial Estados Unidos-China nas exportações brasileiras. Em entrevista na semana anterior, porém, havia assinalado a importância do diálogo.
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 20 Nov 2018, 01:57

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... -brf.shtml

O México habilitou 26 novos estabelecimentos do Brasil para embarques ao país de carne de aves, basicamente de frango, informou o Ministério da Agricultura brasileiro nesta segunda-feira, já projetando uma expansão consistente nas vendas do maior exportador global de carne de frango.

As unidades habilitadas incluem plantas da BRF e da Seara, essa última controlada pelo grupo de alimentos JBS, segundo comunicado da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).

O Ministério da Agricultura disse que a medida representa um aumento de 130% no número de unidades brasileiras aptas a exportar carne de aves à nação da América do Norte, que agora totaliza 46 plantas.

“A expectativa é da retomada da tendência de ampliação nas exportações brasileiras de carne de frango para o México”, comentou o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério, Odilson Silva, no comunicado.

Segundo a ABPA, foram habilitadas plantas do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal, das empresas Coasul, Copacol, Somave, Bello Alimentos, GT Foods, Aurora Alimentos, Frangos Granjeiro, Frangos Pioneiro, Jagua Frangos, Seara, BRF, Nova Araça, Agrosul, Nutriza, São Salvador, Pif Paf, Dip Frangos, Safrio e Vapza.

O presidente da entidade, Francisco Turra, comemorou em nota a autorização para novas unidades e destacou que o mercado mexicano apresentou um “exponencial” crescimento nas importações de carne de frango brasileira ao longo de 2018.

A sinalização é de um cenário ainda mais demandante no próximo ano, o que deve influenciar o saldo geral das exportações do Brasil. A novas habilitações mostram, ainda, a confiança do México no sistema brasileiro, o que gera boas expectativas, também, acerca da abertura do mercado à carne suína do Brasil”, afirmou Francisco Turra.

O México produz anualmente 3,9 milhões de toneladas de carne de frango e importa mais 640 mil toneladas, ou 13,4 por cento do seu consumo, segundo dados do Ministério da Agricultura. Os principais fornecedores são Estados Unidos, Brasil e Chile.

De janeiro a outubro deste ano, os envios brasileiros dessa proteína ao México somaram US$ 138 milhões, acrescentou o ministério, dizendo que as habilitações foram resultado de missão de auditoria efetuada por autoridades mexicanas em agosto.
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 20 Dez 2018, 04:39

O GLOBO

Se é mesmo imperioso mudar o regime fiscal, e não apenas pela reforma da Previdência, todo o emaranhado de impostos e assemelhados que inflam o custo de se produzir qualquer coisa no Brasil também precisa ser revisto.

O sistema produtivo tem de ficar leve e ágil para atender às necessidades de um crescimento sustentado, com a geração de receita tributária a partir de uma menor carga de impostos, sendo capaz de enfrentar as mudanças na concorrência mundial ditadas pela inexorável e rápida evolução tecnológica.

Assim, não há como não rever o chamado Sistema S, lançado em 1942, na ditadura do Estado Novo, a começar pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o primeiro do sistema, seguindo-se outras siglas : Sesi, serviço social da indústria; Sesc, do comércio; e Sebrae, de apoio às micro e pequenas empresas, entre outras.

Mais uma herança do getulismo, que precisa ser exorcizada para modernizar-se a economia.

Na segunda-feira, o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, aproveitou almoço na Federação das Indústrias do Rio (Firjan) para anunciar de forma clara : “tem que meter a faca no Sistema S; a CUT perde o sindicato e aqui fica tudo igual ?”

Traduzindo : se os sindicatos dos trabalhadores perderam o imposto sindical, por que os patronais ficarão com algo semelhante ? A lógica da afirmação é irrefutável.

Não se deve transformar o Sistema em ruínas, por óbvio. A assistência social, treinamento de trabalhadores, fomento à cultura, tudo precisa passar por um equilibrado escrutínio. Mas o precipício que se encontra à frente do país e o atoleiro para o qual ele foi levado pela dupla Lula/Dilma impõem reduzir o peso do Sistema S sobre as empresas — contribuições de 0,2% a 0,5%. Paulo Guedes deixou no ar cortes entre 30% e 50%.

Cabe às federações sentarem-se à mesa para negociar. Melhor do que tentar acionar lobbies no Congresso, onde for. É impossível que não haja margens para a redução deste peso sobre os custos de produção.

Tudo que restou do getulismo, não por acaso, se tornou mastodôntico e burocrático. É no que deu a garantia de eternização de recursos e das estruturas de poder.

Uma rápida busca em arquivos da imprensa profissional revelará vários elefantes brancos erguidos Brasil afora com dinheiro deste Sistema S. Além de histórias emblemáticas de mordomias usufruídas por nomeados para dirigir estas siglas.

Sem discriminação ideológica, direita e esquerda usufruem, ou usufruíram, desta enorme estrutura, por meio dos velhos esquemas patrimonialistas brasileiros.

Isso não significa desconhecer os serviços que foram e são prestados pelo Sistema S.

Só que os tempos mudaram.
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 29 Dez 2018, 20:21

https://www.valor.com.br/financas/60419 ... 92-em-2018

O dólar teve valorização de 16,92 % em 2018.

O dólar começou com a cotação de R$ 3,31 em janeiro de 2018 e terminou o mês de dezembro de 2018 com a cotação de R$ 3,87.
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 30 Dez 2018, 02:18

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... cios.shtml

Sem fechar consenso sobre a proposta de reforma da Previdência, Jair Bolsonaro vai concentrar os esforços dos primeiros dias de governo em medidas para melhorar o ambiente de negócios e animar o setor produtivo.

Durante o mês de janeiro, a equipe do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende ampliar as ações de uma lei que entrou em vigor em setembro e que retira exigências cartoriais como autenticações de documentos e reconhecimento de firmas.

A ideia é partir do princípio da boa intenção dos cidadãos para que documentos assinados tenham fé pública. Hoje, eles precisam estar registrados com firmas reconhecidas.

Posteriormente, será encaminhado ao Congresso um projeto prevendo alterações na lei, com punições para quem for pego na mentira ou fraudar documentos.

Parte dessa revisão inclui agilizar prazos para abertura e encerramento de empresas, tudo para aliviar ao máximo a burocracia e os custos de operação para empresas.

Os sistemas de comércio exterior também devem ser revistos e aprimorados, para acelerar os processos de importação e exportação.

A meta é intensificar o uso da plataforma eletrônica em que as empresas inserem os documentos para queimar etapas da fiscalização aduaneira.

Embora não tenham efeito imediato sobre a atividade econômica, as iniciativas servirão para confirmar promessas feitas na campanha eleitoral, de menor intervenção e redução do peso do Estado.

Além de reduzir o peso da burocracia, que gera custos para as empresas, a futura equipe econômica estuda cortes nas contribuições para o Sistema S.

A redução deve oscilar entre 30% e 50% nas alíquotas que incidem sobre a folha de pagamentos das empresas.

A verba é repassada pela Receita Federal para 11 entidades nacionais que formam o Sistema S.

Ao reduzir as contribuições, Paulo Guedes pretende manter mais dinheiro no caixa das empresas para que possam fazer investimentos, como a modernização de parques industriais, ou ter capital de giro.

Empresários que optarem por usar os recursos para criação de novas vagas terão descontos maiores nas alíquotas, o que pode ajudar a reduzir o desemprego, um dos maiores problemas do Brasil.

Para definir detalhes desse plano, a equipe do futuro ministro faz um pente-fino nas despesas do Sistema S, avaliando, por exemplo, a qualidade dos cursos que são pagos com o dinheiro recolhido e os pagamentos de serviços como consultorias.

Para eles, é preciso saber onde há gorduras que podem ser eliminadas sem comprometer cursos de treinamento e capacitação oferecidos em mais de 4.000 endereços no país.

A equipe econômica ainda definirá, em até três meses, quais programas setoriais e sociais sofrerão cortes de subsídios ou serão extintos. A ideia inicial é cortar pelo menos R$ 49 bilhões dos gastos da União.

Essa medida foi uma recomendação do TCU (Tribunal de Contas da União).

A equipe econômica de Jair Bolsonaro tem um estudo bastante amplo da efetividade de alguns programas, mostrando a relação custo-benefício. Alguns programas, como o Internet para Todos, podem ser mantidos. Segundo assessores, há números comprovando o aumento da renda per capita de famílias que têm conexão à internet.

Programas devem ser reunidos para melhor aproveitamento dos recursos. O Bolsa Família, por exemplo, deve passar a incluir desempregados e, com isso, será possível cancelar o pagamento do seguro-desemprego que, por ano, consome R$ 19 bilhões.

Assim que assumir o cargo, Paulo Guedes deve pedir à AGU (Advocacia-Geral da União) que procure o Supremo Tribunal Federal para desarmar uma bomba prestes a explodir no gabinete do ministro Luiz Fux : o tabelamento do frete. Demanda dos caminhoneiros para não entrarem em greve novamente no próximo ano, o tabelamento do frete foi proibido pelo ministro por liminar. Dias depois, Luiz Fux reviu a decisão a pedido da AGU, que defendeu a manutenção do tabelamento até a chegada do novo governo. A paralisação dos caminhoneiros retirou 0,2% do PIB em 2018.

Em outra frente, Paulo Guedes quer reduzir ainda mais os tributos que incidem sobre o diesel. Para isso, fará revisão de despesas.

As medidas serão acionadas enquanto o novo governo não fecha a proposta de Reforma da Previdência. Assessores de Paulo Guedes trabalham no texto, que deverá ser apresentado quando o Congresso reabrir, em fevereiro. Até lá, as discussões ficarão no âmbito técnico para que se chegue a uma fórmula de consenso.

A ordem é mesclar propostas de Michel Temer com as de Paulo Tafner e Armínio Fraga e também as dos irmãos Arthur e Abraham Weintraub, que colaboram com Jair Bolsonaro desde a pré-campanha.
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 31 Dez 2018, 08:50

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... esas.shtml

As empresas terão entre R$ 5,3 bilhões e R$ 8,8 bilhões a mais no caixa em 2019 com as reduções que o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende fazer nas contribuições pagas para o Sistema S.

O cálculo leva em conta o corte nas alíquotas indicado por Paulo Guedes, que pode variar de 30% a 50%.

As empresas que destinarem a diferença entre a nova alíquota e a antiga para gerar novos empregos terão o desconto máximo (50%). Caso contrário, a redução será de 30%.

Ainda não se sabe se haverá alíquotas intermediárias para aqueles que quiserem usar somente uma parte da diferença de valores para a geração de novos empregos.

Hoje com 11 entidades nacionais, como o Sesi (Serviço Social da Indústria), o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) e o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o sistema foi criado nos anos 1940, sob Getúlio Vargas, para a capacitação de mão de obra a ser empregada na indústria e no comércio.

A maior parte de suas receitas (67%) provém de contribuições de empresas sobre a folha de pagamento e que são repassadas às entidades pela Receita Federal.

Neste ano, os recursos foram de R$ 17,7 bilhões, um crescimento de 4% em relação ao ano anterior.

As entidades também contam com outras fontes de renda, como o aluguel de imóveis e rendimentos de aplicações financeiras.

Uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) mostrou que R$ 8,6 bilhões estavam contabilizados como receitas próprias das entidades em 2016, dado mais recente disponibilizado.

As mudanças nas contribuições do Sistema S estão sendo estudadas pelo futuro secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, com outros integrantes da equipe econômica.

"Em uma ponta, a equipe econômica vai trabalhar para a redução do custo de contratação", disse Adolfo Sachsida à Folha.

"Em outra, as empresas terão de fazer sua parte e usar esses recursos para gerar novos postos de trabalho."

No entanto, ainda segundo ele, não haverá uma imposição às empresas porque o novo governo dará um voto de confiança aos empresários.

"Ninguém vai obrigar formalmente a usarem a diferença [de alíquota] para gerar novos empregos, mas confiamos em que os empresários darão sua contribuição para o país."

Para a equipe econômica de Jair Bolsonaro, os programas de treinamento e capacitação do Sistema S são considerados fundamentais, mas há "gorduras" que podem ser cortadas.

Chamaram a atenção os gastos realizados com a aquisição de prédios e terrenos e o valor pago em salários a diretores e presidentes muito acima da média de mercado.

Boa parte dessas informações partiu de auditorias realizadas pelo TCU a pedido do Congresso Nacional.

Também pesou a colaboração de Guilherme Afif Domingos, diretor-presidente do Sebrae, que será secretário especial do futuro ministro Paulo Guedes.

Uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) nas contas do Sistema S revelou que os salários de gerentes e diretores chegam a ser duas vezes maiores que o salário mais alto para a mesma função no mercado de trabalho.

Entre os 108,8 mil salários pagos em 2016, pelo menos 8.800 receberam acima do teto do mercado - o que seria equivalente a R$ 201 milhões por ano.

O caso que mais chamou a atenção, ainda segundo o TCU, foi o da Apex, agência que promove as exportações brasileiras no exterior.

Pelo menos 67 funcionários ganharam acima do máximo pago na iniciativa privada - o que representou 20% dos gastos anuais com salários, cerca de R$ 8,5 milhões pagos a mais.

A auditoria foi realizada em 2017. As entidades enviaram os dados solicitados pelo TCU, que analisou informações de 2015 e 2016.

Com o objetivo de comparar os salários pagos pelas entidades do Sistema S com os de mercado, os auditores criaram uma metodologia que buscou comparar cada uma das 4.253 unidades espalhadas pelo país a uma empresa na mesma região. Definiu-se uma média salarial de mercado para as funções desempenhadas por funcionários das entidades.

Esse trabalho permitiu comparar 101,3 mil dos 108,8 mil funcionários do Sistema S, que receberam R$ 5,7 bilhões em salários em 2016.

Desse total, 64% obtiveram proventos maiores que os de mercado.

No Sebrae da Paraíba, por exemplo, todos os 168 funcionários receberam salários acima da média de mercado. Entre os 106 administradores, os pagamentos foram 264% superiores à média das empresas para a mesma função. Para os cargos de secretário-executivo, os valores foram 358% maiores.

Outro problema detectado nas auditorias foi o volume de recursos disponíveis em caixa ou aplicados no mercado financeiro. No caso do Sesi (Serviço Social da Indústria) e do Sesc (Serviço Social do Comércio), havia R$ 4,1 bilhões e R$ 4,5 bilhões disponíveis, respectivamente.

Os auditores apontaram ainda que as entidades não estavam registrando corretamente as disponibilidades financeiras. Em 2015, pelo menos 2,3% das receitas das 11 entidades provinham de aplicações financeiras, índice que caiu para 1,8% em 2016.

Auditorias realizadas pela CGU (Controladoria-Geral da União) também revelaram inconsistências nas transferências das entidades nacionais para suas filiais regionais e no pagamento de fornecedores.

Segundo os órgãos de controle, a maior parte dos contratos com fornecedores vem sendo feita sem competição (licitação ou pregão), apesar de a maioria dos recursos (67%) ser dinheiro que passa pelo caixa da União.

Os auditores verificaram ainda divergência entre os valores declarados nos balanços e os verificados na checagem dos contratos de fornecedores.

Entre os 801 contratos analisados pelos técnicos do TCU no Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), no Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), no Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), no Senat (Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte), no Sesc, no Sescoop (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo), no Sesi e no Sest (Serviço Social do Transporte), quase 15% apresentaram valores discrepantes entre o que foi informado pela própria entidade e o que constava no próprio contrato.

As auditorias, no entanto, foram apenas formais. Não é possível afirmar que as divergências significam fraudes ou ilegalidades cometidas pelos gestores das entidades. Para isso, será preciso realizar nova auditoria específica.
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 07 Jan 2019, 13:51

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Re: Economia

Mensagem por E.R » 24 Jan 2019, 03:56

O ESTADO DE S.PAULO

Com o objetivo de atrair investimentos estrangeiros, o ministro da Economia, Paulo Guedes disse ao Estado de S.Paulo, em Davos, que o governo quer reduzir o Imposto de Renda pago pelas empresas, sobre o lucro, 34%, em média, para 15%. “Todo o mundo está baixando os impostos”, disse.

Levantamento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra que o Brasil iniciou 2019 como País com a maior alíquota de imposto sobre o lucro das empresas, ultrapassando a França.

Para compensar a perda de arrecadação, o ministro da Economia disse ontem que estuda tributar em 20% os dividendos distribuídos a acionistas, que hoje são isentos; mudança, no entanto, deve enfrentar resistência no Congresso Nacional

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem que o governo quer reduzir o Imposto de Renda pago pelas empresas do País de 34%, em média, para 15%.

Para compensar o corte, Paulo Guedes estuda aumentar os tributos sobre renda e aplicações financeiras que hoje são isentas ou pagam pouco imposto.

Em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast, no Fórum Econômico Mundial, ele explicou que a motivação dessa reorganização tributária é atrair investidores estrangeiros.

A proposta de Paulo Guedes, no entanto, deve enfrentar resistência no Congresso, principalmente por parte de consultores, economistas, advogados e contadores que podem perder com a mudança. Micro e pequenas empresas do Simples (modelo simplificado de cobrança de impostos) também podem ser prejudicadas, se as alíquotas não acompanharem a redução.

A proposta de Paulo Guedes fixa uma alíquota de 15% para o Imposto de Renda das empresas, mas tributa em 20% os dividendos recebidos pelos sócios, na pessoa física. Os dividendos são pagos aos acionistas de uma empresa pelo lucro gerado. Hoje, as empresas pagam 34% sobre seus lucros e, depois da tributação, os dividendos são distribuídos sem cobrança de Imposto de Renda sobre esses ganhos.

“Todo o mundo está baixando os impostos”, disse Paulo Guedes. A onda global de redução da carga tributária das empresas ganhou velocidade ao longo de 2018, com EUA, Bélgica e França anunciando cortes. “Se o Brasil não baixar o imposto para as empresas, elas vão acabar indo para outros lugares”, defendeu.

Segundo um dos maiores especialistas do país em tributação, o diretor da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal, Rodrigo Orair, a lógica do ministro faz sentido no que se refere à perda da arrecadação e ao aumento dos investimentos. “A medida dá um estímulo para que a empresa retenha mais lucro e distribua menos para os sócios.”
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Victor235
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Re: Economia

Mensagem por Victor235 » 14 Fev 2019, 20:58

CLICK. O ministro da Economia, Paulo Guedes, recebeu ontem membros da recém-criada Frente Parlamentar pelo Livre Mercado da Câmara dos Deputados.

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COLUNA DO ESTADÃO / ESTADÃO
"Se aproveitaram da minha astúcia" - VELOSO, Caetano

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Re: Economia

Mensagem por E.R » 15 Fev 2019, 21:01

https://www.valor.com.br/financas/61214 ... uma-semana

O dólar voltou a fechar na casa de R$ 3,70 pela primeira vez em mais de uma semana, num movimento que contou com a redução do prêmio de risco do câmbio, após a definição dos primeiros detalhes da reforma da Previdência.

No fim da sessão, o dólar comercial caiu 1,02%, aos R$ 3,7027.
:)
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 20 Mar 2019, 04:05

O ESTADO DE S.PAULO

No encontro entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente americano, Donald Trump, Brasil e Estados Unidos concordaram em acordos para reduzir obstáculos no comércio e investimento.

Nos jardins da Casa Branca, Donald Trump afirmou que os dois países iriam estabelecer uma relação “justa”.

Por meio de uma comissão entre os dois países de relações econômicas e de comércio, Brasil e Estados Unidos pretendem explorar “novas iniciativas para facilitar comércio, investimento e práticas regulatórias”.

O Brasil anunciou com a cota de importação de 750 mil toneladas de trigo americano a uma tarifa zero de impostos e também com o “estabelecimento de bases científicas para a importação de carne suína produzida nos Estados Unidos”.

Os Estados Unidos pressionam o Brasil pela abertura de mercado para a carne de porco, o que deve passar por avaliação de questões de regulação fitossanitária.

Em contrapartida, os Estados Unidos concordaram em marcar a visita técnica ao Brasil para reabrir o mercado americano para carne bovina brasileira. Os americanos aumentaram os testes de qualidade sobre a carne fresca importada do Brasil depois da Operação Carne Fraca. Três meses depois da repercussão internacional da operação, o Departamento de Agricultura americano suspendeu a importação de carne crua brasileira.

A partir de então, o Brasil entrou em uma longa negociação e submeteu aos Estados Unidos uma série de formulários para certificar a qualidade da carne bovina fresca. A última etapa para reabertura do mercado é a visita técnica de autoridades dos Estados Unidos. Apesar de ser um mercado relativamente novo ao país, a venda para os americanos é vista como importante referência para as operações internacionais.

Os dois países também se comprometeram a negociar o acordo de reconhecimento mútuo de exportadores e importadores de larga escala, para facilitar as operações comerciais. Este era um dos acordos que o Brasil queria colocar no papel já nesta visita, mas houve apenas a intenção registrada no comunicado.
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Re: Economia

Mensagem por Victor235 » 08 Abr 2019, 22:15

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‘Nós vamos fazer dinheiro sair do chão’, diz Paulo Guedes sobre deficit
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta 2ª feira (8.abr.2019) que pretende “produzir dinheiro o suficiente” para mostrar que não estão “preocupados com esse troço aí”, referindo ao deficit primário previsto para este ano de R$ 139 bilhões. O valor considera a diferença entre as receitas e despesas do governo, sem considerar o pagamento dos juros da dívida pública.
Ele negou ter assumido a articulação política da reforma. “Eu não tenho a pretensão de ser coordenador político. Vocês viram meu desempenho lá” em referência à sua participação na audiência pública da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados.
“Eu sou animal de combate. […] Eu não me considero 1 bom político. Eu acho que eu sou 1 defensor honesto de algumas propostas”, declarou.
https://www.poder360.com.br/economia/no ... e-deficit/
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Re: Economia

Mensagem por JF CH » 09 Abr 2019, 16:15

Tipo o Chaves com as carambolas.
JF CH
Usuário do Fórum Chaves desde 29 de Dezembro de 2015
Campeão do De Que Episódio é Essa Foto? - Edição 2016
Usuário do Mês de Outubro/2016, Janeiro/2018, Maio/2019, Janeiro/2020 e Setembro/2020

F42 escreveu:
18 Abr 2021, 21:26
com todo o perdão da palavra e com toda a certeza que eu serei punido, piada é a cabeça da minha piroca! porra mano, eu tive que adicionar seu nome como "pseudo" pré candidato a moderação lá no datafórum e você agora fala que é piada? o que vc tem na sua cabeça, mano?
piadaitaliano/

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Re: Economia

Mensagem por E.R » 14 Abr 2019, 06:41

O ESTADO DE S.PAULO

Pressionado pelo aumento do desemprego, pelo aumento da inflação da comida e também pela queda na renda, o consumo de alimentos, bebidas, produtos de higiene e limpeza dentro da casa dos brasileiros sofreu um baque neste início de ano de 2019.

Em janeiro e fevereiro, houve uma queda de 5,2% no número de unidades de itens básicos comprados pelas famílias em relação ao mesmo período de 2018, aponta pesquisa da consultoria Kantar.

Também foi a primeira vez desde o início da pesquisa, em 2014, que houve recuo nas compras de todas as cestas de produtos, com retrações importantes em produtos básicos e de difícil substituição.

Entre os itens que mais contribuíram para a queda do consumo em unidades das respectivas cestas estão açúcar (alimentos), papel higiênico (higiene), leite de caixinha (lácteos), detergente em pó (limpeza) e cerveja (bebidas).

“É uma queda bem forte que ocorreu em todas as classes sociais e regiões do país”, afirma Giovanna Fisher, diretora da consultoria e responsável pela pesquisa.

Semanalmente, equipes da consultoria visitam 11,3 mil domicílios para tirar a temperatura do consumo a partir do tíquete de compra da família.

A amostra retrata as compras de 55 milhões de domicílios ou 90% potencial de consumo do país.

A classe C foi a que mais retraiu o consumo no bimestre e o interior do Estado de São Paulo, por concentrar uma grande fatia dessa população, foi a região que registrou a maior queda, seguida pelas regiões Norte e Nordeste.

O que chama também a atenção nos resultados é que, além de ir menos vezes às compras, a cada ida ao supermercado o consumidor levou uma quantidade menor de produtos para casa.

Esse movimento traduzido em números significou uma queda de 2,2% na frequência de compras no bimestre em relação ao ano anterior e redução 5,7% no número de unidades adquiridas a cada compra.

Até pouco tempo atrás a frequência permanecia estável ou apresentava um pequeno recuo. Mas quando o brasileiro fazia as compras ele levava para casa uma quantidade de produtos maior. “Antes, as pessoas compensavam com volumes médios maiores a ligeira redução na frequência de compras. Com isso, o volume total consumido se mantinha estável e agora, não.”

Dados nacionais de vendas dos supermercados confirmam esse movimento. A receita real de vendas acumulada no ano, que crescia 2,95% em janeiro ante o mesmo mês de 2018, desacelerou para 2,51% no primeiro bimestre, segundo a Associação Brasileira de Supermercados. Na divulgação dos resultados no início do mês, João Sanzovo Neto, presidente da entidade, atribuiu parte do enfraquecimento no ritmo de vendas à lenta recuperação da economia e ao desemprego elevado.

A virada que houve na inflação de alimentos e bebidas explica, na opinião do economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio, Fabio Bentes, boa parte da freada nas compras. “A inflação vista por dentro mudou muito”, diz.

Alimentos e bebidas respondem por quase 25% dos gastos das famílias e são a maior fatia do orçamento.

A partir de novembro de 2018, a inflação de alimentos e bebidas acumulada em 12 meses superou a inflação geral, mês a mês, até atingir o pico em março de 2019.

No mês passado, a inflação geral em 12 meses chegou a 4,58% e a inflação de alimentos e bebidas atingiu 6,73%, a maior variação em 12 meses desde dezembro de 2016 (8,61%).
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