Economia

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Re: Economia

Mensagem por Chapolin Gremista » 02 Mar 2020, 19:01

O importante é não ter empregada doméstica na Disney, né?
Ainda mais frágil
Coronavirus acentua a crise econômica do governo Bolsonaro
Pandemia atinge país num momento de profunda debilidade na economia provocado pela política neoliberal.
Constantemente atingido por crises, quase todas constituindo uma consequência lógica da política levada a cabo pela burguesia, a emergência do coronavírus e sua chegada ao Brasil promete ser mais um fator explosivo contra o governo de Bolsonaro e acirrar ainda mais a luta de classes, que desde o golpe de 16 se eleva a cada ano.

Tendo como epicentro o principal parceiro comercial do Brasil, a China, setores ligados ao latifúndio, grãos, carne e mineração já se encontram sob forte apreensão. Isto por que o país asiático é o destino de 80% das exportações de soja brasileira, 40% de algodão, 30% de carne e ainda 60% das exportações do nosso minério de ferro.

Na indústria de eletroeletrônicos, 57% das empresas já sofrem problemas com insumos industriais oriundos da China, a ponto da Flextronics, que fabrica celulares para a Motorola, deu férias coletivas para os trabalhadores em fevereiro e irá dar novas a partir de 9 de março. Em Manaus, a Evadin, fabricante de impressoras térmicas e terminais de atendimento, informou que não tem insumos a partir deste mês. No setor de serviços, o cancelamento de viagens já é sentido por empresas aéreas, hotéis e mesmo táxis.

O caso do coronavírus se une a diversos outros fatores como a crise das PMs, as queimadas que assolaram o país, a poluição da costa brasileira (sobre a qual, depois de tentar responsabilizar a Venezuela, o governo se calou), as disputas entre os segmentos da direta e outros sem nenhuma iniciativa por parte da esquerda mas que ainda assim, contribuem com muita força para aumentar a desestabilização do regime golpista e constituem grandes oportunidades para a vanguarda dos movimentos populares, principalmente estudantes e trabalhadores, que devem usá-las para convocar grandes mobilizações capazes de liquidar de vez com esse governo que é uma verdadeira ameaça ao conjunto da população brasileira e já há meses vem manifestando interesse em fechar o regime de vez rumo a uma ditadura de características abertamente fascistas.
https://www.causaoperaria.org.br/corona ... bolsonaro/
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Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Re: Economia

Mensagem por E.R » 04 Mar 2020, 20:42

Olha, mesmo eu sendo de direita, achei nojentas as falas do Paulo Guedes e também do ministro da Saúde, que falaram para as pessoas não viajarem para fora do país e irem para Cachoeiro do Itapemirim pra conhecer a terra do Roberto Carlos ou ir para Foz do Iguaçu.

Viajar é um sonho que boa parte das pessoas tem e são as pessoas que devem escolher quais lugares desejam visitar.

As pessoas não precisam de "conselhos ou dicas" de ministros "nacionalistas" que falam pra elas fazerem viagens pelo país, sendo que os próprios ministros que falaram isso viajam para o exterior todo ano.

E o brasileiro nem tem determinadas opções. Parques da Disney, por exemplo, só tem na França, no Japão, nos Estados Unidos e talvez na China, o parque "menos ruim" que tem aqui é o do Beto Carrero.
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Re: Economia

Mensagem por Chapolin Gremista » 04 Mar 2020, 21:37

Infelizmente esse é o pensamento da maioria da direita. Só ver por exemplo como tem idiota que diz o cidadão não pode ter iphone sendo de esquerda. Pra eles o pobre deve comer lixo e morrer na miséria.


A direita é podre.
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Re: Economia

Mensagem por Bugiga » 05 Mar 2020, 13:31

Chapolin Comunista escreveu:Infelizmente esse é o pensamento da maioria da direita. Só ver por exemplo como tem idiota que diz o cidadão não pode ter iphone sendo de esquerda. Pra eles o pobre deve comer lixo e morrer na miséria.


A direita é podre.
Pode ter iPhone à vontade, mas não venha depois com hipocrisia de que o estado deve tomar os recursos dos ricos para "socializar" entre os pobres, ao mesmo tempo que anda com um artigo que é luxo para a maior parte da população e não se importa em "socializá-lo" com os demais.

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Re: Economia

Mensagem por Chapolin Gremista » 05 Mar 2020, 22:23

Pior a cada ano.
Crise: esse é o nome do projeto econômico de Bolsonaro
Crescimento do PIB muito abaixo das necessidades da população piora ainda mais a situação da classe trabalhadora, aumentando desemprego, pobreza e miséria.
Foi divulgado o balanço do PIB para 2019 e o resultado, como não podia deixar de ser, revela a profunda desgraça que a política econômica levada a adiante por Bolsonaro impõe ao conjunto da população brasileira. Após uma mistura de delírio com terrorismo levar o regime a profetizar crescimento de 2,9% para o PIB em 2019 caso o roubo da previdência fosse aprovado, a consequência lógica da devastação promovida pelo bolsonarismo levou o PIB brasileiro a sair de R$6,8 trilhões em 2018 para R$7,3 trilhões em 2019, o que representa, na prática, uma alta de 1%, o que é meramente nominal.

A primeira coisa a ser destacada sob o suposto crescimento do PIB para o exercício de 2019 é que, no mesmo ano, a estimativa de crescimento da população (medida também pelo IBGE) foi 1%, de 208,5 milhões em 2018 a 210,1 milhões em 2019, o que se traduz na impossibilidade prática da economia em absorver a mão de obra já disponível mas desempregada. Como se isso não fosse ruim o bastante, num país onde o desemprego (que já é enorme) aumenta, as perdas provocadas pela inflação medida pelo IPCA foram de -4,3%. Isso significa que além da economia brasileira não ter produzido condição alguma de absorver uma parcela que seja dos trabalhadores fora do mercado de trabalho, também não houve crescimento capaz de compensar o que se perdeu com a inflação, a única coisa que realmente cresceu sob a política de Bolsonaro, inclusive acima da meta do governo, resultando num cenário de pressão ainda mais severa sobre a classe trabalhadora.

O governo, como era de se esperar, culpou tudo e todos pela catástrofe, menos os responsáveis. Desde o clima a situações próprias do tipo de política defendida pelo regime, a saber, a crise na Argentina (onde governava o também liberal Macri) e o crime da Vale em Brumadinho, ocasionado por uma empresa pública privatizada durante a última ofensiva neoliberal nos anos 1990.

As desculpas difundidas pelo Ministério da Economia revelam um verdadeiro vale tudo retórico, tão mal pensado que chegam a apontar para um fato incontestável: a devastação econômica promovida pelo governo não é produto de uma incapacidade subjetiva mas consequência natural de uma deliberada decisão política, para atender aos interesses da burguesia, que desde o golpe de 16, vem impondo sua agenda de maneira mais agressiva e sem nenhuma vergonha quanto as inconsistências de seu discurso, que primeiro culpou o PT, depois a legislação trabalhista, ano passado o vilão da vez foi a previdência, agora a política tributária e assim, mentindo descaradamente com pouca ou nenhuma consideração sequer em manter as aparências, os ataques contra a população vão se avolumando, a desindustrialização se intensifica e a economia regride a passos cada vez maiores, “crescendo” 1% enquanto paga 4,25% de juros a quem vive da especulação com o dinheiro público. Para a minúscula classe burguesa, estamos em “uma situação macroeconômica tão boa quanto eu nunca vi”, conforme as palavras do presidente do banco Itaú. A desgraça é “só” para os 110 milhões de brasileiros que precisam de emprego.
https://www.causaoperaria.org.br/crise- ... bolsonaro/
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Re: Economia

Mensagem por Chapolin Gremista » 06 Mar 2020, 11:35

Bolsonaro: pior do que vírus
Previsão do imperialismo aponta economia mundial nos patamares de 2009
Sim, porque se tem uma coisa que piorou a vida do brasileiro muito mais do que qualquer epidemia, foi o assalto à presidência pelo golpista Bolsonaro e sua gangue extremista.
A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), organização econômica intergovernamental com 36 países membros, fundada em 1961 para estimular o progresso econômico e o comércio mundial, projetou que a economia global pode se recuperar com um crescimento de 3,3% em 2021, assumindo que a epidemia atinja o pico na China no primeiro trimestre deste ano e outros surtos sejam contido.

A economia global deve crescer apenas 2,4% este ano, o nível mais baixo desde 2009 e ante expectativa de 2,9% em novembro, disse a OCDE em uma atualização de suas perspectivas. Entretanto, se o vírus se espalhar pela Ásia, Europa e América do Norte, o crescimento global pode cair para 1,5% este ano, alertou ela.

A organização pediu a governos e bancos centrais que lutem para evitar uma queda ainda mais profunda.

“A principal mensagem para esse cenário de recuo é de que ele colocará muitos países em recessão, motivo pelo qual pedimos que medidas urgentes sejam adotadas nas áreas afetadas o mais rápido possível”, disse à Reuters a economista-chefe da OCDE, Laurence Boone.

Ela disse que os governos precisam dar suporte aos sistemas de saúde com pagamentos extras ou benefícios fiscais para trabalhadores que fazem horas extras e esquemas de trabalho para empresas que enfrentam recuo na demanda.

Por oportuno, e para melhor entendermos a situação, não se pode deixar de lado o contraste criado entre a análise conjuntural da política econômica nacional, principalmente, que a mídia burguesa vinha divulgando, e que noticiava um aquecimento da economia e uma reação à crise depois de implementadas todas as reformas, com o declínio agora em evidência, colocado como consequência da epidemia do coronavírus.

Este contraste, na realidade, revela que a imprensa burguesa tentava abafar a crise com notícias falsas, e que, com a epidemia, o que já era ruim tende a piorar, e a burguesia já não vai mais poder esconder.

De fato, o aprofundamento já era uma tendência apontada por força do desdobramento de várias outras situações políticas tais como: o conflito dos Estados Unidos com Irã, também com a China; a situação de crise e conflito na Síria, são alguns exemplos disso. O que ninguém contava que pudesse aparecer como impulsionador desse aprofundamento da desbarrancada econômica e aconteceu foi justamente a epidemia do coronavírus e que caminha para uma pandemia.

Como consequência da epidemia, em todo lugar, o fenômeno mais comum é a paralisação da economia. E o mesmo está acontecendo no Brasil. Por conseguinte, há prejuízo na exportação de commodities, que é o forte por aqui, tornando desinteressante ao investidor estrangeiro ficar no Brasil, em função do que, ele conclui em levar o dinheiro dele para outro lugar que lhe traga prejuízo. O resultado disso é a fuga de capital. Como de regra é o dólar que o estrangeiro trás, quando ele converte em reais e tem prejuízo, do ponto de vista dele o mais acertado a fazer e converter em dólar de volta. A fuga faz com que a demanda por dólar aumente, e com isso ele sobe, e subindo há uma inflação Por aí já se vê a crise piorando.

Mas a grande conclusão que se deve tirar, além do fato de que, com o sucateamento promovido pelo golpe de Estado de 16 e que envolve Temer e Bolsonaro, o Brasil corre o risco de ter grandes dificuldades de enfrentar a epidemia. Além disso, e o que é mais importante dizer, é que o golpe, que planejava com a retirada do PT buscar as condições favoráveis para lidar com a crise, segundo os indicadores econômicos que revelam que 2019 obteve pior resultado do que 2018, revelam que ele, o golpe, não conseguiu o que pretendia e acabou fracassando. E é certo afirmar, que todo sacrifício pago pelo povo, e é claro que não poderia ser outra solução vinda de capitalistas neoliberais, pois é sempre o povo que paga a conta se depender deles, tudo que o povo perdeu com a reforma trabalhista, reforma previdenciária, e todos os cortes de programas públicos e sociais, como o bolsa-família (uma tentativa de lidar com a miséria e que não foi superada) foram todos em vão e de nada adiantaram, há não ser para enriquecer uns poucos prestigiados, nada parou a crise.

Se juntarmos a isso o fato de que a dívida pública, as dificuldades dos Estados pagarem o funcionalismo público e suas contas, ao lado do gigantesco desemprego e o aumento da miséria no país, o que temos pela frente é uma situação explosiva que não tarda a estourar.

Mais do que preocupar com o coronavírus – que diga-se de passagem merece toda a nossa atenção – deveríamos nos ocupar com a tarefa de colocar para fora do governo Bolsonaro e com ele todos os militares golpistas que o sustentam e o acompanham. Somente a política do “Fora Bolsonaro” pode amparar o povo desprestigiado por esse governo golpista e nos dar algum horizonte de esperança de melhora.
https://www.causaoperaria.org.br/previs ... s-de-2009/
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Re: Economia

Mensagem por Victor235 » 06 Mar 2020, 20:25

Bugiga escreveu:Pode ter iPhone à vontade, mas não venha depois com hipocrisia de que o estado deve tomar os recursos dos ricos para "socializar" entre os pobres, ao mesmo tempo que anda com um artigo que é luxo para a maior parte da população e não se importa em "socializá-lo" com os demais.
Nem todo mundo de esquerda é comunista, e desejar políticas públicas mais inclusivas não significa diretamente tirar uma coisa de alguém para beneficiar outro...
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Re: Economia

Mensagem por Victor235 » 07 Mar 2020, 03:20

Risco-país tem a maior alta em um dia desde o 'Joesley Day'
É a maior alta percentual diária desde o “Joesley Day” –18 de maio de 2017, logo depois da divulgação de uma gravação comprometedora entre Joesley Batista e o então presidente Michel Temer. Naquela ocasião, o risco-país subiu 29%, para 265 pontos, e a Bolsa caiu 8,8%.
https://www.oantagonista.com/economia/r ... esley-day/
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Re: Economia

Mensagem por Chapolin Gremista » 07 Mar 2020, 03:33

Sintoma da fraqueza do governo
O pibinho de Bolsonaro
As contínuas crises do governo abalam a confiança de empresários e afastam investimentos.
Em 2019, primeiro ano de mandato do ilegítimo presidente Bolsonaro, foi de 1,1% o crescimento do produto interno bruto (PIB) brasileiro – a soma de todos os bens e serviços produzidos no Brasil. Um resultado tão medíocre refuta todas as ilusões semeadas pela imprensa burguesa nos últimos anos.

A burguesia impulsionou o golpe de estado de 2016 com promessas de crescimento econômico. O imperialismo, os típicos políticos burgueses, os diversos setores do empresariado brasileiro – a imprensa capitalista, o agronegócio, os bancos, a indústria, o comércio –, e os seus capatazes pequeno-burgueses criaram inúmeras crises, antes, durante e depois da queda de Dilma Rousseff. Tentaram jogar toda a responsabilidade por essas crises nos ombros da presidente eleita. Quiseram esconder o seu óbvio desprezo pela constituição alegando que o golpe era um remédio amargo necessário para se alcançar um “bem maior”.

As mesmas falsas promessas retornaram na fraude eleitoral de 2018. A prisão do candidato mais forte por meio da farsesca operação Lava-jato, bem como a colaboração de toda a burguesia para colocar na presidência um presidente ilegítimo, mas subserviente aos interesses fundamentais do imperialismo, foram maquiadas pela imprensa capitalista e apresentadas como dois processos naturais de um regime democrático. O que veio à tona, no entanto, foi justamente o contrário: a ditadura da burguesia sobre a população.

A burguesia diagnosticou que o problema fundamental da economia brasileira era o “descontrole fiscal” do estado. Propôs mais uma vez a velha receita neoliberal, que consiste em privatizações e cortes de gastos estatais, supressão de políticas sociais, precarização de todos os direitos democráticos – direito de greve, de organização política etc.

Antes da “reforma” da previdência, no ano passado, não havia um dia sequer em que a imprensa burguesa não martelasse a suposta necessidade de suprimir o direito dos trabalhadores a uma aposentadoria justa. A pretexto de guardar dinheiro para pagar credores parasitas da dívida pública, a “reforma” foi aprovada. Alguns meses depois, a dívida pública cresceu, o dólar disparou, os investimentos públicos foram drasticamente reduzidos, o desemprego alcançou sua taxa mais alta em 30 anos.

Diante de um palhaço fantasiado de presidente, os investidores privados nacionais e estrangeiros não têm a menor confiança na estabilização da economia brasileira. As tentativas da burguesia no sentido de domesticar Bolsonaro estão fracassando. Estima-se que o crescimento econômico da atual década será o menor em 120 anos.

A queda de Bolsonaro é urgente. Fora Bolsonaro e todos os golpistas!
https://www.causaoperaria.org.br/o-pibi ... bolsonaro/
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 07 Mar 2020, 03:37

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... irus.shtml
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que o governo Jair Bolsonaro tem contribuído para afastar investidores do país.

A afirmação, segundo ele, tem como base conversas recentes com investidores estrangeiros, que têm mencionado essas questões.

Rodrigo Maia responsabilizou o Ministério da Economia pelo atraso no andamento das reformas, mas afirmou que líderes do Congresso irão se reunir com integrantes da Pasta para organizar uma pauta que ajude a aumentar a confiança no Brasil e a enfrentar os problemas econômicos gerados pela crise do coronavírus.

Disse ainda que há ministros que deveriam garantir o equilíbrio e passaram a ser ministros do desequilíbrio, citando nominalmente o general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, que declarou que o Congresso chantageava o governo.

“O governo gera uma insegurança grande para sociedade e para os investidores. As pessoas estão deixando de investir pela questão do meio ambiente”, afirmou Rodrigo Maia durante palestra no Instituto FHC sobre reformas econômicas.

Ele citou reunião recente com investidores europeus que manifestaram impedimentos para investir no país por conta da postura do governo na área de meio ambiente.

Rodrigo Maia disse que o país vive um momento difícil na relação entre os Três Poderes, ao qual se somam um baixo crescimento na economia e, agora, a desaceleração global e a incerteza provocada pelo cenário externo.

“Vivemos uma crise econômica, sem dúvida nenhuma. Os dados do ano passado confirmam isso. A agenda do Parlamento passa a ter outra preocupação. Teremos uma reunião da equipe econômica com o Congresso para que a gente possa compreender qual o tamanho da crise, e o que aqueles que têm uma cabeça racional no governo podem dialogar com a Câmara e o Senado e organizar uma pauta e um calendário priorizando aquilo que de fato vá gerar impacto e uma sinalização importante à sociedade e aos atores econômicos”, afirmou Rodrigo Maia durante palestra no Instituto FHC sobre reformas econômicas.

Sobre a agenda de reformas, citou a demora no envio das propostas do Executivo nas áreas tributária e administrativa. Também disse que a PEC Emergencial, que tem efeitos imediatos nos gastos públicos, já estaria mais avançada se o Ministério da Economia tivesse aceitado incluir sugestões em outra PEC que já tramita na Câmara, do deputado Pedro Paulo (DEM-RJ), que tem muitos pontos em comum.

“O ministro Paulo Guedes diz que temos só 15 semanas [de votações até as eleições municipais]. É claro, perderam o ano passado inteiro. Já querem mais uma vez transferir para o Parlamento [a responsabilidade]. Só que a tributária não chegou, a administrativa não chegou. A PEC Emergencial só chegou em novembro, e perderam a oportunidade de usar a PEC do deputado Pedro Paulo, que já é muito mais dura. Perdemos um ano na PEC Emergencial, que é a mais importante para organizar as contas públicas."

Rodrigo Maia disse também que um governo sem base parlamentar dificulta o trabalho do Legislativo, o que resulta, por exemplo, em situações como a da aprovação em uma comissão do 13º permanente para o Bolsa Família, mesmo sem previsão orçamentária para isso.

"É importante que o governo entenda que já perdemos algum tempo. A responsabilidade do Congresso e do governo é colocar esses projetos para avançar. Temos um olhar para futuro de que precisa das reformas, mas temos também um problema de curto prazo, uma crise econômica que foi agravada pela questão do coronavírus. E cabe aos Poderes encontrar as soluções para que essa crise afete menos a sociedade brasileira."

“Temos de compreender que o governo está muito pressionado, que o governo prometeu muito e não entregou, tinha uma previsão de crescimento no início do ano passado de 2,5%, mas cresceu 1,1%. Nós entendemos a aflição do governo nesse momento. Estamos aqui para ajudar.”

Presente ao mesmo evento, o economista Marcos Mendes, colunista da Folha, afirmou que o governo atualmente pratica um “presidencialismo de omissão”.

“Joga os projetos no Congresso e deixa a coisa rolar lá dentro sem coordenação nenhuma”, afirmou Marcos Mendes.

Ao falar sobre reformas, Marcos Mendes disse que as privatizações e a abertura comercial não estão andando, a reforma administrativa está sendo boicotada pelo próprio governo e que as PECs do ajuste fiscal caminham lentamente no Congresso.

“O presidencialismo de omissão pode levar ao estancamento de reformas”.
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Re: Economia

Mensagem por Chapolin Gremista » 07 Mar 2020, 03:45

US$3 bilhões em uma tarde!
Imprensa menospreza a desvalorização do real e o pibinho de Bolsonaro
Destruição econômica e rapina financeira atingem proporções inimagináveis sob o governo Bolsonaro. Imprensa supostamente crítica ao regime fala em “swap cambial”
Seguindo a política de colocar Bolsonaro na linha, os três principais porta vozes da burguesia, O Globo, Folha de S. Paulo e Estadão tem adotado em seus editoriais posições muito similares nas críticas feitas à indefensável condução da economia, tendo contudo o cuidado de não fazer mais do que um leve puxão de orelha.

Sobre a forte desvalorização do real frente ao dólar nesta quinta feira, 05 de março, nem uma linha sequer minimamente parecida com a campanha de terror que anunciava a ultrapassagem da “barreira psicológica” dos R$2,90 em março de 2015. Para o Globo, excesso de transparência teria atrapalhado tentativa de evitar disparada da moeda norte americana por parte do governo, que anunciou na quarta-feira a realização de intervenções eufemisticamente chamadas “swap cambial”, onde o governo interfere nas operações de compra e venda da moeda para mantê-la em um determinado valor. Com isso, os especuladores teriam se aproveitado do “ingênuo” Banco Central de Bolsonaro para forçar uma queda de braço que custou ao povo brasileiro de US$3 bilhões em um único dia. Um dos “especialistas” entrevistados pelo jornal carioca aconselhou o governo a fazer leilões “com volume maior de dólar”, enquanto outro afirma que sem a intervenção “o cenário de pressão sobre o real poderia ser ainda maior.” Detalhe interessante é que o custo desse “swap cambial” foi negligentemente esquecido pelo Globo.

“Muita besteira”

Estadão e Folha, que fazem um esforço maior para parecerem sérios, até lembram quanto custou a brincadeira do governo com os banqueiros, mas nem de longe se animam a dar mais do que explicações aparentemente técnicas a respeito do conjunto da obra. Bolsonarista desde 1964, o Estadão abre sua reportagem anunciando que o “dólar desacelerou o ritmo de alta”, para depois reproduzir um declaração estúpida no nível da pura escatologia feita pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que a exemplo de seus pares “imprecionantes” declarou: “não tem nada de errado, a flutuação do câmbio está num nível mais alto.” Nenhum questionamento a respeito desse verdadeiro atentado intelectual pelos outrora implacáveis críticos do governo da presidenta derrubada Dilma Rousseff, a declaração (que poderia ter sido dada pelo palhaço escalado na quarta feira para responder aos jornalistas sobre o “pibinho”) simplesmente foi publicada tal como foi cometida.

Tida como bolchevique pela extrema direita, a Folha também se limitou a reproduzir falas loucas de Guedes alertando que “se o presidente pedir para sair, se todo mundo pedir para sair”, o dólar pode chegar a R$5,00. Ao contrário do terrorismo feito durante a campanha pela derrubada do governo petista, quando manipulações eram realizadas para produzir porcentagens estratosféricas que minassem o governo, com Bolsonaro, de 30 de dezembro a 05 de março “o dólar ficou R$ 0,64 mais caro”. A matéria ainda acusa a redução da Selic, o juro americano e o coronavírus como fatores “relacionados” com explosão do dólar. Deus e o mundo, tudo e todos, menos a política econômica do governo.

Essa linha da Folha, por sinal, coincide com a coluna de Merval Pereira. Para a “voz de deus”, “talvez” por causa das piadas de Bolsonaro sobre o “pibinho”, o país enfrenta uma crise econômica grave, ocasionadas porque o facista estaria “deixando de lado seu viés liberal”, o que precisaria ser combatido por mais reformas. Mencionando um duvidoso indicador de êxito econômico que faria do Chile um exemplo a ser seguido, Pereira exime a política imposta pela classe burguesa e atribui à catástrofe uma relação subjetiva, como se o estranho senso de humor fosse o responsável pela destruição e a rapina provocada pelo neoliberalismo imposto por meio de um golpe de Estado. Vale tudo para isentar a burguesia.

Se Mensalão e Petrolão foram usados para colar no PT a marca de “corruptos”, o que não faria a imprensa capitalista se em uma única tarde, Lula ou Dilma roubassem da população quase R$14 bilhões para dar aos tubarões do capitalismo?
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Re: Economia

Mensagem por Chapolin Gremista » 07 Mar 2020, 12:17

Reindustrializar é preciso
O desafio é reindustrializar o Brasil
A participação da indústria no PIB nacional declinou de 21,4% para 12,6%, nos últimos 50 anos, Em 2019, mais um tombo, (- 1,1%). “Política industrial”, é “blasfêmia” para Bolsonaro

Por Nivaldo Orlandi
“Se você quer mesmo consertar a economia brasileira e reencontrar o caminho do crescimento econômico, o governo deverá promover a reindustrialização do país”, alerta jornal Estadão, em editorial de 05/02/2020.

A produção industrial recuou 1,1% em 2019, depois de dois anos de modesta expansão. O parque industrial brasileiro ainda é um dos nove ou dez maiores do mundo, mas está estagnado, atrasado e sem poder de competição.

Indústria precisa crescer 21,9%, para voltar ao pico atingido no governo PT

Houve um tombo de 18% entre os pontos mais altos da série histórica, atingidos no trimestre encerrado em maio de 2011, no início do governo Dilma e os três meses finais de 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro. Para voltar ao pico de produção industrial de 2011, no governo do PT, o volume industrial a ser produzido precisa crescer 21,9%.

No primeiro ano de Bolsonaro, nada de crescimento industrial, e ainda queda de 1,1%. Antes, no governo Temer, breve e acanhada recuperação. Indústria cresceu 2,5% em 2017 e 1% em 2018. O desastre da mineração, sempre lembrado quando se comenta os números da indústria, explica apenas uma pequena parte do desastre. O exame mais detalhado mostra recuos em 16 dos 26 ramos de atividades cobertos pela pesquisa industrial. Recuo em 40 dos 79 grupos. Recuo em 54,2% dos 805 produtos industriais incluídos no levantamento regular.

Em todos os trimestres de 2019, no governo Bolsonaro, o desempenho foi pior do que um ano antes, que já raquítico fora. Embora o preocupante resultado tenha ocorrido desde os três meses finais de 2018, o novo governo nada fez, para tentar pelo menos conter o declínio da indústria.

59%, a fatia de manufaturados exportados em 2000, hoje é de apenas 35%

Além das perdas na produção industrial desde 2013, Brasil sofre um atraso enorme em termos de tecnologia e inovação. Isso é visível no comércio exterior. Em 2000, as vendas de manufaturados corresponderam a 59% do valor exportado. Em 2009, já recuara para 44%. Não mais parou de recuar. Com exceção de 2016, a participação dos produtos industriais nas exportações do Brasil, sempre foi inferior a 40%. Em 2019, a parcela dos manufaturados caiu para 35%, a menor taxa desde o ano 2000.

“Política industrial”, para o governo Bolsonaro, a expessão é tida como “blasfêmia”

“De vez em quando algum membro do governo fala de produtividade e competitividade, mas sem apresentar mais que vagas intenções e idéias. A expressão “política industrial” é evitada, tida como blasfêmia. O discurso é geralmente um recitativo com tinturas de liberalismo econômico e nenhuma referência clara a planos, metas e instrumentos.

Não surpreende que, até as modestas projeções de crescimento industrial chegam a parecer “otimistas.”. O alerta do Estadão, feito em 05/02/2020, é taxativo, “o desafio é reindustrializar o Brasil. Somado à epidemia do coronavírus chegando no país, a disparada do dólar, beirando os R$ 4,50, queda do Ibovespa de 7%, viomundo, de 26/02/2020, antevê racha no bloco do poder bolsonarista.

Para além dos impactos de curto prazo na economia, que a imprensa capitalista tenta colocar na conta do coronavírus, existe algo que só um projeto de longo prazo poderia consertar.

A destruição histórica da indústria nacional

Na Crítica da Economia, Fernando Grossman e José Martins explicam que os propagandistas das “reformas” desconsideram a decadência da indústria como um fator fundamental, quando analisam o Pibinho de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro.

Estes economistas da era bolsonariana e das reformas imperialistas no território nacional não tem a mínima idéia do papel estratégico de um forte e necessário desenvolvimento industrial para a solução dos problemas do crescimento (para não falar do desenvolvimento) econômico nacional. Atual equipe econômica bolsonarista não têm nenhum projeto real de desenvolvimento econômico para o Brasil. Para eles, só há o liquidacionismo. A destruição pura e simples. O processo de destruição puro e simples da antiga indústria produtora brasileira é enfiado pela goela da opinião pública nacional como uma coisa natural e sem importância.

Mas existem outros economistas com um mínimo de sanidade mental, como aqueles do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI). Uma minoria que ainda mantém certa lucidez teórica e prática na defesa do que ainda resta daquela agonizante indústria desenvolvimentista do passado. Estes últimos moicanos da antiga “burguesia industrial progressista” são o passado. Em voga, para primeiro plano, os inconfessáveis desígnios da nova maioria burguesa bolsonariana da FIESP, CNI, etc. A participação da indústria no PIB nacional já foi de 21,4%, informa o IEDI. Declinou nos últimos 50 anos findos em 2017, para 12,6%. Não para de desabar, 2019 foi mais um ano de declínio da produção da indústria nacional, queda de 1,1%.

A desindustrialização veio para ficar e é crescente, se a direita se mantiver no poder. Intensificou-se na era Collor, continuou na era FHC, e fortaleceu-se a partir da crise fabricada pelo impeachment de Dilma e a retirada do PT do Governo e a chegada de Governo Bolsonaro.

Brasil amolda-se aos desígnios do imperialismo

Brasil amolda-se aos desígnios do imperialismo. Cada vez mais o país será fornecedor de commodities, e importador de produtos industrializados, consumidos por cada vez menos pessoas, em um crescente oceano de miseráveis à margem da linha de pobreza.

A indústria brasileira está rigorosamente estagnada, não sai do lugar desde 2013, aproximadamente. A evolução da economia nacional subordina-se rigidamente à dinâmica da indústria de transformação. Essa importância estratégica da indústria, ignorada pelos atuais arautos da destruição, não passa despercebida por amplos setores das classes dominantes.

É o caso do conservador jornal O Estado de São Paulo. No editorial de (05/02) coloca o dedo na ferida, “o desafio é reindustrializar” o Brasil. Adverte àqueles liquidacionistas acima destacados que “se quiser mesmo consertar a economia brasileira e reencontrar o caminho do firme crescimento, o governo terá de promover a reindustrialização do País”. Essa crítica conservadora do Estadão à cantilena liberal do governo e da atual direção da FIESP morrendo de amores por Boçalnaro e seu liquidacionismo econômico é um movimento para se observar na lupa.

O processo de afundamento da economia é o suprimento material para a inevitável tendência de cisão burguesa no coração da produção industrial nacional.

Esta tendência deve ser considerada como variável de peso nos cenários da guerra civil que se avizinha. Fora Bolsonaro!
https://www.causaoperaria.org.br/o-desa ... -o-brasil/
Editado pela última vez por Bugiga em 11 Mar 2020, 12:33, em um total de 1 vez.
Razão: Colocação de spoiler em notícia longa
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Re: Economia

Mensagem por E.R » 07 Mar 2020, 12:21

https://valor.globo.com/brasil/noticia/ ... iais.ghtml

A variação do dólar em relação ao real está acima do razoável, afirmou o presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes. Segundo ele, a moeda americana deverá retornar a um patamar “razoável” futuramente.

“Todo mundo tem a percepção de que o dólar apreciou acima do que seria razoável”, disse o executivo, em entrevista coletiva realizada pela Coalizão Indústria, que reúne entidades representativas de diversos segmentos dentro do setor.

“Isso traz vantagens relativas à exportação e desvantagens em tudo o que diz respeito à importação. Achamos que ele [dólar] está excessivamente apreciado e nossa expectativa é que ele retorne a um patamar que seja razoável”, completou.

Segundo o executivo, o dólar havia subido inicialmente devido a uma “atitude correta” do Banco Central, de reduzir a taxa básica de juros. “Tivemos a saída do país do capital especulativo.”
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 08 Mar 2020, 06:54

O GLOBO

Após dois anos de recessão, seguidos por três anos de crescimento baixo, o Brasil saiu do radar de investimentos de grandes empresas internacionais.
As dificuldades em avançar na agenda de reformas, os constantes ruídos políticos entre governo e Congresso e a falta de regras claras para os negócios são fatores apontados por empresários, especialistas e consultores para a perda de espaço do Brasil justamente quando há, no mundo, capital disponível para investir em bons projetos.

Em 2019, pela primeira vez, o país desapareceu do Índice Global de Confiança para Investimentos Estrangeiros, da consultoria americana Kearney. O índice mede a perspectiva de investimento nos próximos três anos, a partir de entrevistas com 500 executivos das maiores multinacionais, compondo uma lista de 25 países. Até 2014, o Brasil estava no top 5.

No ranking da Kearney, o Brasil caiu para sexto lugar em 2015, 16º em 2017 e foi para a lanterna no ano seguinte, até deixar a lista em 2019.

Segundo Mark Essle , sócio da Kearney, o crescimento baixo inibe o investimento :
— A multinacional está cansada do Brasil. Nos últimos cinco anos, pelo menos, não tem retorno. O CEO todo ano tem de explicar à matriz por que não está ganhando dinheiro. É o cansaço da falta de crescimento.

Se a falta de crescimento é um problema, a ausência de uma agenda de reformas que abriria espaço para ele é outro inibidor, dizem especialistas. Em 2019, o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) avançou apenas 1,1%, informou o IBGE semana passada, e a taxa de investimento — o quanto do PIB é destinado a aumentar a capacidade produtiva — ficou em 15,4%.

Em 2013, antes do início da crise econômica, era de 20,9%.
— Em 2020, é preciso acelerar as reformas e investir na capacidade de articulação do governo para criar bases para um 2021 melhor — diz André Castellini, sócio da consultoria Bain & Company.

Para analistas, a crise entre Planalto e Congresso cria instabilidades que podem afastar investidores, pois passa a sensação de que o país está sem rumo :
— A incerteza política e a dificuldade de articulação entre Executivo e Legislativo desestabilizam as instituições. O cálculo de atuação política do Planalto está numa posição de antagonismo ao crescimento do país — alerta Cláudio Frischtak,

Para ele também é importante o país rever sua política ambiental :

— Ela prejudica a imagem do Brasil, pondo em xeque a decisão de investimento. Mudança climática é assunto de primeira ordem. A elite do investimento mundial está comprometida com a green finance (finanças verdes). Ouvi algumas vezes que o Brasil não foi considerado por questões ambientais — conta.

O dólar já subiu 15,6% somente este ano. Seria um sinal positivo para atrair investimentos, pois deixa os ativos brasileiros mais baratos para os estrangeiros.

Mas, neste momento de turbulência, com a epidemia de coronavírus assustando o mundo, essa vantagem pode não trazer os resultados esperados.

Thiago Xavier, da Tendências Consultoria, explica que a desvalorização do real ocorreu concomitantemente à de outras moedas, o que iguala o país aos concorrentes :

— É preciso ver se houve alteração do câmbio na relação com outras moedas, com os quais o país quer se relacionar. Se for um movimento de desvalorização global, pode ser que não tenha gerado ganho para o Brasil. Mudanças bruscas do câmbio deixam os agentes sem saber qual será o valor para fechar o negócio. Um investidor pode ficar receoso de aplicar um recurso aqui e, depois, o dólar se desvalorizar.

— As empresas costumam fazer hedge (seguro contra alta ou baixa do dólar) para se proteger. Mas em momentos de alta volatilidade esse seguro fica mais caro — diz.

Para Mark Essle, sócio da consultoria americana Kearney, os efeitos da guerra comercial entre Estados Unidos e China, as incertezas com o coronavírus mais recentemente e as advindas de conflitos políticos continuarão a frear investimentos aqui :
— Isso afeta a Bolsa, e já houve uma saída brutal de investidores, o que pressiona o dólar, incentivando uma fuga em direção a ativos de maior qualidade e menor risco. Antes, as empresas usavam a taxa de juros do Brasil para ganhar. Havia um risco cambial, mas valia a pena. A apreciação da moeda americana foi matando o apetite por investimento em ativos do mercado brasileiro. Só este ano, saíram R$ 44,8 bilhões da Bolsa brasileira.

Para João Carlos Brega, presidente da Whirlpool para a América Latina, maior fabricante de eletrodomésticos do país e dona das marcas Brastemp e Consul, é preciso avançar na reforma tributária, de forma a simplificar a vida das empresas, evitando a judicialização e a sonegação :

—Depois dos Estados Unidos, o Brasil é o país com mais de 100 milhões de habitantes com maior potencial de crescimento a curto prazo. As reformas trabalhista e da Previdência foram importantes, mas o país precisa de uma reforma tributária que alinhe os interesses dos diferentes segmentos da economia. O governo já está reduzindo o tamanho do Estado na economia. O investimento privado já cresceu, mas é preciso que os estrangeiros tenha segurança para aplicar a longo prazo.
Editado pela última vez por Bugiga em 11 Mar 2020, 12:32, em um total de 1 vez.
Razão: Colocação de spoiler em notícia longa
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Re: Economia

Mensagem por Jezebel do Canto e Mello » 08 Mar 2020, 16:31

Sinceramente? Jair Bolsonaro é um incompetente-mor. Só estão esperando dar o prazo de 2 anos pra tirarem ele do poder, pois o cara é um ser abjeto que não entende a altura do cargo.
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