Economia

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Victor235
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Re: Economia

Mensagem por Victor235 » 12 Nov 2019, 21:28

Brics pede fim de medidas comerciais unilaterais e protecionistas
Com base em estudo apresentado pelo CGETI (Grupo de Contato sobre Assuntos Econômicos e Comerciais) do Brics, os ministros traçaram diretrizes para ampliar a cooperação comercial entre os países do grupo. Os principais segmentos a serem beneficiados serão o comércio eletrônico, a facilitação de investimentos, o comércio entre micro, pequenas e médias empresas, a harmonização de regulamentos técnicos e os direitos de propriedade intelectual.
https://www.poder360.com.br/internacion ... cionistas/
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 15 Nov 2019, 08:47

https://veja.abril.com.br/economia/por- ... do-brasil/

No começo da década, o mundo acreditava que o Brasil continuaria a crescer a um ritmo digno das economias mais pujantes do planeta. O aclamado Nobel de Economia americano Paul Krugman reforçou o otimismo ao afirmar que a expansão média do país poderia ser de 5% nos anos seguintes.

Com o otimismo tomando conta também de Rússia, Índia e China, o termo Bric, cunhado pelo economista britânico Jim O’Neill, impulsionou de vez o marketing que colocava o Brasil como um dos grandes vetores de dinamismo econômico do planeta. Como se sabe, deu tudo errado. O governo Dilma foi um desastre, terminou em um impeachment e na drástica queda do PIB. Não admira, portanto, que os “gringos”, como analistas do mercado gostam de chamar os investidores estrangeiros, estejam ressabiados com o país. Acreditava-se que, após entregar as primeiras reformas, principalmente a da Previdência, Paulo Guedes recuperaria a confiança necessária para que os dólares voltassem a aportar na economia. Puro autoengano, pois, quando se trata de investimento externo, a situação só piora.

A mais recente revoada de dinheiro estrangeiro aconteceu no último dia 7, quando financistas do mundo todo retiraram 533 milhões de reais da Bolsa de Valores de São Paulo. Desde então, seu principal índice, o Ibovespa, amargou quedas em sequência. Daquela quinta-feira ao fechamento de quarta-feira passada, 13, o indicador caiu 3,5%, na direção oposta à dos mercados internacionais. Como comparação, o Dow Jones, o principal índice da Bolsa de Nova York, subiu 0,3%.

O movimento de fuga se soma à frustrante tentativa de venda de campos de petróleo a petroleiras globais e à baixa participação do capital internacional nos negócios fechados no Brasil. O temor aparece num momento em que se espera maior participação da iniciativa privada na retomada econômica. Sem o ingresso de dólares no país, isso fica mais difícil.

As privatizações e as concessões, por exemplo, correm o risco de micar. E o país não consegue se virar sem os gringos. Somente para explorar o pré-sal no ritmo esperado pelo governo é necessária a injeção de 2,3 trilhões de reais nos próximos dez anos.

Alex Agostini, economista-chefe da agência de avaliação de crédito Austin Rating, diz que, ao avaliar a performance de uma nação para seus clientes, todo o contexto é analisado. Região geográfica, grupo de países a que a nação pertence — desenvolvido, emergente ou subdesenvolvido — situação política, pauta econômica, histórico, uma variedade enorme de indicadores entra no cálculo.

Obviamente, a pauta do governo agrada aos forasteiros. A agenda de reformas, a venda de estatais, a abertura do mercado de gás e a negociação de acordos comerciais com os Estados Unidos e o de livre-comércio com a China — anunciado nesta semana — são positivas e recebem aplausos lá fora. Mas isso não basta. “O contexto no qual o Brasil está inserido não ajuda”, afirma Alex Agostini. “Além disso, não há segurança jurídica para investir. Na área de energia, por exemplo, a cada novo governo muda o marco regulatório”, critica.

Isso explica, e muito, por que entre janeiro e outubro deste ano já foram embora do Brasil 42,9 bilhões de dólares do sistema financeiro — setor que inclui bolsa, bancos e aplicações em renda fixa.

Tal ritmo de retirada, calculado pelo Banco Central, é o maior desde que a marolinha da crise internacional de 2008 se transformou no tsunami que varreu o Brasil em 2013. Os Investimentos Diretos no País (IDP) também estão em queda. Nos últimos doze meses, ingressaram 70 bilhões de dólares, 8,4% a menos do que foi investido em 2018.

No ano passado, segundo a Organização das Nações Unidas, o Brasil já havia caído de sexto para sétimo destino de investimentos no mundo. A tendência é piorar em 2019.

A agenda de reformas avança, mas a passos lentos demais para afastar de vez a crise fiscal. No continente, a convulsão social de Chile, Bolívia, Venezuela, entre outros, contamina negativamente a avaliação de empresas e investidores, incluindo o capital mais especulativo. “Os estrangeiros olham o Brasil dentro desse pacote maior de mercados emergentes, e, quando veem que os Estados Unidos estão com um crescimento mais forte, ficam por lá. Por isso há maior dificuldade para convencê­-los a investir aqui”, avalia Emerson Leite, do banco Credit Suisse.

Pioram essa avaliação episódios de comédia pastelão como o protagonizado em maio por Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores, e Letícia Catelani, então diretora da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) — os grandes responsáveis por vender o país mundo afora. Letícia Catelani entrou em rota de colisão com diretores da agência ao denunciar, sem detalhes nem provas, que “contratos espúrios” estavam sendo mantidos pela Pasta. Foi exonerada e impedida de entrar no edifício, criando uma enorme saia-justa para o Itamaraty. Não há confiança que resista.

Há, contudo, quem acredite no retorno rápido dos dólares. Leonardo Dell’Oso, sócio da consultoria PWC Brasil, conta que os estrangeiros seguem por aqui, mas que o otimismo que começa a ser demonstrado por empresários brasileiros ainda não os contaminou. “Ouvimos de nossos colegas fora do país que o Brasil voltou a estar no radar deles”, afirma Leonardo Dell’Oso. “Eles estão de olho nos setores de infraestrutura, principalmente de energia e transportes. O mais importante é que, quando os recursos vierem, sejam destinados ao setor produtivo, e não à especulação”, conclui.

O que angustia membros da equipe econômica é que nem tudo depende do governo. Um dos fatores essenciais sopesados pelos investidores ao escolher onde aportar está, na verdade, nos Estados Unidos. Nesta semana, o presidente americano Donald Trump subiu o tom na guerra comercial que trava contra a China. Isso prejudica todos os países emergentes, uma vez que é na terra de Donald Trump que os investidores encontram maior segurança em meio a incertezas. Ainda assim, o “dinheiro gringo” não costuma desperdiçar oportunidades.
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 18 Nov 2019, 19:35

https://veja.abril.com.br/economia/dola ... -historia/

A escalada do valor do dólar comercial frente ao real iniciada na última semana, cujas principais razões são a instabilidade política em vizinhos como a Bolívia e o Chile, e a lentidão nas negociações do acordo comercial entre China e Estados Unidos, levou a moeda americana a registrar nesta segunda-feira, 18, a sua maior cotação da história.

O dólar teve pequena alta de 0,3%, o suficiente para atingir 4,21 reais para a venda e se tornar o valor mais elevado desde o início do Plano Real. O recorde anterior era de 4,1957 reais, atingido em 13 de setembro de 2018.

A escalada da moeda foi influenciada principalmente pelas turbulências vividas por países sul-americanos. “O mercado está muito preocupado com os conflitos políticos e econômicos na Argentina, Bolívia e Chile. Houve um pé no freio por parte dos investidores, que não dispostos a injetar recursos no Brasil. Dentre alguns fatores, a libertação do Lula foi encarada como um fator de insegurança jurídica pelo mercado, que teme que o país enfrente a mesma situação dessas outras nações” afirma Mauriciano Cavalcante, diretor de câmbio da Ourominas.

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Re: Economia

Mensagem por E.R » 24 Nov 2019, 10:10

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... enda.shtml
A cobrança de imposto sobre dividendos, hoje isentos, é peça fundamental no projeto do governo federal de aliviar a carga tributária sobre empresas e tornar o Imposto de Renda das pessoas físicas mais progressivo (alíquotas proporcionalmente maiores para rendas mais altas), afirma Vanessa Rahal Canado, assessora especial do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Secretária-executiva do Grupo de Trabalho para o Aperfeiçoamento do Sistema Tributário, a advogada coordena o desenho da reforma tributária e detalhou algumas propostas em entrevista à Folha na sexta-feira (22) no Insper, onde dá aulas.

“A tributação de dividendos é uma peça fundamental da reforma, não só do ponto de vista da arrecadação mas como uma questão redistributiva”.

Entre os itens que podem ser alterados no IR estão as deduções de despesas com saúde e educação.

Como isso elevaria a carga tributária dos contribuintes, o governo estuda alíquotas menores para algumas faixas salariais.

“O objetivo final é eliminar complexidades e diferenças injustificáveis entre quem ganha a mesma renda”, diz a secretária-executiva.

Mudanças no Imposto de Renda da Pessoa Física devem permitir também uma folga para a implantação de outra reforma prioritária para o ministro Paulo Guedes : reduzir a tributação sobre a folha de salários para todos os setores produtivos.

O plano inicial de Paulo Guedes era fazer essa desoneração ampla compensando a perda de arrecadação com um tributo sobre movimentação financeira (como a extinta CPMF). A ideia, no entanto, foi vetada pelo presidente Jair Bolsonaro.

O plano agora é começar pelo salário mínimo. Numa segunda fase, haveria o que Vanessa chama de uma “desoneração mais racional”, que elimine exceções e reduza disputas judiciais.

A proposta não deve diferenciar setores : “A experiência não foi bem-sucedida em outros governos. Não gerou mais emprego e houve um crescimento muito grande das consultas à Receita e contestações”.

Segundo a secretária-executiva, a desoneração ampla deve demorar, porque não pode comprometer o financiamento da Previdência e da seguridade social. Não há prazo estimado.

Outra medida que poderia aliviar a carga sobre a folha das empresas é reduzir o teto ou a base de cobrança da alíquota patronal, mas ainda não há cálculos.

A atividade produtiva também teria seu custo reduzido com mudanças no Imposto de Renda da Pessoa Jurídica.

Nesse ponto, o projeto é reduzir a alíquota e ampliar a base de cobrança, eliminando benefícios fiscais que, segundo ela, são pouco eficazes e geram muito contencioso e custo de conformidade.

Também para esse item a tributação do dividendo é crucial, afirma Vanessa: “É impossível ter um sistema mais progressivo e que olhe para a capacidade contributiva com Imposto de Renda concentrado na pessoa jurídica, porque não se sabe quem são os sócios : uma empresa com 50 sócios pode faturar R$ 10 milhões e uma que fatura R$ 4 milhões pode ter 2 sócios. O ganho das pessoas é completamente desproporcional, mas você só está olhando para a empresa”.

Para evitar a distribuição disfarçada de lucros, seriam criadas regras específicas como limitar o valor de entrega de bens para o acionista, o resgate de capital. Além disso, segundo ela, as grandes empresas, que respondem pela maior parte da arrecadação, têm menos liberdade para tentar esses atalhos.

Mudanças nas regras do Imposto de Renda e da tributação da folha estão sendo desenhadas em paralelo, mas devem ser enviadas ao Congresso apenas no ano que vem, diz Vanessa.

Neste ano, a prioridade é apresentar aos parlamentares a proposta de simplificação do PIS/Cofins, que seriam substituídos por um IVA (imposto sobre valor agregado) federal, com alíquota única entre 11% e 12%.

Hoje, há alíquotas diferentes em dois regimes distintos, um cumulativo e outro não cumulativo, e alguns produtos têm cobranças diferenciadas. Além disso, as regras sobre como descontar o imposto pago na cadeia de produção são variadas e subjetivas, o que provoca um número alto de disputas judiciais.

A alíquota única do IVA foi calculada para ser neutra (ou seja, não reduz nem aumenta a arrecadação obtida hoje com o PIS/Cofins), segundo Vanessa.

O governo espera, porém, que a racionalização do tributo, sem cobrança em cascata e com menos especificidades, traga mais eficiência à economia como um todo.

A equipe ainda estuda como tratar setores socialmente mais sensíveis, como saúde, educação e transportes, que têm regras diferenciadas em alguns países.

As instituições financeiras terão um regime próprio, porque, afirma a secretária, “é tecnicamente muito difícil medir o valor agregado” das operações.

Vanessa diz que a parte mais complexa do projeto é o desenho da transição, que tem como objetivo suavizar o impacto da mudança sobre alguns setores —a principal pressão vem dos serviços.

Diferentemente da PEC 45, reforma tributária que já está em tramitação na Câmara, a proposta do governo não incluiu o ISS (tributo municipal) nem o ICMS —imposto estadual responsável pela maior parcela da carga tributária do país e apontado como uma das principais causas de desequilíbrio do sistema como um todo.

O modelo adotado por Paulo Guedes é o chamado IVA dual, em que o imposto é implantado de forma independente pela esfera federal e pelos outros entes federativos.

A secretária-executiva, no entanto, diz que o IVA federal pode deixar estados e municípios mais confortáveis para adotar um tributo sobre consumo — que, no entanto, teria que ser implantado por todos, em consenso.

A reforma de execução mais longa, segunda a secretária, deve ser a do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), porque grande parte dos incentivos fiscais com contrapartida de longo prazo é feita com esse tributo. É o caso da Zona Franca de Manaus e da indústria automobilística.

“A transição precisa ser muito mais longa e mais bem projetada, para permitir alternativas de atividade, recolocação dos trabalhadores”, afirma Vanessa.

O projeto é transformar o IPI em imposto seletivo, cobrado apenas sobre produtos que têm impacto negativo para a sociedade como um todo, como cigarros e bebidas alcoólicas.

Já a cobrança sobre energia poluente ou atividades com alta pegada de carbono não é consenso, porque eleva os custos de produção.
Editado pela última vez por Bugiga em 11 Mar 2020, 13:04, em um total de 1 vez.
Razão: Colocação de spoiler em notícia longa
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 25 Nov 2019, 18:24

https://valor.globo.com/financas/notici ... cial.ghtml

O dólar comercial ampliou a alta e encerrou subindo 0,50%, cotado a R$ 4,2129, ainda reagindo a dados piores que o esperado das contas externas e também de olho na disputa comercial entre China e Estados Unidos.

Na máxima do dia bateu R$ 4,2199.

Mais cedo, dados do Banco Central mostraram déficit de US$ 7,9 bilhões nas transações correntes em outubro, cifra maior que os US$ 5,8 bilhões projetados pela própria autoridade monetária.

Os dados voltam a chamar atenção para a saída de divisas do país, movimento que tem pressionado o câmbio.

Além disso, há também as incertezas relativas ao acordo comercial entre Estados Unidos e China. Embora tenham amanhecido com declarações positivas de autoridades de Pequim a respeito do tema, investidores seguem na defensiva no aguardo de resultados mais concretos.
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 30 Nov 2019, 03:30

https://veja.abril.com.br/economia/alta ... gostariam/
Uma máxima entre os especialistas em finanças diz que ministro da área econômica não opina sobre dois assuntos : câmbio e taxa básica de juros.

A resposta à quebra dessa regra draconiana vem pela mão pesada do mercado, que entra em ação para lembrar que não existe um pronunciamento correto nesse assunto — o correto é não falar.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, na segunda-feira 25, deu um recado aos brasileiros preocupados com a recente alta do dólar. Em resposta a um jornalista em Washington, Paulo Guedes disse : “É bom se acostumar com câmbio mais alto e juro mais baixo por um bom tempo”.

Imediatamente, a moeda brasileira encolheu quase 2% e o dólar fechou em 4,24 reais, o maior valor nominal desde 1994.

No dia seguinte, a moeda americana abriu o mercado em 4,27 reais, encolheu um pouco de valor e fechou na quarta em 4,26 reais, cravando outro recorde nos 25 anos de existência da moeda brasileira.

Tal oscilação é alarmante para todos os brasileiros que pretendem viajar para o exterior ou que fizeram compras em moeda americana em seus cartões de crédito.

Por mais dolorosa que possa parecer, a frase de Paulo Guedes faz sentido e funciona como uma espécie de aviso para quem tem esperança de encontrar câmbio mais favorável na temporada de férias daqui a um mês.

E mais : pela primeira vez desde a criação do real, a atual disparada do dólar, na verdade, pode ser uma boa notícia para o país. O plano de Paulo Guedes é manter o dólar mais caro e a Selic mais baixa por um período longo. Isso vai estimular investimentos em infraestrutura e dar fôlego às indústrias exportadoras.

Com esse arranjo, o governo pretende que os especuladores internacionais que hoje operam no mercado deem lugar a investidores interessados em aplicar recursos em infraestrutura, produção de bens e no setor de serviços.

Como resultado, Paulo Guedes espera um maior impacto positivo no PIB e um processo de crescimento mais sustentável — sem o chamado voo de galinha.

Entre se preocupar com os desejos da classe média, que gosta do real valorizado para fazer compras em Miami, e as necessidades do setor produtivo, que precisa ganhar competitividade para impulsionar as exportações com uma moeda mais baixa, o ministro da Economia deixou claro qual é a sua opção.

Mesmo que seja uma aposta deliberada da equipe econômica, a alta do dólar exigiu uma ação incisiva do Banco Central (BC) para que a situação não fugisse ao controle. A saída de investidores estrangeiros do país nos últimos meses e a redução no fluxo de investimentos internacionais transformaram a volatilidade cambial em uma preocupação constante dos técnicos responsáveis pela política monetária brasileira.

Em agosto, o Banco Central já havia promovido um leilão da moeda americana que injetou 1 bilhão de dólares no mercado para conter a alta — e isso quando a cotação estava em 4,12 reais. Na semana passada, antes da declaração de Paulo Guedes nos Estados Unidos, a notícia de que o déficit nas transações correntes, em outubro, foi de quase 8 bilhões de dólares — bem acima das expectativas — já havia acendido o sinal de alerta.

Na terça-feira 26, o BC decidiu despejar 2 bilhões de dólares nos bancos em um intervalo inferior a seis horas, para acalmar a súbita procura pela moeda americana e conter sua valorização. Foi a maior intervenção no mercado à vista de câmbio (ou seja, em dinheiro vivo, e não em contratos promissórios) desde fevereiro de 2009 — quando se vivia o auge da crise econômica global, deflagrada pela quebra do banco Lehman Brothers, em setembro de 2008, nos Estados Unidos. “Este é o pior novembro em muitos anos, com o mercado especulando em cima de highlights e de declarações sem fundamento”, afirmou o presidente do BC, Roberto Campos Neto. Traduzindo do economês, o que Roberto Campos Neto quis dizer é que há uma reação exagerada a opiniões que não refletem a realidade da economia brasileira, instigada por aproveitadores em busca de ganhos vultosos em operações de curto prazo.

O fato é que, mesmo com as intervenções do BC, devem ser mantidas as perspectivas de desvalorização do real a longo prazo.

O dólar está mais caro por vários fatores. Um deles é o desempenho econômico dos Estados Unidos. O país avança mais rápido do que outras nações — incluindo as europeias. A economia americana cresce pelo 11º ano seguido, gera 150 .000 empregos por mês, apresenta a menor taxa de desemprego em cinquenta anos e tem inflação baixa, em nítido contraste com outras regiões do mundo, principalmente a conturbada América Latina — onde, quando existe crescimento, é pífio.

A aposta do ministro da Economia desagrada particularmente a uma parcela de brasileiros que acreditava que o dólar ficaria estabilizado entre 3 reais e 3,50 reais, uma das promessas de Jair Bolsonaro. A engenheira Bianca Oliveira, de 31 anos, viajou para os Estados Unidos justamente na terça em que aconteceu o estouro do câmbio. Sua intenção era aproveitar as promoções da Black Friday em Nova York. “Tinha me planejado para essa viagem adquirindo, mês a mês, uma determinada quantia de dólares. De certa forma garanti o básico com isso, mas as compras, que costumo fazer no cartão, vão ficar para outra ocasião”, diz. Para tristeza de Bianca, essa oportunidade deve demorar, já que os viajantes precisarão conviver com uma definição atualizada de dólar.

Muito da tensão provocada pela oscilação cambial vem do trauma sofrido pelos brasileiros quando o real, então moeda forte pareada ao dólar, se desvalorizou abruptamente em 1999. Isso se deu com a decisão da equipe econômica do segundo governo de Fernando Henrique Cardoso de flexibilizar o câmbio no país. Três crises internacionais — a do México, a dos Tigres Asiáticos e, por fim, a da Rússia — quase quebraram o Brasil, forçaram a liberação do câmbio e custaram o emprego do então presidente do BC, Gustavo Franco. Nessa ocasião, o Banco Central extinguiu as bandas cambiais, um mecanismo que permitia o controle da variação do valor do dólar. Como resultado, a cotação da moeda americana disparou. “A banda cambial nos fazia queimar as reservas internacionais, colocando dólares no mercado para controlar a alta. À época, cometeu-se o erro de acabar com esse mecanismo bruscamente, levando os investidores a retirar o dinheiro do país”, afirma Jackson Bittencourt, coordenador do curso de economia da PUC do Paraná.

Depois desse episódio, a volatilidade do dólar passou a refletir o termômetro político. Em 2002, quando houve a sinalização de que o então candidato petista, Luiz Inácio Lula da Silva, ganharia as eleições, os mercados ficaram em polvorosa. Pouco antes da votação, em agosto, a moeda chegou a ser vendida com valor até 70% superior ao do início daquele ano. No dia 10 de outubro, menos de uma semana após a eleição, o dólar fechou em 3,99 reais — recorde detido por mais de uma década. O motivo : na véspera do pleito a agenda econômica do ex-metalúrgico era uma incógnita. O temor arrefeceu quando ficou claro que o novo presidente não comprometeria as conquistas trazidas pelo real. Depois seguiram-se anos de calmaria.

A bonança só acabou com a reeleição, em 2014, de Dilma Rousseff — cuja desastrosa política econômica reverbera até hoje. Os gastos excessivos e as intervenções diretas em bancos, em conjunto com a perspectiva do impeachment, fizeram a cotação bater em 4,19 reais em setembro de 2015, patamar que só foi quebrado neste ano.

No cenário atual, o impacto da alta fica restrito a setores dolarizados da economia — como a aviação comercial e as indústrias altamente dependentes de importações.

Medidas recentes como o teto de gastos, que impediu a gastança desenfreada do governo, e a liberação dos preços de energia, somadas à desaceleração econômica global causada pela guerra comercial entre Estados Unidos e China, afastam o risco de um choque inflacionário no país nos moldes de antigamente. “O contágio de outros setores tende a ser moderado e vagaroso”, diz André Braz, economista da Fundação Getulio Vargas.
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Re: Economia

Mensagem por Victor235 » 30 Nov 2019, 20:37

Comentários de Guedes pesaram para alta do dólar, diz analista da Ourinvest
O chefe da equipe econômica disse, na 2ª feira (25.nov.2019), durante viagem a Washington, que é bom se acostumar com o câmbio mais alto e juros mais baixos por 1 bom tempo. De acordo com Consorte, o mercado testou patamares mais altos depois da declaração.
Em outra frase, Guedes fez referência ao AI-5 (Ato Institucional nº 5), medida autoritária da ditadura militar. Para a economista-chefe, é mais uma fala que “incomoda” e vai contra os princípios democráticos.
De acordo com Consorte, há uma “aversão” ao Brasil e os investidores estão repelindo a economia. “Não há 1 desejo de investir aqui dentro”, afirmou. Um sinalizador disso foi a frustração com o megaleilão do pré-sal, realizado em 6 de novembro e que ficou marcado pela ausências de lances de players estrangeiros.
"Quando observamos os dados e somamos ao longo deste ano, o fluxo financeiro cambial está acumulado em quase US$ 40 bilhões de saídas líquidas. É muita coisa. Nós só vimos entradas líquidas de janeiro a fevereiro, quando estávamos naquele momento de esperança com o novo governo. Desde então, só tem mostrado saídas líquidas de recursos aqui dentro. Mais que isso, intensificou-se muito no 2º semestre. Quando observamos esse quadro, fica muito difícil ter uma taxa de câmbio muito baixa, porque não tem liquidez. Na última semana especificamente, com a taxa chegando a R$ 4,28 no intraday, eu acho que entramos em questões políticas internas. As outras moedas não acompanharam esse movimento da semana".
https://www.poder360.com.br/economia/co ... ourinvest/
Editado pela última vez por Bugiga em 11 Mar 2020, 13:05, em um total de 1 vez.
Razão: Colocação de spoiler em notícia longa
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 04 Dez 2019, 23:55

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Re: Economia

Mensagem por Victor235 » 18 Dez 2019, 00:12

10/12: Ministério da Economia propõe extinção do INPI
https://abpi.org.br/noticias/ministerio ... o-do-inpi/
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Re: Economia

Mensagem por Jezebel do Canto e Mello » 18 Dez 2019, 01:23

Não necessariamente vai extinguir o INPI, mas sim fundir com um novo órgão que una duas coisas similares a fim de desburocratizar o processo.

Eu acho válido.
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Re: Economia

Mensagem por Chapolin Gremista » 02 Jan 2020, 16:27

Mentir com números.
Manipulação: “melhor Natal” do comércio em muitos anos era mentira
O uso de falsas pesquisas e a manipulação de dados é um recurso recorrente para manipular a opinião pública e tentar melhorar expectativas nos trabalhadores.
“As vendas nos shopping centers brasileiros no Natal de 2019 foram 9,5% maiores do que no ano passado, segundo dados da Alshop, associação dos lojistas desses centros comerciais, compilados junto com o instituto de pesquisas Ibope. Os dados não consideram a inflação no período.”


Isso foi publicado e divulgado aos quatro ventos pelos apoiadores do governo de extrema-direita, em harmonia com a propaganda pesada da imprensa burguesa e da máquina governamental para fixar a ideia de que a economia vai bem, de que o Brasil está ‘no caminho certo’, de que vivemos um momento de ouro para o crescimento do país.

O problema é que sequer a pesquisa existe e muito menos o Ibope participou de compilação alguma de dados (inexistentes).

Isso lembra um livro, que se tornou um ‘clássico’, publicado pela primeira vez nos Estados Unidos em 1954, que continua atual, quer seja por seu título, quer seja pelos exemplos que o autor usa para demonstrar o uso deliberado de ‘números’ para manipular a opinião pública: “Como mentir com estatística”, de Darrell Huff.

No caso acima, sobre melhora nas vendas no período de Natal, demorou pouco para que fosse desmentida a falsa pesquisa. Outra associação, desta vez de uma associação de lojistas de shopping [Associação Brasileira dos Lojistas Satélites – Ablos], em que denunciam a manipulação de dados. Se a falsa pesquisa mostra um crescimento, a pesquisa da Ablos, ao contrário, indica que a maioria absoluta dos lojistas teve queda de vendas, enquanto os poucos que tiveram alta de vendas alcançaram no máximo 2,5% em relação ao ano passado que, por sua vez, já tinha sido um ano ruim.

Mas esse é apenas um exemplo que logo foi desmascarado, há outros que não são questionados ou que são usados de maneira sorrateira pela imprensa burguesa, em consonância com orientações do ‘mercado’ e ou do governo, para amenizar a falta de expectativa ou as expectativas negativas que os trabalhadores têm do futuro.

Podemos ver como se tem maquiado os números do desemprego e romantizado a precarização dos empregos informais. Elimina-se da conta aqueles que supostamente não estariam mais procurando emprego porque não têm expectativa de conseguir um, os empregos informais são reclassificados como ‘autoemprego’, ‘trabalho por conta própria’, ‘negócio próprio’, ‘empreendedorismo’, ao mesmo tempo ocultam ou invisibilizam o fim de garantias e direitos trabalhistas, aplaude-se o fim da proteção ao trabalhador.

Os números, que ainda podem ser subestimados, indicam uma realidade muito ruim: a totalidade do trabalho informal, captados em 2017, foi composta por 5 setores:

1) Trabalhadores empregados sem carteira assinada (36,1%);

2) Trabalhadores por conta própria e não contribuintes da previdência social (43,2%);

3) Trabalhadoras domésticas sem carteira assinada (11,6%);

4)Trabalhadores auxiliares de negócios familiares (6%); e

5) patrões que não contribuem à previdência social (3%).

Com isso, ainda em setembro de 2019, já tínhamos registrado um recorde de 38,6 milhões de brasileiros trabalhando na informalidade, enquanto os desempregados ultrapassam o número de 13 milhões de pessoas.

Com esse contingente enorme de trabalhadores precários, com aumento no preço dos alimentos, com aumento nos combustíveis, com aumento do gás, com redução do acesso a medicamentos (antes gratuitos ou de baixo custo), com o aumento do desemprego, com o aumento registrado na desigualdade, com redução absurda de investimentos, da assistência social, dos programas sociais como o Bolsa Família, como seria possível ter havido um aumento nas vendas de Natal?, mesmo que considerando a classe média que, mesmo em menor medida, também foi afetada pela política de empobrecimento que desde o governo Temer a direita vem executando impiedosamente.

A falsificação e manipulação de dados é recurso típico da direita golpista, visa a falsificar pesquisas e seus resultados para esconder o quão mal está a situação dos trabalhadores, situação que tende ir de mal a pior.

Essas manobras, com a ajuda da imprensa burguesa, objetiva dar fôlego para a direita que procura a cada dia uma nova estratégia para evitar a mobilização dos trabalhadores e da sociedade em geral, ao tempo em que esconde não terem soluções para a crise, seja política ou econômica, ou, sabendo que a solução contraria seus interesses, desvia o olhar e ridiculariza as críticas.

As soluções, as únicas que podem nos tirar do buraco que a direita e a extrema-direita nos meteram, passam necessariamente pelo Fora Bolsonaro. Enquanto a esquerda continuar servindo de amortecedor para a direita, enquanto replicar o discurso de que temos que suportar o governo da fraude de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes, a situação tende a piorar e pode acontecer no Brasil o mesmo que em outros lugares da América Latina: a população, os trabalhadores, vão reagir sem os partidos, até mesmo contra ou apesar deles, inclusive da esquerda
https://www.causaoperaria.org.br/manipu ... a-mentira/
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 04 Jan 2020, 04:47

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... undo.shtml
A Natura anunciou nesta sexta-feira a conclusão da compra da Avon, em um negócio que criou o quarto maior grupo de beleza do mundo.

A rival norte-americana de 130 anos foi avaliada em cerca de R$ 2 bilhões.

Em comunicado, a Natura confirmou que a empresa combinada terá Roberto Marques como presidente-executivo do conselho de administração.

O executivo Roberto Marques comandou em 2017 a compra da rede internacional de lojas The Body Shop pela Natura e vai chefiar os esforços de integração com a Avon.

A empresa informou que os acionistas da Avon serão donos de 27,3% do grupo, enquanto os 72,3% restantes serão de posse dos acionistas da Natura.

Com a aquisição da Avon, a Natura criou quatro unidades operacionais, cada uma com seu presidente-executivo.

A operação Natura & Co América Latina, que além da marca Natura e Avon reúne as bandeiras The Body Shop e Aesop, será liderada por João Paulo Ferreira.

A presidente-executiva da Avon, agora dentro da Natura & Co, será a romena veterana da companhia norte-americana Angela Cretu, sendo responsável pelas operações da marca fora da América Latina.

A Natura recebeu aval de autoridades concorrenciais para a compra da Avon em 19 de dezembro e na ocasião havia estimado a conclusão da operação para esta sexta-feira.

A companhia brasileira anunciou em maio a compra da fabricante de cosméticos americana, operação que dá origem ao quarto grupo mundial de produtos de beleza, com uma capitalização de US$ 11 bilhões, atrás da francesa L'Oréal, da americana Procter & Gamble e da anglo-holandesa Unilever.

Em 2017, a Natura adquiriu a marca britânica The Body Shop da gigante mundial da beleza L'Oréal.

Criada em 1969 e cotada na Bolsa no Brasil desde 2004, a Natura é número um dos cosméticos brasileiros.
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Re: Economia

Mensagem por Victor235 » 04 Jan 2020, 20:43

A Unilever atua em mais áreas que não só a de beleza e cosméticos. Pra comparação valer devem ter considerado só uma parte da empresa.
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Re: Economia

Mensagem por Chapolin Gremista » 07 Jan 2020, 01:19

Entrega do Brasil
Bolsonaro quer um País que venda petróleo para comprar gasolina
O fascista Bolsonaro está doando ao imperialismo todas as riquezas do povo brasileiro, o plano é a entrega da Petrobras. Está dando óleo cru para comprá-lo refinado a preço de ouro
Seguindo o projeto de dilapidar o patrimônio nacional, dentre eles o desenvolvimento industrial do país, o fascista Jair Bolsonaro, bem como sua equipe econômica, tendo como ministro, o banqueiro golpista Paulo Guedes, tem como objetivo entregar a preço de banana as matérias primas para o imperialismo, obtendo de volta, esses produtos manufaturados a preço de ouro.

Um desses produtos é o nosso petróleo e o plano do fascista capacho do imperialismo é de fechar todas as refinarias do país, como vem anunciando a todo o momento, desde início de janeiro de 2018.

Conforme o jornal 247 de quinta-feira (02), a Petrobras terá uma nova estratégia para os anos 2020. Num período em que, diferentemente dos anos 2010, quando a petroleira tirava vantagens da alta dos preços do petróleo no mercado internacional e se tornou uma das maiores empresas integradas de energia do mundo, o novo plano indica que se tornará uma empresa mais “enxuta”, concentrada apenas nos projetos de maior retorno, com foco em exploração e produção de óleo e gás.

A reportagem do jornal Valor informa que o atual plano de negócios da Petrobras prevê a saída da estatal de campos maduros em terra e águas rasas, da petroquímica Braskem, dos setores de transporte e distribuição de gás natural e da produção de biocombustíveis e fertilizantes. Além disso, a petroleira vai reduzir sua fatia no refino.

A Petrobras também reduzirá geograficamente o seu raio de atuação, concentrando-se cada vez mais no Sudeste. A empresa privatizará todas as suas refinarias fora do eixo Rio-São Paulo e pretende sair de campos terrestres e em águas rasas – concentrados, sobretudo, no Nordeste.

A petroleira espera também se desfazer dos ativos remanescentes na América do Sul.

No final de 2019, os petroleiros em protesto contra a entrega das refinarias, principalmente no Nordeste do País realizaram uma greve de cinco dias, onde várias refinarias e, outros setores paralisaram suas atividades, na Bahia já está em estágio avançado.

Conforme, Rodrigo Leão, coordenador do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e Zé Eduardo Dutra (Ineep), vinculado à Federação Única dos Petroleiros (FUP), contestam o enfoque quase exclusivo da companhia na atividade de exploração e produção – que absorverá 85% dos investimentos para 2020-2024, de US$ 75,7 bilhões.

O que querem os acionistas e os golpistas do governo

Os mega acionistas de uma das maiores petrolíferas do mundo querem obter toda a estatal e o ilegítimo Bolsonaro, capacho do imperialismo está disposto a entrega-la, desta vez, em partes, ou seja, em primeiro lugar entregar suas refinarias, principalmente as do norte e nordeste, mas também a Braskem, empresa química e petroquímica ligada à Petrobras e a Odebrecht.

Conforme Roberto Castello Branco, atual presidente da Petrobras, o objetivo de vender sua participação na Braskem. Segundo ele, não há justificativa para a Petrobras manter a posição de sócia-investidora no negócio.

“A Braskem é um investimento financeiro que não faz sentido.” (Exame – 01-07-2019)

Rodrigo Leão enfatiza ainda, que a saída da Braskem e da produção de biocombustíveis, além da redução de sua presença no refino, colocam a petroleira numa situação de dependência das variáveis do mercado externo (como preços e demanda), num movimento “atípico” em relação aos seus pares globais.

O país, ainda com suas refinarias, vem reduzindo a produção do óleo diesel, bem como, da gasolina, desde julho de 2017, para forçar o aumento desses derivados, dolarizando-os, medida imposta desde o golpista Michel Temer, mentor do golpe, que tirou a Dilma Rousseff da presidência da república através do impeachment, assumindo, em seu lugar, juntamente com o congresso, bem como, o judiciário, todos também golpistas, a mando do imperialismo, principalmente norte-americano, anunciado aos quatro cantos do mundo pela imprensa golpista do país, Globo, Veja, Band, Record, Folha de São Paulo, Estadão, etc., agora está sendo aprofundada com ilegítimo Bolsonaro, ao se concretizar a venda dessas refinarias, define-se por completo o plano dos golpistas, no que diz respeito à Petrobras, mas o objetivo mesmo é a entrega de todas as estatais, indiscriminadamente.

É hora de, já neste início de 2020, impulsionar uma luta implacável pela derrubada do fascista Jair Bolsonaro, para impedir a venda todo o patrimônio do povo brasileiro.
https://www.causaoperaria.org.br/bolson ... -gasolina/
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Re: Economia

Mensagem por E.R » 07 Jan 2020, 15:19

O que pensa o pessoal do site Causa Operária sobre o esquema de corrupção na Petrobras na época dos governos do PT ?

--
ANCELMO GOIS - O GLOBO

Os gastos do início do ano com IPVA, IPTU e despesas escolares (matrícula e material) representam naturalmente um grande impacto financeiro para as famílias.

Levantamento da Fecomércio RJ mostra que 51,8% dos fluminenses já planejaram ao longo de 2019 como enfrentar as “facadas” do começo do ano.

Dos 59,4% da população que pagam IPTU, 32% vão parcelar a despesa.

Entre os 42,4% que pagam IPVA, 21,4% vão pagar à vista, aproveitando o desconto oferecido.
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