De acordo com essa pesquisa, publicada pelo jornal Daily Mail, o povo inglês confia na monarquia britânica e na rainha Elizabeth II e acreditam que esse sistema deve existir. Por outro lado, de acordo com uma das historiadoras mais respeitadas da Inglaterra, a monarquia deve deixar de existir até 2030.
O que os britânicos pensam sobre a monarquia?
A empresa de pesquisas da Grã-Bretanha, ComRes, fez uma pesquisa de opinião sobre a Monarquia para o jornal Daily Mail, entrevistando 2020 britânicos no período de 8 a 9 de abril de 2015.
Os resultados mostram que o povo britânico está contente com a monarquia, já que 70% dos entrevistados consideram que o Reino Unido deve permanecer neste regime e mais da metade (56%) acha que o país estaria pior se fosse abolida a monarquia.
A maioria dos entrevistados diz gostar da Rainha (77%), mas o herdeiro, Príncipe Charles, não conta com a mesma popularidade e pouco mais da metade dos britânicos (53%) diz gostar dele.
Embora convictos quanto à permanência da Monarquia, não há um consenso quanto a quem seria a melhor opção para ocupar o lugar da Rainha Elizabeth. A percentagem dos que acham que o Príncipe Charles deve ceder seu lugar de Rei para o filho, Príncipe William (40%), é bem semelhante aos que acham que ele mesmo deve ser o sucessor (43%).
É interessante também observar a opinião dos britânicos a respeito da mulher do Príncipe Charles, Camilla Parker Bowles. A lógica seria que, se Charles ocupasse o trono de Rei, ela seria imediatamente considerada a Rainha, já que é assim que tem funcionado há muitos séculos. Mais da metade dos súditos entrevistados, no entanto, não querem que Camilla seja a Rainha. A Princesa Diana, mesmo tantos anos depois de sua morte, continua sendo a Rainha preferida. Perguntados se gostam ou não de Camilla, somente um terço dos entrevistados (34%) afirmou gostar da Duquesa.
Os membros da família real mais queridos do povo britânico são, segundo a pesquisa, os Príncipes Harry e William, aprovados por quase 80% dos entrevistados. Este apreço dos britânicos pelos jovens príncipes não deixa de ser também um sinal de vigor para a monarquia.
E quanto à Kate Middleton, mulher do Príncipe William, e mãe do terceiro candidato ao trono, o pequeno Príncipe George? Ela também conquistou o coração dos britânicos, com 78% dos entrevistados afirmando que gostam dela.
O resultado completo da pesquisa pode ser visto aqui (
http://www.comres.co.uk/wp-content/uplo ... l-2015.pdf).
Fonte: Londres para Principiantes
https://www.londresparaprincipiantes.co ... monarquia/
Monarquia britânica deve deixar de existir em menos de 15 anos, diz historiadora
A monarquia britânica deve terminar até 2030. Esta é a previsão de uma das historiadoras mais respeitadas da Inglaterra, doutora Anna Whitelock, autora de três livros sobre reis e rainhas do Reino Unido e diretora do The London Centre for Public History.
A polêmica sobre manter a monarquia britânica não é uma novidade. A última vez em que a ideia foi debatida com afinco, em 2014, revelou-se que a Casa Real havia gastado cerca de R$ 125 milhões durante o ano. O dinheiro não é retirado diretamente do governo, mas é arrecadado pela coleta de impostos. Quem defendia a monarquia afirmava que muitos dos 30 milhões de turistas que a Inglaterra recebe anualmente iam à terra da rainha por causa de Elizabeth II e sua família.
“Todas essas questões de ‘que diabos faremos com essa família que não foi eleita? O que ela representa para o Reino Unido, atualmente?’. Todos estes questionamentos profundos serão feitos quando a Rainha Elizabeth II morrer e o povo for forçado a pensar seriamente no papel da Casa Real”, opina Whitelock.
Hoje, Elizabeth II é rainha em dezesseis nações, entre elas a Grã-Bretanha, o Canadá, a Austrália, a Nova Zelândia, a Jamaica e as Bahamas. Uma pesquisa oficial feita em 2012, quando a rainha completou 75 anos no poder e comemorou o Jubileu de Diamante, apontou que 80% de seus súditos eram a favor da permanência da monarquia.
Mas, de acordo com Whitelock, o alto percentual é indissociável da figura de Elizabeth que, desde 1952, quando assumiu o trono, conquistou seu espaço “com respeito”. “Quando as pessoas mais velhas, de gerações passadas e mais apegadas à monarquia, já tiverem morrido, acho que o futuro da monarquia será mais difícil. Haverá mais pressão e mais vozes críticas pedindo o fim da Casa Real”, explica a historiadora.
É improvável que a rainha Elizabeth II, que completará 90 anos em 2016, abra mão do trono enquanto estiver viva. Este é um fator preocupante para o próximo rei. No topo da linha sucessória ao trono estão o príncipe Charles, filho da rainha, e o príncipe William, neto da rainha e filho do príncipe Charles.
“Eu diria que até 2030 haverá clamores definitivos pela erradicação da monarquia. Não posso dizer que não existirá mais monarquia. O que posso dizer é que os questionamentos sobre os propósitos e a utilidade dos reis e rainhas serão questionados fortemente”, opina Whitelock.
A reportagem do jornal britânico The Independent, que ouviu a historiadora, entrou em contato com o Palácio de Buckingham, residência oficial da família real, que não quis se manifestar sobre o teor dos comentários de Whitelock.
Fonte: Revista Galileu
https://revistagalileu.globo.com/Socied ... adora.html