Estados Unidos

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Re: DONALD TRUMP

Mensagem por E.R » 02 Set 2018, 02:12

https://www.terra.com.br/economia/trump ... wrdsu.html

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está preparado para intensificar rapidamente a guerra comercial com a China e afirmou a seus assessores que está pronto para adotar tarifas sobre mais 200 bilhões de dólares em importações chinesas assim que o período de consulta pública sobre o plano acabar na próxima semana, informou a Bloomberg News.

Washington exige que Pequim melhore o acesso ao mercado e as proteções à propriedade intelectual para empresas dos Estados Unidos, reduza os subsídios industriais e corte o déficit comercial de 375 bilhões de dólares.

Negociações com o objetivo de reduzir as tensões terminaram na semana passada sem grandes avanços.

As novas tarifas propostas por Washington afetarão produtos ao consumidor como materiais para construção de moradias, produtos tecnológicos, bicicletas e vestuário.
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Re: DONALD TRUMP

Mensagem por E.R » 18 Set 2018, 12:56

O ESTADO DE S.PAULO

Donald Trump cumpriu ameaça e anunciou a imposição de tarifas de 10% sobre US$ 200 bilhões em importações chinesas a partir de segunda-feira.

As tarifas aumentarão para 25% no início de 2019.

Essa nova rodada se soma aos US$ 50 bilhões que já haviam sido taxados no início do ano.

Com isso, os Estados Unidos vão cobrar tarifas de quase metade de tudo o que compram da China. Em comunicado, Donald Trump fez uma ameaça: “Se a China tomar medidas de retaliação contra nossos agricultores ou outras indústrias, imediatamente buscaremos a fase três, que são tarifas adicionais”.

Donald Trump justifica a medida com o argumento de que a China está envolvida em inúmeras práticas injustas relacionadas à tecnologia e à propriedade intelectual dos Estados Unidos.

As tarifas anunciadas ontem atingem em cheio produtos consumidos pelos americanos todos os dias. Na primeira rodada, de US$ 50 bilhões, as taxas foram aplicadas apenas a produtos industriais. Agora se estendem para bens de consumo, como eletrônicos, alimentos, ferramentas e utilidades domésticas, pouco antes da temporada de compras natalinas.

Com a pressão de companhias americanas durante as audiências públicas sobre a taxação, o governo acabou excluindo uma série de produtos da lista, como os relógios inteligentes da Apple e fones de ouvido sem fio. Como a Apple monta quase todos os seus aparelhos em solo chinês, relógios e outros dispositivos são vulneráveis aos planos de Donald Trump.

Até o iPhone pode ser afetado caso as autoridades chinesas mantenham medidas de retaliação para restringir as vendas de materiais, equipamentos e peças essenciais aos fabricantes americanos.

Também foram poupados das tarifas os insumos chineses para os produtos químicos produzidos nos Estados Unidos usados na manufatura e têxteis.

Os ajustes, no entanto, fizeram pouco para apaziguar os grupos de tecnologia e varejo que argumentavam que as tarifas afetariam duramente os consumidores. “A decisão é imprudente e causará danos duradouros às comunidades em todo o país”, disse Dean Garfield, presidente da associação que representa as principais empresas de tecnologia.

As Bolsas de Nova York ampliaram as perdas ontem depois de Donald Trump dizer que faria um anúncio sobre o comércio com a China após o fechamento dos mercados. Pela manhã, o presidente americano escreveu em seu Twitter que “se países não fizerem acordos justos conosco, eles serão tarifados”. O índice Dow Jones fechou em queda de 0,35%, o Nasdaq caiu 1,43% e o S&P 500 teve baixa de 0,56%.

Recentemente, Maurice Obstfeld, economista-chefe do Fundo Monetário Internacional, afirmou que “o risco de que as tensões comerciais se intensifiquem é, no curto prazo, a maior ameaça ao crescimento mundial”.
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Re: DONALD TRUMP

Mensagem por E.R » 01 Out 2018, 22:34

https://economia.estadao.com.br/noticia ... 0002528310

O ataque do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, às relações comerciais com o Brasil causou surpresa no governo brasileiro, pois a relação é vista como positiva, embora tenha ainda muito espaço para evoluir.

O norte-americano afirmou que as empresas de seu país são tratadas “injustamente” e que o Brasil está “entre os mais duros do mundo, talvez o mais duro.”

“Quando é o presidente Donald Trump quem diz que nossos negociadores são duros ,vindo de quem vem, eu tomo isso como elogio”, reagiu o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes.

“O comércio bilateral tem crescido nos últimos anos, com ganhos importantes para ambos os países”, disse o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge. “Há investimentos cruzados em diversos setores produtivos.”

Ele acrescentou que os dois países têm trabalhado em uma agenda “construtiva”, para atuar em temas como facilitação de comércio, cooperação regulatória e propriedade intelectual. “Há muito ainda para avançarmos em conjunto, mas entendo que estamos na direção correta", disse.

O secretário de Comércio Exterior, Abrão Neto, informou que nos últimos 10 anos a balança comercial entre os dois países tem sido superavitária para os norte-americanos, com um saldo positivo para os Estados Unidos de US$ 90 bilhões.

“Precisamos entender mais em detalhes o contexto e o teor dos pontos de preocupação externados pelos Estados Unidos”, comentou. “A relação comercial entre Brasil e Estados Unidos tem um viés positivo e crescente nos últimos anos.”

Em 2018, as exportações brasileiras para o país aumentaram 6,2% enquanto as importações de produtos norte-americanos subiram 13,3%. O saldo do ano é superavitário para o Brasil em apenas US$ 45 milhões. “Nossa avaliação é que ainda há uma avenida de temas a serem discutidos e que podem aprofundar ainda mais as relações dos dois países”, completou Abrão Neto.

Abrão Neto ressaltou que a relação entre os dois países são “muito positivas” e que a corrente de comércio tem um perfil “complementar e estratégico”. Os Estados Unidos são o segundo principal parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China.

O déficit aparece nas estatísticas americanas, informou o secretário. Elas são diferentes dos dados coletados pelo governo brasileiro, que apontam para um comércio equilibrado. No ano passado, por exemplo, foi registrado um superávit de US$ 2 bilhões a favor do Brasil, numa corrente de comércio que atingiu US$ 51,7 bilhões. Em 2016, ocorreu um déficit de US$ 650 milhões.

“Essa afirmação causa espanto à indústria”, disse o diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Eduardo Abijaodi. Ele explicou que há um grande número de empresas americanas instaladas aqui e brasileiras atuando nos Estados Unidos, de modo que o comércio intrafirmas é forte. “Exportamos muito e importamos muito”, comentou.

O diretor acrescentou que os norte-americanos têm muitos investimentos aqui, o que torna a relação com o Brasil diferente da que ele tem com países primordialmente exportadores, como a China.

“O Brasil é um país extremamente difícil para fazer negócios, por causa da burocracia e da tributação, mas não há nenhuma discriminação para os americanos”, avaliou o consultor Welber Barral, da Barral M Jorge. “O Brasil é difícil para os brasileiros, e isso prejudica a todos, principalmente a nós mesmos.” Ele acrescentou que na área de negócios de Donald Trump, o de serviços, o Brasil é mais aberto do que o norte-americano.

Os embates entre os dois países no campo comercial já foram mais numerosos, disse Barral. Ainda assim, há muita reclamação de parte a parte.

O caso mais recente foi o da ameaça de imposição de tarifas adicionais de 25% sobre as exportações de aço e de 10% sobre as vendas de alumínio produzidos Brasil. Concretizada, a medida provocaria fortes perdas à indústria nacional. Mas, depois de muito barulho, foi fechado um acordo que estabeleceu cotas para as exportações brasileiras. “Elas satisfizeram ao setor”, comentou Abijaodi.

Uma briga antiga é a do comércio do açúcar. Os Estados Unidos consomem 12 milhões de toneladas por ano e produzem 9 milhões de toneladas. Metade dessa deficiência é suprida pelo México. O restante é dividido entre os demais países produtores do mundo. A fatia do Brasil, maior produtor mundial, é de menos de 20%, segundo informou a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).

Os Estados Unidos, por sua vez, se queixam da vantagem que o Brasil dá à Argentina na importação de trigo. Mas isso se deve ao fato de o país vizinho integrar o Mercosul.

Um levantamento feito no ano passado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) aponta que as tarifas elevadas aplicadas pelos Estados Unidos prejudicam as exportações de carnes bovinas e de peru, produtos lácteos, frutas, amendoins, óleo de soja, açúcar de cana e beterraba, tabaco, cachaça e rum. Em todos esses casos, a participação do produto brasileiro no mercado americano é menor do que em outros países que importam esses mesmos produtos daqui.
Trump tá fazendo uma verdadeira guerra comercial contra países do mundo inteiro e agora quer afetar o nosso.
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Re: DONALD TRUMP

Mensagem por Victor235 » 11 Out 2018, 21:05

Midterms nos EUA: retrospecto é desfavorável aos partidos do presidente
O presidente norte-americano, Donald Trump, terá que enfrentar uma retrospectiva pouco otimista para as eleições de governadores, senadores e deputados de parte dos Estados do país, em novembro –as chamadas “midterms“.
https://www.poder360.com.br/internacion ... residente/
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Re: DONALD TRUMP

Mensagem por E.R » 28 Out 2018, 23:31

https://veja.abril.com.br/politica/trum ... a-eleicao/

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, telefonou para o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, após a vitória deste domingo, informou o presidente do PSL, Gustavo Bebianno.

A conversa foi traduzida por André Marinho, filho do empresário Paulo Marinho, que é fluente na língua.

Segundo pessoas que estavam presentes na casa de Jair Bolsonaro, o presidente americano parabenizou o capitão da reserva e o convidou para visitar os Estados Unidos.

Trump também disse que deseja incentivar as relações bilaterais entre os dois países.
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Re: DONALD TRUMP

Mensagem por E.R » 30 Out 2018, 09:08

O ESTADO DE S.PAULO

Imigrantes, na maioria hondurenhos, atravessam rio entre a Guatemala e o México em direção aos Estados Unidos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump se referiu à marcha como “invasão” e enviou mais 5 mil militares para a fronteira.

Segundo o general Terrence O’Shaughnessy, chefe do Comando Norte dos Estados Unidos, os militares trabalharão com agentes da CBP (a agência de alfândega e proteção de fronteira) e vão se concentrar primeiro no reforço da segurança no Texas, seguido por Arizona e Califórnia. “Acho que Trump deixou claro que a segurança na fronteira é questão de segurança nacional”, disse o general, em uma entrevista coletiva em Washington.

O número de soldados é muito superior aos 800 soldados inicialmente previstos e equivale a um terço dos agentes de fronteira que operam na área. O envio inclui, segundo o Washington Post, três batalhões de combatentes, membros do Corpo de Engenheiros do Exército e tropas especializadas em aviação, tratamento médico e logística, disse O’Shaughnessy.

O general destacou ainda o uso de helicópteros, equipados com visão noturna e sensores que ajudarão os militares a determinar onde eles precisam estar. Na semana passada, o secretário de Defesa, Jim Mattis, autorizou o uso de tropas e de outros recursos militares na fronteira sul.

Donald Trump, que fez campanha contra a imigração ilegal, o que contribuiu para sua vitória na eleição presidencial de 2016, tem se apropriado da caravana nas semanas que antecedem as eleições de meio de mandato, no dia 6, para aumentar o apoio a candidatos de seu Partido Republicano.

O presidente voltou a chamá-la de “invasão”. “Muitos membros de gangues e algumas pessoas muito ruins estão misturadas na caravana que se dirige para a nossa fronteira sul”, escreveu Trump no Twitter. “Por favor, retornem, não serão admitidos a menos que passem pelo processo legal. Isso é uma invasão ao novo país e nossos militares estão esperando!”

O número de soldados das forças americanas na fronteira com o México para fazer frente aos 7 mil imigrantes, a maioria deles procedente de Honduras, é mais numeroso do que o contingente que atualmente serve na Síria e no Iraque e equivale à metade dos militares presentes no Afeganistão.

De acordo com o Wall Street Journal, as tropas americanas devem ser posicionadas nos pontos de entrada da fronteira com o México, pelo menos na fase inicial da missão convocada pelo Pentágono.
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Re: DONALD TRUMP

Mensagem por Victor235 » 31 Out 2018, 22:42

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Trump planeja retirar direito à cidadania dos filhos de imigrantes ilegais nascidos nos EUA
A medida também poderia afetar a concessão do direto aos filhos de mulheres com visto temporário – caso de muitas grávidas brasileiras que vão aos EUA para dar à luz e garantir a cidadania americana a seus filhos.
Segundo a Axios, caso o plano se concretize, este seria “o movimento mais dramático na campanha de imigração de linha dura de Trump”. Mas a decisão certamente desencadearia um debate constitucional sobre o significado da 14ª Emenda, que diz: "Todas as pessoas nascidas ou naturalizadas nos Estados Unidos, e sujeitas à sua jurisdição, são cidadãos dos Estados Unidos e do Estado em que residem".
https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/t ... rdehdevhv/
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Re: DONALD TRUMP

Mensagem por E.R » 03 Nov 2018, 03:07

https://veja.abril.com.br/mundo/donald- ... ing-trump/

Disse um grande sábio chinês sobre como alcançar o verdadeiro caminho para a vitória: “Encontre o ponto fraco do seu adversário e faça com que sofra com isso. Use a própria força dele contra ele mesmo, até que finalmente caia ou desista”.

A identidade do mestre será revelada no fim desta reportagem sobre a mais incrível, fabulosa e perigosa luta do ano: a guerra comercial entre Donald Trump e Xi Jinping. Ela não vai definir se a China ultrapassará os Estados Unidos como superpotência, pois os fatores envolvidos nessa corrida são infinitamente mais complexos. Mas pode desencadear desde mais uma crise financeira mundial daquelas que os economistas habi­tual­mente prognosticam (sem medo de errar, pois as crises mundiais são periódicas) até algum tipo de acordo que permita a Trump mostrar suas habilidades negociadoras — e, claro, pavimentar o caminho para a reeleição em 2020.

Raramente dois adversários de estilos tão diferentes, e em condições internas tão diversas, se defrontaram num Grande Jogo dessas dimensões. Chamado de “o presidente de tudo” por ter deglutido todos os cargos mais importantes do regime de partido único, com seus cabelos tingidos de negro asa da graúna e meio sorriso como expressão pública permanente, Xi Jinping reativou até o culto à personalidade, sutilmente sepultado depois da morte de Mao Tsé-tung, seu exemplo máximo, e das reformas iniciadas por Deng Xiaoping.

Entre as múltiplas e bajulatórias formas de tratamento usadas recentemente pela máquina de propaganda chinesa constam: “O homem que faz as coisas acontecer”, “Servidor do povo”, “Comandante supremo da reestruturação militar”, “Arquiteto da modernização para a nova era”. Depois de ser reeleito presidente pelo Congresso Nacional do Povo, com direito a continuar no cargo por quanto tempo quiser (dá para adivinhar quanto será?) e com seu “pensamento” incorporado à Constituição, foi chamado pelo jornal do partido de “Timoneiro da Nação” e “Guia do Povo” — termos que remetem sombriamente ao maoismo.

É até cômico comparar essa reverência servil com o escracho constante a que Trump, com os cabelos tingidos de loiro-milho e o sorriso de Coringa, é submetido pela elite da imprensa, da academia e das artes nos Estados Unidos. Grandes sumidades em política como a cantora Cher, a veterana atriz Jane Fonda e Barbra Streisand, que preenche as duas categorias, usaram termos semelhantes para descrever Trump: Hitler, Hitler e Hitler. As invectivas de um ator consagrado como Robert De Niro não podem ser sequer reproduzidas — só inferidas. Até a estrela de Trump na calçada da fama no Hollywood Boulevard, da época do programa O Aprendiz, foi várias vezes vandalizada. O comediante George Lopez fingiu urinar sobre ela, um ato levado mais ao pé da letra por cidadãos comuns em torno dos clubes de golfe de Trump. A nomeação do juiz Brett Kavanaugh, à qual se seguiram acusações não comprovadas e manipuladas de abusos sexuais na juventude, quase provocou uma guerra civil — expressão, aliás, usada com frequência assustadora. E uma boa parte do establishment torce para que Trump perca a guerra comercial com a China — ou seja, torce contra o próprio país, considerando que destruir o presidente está acima de tudo. Mesmo que nem a mais inocente das almas possa alegar desconhecimento sobre o mau comportamento da China em escala fenomenal: subtração de tecnologia dos países avançados, obviamente com os Estados Unidos à frente; subsídios em massa muito mal disfarçados; exigências de transferência de tecnologia e de participação minoritária a empresas estrangeiras; dumping e espionagem industrial. Tudo isso enquanto Xi Jinping faz longos e criteriosamente hipócritas discursos sobre os benefícios do livre-comércio e os males do protecionismo.

O caso da Huawei, que estremeceu os mercados depois que o Canadá executou um pedido de prisão da executiva e herdeira Meng Wanzhou, que usa o nome ocidental de Sabrina, é exemplar. Durante as últimas três décadas, ela passou de empresa iniciante de comutadores de telefone criada por um engenheiro pesquisador saído do Exército de Libertação do Povo, Ren Zhengfei, para o posto de maior fabricante de telecomunicações do mundo e segunda maior de smartphones. Deixar a Ericsson e a Apple para trás não é para qualquer um. Também não é qualquer um que pega uma coisinha da Cisco, outra da Motorola, mais outra da Nortel, gigantes muito preocupados em proteger seus segredos tecnológicos, mas não impermeáveis ao ataque em massa de agentes de um Estado poderoso, organizado e milimetricamente planejado para se tornar a maior potência tecnológica do mundo em questão de alguns anos.

A aliança carnal empresa-Estado ganhou tamanha dimensão que os mais fortes aliados dos Estados Unidos em operações de inteligência — os demais componentes de língua inglesa dos Cinco Olhos: Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia — estão caindo fora ou nem deixando a Huawei entrar na implantação da rede 5G. Na Grã-Bretanha, até os equipamentos da Huawei para 3G e 4G estão sendo desativados depois que o serviço de inteligência indicou o risco de espionagem em massa de todos os celulares conectados às redes. Os especialistas chamam isso de backdoor — uma porta secreta de acesso que, aliás, as agências americanas de espionagem, apesar de um arsenal mais poderoso ainda, adorariam ter.

A prisão da filha do dono da Huawei azedou a “trégua de Buenos Aires”, o acordo no qual os americanos concordaram em adiar por três meses o aumento de tarifas sobre produtos chineses que entraria em vigor na virada do ano. Enquanto Donald Trump e Xi Jinping se encontravam cara a cara, com as respectivas equipes, Sabrina Meng Wanzhou estava sendo detida, durante uma escala no Canadá, por causa de um pedido de extradição feito por procuradores federais, sob a acusação de a Huawei vender equipamentos tecnológicos fabricados nos EUA ao Irã, apesar das sanções americanas, através de empresa de fachada.

O laboratório de pesquisas da Huawei fica num prédio em Shenzhen construído como uma imitação da Casa Branca. Num lago, três cisnes negros — uma referência à teoria sobre eventos improváveis. A prisão da filha do dono do império certamente se enquadra na categoria. Qual sequência de acontecimentos pode desencadear? As reclamações diplomáticas da China tratam o caso como uma questão de Estado.

Como vai acabar essa guerra comercial? Os dois adversários conhecem os respectivos pontos fracos e sabem que a força de cada um pode virar um instrumento de autodestruição. O déficit comercial americano atingiu em outubro o nível mais alto da última década. A China comprou menos soja, em protesto contra as tarifas trumpianas, e os americanos compraram mais produtos chineses, antecipando justamente o aumento dessas tarifas.
Editado pela última vez por E.R em 29 Dez 2018, 16:41, em um total de 2 vezes.
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Re: DONALD TRUMP

Mensagem por E.R » 09 Nov 2018, 12:00

https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2 ... rump.ghtml



A Casa Branca anunciou a suspensão da credencial do jornalista da rede CNN Jim Acosta, que discutiu com o presidente americano, Donald Trump, durante uma coletiva de imprensa.

Na entrevista, Donald Trump respondeu Jim Acosta de forma enérgica quando foi perguntado sobre a caravana de latino-americanos que se aproximava dos Estados Unidos e depois sobre a investigação de suposto conluio com a Rússia para influenciar a eleição de 2016.

Segundo comunicado da porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, o jornalista "colocou as mãos" na mulher que tentava tirar seu microfone.

"O presidente Trump acredita na liberdade de imprensa e espera que façam perguntas difíceis a ele e a seu governo. No entanto, nunca vamos tolerar um jornalista que ponha as mãos em cima de uma mulher jovem que simplesmente tenta fazer seu trabalho como estagiária na Casa Branca", diz a nota.

A discussão com Acosta começou depois de uma pergunta sobre a caravana de latino-americanos que se aproximava dos EUA, quando o jornalista perguntou a Trump se ele achava que tinha "demonizado" os imigrantes.

Trump respondeu: "Não, quero que entrem no país. Mas têm que entrar legalmente".

Acosta insistiu: "Estão a centenas de milhas de distância. Isso não é uma invasão", disse, usando a palavra com qual que Trump havia definido o fluxo de migrantes.

Trump reagiu de modo contundente. "Honestamente, acho que você deveria me deixar dirigir o país. Você dirige a CNN, e se fizesse isso bem, sua audiência seria mais alta", disse Trump.

Depois que Acosta tentou emendar uma pergunta sobre a investigação de suposto conluio com a Rússia para influenciar a eleição de 2016, Trump se irritou: “Isso é o suficiente. É o bastante. É o bastante. Com licença, isso é o suficiente", disse e observou que "não estava preocupado com nada" porque a investigação era "uma farsa". “Já basta. Largue o microfone", disse em seguida.

O jornalista da CNN se recusou a cumprir a ordem de entregar o microfone e se sentar, e continuou fazendo perguntas.

"A CNN deveria se envergonhar de ter você trabalhando para eles, você é grosseiro e uma pessoa horrível", disse o presidente.
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Re: DONALD TRUMP

Mensagem por Dias » 09 Nov 2018, 13:37

Depois vai ser a nossa vez de ter um presidente sem educação com a imprensa. Que desgraça.
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Re: DONALD TRUMP

Mensagem por Victor235 » 09 Nov 2018, 20:54

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Porta-voz de Trump usa vídeo falso para justificar banimento de jornalista
A secretária de imprensa do governo americano, Sarah Sanders, compartilhou 1 vídeo editado originado do site Infowars, que publica teorias da conspiração, para justificar o banimento do jornalista Jim Acosta, da CNN. Acosta protagonizou intensa discussão com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
https://www.poder360.com.br/midia/porta ... ornalista/
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Re: DONALD TRUMP

Mensagem por Victor235 » 16 Nov 2018, 19:03

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Imprensa estrangeira: futuro chanceler do Brasil é ‘admirador de Trump’
Os jornais o chamam de “admirador de Trump” e afirmam que, durante a campanha presidencial, ele teve uma “aberta militância” a favor de Bolsonaro.
https://www.poder360.com.br/midia/impre ... -de-trump/
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Re: DONALD TRUMP

Mensagem por E.R » 19 Nov 2018, 08:05

Donald Trump precisa ser questionado pelo aumento da dívida interna dos Estados Unidos e por alguns erros na política externa, que inclusive afetam empresas americanas.

--
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... asia.shtml

A rivalidade entre os Estados Unidos e a China foi claramente exposta na reunião da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) durante o fim de semana, quando o presidente chinês, Xi Jinping, e o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, discutiram sobre comércio e segurança.

A tensão entre Mike Pence e Xi Jinping na cúpula da Apec – que deixou de emitir um comunicado conjunto pela primeira vez em seus 29 anos de história – abafou a esperança de que uma distensão entre Washington e Pequim pudesse ocorrer na cúpula de líderes mundiais do G-20 na Argentina, no final deste mês.

No próximo encontro em Buenos Aires, a partir de 30 de novembro, o presidente chinês deverá manter conversas muito aguardadas com o presidente americano, Donald Trump.

Muitos investidores e políticos esperavam que o encontro na Ásia produzisse uma trégua na escalada da guerra comercial entre os dois países, uma das maiores nuvens que pairam sobre a economia global.

A menos que se alcance um acordo, as tarifas dos Estados Unidos sobre produtos chineses avaliados em US$ 250 bilhões (R$ 937 bilhões) deverão aumentar de 10% para 25% em janeiro.

Donald Trump também ameaçou impor taxas a outros produtos da China no valor de US$ 267 bilhões, cobrindo todas as importações.

Autoridades chinesas e americanas intensificaram nas últimas semanas as negociações sobre um cessar-fogo, e Mike Pence disse que o progresso ainda é possível. No entanto, ele sugeriu que as concessões de Pequim até agora são insuficientes.

"Os Estados Unidos não mudarão de rumo até que a China mude suas maneiras", disse ele, atacando Pequim por empregar práticas comerciais injustas, como transferência forçada de tecnologia. "Temos grande respeito pelo presidente Xi e a China, mas como todos sabemos a China tirou vantagem dos Estados Unidos durante muitos e muitos anos, e esse tempo terminou."

Em um golpe direto contra o programa chinês Cinturão e Estrada, de investimentos em infraestrutura, Mike Pence acrescentou: "Os Estados Unidos negociam aberta e justamente. Não oferecemos um cinturão de contenção ou uma estrada de mão única".

Xi Jinping, por sua vez, atacou as políticas comerciais americanas – embora indiretamente – em especial as tentativas de Donald Trump de usar acordos comerciais bilaterais para contornar a China.

"O unilateralismo e o protecionismo não vão resolver problemas, mas aumentar a incerteza na economia mundial", disse Xi Jinping. "A história mostrou que o confronto, seja na forma de uma guerra fria ou uma guerra comercial, não produz vencedores."

As tensões ficaram claras em outras frentes também, depois que os Estados Unidos revelaram planos de se unir à Austrália em uma base naval expandida na ilha de Manus, perto de Papua-Nova Guiné – parte de uma iniciativa maior para solidificar o lugar de Washington no acordo de segurança "quádruplo" com Japão, Austrália e Índia.

Em visitas anteriores a Tóquio e Singapura, Mike Pence discutiu uma maior cooperação em segurança com o Japão e a Índia. Os Estados Unidos e o Japão também advertiram países asiáticos em desenvolvimento – incluindo Papua-Nova Guiné – que as dívidas crescentes em projetos de infraestrutura poderão deixá-los comprometidos com a China.

"Não aceitem dívida externa que possa comprometer sua soberania. Protejam seus interesses. Preservem sua independência. E, como os Estados Unidos, sempre ponham seu país em primeiro lugar", disse Mike Pence.

O vice-presidente dos Estados Unidos assumiu uma postura especialmente belicosa em relação à China nas últimas semanas, o que o aproximou da posição dos linha-duras do governo Donald Trump, como Robert Lighthizer, representante comercial dos Estados Unidos, e Peter Navarro, assessor comercial da Casa Branca.

Enquanto isso, Steven Mnuchin, secretário do Tesouro dos Estados Unidos, e Larry Kudlow, diretor do Conselho Econômico Nacional, são considerados mais propensos a um acordo.

A concorrência sobre a estrutura econômica e política da Ásia se manifestou em tempo real numa disputa sobre o texto do comunicado final da reunião da Apec no domingo. Normalmente morno e imediatamente esquecido por todos, exceto pelos coordenadores da Apec, desta vez o texto provocou um duelo dramático entre diplomatas.
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. Dívida interna dos Estados Unidos cresce muito no governo de Donald Trump - https://exame.abril.com.br/revista-exam ... so-cresce/
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Re: DONALD TRUMP

Mensagem por E.R » 21 Dez 2018, 04:21

O ESTADO DE S.PAULO

O Brasil não deve alinhar-se automaticamente à política externa norte-americana por uma simples razão : nem tudo o que interessa aos Estados Unidos beneficia o Brasil.

Boas relações com os Estados Unidos, nosso segundo maior parceiro comercial, são importantes e necessárias.

Mas há uma enorme distância entre esse fato e o aval à orientação que Donald Trump imprime às relações internacionais.

A tradição diplomática brasileira, desde Rio Branco, funda-se em dois princípios :

1) A defesa da paz – resultado da solução pacífica dos contenciosos fronteiriços com nossos vizinhos;

2) a crítica à desigualdade de poder no plano internacional, causa do excesso de poder e do excesso de impotência.

Somente essas características já seriam suficientes para evidenciar que os interesses de uma superpotência como os Estados Unidos não são idênticos aos interesses do Brasil, uma potência média na esfera regional.

Indico, porém, outros motivos favoráveis à política externa independente.

1. O Brasil é um dos poucos Estados que mantêm relações diplomáticas com todos os países do mundo. O artigo 4.º da Constituição de 1988 estabelece os princípios que orientam a política externa, entre os quais a prevalência dos direitos humanos e o respeito à autodeterminação dos povos. Não é admissível aceitar passivamente a violação dos direitos humanos em outras partes do mundo, mas a questão é encontrar o equilíbrio entre os dois princípios. Tendo condenado o regime venezuelano e defendido a suspensão da Venezuela do Mercosul, Brasília não deve romper relações diplomáticas com todas as nações que não compartilhem a preferência ideológica dominante.

2. O governo brasileiro necessita distanciar-se do protecionismo imposto pela administração Donald Trump às importações chinesas, início de uma perigosa “guerra” comercial, que pode afetar os fluxos econômicos globais. A China, por outro lado, deixou de cumprir os requisitos para ser qualificada como economia de mercado e vale-se de expedientes discutíveis para burlar as regras sobre propriedade intelectual. Sanções unilaterais sem a aprovação da Organização Mundial do Comércio (OMC) agravam eventuais controvérsias, em vez de solucioná-las. A elevação das tarifas tem enorme repercussão: diminui o comércio, a riqueza, o desenvolvimento e o emprego. Leva à alteração das cadeias produtivas, ao deslocamento dos fluxos comerciais, à indesejadas disputas e à retaliação dos países aos quais as medidas protetivas se dirigem. O consumidor sofre prejuízo enquanto declina o potencial do comércio para difundir novas tecnologias. Generalizado o protecionismo, o mundo caminharia para uma gigantesca recessão. O Brasil, cuja diplomacia clama pela primazia das regras em detrimento da crueza do poder, não se vê afastado dessa realidade. Vale lembrar que o protecionismo, vestido de outra roupagem, atinge a exportação de bens agrícolas brasileiros para o mercado norte-americano.

3. O Brasil é uma potência ambiental, mas não goza de poderio militar superlativo. Cabe-lhe destacado papel na discussão dos temas ambientais, respaldado na autoridade de políticas domésticas que limitem a emissão de gases-estufa. Esses gases, entre os quais se encontram o dióxido de carbono e o gás metano, degradam a camada de ozônio, elevam a temperatura e o nível dos oceanos, provocam furacões, chuvas torrenciais e prolongados períodos de estiagem, com sérios danos para a agricultura do planeta. O Acordo de Paris, concebido para evitar que a temperatura média aumente mais de 2 graus Celsius até o fim deste século, foi a fórmula escolhida para impedir a hecatombe ambiental. Os efeitos da mudança climática, verdadeira ameaça à vida humana na Terra, não constituem advertência para alarmar ingênuos, mas são o produto da pesquisa da avassaladora maioria dos cientistas, até mesmo de órgãos do governo norte-americano. Desvincular-se das obrigações do Acordo de Paris seria, assim, um equívoco monumental. O desmatamento na região do Cerrado, nascedouro de importantes bacias hidrográficas do País, e a devastação da Floresta Amazônica, para citar dois casos exemplares, modificam o clima e trazem impacto econômico negativo, pois as exportações brasileiras poderão sofrer medidas restritivas no mercado externo.

4. Washington almeja enfraquecer as organizações multilaterais, como as Nações Unidas e a OMC, além de privilegiar uma ordem de Estados nacionais. Os arroubos do nacionalismo são de triste memória: possibilitaram duas guerras mundiais e retornam tenebrosamente no século 21. No imediato pós-guerra, ao edificarem os pilares da ordem econômica liberal, os Estados Unidos atribuíram prioridade aos interesses de longo prazo em detrimento dos objetivos de curto prazo, exatamente o oposto do que hoje se verifica. “America first”, mote adotado na campanha presidencial, guia as decisões de Trump sobre política externa. É expressão do exacerbado nacionalismo, já que alçar os interesses de uma nação, mesmo a mais poderosa, acima de tudo e de todos gera atitude semelhante dos demais Estados e fertiliza o campo para a mútua hostilidade. Desconhece, ainda, os limites do poder norte-americano, que não tem condições de, unilateralmente, impor comportamentos em todas as áreas. O declínio do multilateralismo não serve ao Brasil, já que no âmbito multilateral nos é permitido o entendimento com outros governos, em temas específicos, para lograr êxito no processo de negociação. Acordos bilaterais são desvantajosos quando existe flagrante disparidade entre os participantes.

O bom senso aconselha, na atualização dos nossos valores diplomáticos, trilhar um caminho próprio, capaz de combinar as peculiaridades do interesse nacional com os interesses gerais, que entrelaçam os destinos humanos e só conjuntamente podem ser concretizados.
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Re: DONALD TRUMP

Mensagem por E.R » 29 Dez 2018, 16:37

https://veja.abril.com.br/mundo/trump-d ... com-china/

O presidente americano, Donald Trump, diz que conseguiu neste sábado, um grande progresso nas negociações comerciais com a China, após conversar por telefone com seu homólogo Xi Jinping.

“Acabo de ter um longo e muito bom telefonema com o presidente Xi da China. O acordo avança muito bem. Se for concretizado, irá reunir muitas coisas, cobrindo todas as questões, áreas e os pontos de conflito. Estamos fazendo um grande progresso”, tuitou Donald Trump.

Após a revelação nas redes sociais, o presidente chinês confirmou a conversa com Donald Trump e, de acordo com a agência de notícias estatal Xinhua, considerou-a positiva.
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