Previdência e Aposentadoria

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JF CH
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Re: Reforma da Previdência

Mensagem por JF CH » 19 Fev 2018, 22:12

Vai acabar ficando pra depois da posse do novo presidente, isso sim.
JF CH
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F42 escreveu:
18 Abr 2021, 21:26
com todo o perdão da palavra e com toda a certeza que eu serei punido, piada é a cabeça da minha piroca! porra mano, eu tive que adicionar seu nome como "pseudo" pré candidato a moderação lá no datafórum e você agora fala que é piada? o que vc tem na sua cabeça, mano?
piadaitaliano/

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Re: Reforma da Previdência

Mensagem por Bugiga » 19 Fev 2018, 23:02

JF CHmaníaco escreveu:Vai acabar ficando pra depois da posse do novo presidente, isso sim.
É até melhor. Pelo menos quem é contra não vai poder alegar que a reforma foi feita por "um governo ilegítimo".
Puxa! Re-Puxa! Super-Ultra-Puxa!

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Re: Reforma da Previdência

Mensagem por Jezebel do Canto e Mello » 20 Fev 2018, 12:34

Colcoaram a pá de cal na previdência. Acho que nem a derrota da Renca foi tão humilhante comparado com isso.
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Re: Reforma da Previdência

Mensagem por E.R » 21 Fev 2018, 12:49

http://noticias.band.uol.com.br/politic ... uturo.html

Após o decreto da intervenção federal no Rio de Janeiro, a Reforma da Previdência foi suspensa pelo governo. Para o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a suspensão não significa um "sepultamento" da proposta. 

"Ela está suspensa até que seja encerrada a intervenção no Rio, que é um assunto prioritário, não poderia ser adiada. Terminando isso, a a Reforma é pauta número 1 (no Congresso)", afirmou em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, no programa 90 Minutos, da Rádio Bandeirantes.

Mesmo com o "atraso" na votação da proposta, Meirelles disse que "não há previsão de aumento de impostos esse ano". De acordo com ele, "o orçamento de 2018 está equilibrado". Entretanto, caso não a Reforma da Previdência não seja aprovada, a previsão é de "aumentos brutais" de impostos no país.

"O déficit vai crescendo a cada ano. Daqui 10 anos, a despesa com as previdências deve chegar a 80% do orçamento da União. A questão é quando será feita essa reforma", explicou à RB.
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Re: Reforma da Previdência

Mensagem por E.R » 23 Fev 2018, 18:01

https://epocanegocios.globo.com/Economi ... lhoes.html

O Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou, em entrevista à rádio CBN, que a suspensão da reforma da Previdência terá um impacto de R$ 18 bilhões a R$ 19 bilhões no Orçamento de 2019.

Essa seria a economia prevista com as mudanças no regime de aposentadorias.

Segundo ele, essa questão continua a ser urgente terá que ser discutida o quanto antes. "Se a reforma da Previdência não for aprovada, vamos ter um problema grave e importante para o país", disse o ministro.
--
O ESTADO DE S.PAULO

Sai a reforma, ficam as contas

O novo presidente terá de enfrentar os efeitos de uma dívida crescente, a expansão veloz do gasto obrigatório e o peso cada vez maior das aposentadorias.

Congelada a reforma da Previdência, a vida prossegue, o governo tem de cuidar das contas deste ano e ainda precisa montar o Orçamento de 2019, tarefa especialmente difícil e delicada.

Sem a mudança no sistema previdenciário, será preciso planejar um corte de R$ 14 bilhões nas despesas do próximo ano, disse ao Estadão/Broadcast o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira.

Para isso será necessária uma revisão mais detalhada e mais severa de cada grupo de gastos. O procedimento seguinte poderá envolver, além da tesourada no dispêndio, uma unificação de programas.

Na melhor hipótese, o novo presidente, eleito no fim de 2018, concluirá seu primeiro ano sem violar a meta fiscal ou a regra de ouro, isto é, a proibição de endividar o Tesouro para cobrir parte do custeio.

Mas terá de enfrentar os efeitos de uma dívida crescente, a expansão veloz do gasto obrigatório e, de modo especial, o peso cada vez maior das aposentadorias.

Com a redução dos juros básicos, permitida pelo amplo recuo da inflação, a dívida pública tem crescido um pouco mais devagar. De toda forma, o passivo financeiro do governo continua aumentando e a relação entre a dívida e o Produto Interno Bruto (PIB) tende a elevar-se nos próximos anos.

Embora a inflação deva continuar na meta ou pouco abaixo desse ponto, especialistas projetam para 2019 e 2020 juros mais altos que os atuais. Também isso afetará a gestão financeira do próximo governo.

O quadro poderá ficar mais complicado com qualquer novo rebaixamento do crédito brasileiro. Até agora, a má classificação do Brasil pelas agências de avaliação de risco tem produzido pouco ou nenhum efeito nos mercados. O fluxo de investimentos e financiamentos continua satisfatório.

Mas o cenário tenderá a mudar, se os juros externos subirem mais velozmente. Nesse caso, a opinião das agências de classificação poderá ter mais peso nas decisões de financiadores e investidores.

Com o congelamento da reforma da Previdência, representantes das classificadoras já falaram sobre o risco de novos cortes da nota brasileira.

A curto prazo, a equipe econômica tem de enfrentar duas tarefas complexas. Até junho deverá enviar ao Congresso o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), com as linhas básicas da programação financeira do próximo ano. Em seguida, deverá trabalhar na proposta do Orçamento, para entregá-la até 31 de agosto. Um dos principais desafios será montar uma blindagem contra a violação da regra de ouro.

Para este ano os ministros da área econômica têm dado como certos o cumprimento da regra de ouro e o da meta fiscal, assim como o respeito ao teto de gastos. A meta fiscal determina o valor de R$ 159 bilhões como limite para o déficit primário, isto é, para o saldo calculado sem a conta de juros. Podem estar certos, mas o mero respeito a esses limites ainda será um desempenho pouco satisfatório.

Afinal, a administração tem tarefas básicas e programas para executar. Mesmo para executá-los modestamente, o governo precisará de verbas previstas no Orçamento, mas ainda muito incertas. Parte do dinheiro poderá vir da reoneração da folha de pagamentos, mas o relator do projeto, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), já anunciou a intenção de manter o benefício para grande número de setores. Ou seja, anunciou que, mais uma vez, o interesse particular, favorecido há anos por uma desoneração mal planejada, será sobreposto ao interesse geral.

Para operar com menor aperto o governo depende também da aprovação de outros projetos, como o da privatização da Eletrobras.

A proposta de adiamento do reajuste do funcionalismo nem está em condições de ser votada, porque seus efeitos estão suspensos pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal.

Enquanto o projeto permanece encalhado, o Tesouro vai gastando. Nesse jogo, alguns ganham à custa de todos, principalmente dos mais dependentes da execução das funções públicas. Como ocorre há muito tempo, tudo se passa como se o equilíbrio do Tesouro fosse responsabilidade só do Executivo.
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Re: Reforma da Previdência

Mensagem por Barbano » 24 Fev 2018, 19:16

Essa tabela mostra claramente onde está o buraco: aposentadoria rural e funcionalismo/militares.

Qualquer reforma que não afete profundamente esses setores só vai prejudicar quem mais contribui, ou seja, quem trabalha como CLT na iniciativa privada.

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Re: Reforma da Previdência

Mensagem por Victor235 » 30 Abr 2018, 20:55

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Auditoria condena mulher que recebeu pensão ilegal da mãe falecida por 13 anos
Segundo conclusão da 1.ª instância da Justiça Militar da União em Santa Maria (RS), acusada, hoje com 75 anos de idade, embolsou mais de R$ 820 mil.
A fraude continuava quando os militares se dirigiam à residência da civil para o procedimento chamado ‘Prova de Vida’, realizado anualmente para atestar se o pensionista permanece vivo. Nessas ocasiões, ela apresentava a irmã ou sobrinha da sua mãe no lugar da real beneficiária.
Pelo fato de ter mais de 70 anos de idade, a ré será beneficiada pelo sursis – suspensão condicional da pena, previsto no artigo 77, parágrafo 2.º do Código Penal. Cabe recurso ao Superior Tribunal Militar.
http://politica.estadao.com.br/blogs/fa ... r-13-anos/
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Re: Reforma da Previdência

Mensagem por Victor235 » 17 Mai 2018, 20:38

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Em evento em Nova York, Marun pede coesão entre empresários
Na palestra, ele pediu que os empresários se envolvam na política e citou como exemplo o atraso para a votação da reforma da previdência. “Se 99% dos empresários são a favor da reforma, porque não conseguimos pressionar a política para aprová-la”? questionou.
http://agenciabrasil.ebc.com.br/politic ... mpresarios
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Re: Reforma da Previdência

Mensagem por E.R » 18 Mai 2018, 19:49

. A não aprovação da Reforma da Previdência é um dos motivos para a alta do dólar - http://www.infomoney.com.br/blogs/inves ... -vai-dolar
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Re: Reforma da Previdência

Mensagem por E.R » 19 Mai 2018, 11:01

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... rior.shtml

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou nesta sexta-feira (19) que a desvalorização do real reflete um movimento global do dólar, que empurra moedas de países emergentes para baixo.

O ministro aproveitou para reforçar que o momento de nervosismo nos mercados serve de estímulo para levar adiante as reformas.

"O que precisamos fazer é avançar no processo de reformas. É isso que vai diferenciar o Brasil de outras economias emergentes. Precisamos completar o processo de consolidação fiscal", afirmou.
--
. Jair Bolsonaro fala sobre Reforma da Previdência - https://noticias.portaldaindustria.com. ... atizacoes/

Segundo Bolsonaro, a proposta para a reforma da Previdência deve começar pelo serviço público e de forma gradativa, com o aumento dos tempos de serviço e idades para aposentadoria. Para homens, no serviço público, passar de 60 para 61 anos de idade, e de 35 para 36 anos de serviço. E, para mulheres, de 55 para 56 anos de idade, e de 30 para 31 anos. “Precisamos acabar com a fábrica de marajás que há no serviço público. A reforma deve acontecer paulatinamente”, ressaltou.
--
. Ciro Gomes fala sobre Reforma da Previdência - http://politica.estadao.com.br/noticias ... 0002310958

Ciro Gomes (PDT) estuda propor uma Reforma da Previdência que divida o sistema em três faixas de beneficiários, que vão desde um benefício social com renda mínima até um sistema de capitalização, de acordo com a renda do trabalhador. A proposta foi revelada na terça-feira, 15, pelo economista Nelson Marconi, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que coordena a formulação do plano de governo de Ciro.

"A reforma da Previdência é fundamental, junto com a reforma tributária", disse o economista, em debate na Casa do Saber, em São Paulo. "É preciso rever a forma de financiamento da Previdência, o que é fundamental para as despesas com juros caírem."
--
. Marina Silva fala sobre Reforma da Previdência - https://www.em.com.br/app/noticia/polit ... z-ma.shtml

Marina Silva declarou que as reformas da Previdência, tributária e política serão prioridades em seu governo.

Marina Silva, que palestrou durante a 19ª Conferência Anual de Investidores do Santander, veio acompanhada do economista Eduardo Giannetti da Fonseca e Basileu Margarido, que integram a sua equipe econômica.

Marina também disse receber colaboração do economista André Lara Rezende e, no debate sobre a reforma tributária, do Instituto de Cidadania Fiscal, de Bernard Appy.

Em relação à reforma da Previdência, Marina disse não concordar com o projeto enviado pelo governo do presidente Michel Temer, que não teria a legitimidade necessária para conduzir as reformas.

Já sobre a reforma tributária, Marina defendeu uma simplificação da estrutura, se possível com a criação de um imposto único sobre valor adicionado. "Não dá para ser populista e dizer que dá pra reduzir tributos, mas também não devemos aumentá-los", acrescentou.
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Re: Reforma da Previdência

Mensagem por Victor235 » 23 Mai 2018, 20:12

"A Previdência tem que ser discutida pelos candidatos à Presidência da República para que as pessoas escolham a proposta que querem apoiar. Não é esse governo que tem que fazer a pauta da Previdência", diz Eunício Oliveira: https://exame.abril.com.br/brasil/nao-v ... a-eunicio/
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Re: Reforma da Previdência

Mensagem por E.R » 28 Mai 2018, 05:25

O GLOBO

Em tempos de rombo nas contas públicas e intensos debates sobre a necessidade de uma reforma na Previdência, as Forças Armadas ainda resistem em apresentar dados detalhados sobre um dos benefícios mais polêmicos : as pensões pagas às filhas de militares mortos, muitas delas casadas e em idade produtiva.

As poucas informações disponíveis mostram um gasto superior a R$ 5 bilhões por ano, mais do que toda a receita previdenciária das três forças em 2017.

Embora o benefício tenha sido extinto no fim de 2000, ele ainda poderá ser pago nas décadas seguintes.

O Exército estima que, pelo menos até 2060, haverá filhas de militares com direito a pensão. Hoje, elas somam mais de 110 mil.

O GLOBO tenta desde fevereiro do ano passado, via Lei de Acesso à Informação, obter a relação das pensionistas e outros detalhes, como valor, data em que o benefício foi concedido e data de nascimento da beneficiária.

Mas tanto o Ministério da Defesa quanto as Forças Armadas vêm alegando diferentes razões para negar os pedidos, que vão da intimidade das pensionistas às dificuldades técnicas de levantar o material.

Apenas a Aeronáutica repassou dados, ainda assim, parciais. Sem listar os nomes das pensionistas, informou que o benefício é pago a mais de 20 mil mulheres, das quais 11.178 são casadas e 8.892 são solteiras. Além disso, 64 acumulam mais de uma pensão. É o caso por exemplo de quem, além de filha, é viúva de militar.

Exército e Marinha não informaram dado algum. Posteriormente, por meio da assessoria de imprensa, repassaram informações gerais. Segundo a Marinha, há 22.829 pensionistas filhas de militares, das quais 10.780 são casadas e 12.049 solteiras. Do total, 345 recebem mais de uma pensão. Mas, assim como a Aeronáutica, não divulgou valores. Já o Exército afirmou ter gasto R$ 407,1 milhões em abril com pensões de 67.625 filhas de militares, o que dá mais de R$ 5 bilhões por ano. Todas as receitas previdenciárias das três forças ao longo de 2017 — destinadas ao pagamento desse e de outros benefícios — ficaram em R$ 3,342 bilhões.

O primeiro pedido do GLOBO pela Lei de Acesso foi feito em fevereiro de 2017 ao Ministério da Defesa. Em março, a pasta alegou que a relação nominal era uma informação pessoal relativa à “intimidade, vida privada, honra e imagem”, havendo necessidade de consentimento das pensionistas. Após recurso do GLOBO, comunicou em abril que o Portal da Transparência, no qual são divulgadas informações sem a necessidade de solicitação de um cidadão, tem apenas dados do pessoal da ativa; não das pensionistas. Mas não disse que a legislação não proíbe a divulgação dessas informações quando pedidas. Também alegou que os dados solicitados não estão reunidos em nenhum relatório da pasta, requerendo a produção de um levantamento.

Dias depois, em resposta a novo recurso, o Ministério da Defesa informou que não é obrigado a atender pedidos “que exijam trabalhos adicionais de análise, interpretação ou consolidação de dados e informações, ou serviço de produção ou tratamento de dados que não seja de competência do órgão ou entidade”. O GLOBO recorreu de novo, desta vez à Controladoria Geral da União, que refutou o argumento de que o pedido viola a intimidade das pensionistas. Mas negou o recurso por outro motivo : as informações teriam que ser solicitadas a cada uma das três Forças Armadas. Assim, em dezembro, foram feitos três pedidos separadamente. Todas as forças alegaram dificuldades técnicas para levantar os dados, e a Aeronáutica também usou o argumento da intimidade das pensionistas.

O economista Gil Castello Branco, da organização não governamental Associação Contas Abertas, criticou as justificativas do Ministério da Defesa e das Forças Armadas :

— Qual seria a diferença de não haver violação (da intimidade) na divulgação dos salários e haver na divulgação dos pensionistas ? Em ambos os casos são recursos públicos, dos impostos, taxas, e tem que haver absoluta transparência. Essa justificativa é descabida — afirmou Castello Branco. — Essas informações tinham que ser claras. Até porque o valor é significativo hoje em dia dentro do orçamento da União. O país tem um rombo fiscal previsto para este ano de R$ 159 bilhões.

A concessão do benefício passou por várias fases. Uma lei de 1960 permitia a pensão “aos filhos de qualquer condição, exclusive os maiores do sexo masculino”. Em outras palavras, podia até ser casada. Em 1991, a lei foi modificada e passou a permitir apenas filhas solteiras. Mas, em 1993, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou essa alteração inconstitucional, e as casadas voltaram a ter o benefício. No fim de 2000, a lei foi mudada novamente extinguindo o benefício a partir daquele ano. A pensão só poderia ser paga a filhos ou enteados até os 21 anos ou até 24, se estudantes universitários. Mas um militar que entrou em uma das Forças Armadas em 2000 ou antes ainda poderá garantir esse benefício à sua filha quando morrer, mesmo que isso ocorra somente daqui a algumas décadas, desde que pague uma contribuição adicional de 1,5%.

Assim, segundo o Exército, em 2060 ainda haverá pagamento de pensões a filhas de militares. Ainda de acordo com a instituição, entre 2010 e 2016, houve uma redução de 15,6% nos valores com pensão militar. Se incluídos todos os gastos previdenciários — inclusive aposentadorias — de Exército, Marinha e Aeronáutica, a despesa total de 2017 foi de R$ 41,026 bilhões. Como a receita foi bem menor, o déficit chegou a R$ 37,684 bilhões, com a diferença sendo coberta pelo Tesouro. Proporcionalmente, é um rombo maior do que entre os servidores civis federais e muito acima do que o registrado entre os trabalhadores atendidos pelo INSS.

O economista Paulo Taffner, especialista em Previdência, destaca que os problemas na previdência não são exclusivos dos militares. Ele avalia que a alíquota adicional de 1,5% exigida de quem entrou numa das três forças até 2000 para que o benefício seja pago futuramente às suas filhas é baixo e deveria aumentar, tanto para militares quanto para civis.

— Não tudo de uma vez, mas um aumento progressivo — diz Taffner, que também critica o acúmulo de pensões :
— Isso é uma disfunção do nosso sistema previdenciário. O Brasil é o único país do mundo que permite acúmulo de benefício.

O GLOBO perguntou às três forças, via assessorias de imprensa, sobre a possibilidade de mudar a lei para impedir o pagamento de benefícios às filhas de quem ingressou na carreira militar até 2000, mas ainda está vivo. Apenas o Exército se manifestou: “É um processo que se encontra em fase de transição, como ocorreu com outras carreiras, mas cuja tendência é a diminuição progressiva até que não haja mais pagamento de novas pensões para as filhas maiores. Nesse passo, com espeque (apoio) nos princípios republicanos da legalidade e do direito adquirido, é incontroverso que as concessões de pensões militares são processadas à luz do regime jurídico vigente.”
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Re: Reforma da Previdência

Mensagem por E.R » 30 Jun 2018, 09:49

https://www1.folha.uol.com.br/seminario ... upar.shtml

Apesar da indefinição política, a Reforma da Previdência é inevitável : o sistema atual não se sustenta financeiramente, devido a fatores como o aumento da expectativa de vida e a redução da taxa de natalidade.

Isso é consenso entre especialistas que participaram na quinta-feira (28) do seminário Seguros, Previdência e Inovação, promovido pela Folha de S.Paulo.

O encontro, que teve apoio da CNseg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização), aconteceu no auditório do jornal, em São Paulo, e contou com a mediação dos jornalistas da Folha Everton Lopes Batista e Joana Cunha.

“O modelo atual não é sustentável. Isso significa que o cidadão vai precisar se virar para formar uma reserva financeira e complementar a aposentadoria do INSS”, afirmou Marcia Dessen, planejadora financeira pessoal e colunista do jornal.

Para o presidente da FenaPrevi, Edson Franco, as seguradoras precisam se preparar para absorver boa parte da demanda que surgirá após a aprovação da reforma.

“Ela é inevitável, porque a matemática é fria. (...) O gasto é muito grande, o sistema é insustentável”, disse Edson Franco.

Segundo Marcio Coriolano, presidente da CNseg, 13% dos brasileiros têm algum plano de previdência privada. Por isso, o foco agora deve ser atrair pessoas de classes mais baixas.

Um dos obstáculos para que isso ocorra é a complexidade da oferta de planos. Além disso, grande parte da população não entende o funcionamento e a importância da previdência privada. “[Poupar para] trocar de carro no final do ano não é previdência. Previdência é algo para depois de amanhã. Não é o único, mas é um importante meio para ter um futuro mais tranquilo”, afirmou Jorge Pohlmann Nasser, diretor-presidente da Bradesco Vida e Previdência e da Bradesco Capitalização.

Segundo Marcia Coriolano, falta a consciência de que previdência não é apenas um seguro, mas um investimento.
A recusa em investir pode ser uma herança da hiperinflação vivida pelos brasileiros nas décadas de 1980 e 1990.

“O mercado de previdência é jovem. Antes, não podia se falar em investimento de longo prazo com hiperinflação. Esse é um mercado que se formou de 1994 para cá”, afirmou Franco, da FenaPrevi.

Os especialistas também destacaram os altos preços dos planos disponíveis como mais uma barreira para a entrada de novos usuários na previdência privada.

Apesar de oferecerem muitas opções de planos para investidores de médio e grande porte, as seguradoras ainda dão pouca atenção aos pequenos consumidores, que têm baixo capital para investir todo mês.

Para mudar esse cenário, os palestrantes sugerem ações de educação que possam esclarecer a importância da previdência no futuro, atividades de capacitação de agentes de venda e oferta de planos acessíveis para pessoas com renda mais baixa.

Um passo básico para lidar com a desinformação é conseguir explicar de forma clara para a população o que é previdência, segundo Nasser. “O governo federal deveria incluir a educação financeira no currículo das escolas.”

O executivo também afirmou ser essencial que a pessoa defina de antemão alguns detalhes : por que quer um plano de previdência privada e por quanto tempo deixará o dinheiro guardado.
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Re: Reforma da Previdência

Mensagem por Victor235 » 09 Jul 2018, 19:36

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Equipe de Bolsonaro estuda plano de Previdência com aposentadoria em etapas
Também poupança semelhante a Tesouro Direto.
Cerca de 30 pessoas trabalham no plano de governo do pré-candidato à Presidência.
https://www.poder360.com.br/eleicoes/eq ... em-etapas/
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Re: Reforma da Previdência

Mensagem por Jezebel do Canto e Mello » 10 Jul 2018, 00:57

É um irresponsável, mas acho louvável que ele tenta.
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