Re: TECNOLOGIA
Enviado: 08 Jul 2016, 00:46
Você sabe o que os grandes sites sabem sobre você? Pois deveria saber. Embora muitos de nós já compartilhemos grande parte de nossas vidas nas redes, o conceito de privacidade que às vezes imaginamos, estando conectados, é bem ilusório. Verdade é que sites como Facebook e Google podem saber TUDO (ou quase) sobre você.
Um exemplo? Basta ver o recurso My Activity, do Google. Ele exibe todo o seu histórico de conexão com o site e seus aplicativos, especialmente se você tiver um Android.
Ali você pode ver, por exemplo, os sites que acessou, quais pesquisas fez e até mesmo que aplicativos você usou no Android - como Whatsapp, Facebook, Twitter e leitores nativos de mídia (como música).
Na página https://myaccount.google.com/activitycontrols você pode ver alguns históricos mais organizados por tipo. Um deles se refere a "atividade de voz e áudio". Ali você encontra todas as pesquisas que fez com voz nos apps como o Now. E mais: pode até OUVIR a sua pesquisa. Digamos que você pediu ao Google pra pesquisar "previsão do tempo pra amanhã". Você pode ouvir o que disse nessa pesquisa.
Mas nenhum histórico é mais incrível - e assustador, até - do que o de localização (https://www.google.com.br/maps/timeline). O Google pode monitorar TODOS OS LUGARES onde você esteve. E exibe tudo com quase perfeita exatidão. Ele mostra quanto tempo você ficou em algum lugar. Pelo tempo de deslocamento, calcula até se você foi a pé, de carro ou de avião. Dá pra ver até o quanto você circulou dentro de um mesmo espaço.
O lado bom do Google é que você pode apagar essas informações. Pode também desativar alguns mecanismos que rastreiam as atividades, como o histórico de localização. Mas... Quem garante que sigilosamente eles não estejam captando outras informações?
E não é só isso:
Um professor afirma que o Facebook está usando smartphones para escutar o que as pessoas dizem: http://ind.pn/29dIOUF
A Samsung confirmou que as Smart TVs podem ouvir as conversas alheias: http://glo.bo/29aumcq
Por trás de tudo isso, há sempre uma intenção de "melhorar a experiência" do usuário, alcance correto de anúncios e pesquisas personalizadas. Mas a que custo? De saber tudo o que fazemos?
Querer privacidade na rede hoje em dia é algo muito, muito difícil. Ou você se ausenta de alguns sites e dispositivos, ou usa técnicas como VPN, navegadores como o Tor e sistemas de criptografia para enviar mensagens seguras.
O intuito desse post não é aterrorizar ninguém, nem dizer que todos devemos nos ausentar das redes. Mas que devemos ter noção do quanto estamos expostos na web, mesmo que sem saber. E que o conceito de privacidade hoje é muito frágil. Não importa que você feche seu perfil para os outros, que tome todos os cuidados.
De uma forma ou de outra, grandes empresas estão monitorando tudo o que fazemos. E usando isso como forma de negócio. Afinal, por mais que Google e Facebook sejam gratuitos, estamos dentro de estruturas bilionárias que usam nós mesmos como produto.
O que fazemos, visitamos, curtimos, cada metadado serve a algum interesse dessas redes.
--
Texto por: eu mesmo.
Um exemplo? Basta ver o recurso My Activity, do Google. Ele exibe todo o seu histórico de conexão com o site e seus aplicativos, especialmente se você tiver um Android.
Ali você pode ver, por exemplo, os sites que acessou, quais pesquisas fez e até mesmo que aplicativos você usou no Android - como Whatsapp, Facebook, Twitter e leitores nativos de mídia (como música).
Na página https://myaccount.google.com/activitycontrols você pode ver alguns históricos mais organizados por tipo. Um deles se refere a "atividade de voz e áudio". Ali você encontra todas as pesquisas que fez com voz nos apps como o Now. E mais: pode até OUVIR a sua pesquisa. Digamos que você pediu ao Google pra pesquisar "previsão do tempo pra amanhã". Você pode ouvir o que disse nessa pesquisa.
Mas nenhum histórico é mais incrível - e assustador, até - do que o de localização (https://www.google.com.br/maps/timeline). O Google pode monitorar TODOS OS LUGARES onde você esteve. E exibe tudo com quase perfeita exatidão. Ele mostra quanto tempo você ficou em algum lugar. Pelo tempo de deslocamento, calcula até se você foi a pé, de carro ou de avião. Dá pra ver até o quanto você circulou dentro de um mesmo espaço.
O lado bom do Google é que você pode apagar essas informações. Pode também desativar alguns mecanismos que rastreiam as atividades, como o histórico de localização. Mas... Quem garante que sigilosamente eles não estejam captando outras informações?
E não é só isso:
Um professor afirma que o Facebook está usando smartphones para escutar o que as pessoas dizem: http://ind.pn/29dIOUF
A Samsung confirmou que as Smart TVs podem ouvir as conversas alheias: http://glo.bo/29aumcq
Por trás de tudo isso, há sempre uma intenção de "melhorar a experiência" do usuário, alcance correto de anúncios e pesquisas personalizadas. Mas a que custo? De saber tudo o que fazemos?
Querer privacidade na rede hoje em dia é algo muito, muito difícil. Ou você se ausenta de alguns sites e dispositivos, ou usa técnicas como VPN, navegadores como o Tor e sistemas de criptografia para enviar mensagens seguras.
O intuito desse post não é aterrorizar ninguém, nem dizer que todos devemos nos ausentar das redes. Mas que devemos ter noção do quanto estamos expostos na web, mesmo que sem saber. E que o conceito de privacidade hoje é muito frágil. Não importa que você feche seu perfil para os outros, que tome todos os cuidados.
De uma forma ou de outra, grandes empresas estão monitorando tudo o que fazemos. E usando isso como forma de negócio. Afinal, por mais que Google e Facebook sejam gratuitos, estamos dentro de estruturas bilionárias que usam nós mesmos como produto.
O que fazemos, visitamos, curtimos, cada metadado serve a algum interesse dessas redes.
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Texto por: eu mesmo.