Reforma Política

uma forma de garantir cada vez mais dinheiro para os partidos políticos (roubalheira que acontece)

Espaço para debates sobre assuntos que não sejam relacionados a Chespirito, como cinema, política, atualidades, música, cotidiano, games, tecnologias, etc.
Victor235
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Re: Reforma Política

Mensagem por Victor235 » 19 Set 2016, 20:26

Outra vez café?

Dentro de uma semana sai: "Confirmado: PPS irá se fundir com o PMN", e na próxima isso cai e os partidos não se fundem.
Limitação Partidária
Por: Redação - 19/09/2016 07h58

O Brasil se transformou numa verdadeira indústria de partidos políticos, a ponto de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fiscalizar hoje o funcionamento do PMDB, PTB, PDT, PT, DEM, PCdoB, PSB, PSDB, PTC, PSC, PMN, PRP, PPS, PV, PTdoB, PP, PSTU, PCB, PRTB, PHS, PSDC, PCO, PTN, PSL, PRB, PSOL, PR, PSD, PPL, PEN, PROS, Rede Solidariedade e o Partido da Mulher Brasileira (PMB), mas essa farra está com os dias contados. Proposta de Emenda à Constituição (PEC) já aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal cria uma cláusula de barreira que impõe requisitos eleitorais para a manutenção de partidos políticos e, se já estivesse em vigor, engessaria 14 siglas no Congresso Nacional e restringiria o acesso dessas legendas às verbas partidárias, horário eleitoral gratuito e fundo partidário. Como as regras só devem entrar em vigor a partir das eleições gerais de 2018, os partidos e seus caciques ainda terão mais de dois anos para usufruir das benesses que são asseguras às legendas, entre elas o repasse de mais de R$ 850 milhões somente neste ano à título de fundo partidário.

Pela proposta, uma legenda que não atingir resultados eleitorais mínimos perde também o funcionamento parlamentar, ou seja, o partido teria uma estrutura menor na Câmara dos Deputados, sem direito a cargos de liderança, deputados em comissões permanentes e cargos na Mesa Diretora. Para preservar essas mordomias, os recursos do fundo partidário e o tempo gratuito de televisão e rádio, os partidos precisarão conquistar em 2018 pelo menos 2% dos votos válidos para deputado federal em todo o país; 2% dos votos para deputado federal em, no mínimo, 14 unidades da federação, de forma que no cenário atual apenas PMDB, PT, PSDB, DEM, PDT, PP, PR, PRB, PSB, PSC, PSD, PTB, SD se manteriam atuantes. Outras legendas como PPS, PROS, PV, PC do B, PEN, PHS, PRP, PRTB, PSL, PSOL, PT do B, Rede, PTN, PSC, SD e PMB perderiam o funcionamento parlamentar. Defensores da cláusula de barreira afirmam que a regra diminuiria a quantidade de partidos no país, considerada excessiva pelos que apoiam o texto. A cláusula acabaria principalmente com os chamados partidos nanicos, pois com restrições ao funcionamento parlamentar e sem acesso ao fundo partidário e horário de rádio e TV, essas legendas perderiam todo poder de barganha.

A tendência é que, com a cláusula de barreira, as siglas menores deixem de existir ou se fundam a uma maior, diminuindo negociações em troca de tempo de TV das chamadas legendas de aluguel, ou seja, aqueles partidos que existem exclusivamente para se apropriar do fundo partidário e negociar tempo de televisão. A principal vantagem é que a redução no número de partidos políticos melhoraria o diálogo entre Executivo e Legislativo, proporcionaria melhores condições de governabilidade e reduziria sensivelmente a barganha por cargos na estrutura do poder. Ademais, a barreira eliminaria a corrupção dos donos de partidos nanicos, onde os caciques dessas legendas recebem dinheiro do fundo partidário, mas não coloca esse dinheiro à disposição do partido, para os candidatos. Um outro grupo entende que a cláusula de barreira diminuiria a representatividade política no país e restringiria as opções de ideologias à disposição do eleitor, já que poderia eliminar partidos que, apesar de ter poucos votos, possuem posições políticas marcantes. Esse argumento é furado, mesmo porque nos Estados Unidos existem quase uma centena de partidos e as eleições sempre polarizam entre Democratas e Republicanos.

O fato é que recentemente até o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reagiu à indústria de partidos políticos que se instalou no Brasil nos últimos anos e classificou como partidos de maleta, aqueles que têm administração concentrada em uma única pessoa e usam sua estrutura como moeda de troca nos processos eleitorais. Ainda que partidos políticos em profusão passem a sensação de fortalecimento da democracia, o fato é que todas as legendas servem apenas para atender interesses de grupos e, em maior ou menor grau, são apenas balcões de negócios. A situação é tão crítica que o TSE foi obrigado a adiar por um ano a entrada em vigor da resolução que exigia a criação de Diretórios Regionais e Municipais definitivos em todo o Brasil, o que acabou permitindo que, neste ano, possam ser lançadas candidaturas por comissões provisórias. O ministro Dias Toffoli alerta que os partidos de maleta, em que uma única pessoa carrega o partido inteiro, o fundo partidário inteiro, acabam se transformando em moeda de troca e desqualificando a política brasileira.
O PROGRESSO
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Re: Reforma Política

Mensagem por Victor235 » 25 Set 2016, 20:44

Poxa, nem me atentei a esta nova regra:

Nova lei prevê desempenho mínimo nas urnas para candidato a vereador
http://g1.globo.com/politica/eleicoes/2 ... eador.html
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Re: Reforma Política

Mensagem por Barbano » 26 Set 2016, 00:02

O que é uma boa medida. Evita que candidato praticamente sem voto seja eleito.

Outra coisa que o juiz eleitoral daqui disse é que funcionário público que se candidatar e tiver uma quantidade de votos inexpressiva vai responder a processo administrativo, e poderá perder o cargo. Muitos fazem isso só para ficar 3 meses afastado recebendo seus vencimentos.
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Re: Reforma Política

Mensagem por Victor235 » 26 Set 2016, 20:58

“Com poucos partidos, apenas a elite conseguiria apresentar candidatos”, diz presidente do PHS
26/09/2016 11h14 Por Larissa Quixabeira Edição 2151
Presidente do PHS, Eduardo Machado analisa PEC de reforma política que pode restringir o funcionamento de partidos menores

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“Muitas pessoas gostam de repetir que no Brasil existem muitos partidos e que isso é uma coisa negativa, mas é o contrário”, diz Eduardo Machado | Foto: Fernando Leite/ Jornal Opção

A reforma política, na forma da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 36/2016, em tramitação no Congresso Nacional, pretende, entre outras medidas, implantar cláusula de barreira que vai impedir o “funcionamento parlamentar” de partidos menores ao retirar o direito ao fundo partidário e tempo gratuito de TV e rádio às siglas que não atingirem a cota de votação mínima.

Enquanto o parlamento analisa os méritos da proposta dos senadores Ricardo Ferraço (PSDB-ES) e Aécio Neves (PSDB-MG), a matéria repercute entre os representantes das siglas que podem ser afetadas pela nova configuração.

O presidente nacional PHS, Eduardo Machado, considera as mudanças necessárias para o sistema político brasileiro e analisa que, caso a PEC seja aprovada, os partidos menores não serão prejudicados. “A partir do momento em que cada partido tem o direito à propaganda partidária e o número de siglas cresce no País, isso inviabiliza a disponibilização do tempo de TV para todos. Eu sempre defendi que o critério para isso fosse mais rigoroso. Se a PEC for aprovada, os partidos terão que se mobilizar, se juntar e federações, para atingir a cláusula de desempenho e continuar a ter acesso ao fundo partidário”, explicou.

Para Eduardo Machado, a proposta não terá como finalidade a extinção de partidos o que, segundo ele, seria ruim. “Acho difícil um partido deixar de existir por falta de acesso ao fundo partidário e, de qualquer maneira, isso pode ser contornado com a formação de federações. Muitas pessoas gostam de repetir que no Brasil existem muitos partidos e que isso seria uma coisa negativa. Muito pelo contrário”, disse o presidente do PHS.

Ele afirma que o número de 35 siglas registradas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é na verdade restrito, se comparado com outros países. Ainda segundo Eduardo Machado, a pluralidade é benéfica ao sistema político.

“Com um número restrito de partidos, diminui-se também o número de candidatos, portanto só a elite conseguiria concorrer a cargos públicos. Em um sistema com poucos partidos, não sobra espaço para que o cidadão comum, que não venha de origem tradicionalmente política ou de destaque, possa concorrer e ser eleito”, explicou Machado, ao citar o exemplo do deputado federal eleito pelo PHS do Paraná, Diego Garcia.

“Elegemos no Paraná o deputado Diego Garcia. Até dois anos antes da eleição, ele era vendedor e ganhava um salário mínimo. Em um sistema com poucos partidos, não vejo como seria possível viabilizar a candidatura de um rapaz humilde e do interior, como ele. Evidentemente não poderia ser eleito”.

Eduardo Machado completou ainda dizendo que, apesar de ser favorável à aprovação, a previsão é de que o PHS não se enquadre na regra de funcionamento parlamentar, uma vez que, segundo previsões internas, deve ultrapassar a cota de 2% dos votos válidos em território nacional.

“Levando em consideração os números das eleições de 2014, na qual ultrapassamos a barreira dos 1,5% votos computados nacionalmente, a perspectiva é de que em 2018 tenhamos mais de 2%”, disse Machado.

Caso a PEC seja aprovada, para ter funcionamento parlamentar, um partido precisará obter uma votação nacional mínima nas eleições gerais: pelo menos 2% dos votos válidos em 2018 e pelo menos 3% a partir de 2022. Esses votos deverão estar distribuídos em pelo menos 14 unidades da federação, com um mínimo de 2% dos votos válidos de cada uma.

Outras mudanças

A proposta de mudança na Constituição institui maior fidelidade partidária, ao exigir que os políticos que conquistarem mandatos nas eleições de 2016 e 2018 vão perdê-los caso se desfiliem dos partidos pelos quais disputaram o pleito. Da mesma forma, os vices e suplentes escolhidos nessas eleições não terão o direito de substituir os titulares se deixarem suas legendas.

As únicas exceções dizem respeito à desfiliação em caso de mudança no programa partidário ou perseguição política. Uma terceira ressalva é feita para políticos que se elegerem por partidos que não tenham superado a cláusula de barreira criada pela PEC.

Outra determinação da PEC é que, a partir de 2020, sejam extintas as coligações partidárias em eleições legislativas. A escolha de deputados federais e estaduais e de vereadores se dá pelo sistema proporcional, em que os partidos recebem um número de cadeiras equivalente a sua votação percentual. Atualmente, os partidos podem se juntar em coligações, de modo que as votações das legendas coligadas são somadas e consideradas como um grupo único no momento de calcular a distribuição de cadeiras.

A previsão é de que a proposta seja analisada pelo Senado após as eleições municipais.
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Re: Reforma Política

Mensagem por E.R » 28 Set 2016, 01:13

http://www12.senado.leg.br/noticias/mat ... ir-de-2019

Está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), aguardando indicação de relator, a proposta de Flexa Ribeiro (PSDB-PA) que altera a representação por estado na Câmara dos Deputados para a próxima legislatura (2019-2023).

O projeto (PLS 315/2016) tem como base a atualização da população de cada estado feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano passado.

Mantendo-se o atual número de deputados em 513, o estado que mais aumentará sua representação será o Pará, passando de 17 para 21.

Outros estados que vão ter maior número de representantes serão Minas Gerais (passará de 53 para 55) e Amazonas (de 8 para 10).

Entre as unidades que mais perderiam representantes, estão o Rio de Janeiro (cairia de 46 para 43), o Rio Grande do Sul (de 31 para 29), a Paraíba (de 12 para 10) e o Piauí (de 10 para 8).

Na justificativa, Flexa Ribeiro diz que se baseou em critérios já adotados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), "não se tratando de opção caprichosa, guardando absoluta coerência com o sistema proporcional constitucional".

"O Parlamento deve ser um mapa reduzido do povo e é isso que se respeita. A população, evidentemente, vive uma realidade dinâmica que não deve ser artificialmente congelada. Precisamos atualizar a representação de acordo com os dados mais recentes", acrescenta.

Ainda pelo cálculo apresentado na proposta, outros estados que aumentarão o número de deputados serão a Bahia (de 39 para 40), o Ceará (de 22 para 23), Santa Catarina (de 16 para 17) e Rio Grande do Norte (de 8 para 9).

O número diminuiria em Pernambuco (de 25 para 24), Paraná (de 30 para 29) e Alagoas (de 9 para 8).

Se aprovado, o projeto seguirá para a análise da Câmara, caso não haja recurso para votação no Plenário.
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Re: Reforma Política

Mensagem por Barbano » 28 Set 2016, 10:15

É o tipo de coisa que deveria ser alterada automaticamente, sem necessidade de votação, de acordo com os dados do IBGE.

Votação vai ter caráter político, e não de acordo com a distribuição geográfica. Deputados do RJ, RS, PE e PR evidentemente votarão contra. Já os de PA, AM, MG e BA devem ir a favor.

Os deputados paulistas devem fazer a diferença na votação, já que é a maior bancada e não muda o número de deputados do estado.
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Re: Reforma Política

Mensagem por Victor235 » 30 Set 2016, 23:31

Muito bem colocado, Fabão.
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Re: Reforma Política

Mensagem por Victor235 » 06 Out 2016, 23:29

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Re: Reforma Política

Mensagem por Victor235 » 09 Out 2016, 01:39

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Fiz um hipotético estudo inédito aqui. Caso a legislação não permitisse coligações proporcionais (como alguns defendem), como seria a votação em minha cidade? Ela seria mais democrática? Os resultados surpreenderam:
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Re: Reforma Política

Mensagem por Victor235 » 18 Out 2016, 19:14

Aí tem coisa?
Renan defende 'conjugar' lei sobre abuso de autoridade e reforma política
18/10/2016 12h22 - Atualizado em 18/10/2016 12h34

Texto prevê punições mais rigorosas para casos de abuso de autoridade.
Para peemedebista, tramitar propostas conjuntamente aperfeiçoará o Brasil.

João Cláudio Netto
Da TV Globo, em Brasília

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu nesta terça-feira (18) que a proposta de lei que trata do abuso de autoridade deve ser "conjugada" com as propostas de reforma política e as leis que tratam do combate à corrupção.

A proposta, defendida por Renan, atualiza as situações de crime e as punições para as autoridades que cometem abusos. Investigado pela Operação Lava Jato, o presidente do Senado foi quem protocolou o texto e tem defendido que a proposta seja votada
rapidamente pelos senadores.

O projeto tem sido alvo de críticas de magistrados e da oposição, que afirmam que a proposta tem a intenção de intimidar o Ministério Público (leia mais sobre o projeto).

Para o peemedebista, se os parlamentares votarem conjuntamente as propostas de reforma política, combate à corrupção e o texto sobre abuso de autoridade, estarão "aperfeiçoando o Brasil e consequentemente suas instituições".

"Eu entendo que a reforma política deve ser conjugada com as leis propostas de combate à corrupção, a reforma política e o abuso de autoridade. Eu acho que esse aperfeiçoamento, mais do que nunca, se faz necessário no Brasil", defendeu Renan.

"Eu defendo que nós comecemos a reforma política, a reforma política precisa ser feita no Brasil, há uma necessidade, esse sistema político ele envelheceu, precisa ser substituído. E eu entendo que a oportunidade é conjugar ao mesmo tempo reforma politica, combate à corrupção, e lei de abuso de autoridade. Se nós fizermos essa conjunção, para votarmos essas propostas, nós estaremos aperfeiçoando o Brasil e consequentemente suas instituições", enfatizou.

Ao ser questionado sobre a votação da reforma política no Senado, Renan Calheiros afirmou que a "primeira parte" dos projetos deve ser votada no dia 9 de novembro. Ele voltou a explicar que parte dos textos tramitará inicialmente no Senado e parte na
Câmara.

"Nós vamos votar aqui no Senado Federal a primeira parte da reforma política que é a proibição da coligação proporcional e a cláusula de barreira. Eu pedi ao presidente da Câmara [Rodrigo Maia] para que ele tomasse a iniciativa com relação à substituição do sistema político-eleitoral. Porque, como vocês sabem, o que elege os senadores é o sistema majoritário. E o que elege a Câmara dos Deputados é o sistema proporcional. Então nada mais legítimo que a Câmara aprove um novo sistema em substituição a esse sistema que está aí que, como todos sabem, está carcomido", afirmou o senador.
G1
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Re: Reforma Política

Mensagem por Victor235 » 20 Out 2016, 21:32

Líderes fixam datas para votação da reforma política e da PEC dos gastos
Da Redação | 19/10/2016, 19h17 - ATUALIZADO EM 19/10/2016, 19h34

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Reunião de líderes (E/D): senadores Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Eduardo Braga (PMDB-AM), Ricardo Ferraço (PSDB-ES), Renan Calheiros (presidente do Senado), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), José Maranhão (PMDB-PB), Gladson Cameli (PP-AC), José Pimentel (PT-CE)
Jonas Pereira/Agência Senado

A proposta de emenda constitucional (PEC 36/2016) que extingue as coligações nas eleições proporcionais, além de estabelecer uma cláusula de barreira para os partidos políticos será votada, em segundo turno, até o dia 23 de novembro. O primeiro turno será em 9 de novembro. As datas foram acertadas em reunião dos líderes partidários no Senado nesta quarta-feira (19).

No encontro os senadores também definiram um cronograma para análise da PEC 241/2016 que limita o crescimento dos gastos públicos por 20 anos. A proposta deve ser votada na Câmara dos Deputados, em segundo turno, na semana que vem. Se aprovada, virá ao Senado. O acordo é que a votação na Comissão de Constituição Justiça e Cidadania (CCJ) se dê em 9 de novembro. O exame em primeiro turno no Plenário do Senado deverá ser em 29 de novembro e o segundo turno em 13 de dezembro.

- É um calendário que vai, sobretudo, qualificar o debate, porque terá prazos previamente concebidos. Terá audiência pública tanto na CCJ quanto no Plenário do Senado. Estabelecemos prazos e interstícios para a votação da PEC. Esse é um calendário que vai facilitar a vida de todos - explicou o presidente do Senado, Renan Calheiros.

O líder do governo no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) afirmou que o compromisso garante que a proposta que limita dos gastos públicos será votada ainda este ano, além de garantir um amplo debate tanto no Senado quanto com a sociedade.

Oposição

A oposição concordou com as datas e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) informou que já estão em estudo os nomes dos convidados para as audiências públicas. Enfatizou, porém, que não há qualquer entendimento quanto ao mérito da PEC 241/2016. Randolfe afirmou que a única coisa a fazer “é derrotar essa PEC”, que poderia comprometer os investimentos em educação e “congelar o salário mínimo por pelo menos dez anos”.

Mesma posição tem o senador José Pimentel (PT-CE). Segundo ele, a discussão no Senado será importante para esclarecer a opinião pública.

- Nós não temos a menor possibilidade de votar o texto que está em tramitação na Câmara. O debate sobre o assunto já deixou muito claro que nós somos contrários a prejudicar os mais pobres - declarou Pimentel.

Cláusula de barreira

A proposta de emenda constitucional da reforma política cria a categoria dos partidos com “funcionamento parlamentar”. Seriam aqueles com acesso ao Fundo Partidário e tempo de propaganda no rádio e na TV. Para se enquadrar, um partido precisará obter uma votação nacional mínima nas eleições gerais de pelo menos 2% dos votos válidos em 2018 e pelo menos 3% a partir de 2022. Esses votos deverão estar distribuídos em pelo menos 14 unidades da federação, com um mínimo de 2% dos votos válidos de cada uma.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), que junto com o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) é o autor da PEC 36/2016, disse que essa cláusula de barreira poderá reduzir de 25 para 13 o número de partidos em atuação no Congresso Nacional.

- É inconcebível e inaceitável que continuemos a ter um processo político-partidário como atual em que 25 partidos estejam representados. Não existem 25 correntes de pensamento hoje no Brasil que justifiquem esse número excessivo de partidos políticos. Agrego uma informação: existem em tramitação junto ao Tribunal Superior Eleitoral pedidos para a criação de mais 51 legendas - informou Aécio.
AGÊNCIA SENADO
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Re: Reforma Política

Mensagem por Victor235 » 20 Out 2016, 22:53

Rose de Freitas pede empenho do Congresso na aprovação da reforma política
Da Redação e Da Rádio Senado | 19/10/2016, 18h01 - ATUALIZADO EM 19/10/2016, 18h08

Imagem
Waldemir Barreto/Agência Senado

A senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) pediu o empenho do Legislativo para a aprovação de uma reforma eleitoral que represente uma autêntica evolução no sistema político. Ela saudou a proposta de emenda à Constituição que reduz o número de partidos no Congresso e limita o acesso ao Fundo Partidário e à propaganda gratuita. Na avaliação de Rose de Freitas, o povo se confunde num “emaranhado” de siglas que se apresentam nas eleições sem oferecer programas políticos viáveis.

- A fragmentação partidária reduz a governabilidade, dificulta os acordos políticos e se torna um obstáculo à democracia. No outro extremo, a votação exclusivamente no candidato esvazia a ideologia dos partidos e a representação dos diversos setores da sociedade - afirmou a senadora.

Rose de Freitas ressalvou que a emenda não esgota a demanda por ajustes no sistema eleitoral. Ela sublinhou o aumento das demandas do eleitor, que está cada vez mais atento à atividade dos políticos, e argumentou que os parlamentares devem deixar de lado a defesa de conveniências pontuais e votar pelo bem do país.
AGÊNCIA SENADO
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Re: Reforma Política

Mensagem por Victor235 » 26 Out 2016, 18:49

Projeto reduz percentual de repasse a fundações partidárias
Iara Guimarães Altafin | 26/10/2016, 13h25 - ATUALIZADO EM 26/10/2016, 13h31

Imagem
Pedro França/Agência Senado

O percentual obrigatório de recursos do fundo partidário a ser aplicado em fundação ou instituto mantido pelos partidos políticos pode cair dos atuais 20% para 5%, se for convertido em lei projeto (PLS 387/2016) apresentado pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), que tramita na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Os partidos são obrigados por lei a criar e manter fundações ou institutos, responsáveis pela realização de pesquisas e pela doutrinação e educação política de seus integrantes, segundo os valores defendidos pela agremiação.

Essas instituições atuam em apoio à proposta política do partido que as mantém, promovem eventos para capacitação e formação ideológica dos integrantes e realizam estudos relacionados com os programas defendidos pela legenda. São exemplos a Fundação Ulysses Guimarães (PMDB), o Instituto Teotônio Vilela (PSDB) e a Fundação Perseu Abramo (PT).

De acordo com a Lei 9096/1995, pelo menos 20% dos recursos do fundo partidário devem ser destinados a essas entidades. Jucá considera o percentual “desproporcional”, tendo em vista as demais obrigações dos partidos para com seus diretórios nacional, estaduais e municipais.

O parlamentar, no entanto, afirma que a redução sugerida não representará prejuízo para as fundações partidárias, por se tratar de percentual mínimo. “O partido poderá aplicar percentual maior, conforme sua necessidade e conveniência”, observa Jucá.

O projeto aguarda por emendas e pela designação de relator na CCJ, onde será votado em caráter terminativo. Ou seja, se aprovado, poderá seguir diretamente para a Câmara dos Deputados, a menos que pelo menos nove senadores apresentem recurso para manifestação do Plenário do Senado.
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Re: Reforma Política

Mensagem por Victor235 » 26 Out 2016, 22:10

Estou pensando em postar essa análise no Facebook, mas tenho receio que algum defensor das mulheres não leia direito e parta para ataques dizendo que não quero que elas sejam representadas ou algo do tipo.

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De fato, as mulheres são sub-representadas em nossa política, como bem expôs o TSE em sua campanha sobre as "vozes representadas" em nosso poder Legislativo. Medidas devem incentivar a participação feminina, mas não acredito que obrigar uma lista fechada com alternância de gênero possa ser uma solução. Em muitas cidades e partidos, as mulheres não se candidatam simplesmente porque não querem, não porque "não recebem o mesmo tratamento dispensado aos homens". Basta vermos, como denunciou a mídia, que em vários municípios mulheres foram colocadas como candidatas a vereadora sem que nem elas mesmo soubessem, a partir de certidões manipuladas, apenas para que o partido preenchese a já existente quota de gênero para candidaturas. Essa quota é difícil de ser alcançada. O próprio texto da matéria diz que apenas 11,6% dos candidatos a prefeito este ano foram mulheres. Elas são maioria da população, mas a minoria das candidatas.

Assim, penso que se deve incentivar a participação feminina antes, primeiramente incentivando que se candidatem, que façam campanha, e não que ganhem a eleição mesmo não tendo votos suficentes. Porque uma lista com nomes alternados geraria ainda mais distorções em nosso sistema eleitoral. Se um partido tiver, por exemplo, direito a quatro cadeiras, pode acabar elegendo duas candidatas que tiveram votação menor que o quinto colocado do partido, um homem. Isso é um exemplo. Claro que haverá mulheres muito bem votadas. O que digo é que, se com a ordenação atual de nosso sistema eleitoral (ou seja, após o cálculo quociente eleitoral chega-se a quantas vagas um partido ou coligação tem direito e os mais votados deste partido ou coligação são eleitos) os resultados são distorcivos, imagine se dentro de cada lista partidária não se respeitar a ordem dos mais votados, e sim a questão do gênero em detrimento de uma lista em ordem descrescente. Será praticamente impossível uma lista onde o mais votado do partido seja um homem, a segunda mais votada uma mulher, o terceiro mais votado um homem, a quarta mais votada uma mulher. Quem ganhar, terá votos muito "variáveis", podendo deixar de se eleger um candidato bem votado. Ou seja, poderia uma mulher passar na frente e fazer um homem perder mesmo ele sendo mais votado. E tudo isso dentro de um sistema que já gera distorções, imagine-as somadas com estas!

Não estou criticando a representação feminina em nenhum momento, tampouco quero causar polêmica. Estou falando unicamente desta regra caso ela seja aplicada no sistema eleitoral que nós temos. Nestas condições, acho que não funcionaria. Essas discussões e sugestões, porém, tem que ser feitas sim, e não apenas isoladamente, mas em conjunto com uma série de outras que possam aperfeiçoar a representação proporcional do Brasil, de modo que as mulheres se candidatem mais. O cerne da questão está no momento eleitoral. Elas devem se candidatar mais, e assim se eleger mais, e não ganhar mais que proporcionalmente em relação ao número de candidaturas registradas. Não faz sentido um sistema proporcional representar uma clivagem com uma porcentagem maior do que ela tem enquanto candidatos. Então, que as mulheres se candidatem mais. Que sejam também metade do número de candidatos - e não somente da população - do Brasil.

Reforma política: Vanessa defende lista pré-ordenada com alternância de gênero
http://www12.senado.leg.br/noticias/mat ... -de-genero
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Re: Reforma Política

Mensagem por Barbano » 27 Out 2016, 08:03

"Procuradora Especial da Mulher no Senado, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) ..."

Parei em PCdoB. Essas merdas só poderiam vir desse partido, do PSOL ou do PT mesmo. Cagam regras e criam cota para tudo. Em Porto Alegre conseguiram a proeza de criar cota para mulheres no Uber.

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