Re: Bancos
Enviado: 17 Jan 2019, 07:28
EXTRA
Em notas oficiais, a Caixa Econômica Federal tem reiterado “que os patrocínios para 2019 estão sob análise”.
No entanto, boa parte dos 25 clubes patrocinados por ela captam sinais suficientes para imaginar que a parceria não terá muito futuro.
Marca de maior exposição em camisas na Série A no ano passado, a Caixa já sumiu dos uniformes dos clubes com os quais o contrato já expirou. Pela primeira vez o banco estatal notificou os parceiros para retirá-la das camisas. Em anos anteriores, a Caixa não se incomodava em seguir estampada enquanto os clubes negociavam novos contratos.
A preocupação com a diminuição do investimento da Caixa no futebol afeta até a CBF. Ano passado, o banco deixou de patrocinar o Campeonato Brasileiro feminino. A expectativa na CBF é que um dos vice-presidentes, o agora ex-deputado federal Marcus Vicente (PP-ES), consiga se reunir hoje com a direção da Caixa para saber se a parceria seguirá viva.
O Flamengo, que recebeu R$ 25 milhões da Caixa ano passado, tenta convencer o novo governo que a base de torcedores do clube, incluindo sua força nas redes sociais, garante ao banco estatal um retorno raro.
— Certamente é um dos melhores investimentos de comunicação e marketing feitos pela Caixa — aposta Gustavo Oliveira, vice de marketing do Flamengo.
No Botafogo, ainda há um lastro de esperança porque o contrato atual só expira ao fim de fevereiro. O clube tem como trunfo a influência do deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), reeleito e ainda influente em Brasília. Alvinegro, ele articulou para que o acordo atual fosse concretizado. A diretoria, porém, diz que prospecta outros parceiros.
— Se a Caixa não quiser, certamente teremos outros (patrocinadores) potenciais — disse o diretor-geral Luis Fernando Santos.
Via de regra, os superintendentes regionais da Caixa são intermediários das negociações com cada clube. Depois, as propostas são levadas a Brasília. Alguns clubes chegaram a enviar os valores que pretendem receber.
Pedro Trengrouse, professor em gestão esportiva da FGV, alerta que os clubes encaram o patrocínio sem proatividade, o que diminui seu poder de barganha e o potencial financeiro da parceria.
— O clube não pode agir como se fosse um simples outdoor. Seria mais inteligente estruturar o patrocínio em cima do resultado financeiro concreto que a empresa obtém — avalia.
Amir Somoggi, analista de marketing e sócio da Sports Value, segue a mesma linha.
— O clube precisa ajudar a Caixa a vender cartão de crédito, seguro, plano de saúde, não esperar que o patrocínio seja só um cheque gordo.
Em notas oficiais, a Caixa Econômica Federal tem reiterado “que os patrocínios para 2019 estão sob análise”.
No entanto, boa parte dos 25 clubes patrocinados por ela captam sinais suficientes para imaginar que a parceria não terá muito futuro.
Marca de maior exposição em camisas na Série A no ano passado, a Caixa já sumiu dos uniformes dos clubes com os quais o contrato já expirou. Pela primeira vez o banco estatal notificou os parceiros para retirá-la das camisas. Em anos anteriores, a Caixa não se incomodava em seguir estampada enquanto os clubes negociavam novos contratos.
A preocupação com a diminuição do investimento da Caixa no futebol afeta até a CBF. Ano passado, o banco deixou de patrocinar o Campeonato Brasileiro feminino. A expectativa na CBF é que um dos vice-presidentes, o agora ex-deputado federal Marcus Vicente (PP-ES), consiga se reunir hoje com a direção da Caixa para saber se a parceria seguirá viva.
O Flamengo, que recebeu R$ 25 milhões da Caixa ano passado, tenta convencer o novo governo que a base de torcedores do clube, incluindo sua força nas redes sociais, garante ao banco estatal um retorno raro.
— Certamente é um dos melhores investimentos de comunicação e marketing feitos pela Caixa — aposta Gustavo Oliveira, vice de marketing do Flamengo.
No Botafogo, ainda há um lastro de esperança porque o contrato atual só expira ao fim de fevereiro. O clube tem como trunfo a influência do deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), reeleito e ainda influente em Brasília. Alvinegro, ele articulou para que o acordo atual fosse concretizado. A diretoria, porém, diz que prospecta outros parceiros.
— Se a Caixa não quiser, certamente teremos outros (patrocinadores) potenciais — disse o diretor-geral Luis Fernando Santos.
Via de regra, os superintendentes regionais da Caixa são intermediários das negociações com cada clube. Depois, as propostas são levadas a Brasília. Alguns clubes chegaram a enviar os valores que pretendem receber.
Pedro Trengrouse, professor em gestão esportiva da FGV, alerta que os clubes encaram o patrocínio sem proatividade, o que diminui seu poder de barganha e o potencial financeiro da parceria.
— O clube não pode agir como se fosse um simples outdoor. Seria mais inteligente estruturar o patrocínio em cima do resultado financeiro concreto que a empresa obtém — avalia.
Amir Somoggi, analista de marketing e sócio da Sports Value, segue a mesma linha.
— O clube precisa ajudar a Caixa a vender cartão de crédito, seguro, plano de saúde, não esperar que o patrocínio seja só um cheque gordo.