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Re: Ônibus

Mensagem por Hyuri Augusto » 11 Jul 2017, 19:50

Esse caso dos desempregados deveria ser só até a pessoa conseguir um emprego. Após isso, teria 45 dias para entregar o passe ou seria multada. Se não, iria ter muito neguinho usando o passe enquanto trabalha e sem pagar nem para a recarga. Mas, como não é assim que vai funcionar, só segue o baile.
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Re: Ônibus

Mensagem por Barbano » 11 Jul 2017, 19:56

Se nota que a pessoa nem leu a matéria...
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Re: Ônibus

Mensagem por E.R » 23 Jul 2017, 16:20

EXTRA

Se as cifras pagas por empresários de ônibus do Rio de Janeiro em propina para autoridades do estado, eram milionárias, como revelou nos primeiros dias do mês a Operação Ponto Final, braço da Operação Lava Jato, faltou investimento no serviço para o qual suas empresas foram contratadas, em consórcios, após licitações municipais.

Na Zona Oeste, passageiros reclamam que pelo menos nove linhas desapareceram das ruas, após a falência de viações que atendiam a região.

Outras quatro voltaram a rodar, mas só no começo da manhã e no fim da tarde, de segunda a sexta-feira.

Não era para ser assim. O contrato de concessão com a prefeitura inclui, entre as obrigações dos consórcios, garantir regularidade e continuidade do serviço.

Assim, caso uma empresa não consiga atender a demanda, outra do consórcio deve substituí-la.

As linhas que deixaram os usuários a pé pertenciam às viações Algarve, Rio Rotas, Bangu e Andorinhas, que faliram desde 2015.

Por dois dias, o EXTRA percorreu pontos finais, ouvindo passageiros e rodoviários, e constatou o problema, observável também no serviço de dados abertos da prefeitura, disponibilizados na internet, que se baseia em informações do GPS dos coletivos.

Na Praça do Piriquito, em Realengo, por exemplo, a placa da parada do 367 ainda está lá. Mas, nenhum ônibus passa ou para ali há mais de ano. O lugar agora virou ponto de vans.
— Era nossa única opção para o Centro. Fazia diferença para o trabalhador — lamenta o barbeiro Edilson Werneck.

O supervisor de farmácia Israel de Jesus Lima, de 25 anos, morador de Bangu, precisou da compreensão do chefe para recusar a transferência para a filial da Ilha do Governador e continuar em Ramos.

A razão foi o sumiço da linha 933, única que poderia levá-lo ao novo local de trabalho sem precisar de baldeação.

Sem ela, teria de pegar três conduções até a Ilha. Ele se surpreendeu quando soube que a linha, assim como outras cinco inexistentes na prática, consta no site do Rio Ônibus como ativa.

— Só se mudaram o itinerário e não avisaram a ninguém, porque aqui em Bangu ela não é mais vista — diz.

A recepcionista Rosana Andrade, de 29 anos, mora em Senador Camará, na Zona Oeste, e depende da 395 para ir ao trabalho em Botafogo, na Zona Sul.

Para conseguir pegar o ônibus, que roda em horário limitado, precisa estar no ponto às 5h, quando sai o último dos três que partem para o Centro no começo do dia.

Depois, a linha só volta a circular das 17h às 19h. A informação é confirmada por rodoviários.
— Como trabalho das 7h às 19h nunca consigo voltar no 395, pois o último sai do ponto, no Centro, no mesmo horário em que estou deixando o serviço. Então, sou obrigada a pegar três conduções para voltar para casa — reclama.

O comerciário Rafael Monteiro, de 24 anos, morador de Santa Cruz, diz que além de funcionar em horário limitado, o 388 some das ruas nos feriados e fins de semana.
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Re: Ônibus

Mensagem por E.R » 09 Ago 2017, 07:36

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noti ... -mpf.ghtml

O Ministério Público Federal (MPF) acredita que o combate às vans ilegais no Estado do Rio de Janeiro durante a gestão do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) atendia aos interesses dos empresários de ônibus, em troca de propina.

Os procuradores afirmam que as medidas implementadas por Rogério Onofre, então presidente do Departamento de Transportes Rodoviários (Detro), foram idealizadas pelo ex-governador Sérgio Cabral.

Com elas, diz o MPF, os empresários garantiam hegemonia no setor, além de benefícios na política tarifária.

Tanto Onofre, quanto Cabral estão presos.

Rogério Onofre foi acusado de receber R$ 34 milhões.

Sérgio Cabral teria recebido R$ 144 milhões só de dinheiro do esquema ilegal dos transportes.

"Uma das maiores prioridades (do governo Cabral foi) o combate intensivo contra o transporte alternativo, atividade que, muito embora seja esperada da referida entidade estatal, veio a atender aos interesses dos empresários de ônibus à época e, no contexto da investigação ora empreendida, permite inferir que tal atuação, dentre outras, gerou como contraprestação os pagamentos milionários a título de propina", diz a denúncia do MPF.
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Re: Ônibus

Mensagem por E.R » 26 Ago 2017, 02:19

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Re: Ônibus

Mensagem por E.R » 01 Set 2017, 07:08

http://blogs.oglobo.globo.com/ancelmo/p ... r-360.html

A 20ª Câmara Cível do Rio manteve a passagem dos ônibus do Rio em R$ 3,60.

É que foi negada uma apelação que pedia a suspensão da decisão que reduziu as tarifas em R$ 0,20. A relatora foi a desembargadora Mônica Sardas.

O recurso rejeitado foi apresentado pelos consórcios de empresas de ônibus Santa Cruz, Intersul, Internorte e Transcarioca e pela prefeitura do Rio.

O autor da ação é o promotor de Justiça Rodrigo Terra.
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Re: Ônibus

Mensagem por Barbano » 01 Set 2017, 09:20

Vai ter mais quebradeira de empresas na Zona Oeste. Jacob Barata vai dominar cada vez mais o transporte do Rio com essa decisão.

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Re: Ônibus

Mensagem por Tufman » 21 Set 2017, 01:02

Tarifa de ônibus impede metade dos paulistanos de visitar amigos, diz pesquisa
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Metade dos paulistanos (52%) afirma que "sempre" ou "às vezes" deixa de visitar amigos ou familiares que moram em outros bairros da capital em função do preço da passagem. O resultado faz parte da Pesquisa de Mobilidade Urbana, que revela a percepção do residente da capital paulista sobre a cidade. A tarifa do transporte público em São Paulo hoje é de R$ 3,80.

O mesmo porcentual (52%) declara ainda que deixa de ir a parques, cinemas e outras atividades de lazer; 42% não vão a consultas médicas e exames, e 28% deixam de ir à escola ou à universidade.

A economia proporcionada pelo bilhete único é, no entanto, a principal razão de uso (23%) entre quem utiliza o ônibus pelo menos uma vez por semana. Com o cartão, os passageiros podem embarcar em até quatro coletivos em um período de três horas, pagando apenas uma tarifa.

Em seguida, os motivos que mais levam os paulistanos a usar os ônibus são "a melhor alternativa para o trajeto que precisa fazer" (18%) e "não possuir carro" (17%).

A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes, por meio da São Paulo Transporte (SPTrans), informou, em nota, que a política tarifária na atual administração priorizou o congelamento do valor da passagem. "Mesmo na crise, foi feito um grande esforço para manter a tarifa básica em R$ 3,80 e, desse modo, não penalizar o usuário em meio ao cenário de desemprego e crise econômica no País", declarou.

O levantamento é do Ibope, realizado por encomenda da Rede Nossa São Paulo e do projeto Cidade dos Sonhos, e foi divulgado nesta quarta-feira, 20. Realizado entre os dias 27 de agosto e 11 de setembro, com 1.603 moradores da cidade de São Paulo com 16 anos ou mais, o estudo tem margem de erro de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos.

O nível de satisfação com a locomoção da cidade piorou em todos os itens, contrariando uma tendência de melhora que vinha sendo registrada desde 2008. A pior nota é para a "situação do trânsito na cidade", que caiu de 3,2 para 2,7 - em uma escala de 1 (péssimo) a 10 (ótimo).
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A pesquisa mostrou que 56% dos paulistanos são favoráveis ao aumento das velocidades máximas nas Marginais do Tietê e do Pinheiros - uma das primeiras medidas do prefeito João Doria (PSDB) quando assumiu o Executivo municipal.

Porém, 40% declaram que a medida "contribui muito" para os acidentes de trânsito envolvendo motoristas e motociclistas; 37% dizem que o aumento "contribui muito" para atropelamentos de pedestres e ciclistas; e 37% afirmam que "contribui muito" para as mortes no trânsito em geral.

Esta é a 11ª edição da Pesquisa de Mobilidade Urbana que, entre as novidades, acrescentou perguntas relacionadas ao assédio sexual no transporte público, à retirada de cobradores dos coletivos e à privatização do bilhete único, proposta do prefeito João Doria (PSDB).

Entre os paulistanos entrevistados na pesquisa, 61% desaprovam a privatização do bilhete único. A medida integra o pacote de privatizações do tucano, que em julho foi aprovado em primeira votação na Câmara Municipal de São Paulo.

O prefeito também pretende retirar dos ônibus os cobradores, chegando a afirmar que o processo será feito "gradualmente". O levantamento do Ibope aponta, no entanto, que 75% das pessoas são contrárias à proposta.

Em uma escala de 1 (péssimo) a 10 (ótimo), a nota para segurança no ônibus foi de 2,6. Os usuários avaliam como principais problemas dos ônibus municipais a lotação (23%), o preço da tarifa (20%), a segurança com relação a furtos e roubos (11%), a frequência do ônibus (9%), a segurança com relação ao assédio e a pontualidade dos ônibus (ambos com 7% das citações).

A SPTrans ressaltou que ainda não teve acesso aos dados e à metodologia da pesquisa e disse que a gestão está está concluindo a elaboração do edital para lançar a nova licitação do sistema de transporte coletivo.

"No documento estarão incluídas atualizações para itens de segurança e conforto, bem como a adoção de tecnologias e equipamentos que tornarão as viagens mais confortáveis como ar-condicionado nos ônibus", afirmou a autarquia.


ESTADÃO > http://sao-paulo.estadao.com.br/noticia ... 0002008656

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Re: Ônibus

Mensagem por E.R » 02 Out 2017, 04:39

EXTRA

Para os empresários de ônibus, a decisão da Prefeitura do Rio de Janeiro em não reajustar as tarifas em janeiro, como previsto no contrato, e a recente redução da passagem em 20 centavos, por ordem da Justiça, teve efeito devastador nas empresas, que já enfrentam uma batalha na Justiça, após acusações de pagamento de propina a políticos do estado para obter benefícios.

Segundo Cláudio Callak, presidente do Consórcio Intersul, além das sete viações que sucumbiram à crise nos últimos anos, outras 11 estão endividadas e não podem garantir o 13º dos funcionários.

Ele teme que isso provoque um efeito cascata, levando o sistema a colapso que atingiria os cerca de 40 mil rodoviários.

Em entrevista ao EXTRA, ao lado de Callak, Jorge Dias, presidente do Consórcio BRT, disse que o desafio das viações hoje é sobreviver.

Qual o impacto do congelamento e, depois, da redução da tarifa para as empresas ?
Cláudio Callak — Devastador. A não concessão do reajuste já foi um atentado ao equilíbrio financeiro, à capacidade de investimento e às obrigações que temos, inclusive com rodoviários. Depois, reduzir a tarifa foi a sentença de morte premeditada. Todo mundo fica esperando o colapso das empresas de ônibus para o dia seguinte, mas ele não acontece no dia seguinte. O sistema é muito grande e dinâmico, vai adoecendo. Se você tira a capacidade de investimento e a capacidade jurídica do concessionário, vai degradando o sistema, a frota média vai envelhecendo e, lá na frente, todo mundo paga essa conta.

Por que os passageiros têm a sensação de que o preço é alto e o serviço ruim ?
Cláudio Callak — Tarifa é um problema que não é só do Rio. É do Brasil. Em outros países, isso se resolveu com subsídio. A gente está chegando a um momento em que a tarifa começa a ser cara para quem paga todo dia e não cobre os custos que o transporte exige. Não somos contrários a nenhum estudo que determine valor de tarifa. Quanto mais barato for, mais atrai usuário. Desde que aquela tarifa remunere os investimentos que temos que fazer. O bom, bonito e barato não existe.

Jorge Dias — Falta coragem dos governos para enfrentar esse problema. O que está acontecendo no Rio é que todo mundo diz que a tarifa é cara e que tem que descontar os 20 centavos, mas não vê ninguém dizer qual é a tarifa correta.

Cláudio Callak — No estudo contratado pela gestão passada da prefeitura, da PWC, eles mostram que em 2014 a tarifa de equilíbrio tarifário deveria ser de R$ 4,10. O resto são suposições em torno do óbvio. A gente está, desde aquela época, pedindo acesso a esse estudo. Inclusive, à época, contratamos a Ernest Young a pedido da prefeitura. Foi um estudo caro, e a gente acabou desperdiçando os dois. Se ambos tivessem caminhado em paralelo, tudo isso teria saído do campo da suposição.

Qual o cenário nos consórcios ?
Cláudio Callak — Já saíram sete empresas do sistema, e hoje pelo menos mais 11 já passaram de todos os limites possíveis de endividamento. Quando elas pararem, num efeito dominó, isso poderá afetar o sistema. Se tem empresa que, até outubro, está com quatro a cinco meses de salários atrasados, como vai pagar a primeira parcela do 13º salário, que vence em um mês e meio ?

O 13º dos funcionários dessas empresas está ameaçado ?
Jorge Dias — Com certeza. A gente entrou nesse processo dos 20 centavos com 11 empresas em situação crítica.

Cláudio Callak — Essas empresas já estão superando nossa expectativa, mas temos prazo, que é o vencimento da primeira parcela do pagamento do 13º (fim de novembro).

A dificuldade de cumprir com o 13º é só dessas 11 empresas ?
Cláudio Callak — Se essas 11 não cumprirem, o sistema todo não cumprirá, porque o efeito é dominó. A maioria das empresas vive de crédito ou renegociação de dívida com bancos. Quando há transição de poder, nossos credores ficam atentos. E, se esse poder público já entra dizendo que não vai dar o reajuste da tarifa, aquele crédito bancário desaparece. E quando você disser que 11 empresas não vão pagar o 13º, para os demais bancos é sinal de que a crise se agravou. Não tem empresa forte em sistema fraco. Nem sistema fraco com empresas fortes. Se metade dessas 11 empresas não pagar o 13º , o resto do sistema não aguentará pagar, porque começa a pipocar falta de crédito e, em seguida, greve de rodoviários.

Qual foi o reflexo da falência de sete empresas no atendimento aos passageiros ?
Cláudio Callak — É óbvio que, se a gente tinha problemas de qualidade, a régua abaixou. Quando você se dispõe a operar uma determinada região e, no meio do caminho, tem que suportar outra empresa, é claro que a qualidade diminui.

A renovação da frota pode ser comprometida pela redução do preço das passagens ?
Cláudio Callak — A renovação da frota não tem mais como se agravar. Ela já não existe. Porque, entre pagar o salário do motorista e investir em frota, primeiro vou pagar o salário do motorista.

Jorge Dias — A gente está falando de empresas que estão com três meses de atraso de salário. Quando elas chegam a esse ponto, já não renovam frota há tempos. A sobrevivência leva ao diesel e ao salário. Outras verbas e custos vão ficando pelo caminho.
ordenar corte da tarifa foram acréscimos concedidos para refrigerar a frota. Por que isso não aconteceu até hoje ?

Cláudio Callak — Estou esperando até hoje alguém apresentar essa conta. O que dificulta (refrigerar toda a frota) é dinheiro e prazo. A gente não é contra colocar ar-condicionado nos ônibus. Só que isso tem que ter um cronograma transparente e viável, pelo valor de aquisição desses carros.

Desde o começo de 2016, as empresas perderam 126 coletivos incendiados. Como a violência se reflete na qualidade do serviço de ônibus ?

Cláudio Callak — Como o ônibus queimado não tem seguro e não entra na planilha de custo da tarifa, não tem reposição do carro. Ainda que eu tivesse crédito, entre pegar esse carro queimado que não serve para mais nada e comprar um novo, leva no mínimo 90 dias. Então, num ambiente em que não há crédito e a frota está envelhecendo, é um ônibus a menos na rua. É um atentado não contra a gente, mas contra a própria população, com a absoluta ausência do poder público.
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Re: Ônibus

Mensagem por E.R » 06 Out 2017, 10:05

https://g1.globo.com/rio-de-janeiro/not ... -rio.ghtml

Passageiros de várias linhas do Rio entraram em contato com o Bom Dia Rio para informar que os ônibus com ar condicionado sumiram das ruas.

Às vésperas do início da primavera, eles afirmam que permanecer nos veículos nos horários de maior movimento é uma tortura.

Um motorista afirmou a uma passageira que os ônibus teriam sumido das ruas por ordem dos empresários, depois da diminuição de R$ 3,80 para R$ 3,60.

Os passageiros da linha 669 que faz o trajeto entre o Méier e a Pavuna afirmam que, desde a diminuição do preço das passagens, os veículos refrigerados sumiram.

A reclamação se repete em linhas de vários pontos do Rio.

Imagens feitas por passageiros da linha 770, que faz o trajeto entre Campo Grande e Coelho Neto, mostram os veículos com as janelas bem abertas.

Os passageiros contam que, em horários de pico, a permanência dentro dos veículos é insuportável por causa do forte calor.

Na linha 887, uma passageira gravou uma conversa com um motorista. Ele admite que seria uma ordem dos donos das empresas. “Aí baixou a passagem, os empresários tiram, os empresários que mandam”, afirmou o profissional na gravação.

A Rio Ônibus, que representa os donos das empresas, afirmou que não ocorreu nenhuma mudança após a redução das passagens e que as empresas estão comprometidas em climatizar a frota.
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Re: Ônibus

Mensagem por Rondamon » 06 Out 2017, 16:10

Teria a ver com a situação atual do RJ? Não compensa pro empresário manter veículos caros, para que eles sejam destruídos.

Eu penso que infelizmente a periferia não merece ônibus novos.
Recentemente, a Viação Campo Belo (que opera com linhas que saem da zona sul de SP) comprou um novo lote de super articulados. Por causa de alguns idiotas, em menos de 1 semana, os vidros estavam riscados e com alguns bancos rasgados, além daquelas tampas de saída de ar condicionado terem sido arrancadas.

Já vi colocarem chiclete nas entradas USB.

Lembrando que em SP é obrigatório que os novos ônibus possuam ar condicionado e tomadas USB.
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Re: Ônibus

Mensagem por E.R » 18 Out 2017, 07:49

EXTRA

O Rio Ônibus declarou guerra à prefeitura do Rio de Janeiro nas redes sociais, ontem, ao afirmar que o incentivo ao transporte de passageiros por meio de vans e kombis está “contribuindo para destruir o sistema BRT”.

Numa série de mensagens publicadas no Twitter, o sindicato das empresas de ônibus denuncia a falta de fiscalização e pede a elaboração de um “projeto de mobilidade urbana para a cidade que priorize o transporte público de grande porte”.

De acordo com o Rio Ônibus, as linhas mais prejudicadas pela concorrência com o transporte alternativo são as do consórcio Santa Cruz, que rodam na Zona Oeste, onde há sobreposição de trajetos.

No fim do ano passado, ainda na gestão Eduardo Paes, o consórcio Santa Cruz conseguiu uma liminar na Justiça para suspender a licitação pública de 99 novas linhas de vans previstas para a Zona Oeste.

Em maio deste ano, no entanto, já sob a gestão de Marcelo Crivella, uma portaria da Secretaria municipal de Transportes liberou a circulação de kombis e vans em 21 bairros da região por tempo indeterminado.

A medida revelou outro problema : a fiscalização do transporte clandestino está prejudicada desde janeiro porque o convênio para que a Polícia Militar dê segurança às equipes da Subsecretaria de Fiscalização venceu no fim do ano passado e não foi renovado por falta de pagamento.

Em nota, a Coordenadoria Especial de Transportes Complementar (CETC) diz que a prefeitura já conseguiu quitar uma dívida passada que existia com o estado, referente à liberação de PMs que atuavam na fiscalização, e um novo convênio está sendo estudado. O órgão afirma ainda que realiza operações de combate ao transporte pirata diariamente em todo o município.
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Re: Ônibus

Mensagem por Billy Drescher » 20 Out 2017, 10:14

Quando a passagem estava acima do tolerável ninguém reclamava...
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Re: Ônibus

Mensagem por Barbano » 20 Out 2017, 16:06

Acima do tolerável? A 3,80 já estava quebrando várias empresas...

Aliás, mais uma baixa as portas no próximo mês: Verdun.

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Re: Ônibus

Mensagem por E.R » 20 Out 2017, 17:47

A verdade é que tem algumas regiões do Rio de Janeiro que o sistema de ônibus não dá conta da demanda.

Por exemplo, ônibus que saem da Freguesia (Zona Oeste) sentido Barra ou Zona Sul, geralmente vem hiperlotados, com pessoas esprimidas, ali tem que tem que ter vans mesmo.

O correto seria ter mais ônibus, mas as empresas não tem como bancar.

Sem contar as vans que circulam apenas dentro da própria Zona Oeste, por exemplo, que liga quem sai do ponto de ônibus da Freguesia e leva as pessoas pelas ruas do bairro.

E isso também em outros bairros da Zona Oeste. É importante, sobretudo para idosos.
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