Lula
- Bgs
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Re: Lula
Basta uma simples pesquisa no Google, Bugiga...
https://g1.globo.com/mundo/noticia/onu- ... uela.ghtml
https://exame.abril.com.br/mundo/onu-di ... -tribunal/
https://nacoesunidas.org/conselho-de-se ... -do-norte/
https://g1.globo.com/mundo/noticia/cons ... orte.ghtml
#BgsDNV?
- Barbano
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Re: Lula
A ONU que vá plantar batatas. Temos nossa legislação, inclusive a Lei da Ficha Limpa, sancionada pelo próprio Lula, que deixa clara a inelegibilidade de condenados em segunda instância. Lula não está acima da lei. Se ela se aplica aos demais candidatos, não tem pq a ONU se meter nesse caso específico.
- JoãoB
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Re: Lula
Minha análise sobre esse caso:Bgs escreveu:Lembrando que, apesar de não ter sido postado aqui, a ONU pediu (em caráter obrigatório) para que o Lula participasse dos debates e pudesse se candidatar. https://noticias.uol.com.br/politica/el ... da-onu.htm
O Lula foi condenado e está preso. Pela Lei da Ficha Limpa, está inelegível. Mas a candidatura dele, tecnicamente, ainda não foi barrada. Só agora que a Justiça Eleitoral vai analisar o caso dele. E a lei também diz que, enquanto a candidatura não for barrada, a pessoa pode ter os mesmos direitos e deveres dos demais candidatos. Acredito que foi por isso que o Comitê de Direitos Humanos da ONU tomou essa decisão.
A ONU não pode obrigar nenhum país a cumprir o que ela decide, até porque todos os países tem soberania. As decisões da ONU são de caráter recomendatório. Ou seja, a princípio, o Brasil não tem que cumprir essa decisão. Se as autoridades brasileiras não quiserem cumprir, podem. Mas será que descumprir vale a pena? O Brasil é membro da ONU e signatário do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos. E a ONU fiscaliza o cumprimento desse Pacto. Além disso, o Brasil também assinou um protocolo adicional ao Pacto, em 2009, no qual concordou se submeter às decisões do Comitê. Se o Brasil descumprir, pode ser acusado de violar tratados internacionais dos quais faz parte.
Resumindo: o Brasil, se quiser, pode descumprir a decisão da ONU, mas será que deve? Esse é o ponto que vale a pena refletir. O país está numa "saia-justa diplomática". E independente se o Brasil seguir ou não a decisão, acredito que ela fortalece o Lula nesse momento.
P.S: Não estou dizendo que o Brasil tem que cumprir ou descumprir a decisão, não é isso. É só uma análise técnica mesmo.
- Barbano
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Re: Lula
E é apenas uma recomendação de uma comissão. Não tem caráter obrigatório, como explica bem essa matéria:
https://www.dw.com/pt-br/o-que-signific ... a-45124187
https://www.dw.com/pt-br/o-que-signific ... a-45124187
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Re: Lula
Pelo que eu entendi, trata-se de uma comissão formada por pessoas que integram a ONU, e não um posicionamento institucional e oficial.JF CHmaníaco escreveu:Foda-se a ONU kkkkkk, já tentaram soltar e não deu em nada.
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Fabão é o Aloysio Nunes.Barbano escreveu:A ONU que vá plantar batatas. Temos nossa legislação, inclusive a Lei da Ficha Limpa, sancionada pelo próprio Lula, que deixa clara a inelegibilidade de condenados em segunda instância. Lula não está acima da lei. Se ela se aplica aos demais candidatos, não tem pq a ONU se meter nesse caso específico.
Boa análise. Tem gente que usa esses tratados internacionais também para afirmar que no Brasil deveriam haver candidaturas independentes (de pessoas não filiadas a partidos políticos). Porém, a lei de nosso país é soberana. Ainda que o Brasil faça parte de acordos internacionais, temos nossa própria Constituição, que no caso obriga a filiação partidária para candidatos.JoãoB escreveu:Minha análise sobre esse caso:
O Lula foi condenado e está preso. Pela Lei da Ficha Limpa, está inelegível. Mas a candidatura dele, tecnicamente, ainda não foi barrada. Só agora que a Justiça Eleitoral vai analisar o caso dele. E a lei também diz que, enquanto a candidatura não for barrada, a pessoa pode ter os mesmos direitos e deveres dos demais candidatos. Acredito que foi por isso que o Comitê de Direitos Humanos da ONU tomou essa decisão.
A ONU não pode obrigar nenhum país a cumprir o que ela decide, até porque todos os países tem soberania. As decisões da ONU são de caráter recomendatório. Ou seja, a princípio, o Brasil não tem que cumprir essa decisão. Se as autoridades brasileiras não quiserem cumprir, podem. Mas será que descumprir vale a pena? O Brasil é membro da ONU e signatário do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos. E a ONU fiscaliza o cumprimento desse Pacto. Além disso, o Brasil também assinou um protocolo adicional ao Pacto, em 2009, no qual concordou se submeter às decisões do Comitê. Se o Brasil descumprir, pode ser acusado de violar tratados internacionais dos quais faz parte.
Resumindo: o Brasil, se quiser, pode descumprir a decisão da ONU, mas será que deve? Esse é o ponto que vale a pena refletir. O país está numa "saia-justa diplomática". E independente se o Brasil seguir ou não a decisão, acredito que ela fortalece o Lula nesse momento.
P.S: Não estou dizendo que o Brasil tem que cumprir ou descumprir a decisão, não é isso. É só uma análise técnica mesmo.
Sobre o Lula: condenado ou não, tem o direito de pleitear sua candidatura. Alardam por aí que é um absurdo ele ter registrado sua candidatura, como se tivesse feito um crime ao se candidatar, mas a questão é outra. Registrar ele pode, como você também poderia. Aí o que acontece? No caso dele, tende a ter a candidatura indeferida e seus votos serem considerados nulos. Qualquer um pode pleitear uma candidatura, não é ilegal ele ter feito isto. Só vai ficar feio se manter-se candidato depois de considerado indeferido, processo que ainda não ocorreu. Crimes comuns são julgados em outras instâncias e o caso dele já foi. O TSE julga registros de candidatura, se ele quer entrar na disputa e pagar pra ver, nada o impede.
Pois é, altas discussões em vários tópicos.CHarritO escreveu:Pessoal tá bem inspirado na última madrugada!
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Re: Lula
O que você quer, intervenção militar em todos os países que não tenham a democracia ocidental?Bugiga escreveu:A ONU é aquela mesma que dá de ombros pra regimes ditatoriais como da China, Coreia do Norte e outros?
Tá certo...
Soberania é um termo que ninguém respeita, ultimamente. E sinceramente, nem era pra ONU meter o bedelho nas nossas eleições.
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Re: Lula
Essa matéria que eu li no Nexo Jornal (https://www.nexojornal.com.br/expresso/ ... ONU-sobre-) também faz uma análise que eu achei bem interessante sobre o efeito político e jurídico da decisão da ONU sobre a candidatura do ex-presidente Lula. De acordo com essa matéria, o argumento utilizado pelo comitê é que, como ainda cabe recurso, a defesa do PT diz que o Lula tem o direito de ser candidato e participar da corrida eleitoral, e que se a condenação do ex-presidente for revertida futuramente numa instância superior, o Lula será prejudicado pelo tempo que ficou preso e pela sua ausência na campanha eleitoral. Esse foi o argumento utilizado pelo Comitê de Direitos Humanos.
E na boa, essa decisão desse comitê só vai ser usada pela direita como mais um pretexto de que "direitos humanos só defendem bandidos", ideia essa que vem crescendo no senso comum.
E na boa, essa decisão desse comitê só vai ser usada pela direita como mais um pretexto de que "direitos humanos só defendem bandidos", ideia essa que vem crescendo no senso comum.
Já foi feito isso no Iraque de Saddam Hussein e na Líbia de Muammar al-Gaddafi e o resultado disso não foi muito agradável...Poliana :) escreveu:O que você quer, intervenção militar em todos os países que não tenham a democracia ocidental?Bugiga escreveu:A ONU é aquela mesma que dá de ombros pra regimes ditatoriais como da China, Coreia do Norte e outros?
Tá certo...
Editado pela última vez por SBBHQK em 19 Ago 2018, 01:57, em um total de 2 vezes.
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Re: Lula
Já li a tese de doutorado do entrevistado desta matéria.
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Re: Lula
Graças a "intervenção democrática" que o Bugiga tanto defende, a Líbia, ante próspera e soberana, agora é um punhado de escombros.
Tanto é que a própria Rede Globo fez um documentário completinho sobre a Líbia de Kadafi, mas que não foi exibido por medo de irritar a ditadura (a Líbia era socialista).
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cr%C3%ADt ... %C3%A1rabe
Aqui tem um interessantíssimo o artigo que o repórter fez, ele teve uma repercussão gigantesca em 2011 mas só parou por aí.
http://blogdobourdoukan.blogspot.com/search/label/libia
Quem não quiser visitar o site, é só clicar no spoiler.
@Victor235
Tanto é que a própria Rede Globo fez um documentário completinho sobre a Líbia de Kadafi, mas que não foi exibido por medo de irritar a ditadura (a Líbia era socialista).
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Aqui tem um interessantíssimo o artigo que o repórter fez, ele teve uma repercussão gigantesca em 2011 mas só parou por aí.
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- Bugiga
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Re: Lula
O Brasil sob a ditadura militar também era próspero e soberano, se for pensar assim. Pena que a prosperidade, tanto em um caso como no outro, só chegava verdadeiramente aos amiguinhos do rei. Sem falar que, numa ditadura, só chega aos teus olhos o que querem que chegue.Poliana :) escreveu:Graças a "intervenção democrática" que o Bugiga tanto defende, a Líbia, ante próspera e soberana, agora é um punhado de escombros.
Tanto é que a própria Rede Globo fez um documentário completinho sobre a Líbia de Kadafi, mas que não foi exibido por medo de irritar a ditadura (a Líbia era socialista).
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cr%C3%ADt ... %C3%A1rabe
Aqui tem um interessantíssimo o artigo que o repórter fez, ele teve uma repercussão gigantesca em 2011 mas só parou por aí.
http://blogdobourdoukan.blogspot.com/search/label/libia
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@Victor235
Desculpa, mas qualquer um que depende de tirar a liberdade do próprio povo para defender os seus ideais não merece consideração, não.
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Re: Lula
Dá licença pra eu responder aqui? Eu, particularmente, sou a favor de formar um exército muito bem treinado e bem armado, invadir os países governados por ditaduras, depor seu governo e, no lugar, implantar uma democracia respeitadora dos Direitos Humanos e das liberdades civis. Foda-se a "soberania" de ditaduras assassinas que oprimem, escravizam, torturam e massacram seus povos. Soberania é um conceito abstrato, e conceitos abstratos não deveriam ser colocados acima do bem estar de seres humanos reais. Muito mais importante do que preservar a "soberania" de ditaduras assassinas e sanguinárias é preservar a vida e a integridade física das pessoas que estão sendo vítimas de abusos.Poliana :) escreveu:O que você quer, intervenção militar em todos os países que não tenham a democracia ocidental?
Soberania é um termo que ninguém respeita, ultimamente. E sinceramente, nem era pra ONU meter o bedelho nas nossas eleições.
Assino embaixo.Bugiga escreveu: O Brasil sob a ditadura militar também era próspero e soberano, se for pensar assim. Pena que a prosperidade, tanto em um caso como no outro, só chegava verdadeiramente aos amiguinhos do rei. Sem falar que, numa ditadura, só chega aos teus olhos o que querem que chegue.
Desculpa, mas qualquer um que depende de tirar a liberdade do próprio povo para defender os seus ideais não merece consideração, não.
Editado pela última vez por Bugiga em 19 Ago 2018, 10:33, em um total de 1 vez.
Razão: Unir dois posts. Favor usar o botão EDITAR.
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"Um governo que não aparece faz o povo feliz. Um governo que tudo quer determinar faz o povo infeliz." - Lao Tsé
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Re: Lula
Aí que você e o Fola se enganam. A Líbia nunca tirou a liberdade do próprio povo.Bugiga escreveu:O Brasil sob a ditadura militar também era próspero e soberano, se for pensar assim. Pena que a prosperidade, tanto em um caso como no outro, só chegava verdadeiramente aos amiguinhos do rei. Sem falar que, numa ditadura, só chega aos teus olhos o que querem que chegue.Poliana :) escreveu:Graças a "intervenção democrática" que o Bugiga tanto defende, a Líbia, ante próspera e soberana, agora é um punhado de escombros.
Tanto é que a própria Rede Globo fez um documentário completinho sobre a Líbia de Kadafi, mas que não foi exibido por medo de irritar a ditadura (a Líbia era socialista).
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cr%C3%ADt ... %C3%A1rabe
Aqui tem um interessantíssimo o artigo que o repórter fez, ele teve uma repercussão gigantesca em 2011 mas só parou por aí.
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@Victor235
Desculpa, mas qualquer um que depende de tirar a liberdade do próprio povo para defender os seus ideais não merece consideração, não.
Ao contrário do que ensina a mídia-empresa ocidental, a Líbia nunca foi alguma “ditadura militar de Gaddafi”; na verdade, a Líbia de Gaddafi foi um dos estados mais democráticos do mundo.
Sob o sistema de democracia direta de Gaddafi, único em todo o mundo, as instituições tradicionais do governo à ocidental haviam sido desmontadas e abolidas. O poder pertencia ao povo, que o exercia diretamente mediante comitês e congressos populares.
Muito diferente de país controlado por um único homem, a Líbia era nação altamente descentralizada e dividida em várias pequenas comunidades que, na essência, operavam como “miniestados autônomos” dentro de um estado.
Esses estados autônomos controlavam seus próprios distritos e tomavam várias decisões, inclusive como alocar os lucros do petróleo e os fundos nacionais orçamentais. Dentro desses miniestados autônomos, os três principais corpos da democracia líbia eram os Comitês Locais, os Congressos Básicos do Povo e os Conselhos Revolucionários Executivos.
Os Congressos Básicos do Povo (CBP) ou Mu’tamar shaʿbi asāsi eram essencialmente o equivalente líbio, em funções, da Câmara dos Comuns no Reino Unido ou da Câmara de Representantes nos EUA. Mas os Congressos do Povo da Líbia não eram constituídos só de representantes eleitos que discutiam e propunham leis em nome do povo; o Congresso admitia a participação direta no processo, de todos os líbios. Estavam em operação em todo o país 800 Congressos Básicos do Povo, e todos os líbios podiam comparecer às reuniões e participar das discussões e tomar decisões em todas as grandes questões inclusive de orçamento, de educação, indústria e de economia em geral.
Só pra você ter uma ideia, em 2009, Gaddafi convidou o New York Times para que enviasse jornalistas que passariam duas semanas no país e observariam a operação da democracia direta líbia. Até o New York Times, que sempre foi crítico furioso do experimento democrático do coronel Gaddafi, reconheceu, pelo menos, que, pelo projeto político nacional
“[Na Líbia] todos estão envolvidos em todas as decisões (…) Dezenas de milhares de pessoas participam de reuniões de comitês locais para discutir e votar questões as mais variadas, de tratados internacionais à construção de escolas.”
A diferença fundamental entre os sistemas democráticos ocidentais e a democracia direta da Jamahiriya é que, na Líbia, todos os cidadãos tinham pleno direito de expressar diretamente a própria opinião – não em algum Parlamento de apenas umas poucas centenas de políticos ricos que, pressupostamente, representariam os pobres –, mas em centenas de comitês de cujas reuniões participavam dezenas de milhares de cidadãos. Longe de ser alguma ditadura militar, a Líbia governada pelo coronel Gaddafi foi a mais próspera democracia da África.
Inúmeras vezes, propostas do próprio coronel Gaddafi foram rejeitadas pelo voto popular nos Congressos, que aprovavam o exato oposto do que Gaddafi propusera; e o que foi aprovado foi convertido em lei.
Por exemplo: inúmeras vezes o coronel Gaddafi propôs a abolição da pena de morte, e queria implantar a educação doméstica, em vez das escolas tradicionais. Mas os Congressos do Povo sempre quiseram manter a pena de morte e as escolas tradicionais – e sempre prevaleceu a decisção dos Congressos do Povo. Assim também, em 2009, o coronel Gaddafi apresentou sua proposta para, essencialmente, abolir completamente o governo central e entregar toda a administração dos procedimentos de extração e comercialização do petróleo diretamente às famílias. Os Congressos do Povo também rejeitaram essa ideia.
Por mais de 40 anos, Gaddafi promoveu uma democracia econômica, e usou a riqueza nacionalizada do petróleo para manter programas de bem-estar social muito progressistas, e para todos os líbios. Sob governo de Gaddafi, os líbios gozaram não só de atendimento à saúde e educação universais gratuitos, mas também de eletricidade gratuita e empréstimos sem juros.
Depois daquela declaração falsa de estupro que a Hillary Clinton inventou (ainda bem que essa mulher não é presidente dos EUA), só foi o pretexto pra OTAN destruir tudo o que Kadafi fez.