Bancos

Tópico para falar dos principais bancos brasileiros

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Chapolin Gremista
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Mensagem por Chapolin Gremista » 16 Fev 2023, 01:05

NOTÍCIAS
LEONARDO ATTUCH
Campos Neto foi lobo em pele de cordeiro no Roda Viva
A política de Campos Neto é incompatível com o crescimento econômico, a geração de empregos, a harmonia social e o próprio equilíbrio fiscal

Brasil 247
Tratado a pão de ló pelos jornalistas que o entrevistaram no Roda Viva, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, se mostrou afável, cordato e disposto a ‘fazer amigos’ durante uma hora e meia de programa. Nas suas falas, ele também disse ‘reconhecer’ os esforços do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em busca do equilíbrio fiscal.

Sobre o fato de ter votado no primeiro e no segundo turnos com a camisa da seleção brasileira, que se tornou símbolo inquestionável da extrema direita, e portanto de sua própria parcialidade política, ele disse que ‘ainda estamos todos aprendendo’ sobre o sistema de autonomia do Banco Central.


Resumidamente, Roberto Campos Neto foi um cordeirinho no Roda Viva.

No entanto, no que realmente importa, ele se manteve absolutamente inflexível. Disse que votará contra a mudança na meta de inflação, o que mantém implícita a aposta na manutenção da taxa de juros de 13,75% ao ano, questionou os argumentos do economista André Lara Resende sobre os erros básicos da política monetária brasileira, mesmo com a atual meta de inflação, e disse que não pretende renunciar ao mandato – o que significa contaminar metade do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com uma política monetária recessiva num país com economista já estagnada.

Campos Neto disse ainda que sua agenda é social e que o Banco Central não gosta de “juros altos”. Pode ser. Quem gosta de juros altos, na realidade, é quem se beneficia da política monetária de Campos Neto. No Brasil, como demonstrou o economista Eduardo Moreira, é possível dobrar o capital parasitário a cada cinco anos, sem nenhum trabalho, a cada cinco anos.

Sobre seu compromisso social, há sérias dúvidas, pois sua política monetária é a maior causadora do rombo fiscal no Brasil. Em 2023, como demonstra o colunista Jeferson Miola, o Brasil gastará nada menos que R$ 790 bilhões com os juros da dívida interna, R$ 203 bilhões acima do montante registrado em 2022, que já havia sido recorde. Só esta diferença seria suficiente para bancar todos os programas sociais do governo federal e a retomada das milhares de obras paradas.

A questão não é, portanto, se Campos Neto pode fazer amigos no governo e fazer um pouso suave na sua migração da extrema-direita bolsonarista para uma convivência pacífica com a social-democracia petista. Trata-se de uma questão política. A política de Campos Neto é incompatível com o crescimento econômico, a geração de empregos, a harmonia social e o próprio equilíbrio fiscal. E por isso mesmo precisa mudar.



https://causaoperaria.org.br/2023/campo ... roda-viva/
Adquirir conhecimento e experiencia e ao mesmo tempo não dissipar o espirito lutador, o auto-sacrificio revolucionário e a disposição de ir até o final, esta é a tarefa da educação e da auto-educação da juventude revolucionária. '' LEON TROTSKI

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Mensagem por Chapolin Gremista » 18 Fev 2023, 06:03

NOTÍCIAS
MAIS DEMISSÕES NOS BANCOS
Banqueiros do C6 Bank demitem 500 funcionários
Os banqueiros do C6 Bank segue a linha dos demais banqueiros nacionais de demitem centenas de bancários para contratar terceirizados

Imagem
Obanco digital C6 Bank, cujo o seu presidente, Marcelo Kalim, faz parte do staff do Chicago boy Paulo Guedes, ex-ministro da economia do governo Bolsonaro, acaba de jogar no olho da rua cerca de 500 pais de família, conforme anunciado pela imprensa capitalista.

Para esses banqueiros sanguessugas, jogar na miséria centenas de pessoas ou, até mesmo milhares, se multiplicarmos cada bancário pelo número dos seus familiares (cônjuges e filhos), é a coisa mais normal do mundo.


Segundo os parasitas do banco: “como é praxe nas empresas que buscam o melhor nível de eficiência no mercado em que estão inseridas, o grupo avalia periodicamente a produtividade das equipes e, quando necessário, faz readequações de cargos e profissionais, bem como adequações de suas estruturas ao momento do negócio”. (site revistaoeste.com 07/02/2023)

Além de parasitas e sanguessugas, os banqueiros do C6 Bank, como qualquer outro banqueiro ou grande capitalistas, são uns cínicos.

Na mesma matéria, afirmam que, “o número de novos funcionários neste ano superará em centenas de posições o número de profissionais desligados” (idem) e, que nos próximos meses o banco irá ocupar dois novos prédios de escritórios na região dos Jardins (o metro quadrado mais caro do País), em São Paulo, para poder acomodar seus “colaboradores”.

Fizemos questão de assinalar a expressão Colaboradores, porque aí mora uma das jogada dos patrões, que vivem às custas da superexploração dos trabalhadores. Os capitalistas adotaram essa expressão justamente para liquidar com os direitos da classe trabalhadora. Ao invés de contratar funcionários bancários, cujo os direitos estão garantidos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, passaram a contratar trabalhadores terceirizados com salários muito abaixo da categoria bancários e sem diversos direitos, já que agora os “colaboradores” passam a ser financiários sujeitos a outra convenção coletiva.

Esse método é o novo modus operandi dos banqueiros golpistas para aumentar, ainda mais, os seus lucros através de uma maior exploração dos trabalhadores.

Tal política é consequência do golpe de Estado de 2016, da farsa do impeachment da Presidenta Dilma Rousseff no reacionário Congresso Nacional, onde o golpista, Michel Temer, com a aprovação desse mesmo Congresso, aprovou a Lei da terceirização.

As organizações dos trabalhadores bancários não devem aceitar mais essa medida de violento ataque aos trabalhadores e, organizar, imediatamente, uma verdadeira mobilização para barrar tal ofensiva reacionária dos banqueiros.

https://causaoperaria.org.br/2023/banqu ... cionarios/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 18 Fev 2023, 22:43

NOTÍCIAS
DESEMPREGO
Categoria bancária sofre com a política de demissão em massa
Somente os cinco maiores bancos do País, do ano do golpe de Estado de 2016 até o ano de 2021, demitiram 50.243 trabalhadores

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Em levantamento realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) baseado na Análise do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, informa que durante todo o ano de 2022, ocorreram na categoria bancária 38.126 admissões e 35.299 demissões, ou seja, houve um saldo positivo de 4.716 postos de trabalho.

A princípio, para aqueles mais desavisados, pareceria que os banqueiros, a camada da economia mais parasitária da sociedade, estaria adotando uma nova política de emprego, aumentando o número de seus funcionários.


Mas, tal apreciação é um ledo engano. Primeiramente, cabe ressaltar que, as tais “novas” admissões são uma jogada, já muito tempo manjada dos banqueiros, para aumentarem os seus lucros através da superexploração dos trabalhadores, através das demissões dos bancários mais antigos, com um salário um pouco melhor, para admitir novos funcionários com os salários rebaixados.


No mesmo estudo do Dieese mostra que o “salário médio de um bancário admitido em dezembro de 2022 foi de R$ 4.860,04, enquanto o do desligado foi de R$ 6.851,49, isto é, o salário médio do admitido correspondeu a 70,9% do desligado”. (Dieese, pesquisa do Emprego Bancário número 19 – fevereiro/2023)

Outro fator, extremamente grave na categoria, e que pouco se fala, é o número assustador de fechamento de postos de trabalho bancário, que é escondido pela imprensa golpista, que come na mão desses banqueiros sanguessugas da população.


Somente os cinco maiores bancos do País (Itaú/Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Santander), do ano do golpe de Estado de 2016 até o ano de 2021, jogaram no olho da rua nada menos do que 50.243 trabalhadores. Ou seja, uma categoria que no ano de 2016 contava com 439.422 bancários, em 2021 chegava a apenas 389.179.

Os números, apresentados pelo Dieese, não deixam margem de dúvidas que os banqueiros nacionais e internacionais foram um dos grandes financiadores do golpe de Estado de 2016.


Já no governo do golpista Michel Temer, a Lei das Terceirizações foi imediatamente aprovada no, também golpista, reacionário Congresso Nacional, o que levou os banqueiros adotarem uma nova estratégia em relação a contratações de funcionários, para exercerem as suas atividades bancárias. “No que se refere ao emprego no Ramo Financeiro, excluindo a categoria bancária, verifica-se geração 35.108 postos de trabalho durante todo o ano de 2022, ainda que no mês de dezembro foram fechadas 835 vagas” e continua “importante esclarecer que empregos tipicamente bancários podem estar alocados em atividades econômicas não abrangidas pelo Ramo Financeiro, tal fato é comum em empresas terceirizadas que possuem atividades genéricas com difícil compreensão de representatividade sindical”. (idem)

Um dos golpes aplicados pelos banqueiros para aumentarem os seus já fabulosos lucros, é o que já vem acontecendo com vários bancos, em criar uma nova empresa, vinculada ao próprio banco, mas com um CNPJ novo, e transferir setores inteiros do banco para esse CNPJ, passando os bancários, compulsoriamente, a serem trabalhadores terceirizados. Sendo assim, os banqueiros encontraram uma forma jurídica e política para atacar, ao mesmo tempo, o valor da força de trabalho e a organização sindical dos trabalhadores.

É preciso que as organizações sindicais dos trabalhadores bancários, conjuntamente com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), urgentemente, organizem uma gigantesca mobilização contra a política de demissão em massa dos bancários.

Ter como ponto fundamental a luta contra as terceirizações e derrubar a famigerada Lei, promulgada pelos representantes diretos dos banqueiros nas instituições do Estado, cuja única função foi atacar os direitos dos trabalhadores para beneficiar os lucros desse setor mais parasita da economia nacional.

https://causaoperaria.org.br/2023/categ ... -em-massa/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 20 Fev 2023, 21:05

NOTÍCIAS
PARTIDO DA IMPRENSA GOLPISTA
PIG se transforma em assessoria de imprensa de Campos Neto
Partido da Imprensa Golpista sai em defesa de Roberto Campos Neto, fazendo uma verdadeira assessoria da "independência" do Banco Central, elemento que é de interesse burguês

Recentemente, toda a imprensa golpista tem lançado matérias em defesa da autonomia do Banco Central e de Roberto Campos Neto, contra a política de Lula de colocar o BC novamente sob o controle do Poder Executivo.

O PIG, Partido da Imprensa Golpista, se converteu totalmente na assessoria de imprensa do Banco Central “independente”, ou seja, sob o domínio do capital financeiro internacional, conforme a equipe do Diário Causa Operária aferiu recentemente.


A movimentação tem motivações claras. A imprensa burguesa, que age em defesa exatamente da burguesia, tem em seu interesse a defesa de um Banco Central submetido ao capital financeiro internacional e bem longe do controle popular.




O que a burguesia quer é manter o controle sobre a situação e Lula iniciou uma queda de braço. Seus porta-vozes, o Partido da Imprensa Golpista (PIG), dedicaram a semana inteira a atacar o presidente devido a essa questão do BC.

É importante reforçar que a posição de Lula é correta e quem deve ter autoridade sobre o Banco Central é o governo. Atualmente, o BC é presidido por um bolsonarista, Roberto Campos Neto, que coloca em prática o programa neoliberal que a burguesia deseja. A política monetária deve ser definida pelo governo eleito, por uma instituição que possua autoridade e que tenha sido escolhida pelo povo.





A burguesia tenta de todas as maneiras, por meio da imprensa golpista, impedir que Lula acabe com a autonomia do Banco Central. Isso só demonstra o medo que a burguesia possui de perder controle sobre a política monetária.

É necessária uma ação urgente de expurgo de Roberto Campos Neto da presidência do Banco Central e revogação imediata dessa lei reacionária, contrária aos interesses da população, que é a lei que concede a “independência” ao BC. Aprovada pela maioria do Congresso golpista e bolsonarista, que arrocha a população com juros criminosos e beneficia os capitalistas selvagens de dentro e de fora do país, comandados pelo imperialismo, principalmente o norte-americano.


O problema central para Lula, que o tem colocado em atrito com a burguesia, são suas críticas à taxa de juros ligadas diretamente às decisões tomadas pelo Banco Central que ameaçam as reformas sociais e o aumento salarial com o aumento das taxas de juros para toda a população. Essa instituição tem agido de maneira contrária ao próprio governo eleito, sabotando sua política econômica.



Atualmente, o BC é comandado por presidente e diretores com mandato de quatro anos que não coincidem com os do presidente da República, dessa forma, o presidente eleito é obrigado a conviver com as medidas monetárias feitas pelo governo anterior durante pelo menos dois anos. Ou seja, o presidente do Banco Central de Bolsonaro, Campos Neto, ficará no cargo até dezembro de 2024, dois anos depois do início do governo Lula.

A ação tomada pelo regime golpista foi feita justamente para garantir que, independente do governo eleito, a política econômica do golpe pudesse ser sustentada de alguma maneira. O Banco Central é peça fundamental para qualquer mudança econômica importante na política brasileira, e sua manutenção como entidade independente tem como única função mantê-lo atrelado ao capital financeiro, aos bancos privados e ao imperialismo.

Rever a autonomia do BC é algo extremamente necessário para que a política econômica e social de Lula se concretize. Garantir aumento real do salário, bolsa família, redução dos impostos para os mais pobres e desenvolvimento econômico do País, por meio da reindustrialização, só será possível caso o Banco Central volte a estar sob o controle do Estado brasileiro e do governo Lula.

https://causaoperaria.org.br/2023/pig-s ... mpos-neto/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 21 Fev 2023, 07:35

NOTÍCIAS
AO GOVERNO ELEITO OU PARALELO
Independência do Banco Central? O exemplo norte-americano
Banco Central independente so é independente do voto nas urnas que escolheu o governo. É pura trairagem com o voto do povo

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OBanco Central é uma autarquia do governo, mas querem que tenha vida própria e não esteja sob a administração do governo que foi eleito pelo voto popular. Isso configura um poder paralelo ao que o povo escolheu para seu governante.

Porém, o pior é que a autonomia do Banco Central pode levar a outros problemas ainda maiores somados à possibilidade de se adotar uma política econômica divergente da do governo. Neste caso, precisamos observar o que aconteceu no governo norte-americano.


Na página do portal Occupy the Fed Movement, há a informação de que a Reserva Federal (Fed) está corrompida e nós, o povo, devemos responsabilizá-los. Na matéria “ O escândalo do Fed é maior que Watergate?”Jay Powell, banqueiro e presidente do Fed, está sendo responsabilizado por negociar durante o período de restrição (blecaute restrito), em que os administradores do banco não podem dar entrevistas e falar publicamente e fazer negociações nos dias que antecedem as reuniões marcadas pelo comitê de políticas do banco. E de falhar na divulgação das datas em que fez as negociações, e que aparentemente mentiu sobre o conflito de interesses que o privilegiou nas negociações com títulos municipais.


Diz ainda que ele, Jay Powell, presidiu e está diretamente envolvido no maior escândalo de negociação de ações do governo de todos os tempos e que isso será uma mancha permanente na história americana e que é uma desgraça nacional que o país e sua economia real nunca se recuperarão.


Ele fez negociações de milhões de dólares em ações e títulos pessoais ao mesmo tempo que obstruiu a divulgação pública exigida para essas negociações por anos, quando deveria evitar até mesmo uma aparência de conflito de interesses.

No entanto, as informações que escaparam são condenatórias. Elas mostram que essas negociações ocorreram durante o período de blecaute de restrição. É uma revelação chocante e constitui má conduta grave e indesculpável por parte de alto funcionário do governo.


Powell também direcionou as decisões políticas do Fed para beneficiar sua carteira pessoal de participação em títulos, contrariando a lei federal de conflito de interesses. É como o caso do Paulo Guedes que se beneficiou com a alta do dólar, aumentando suas riquezas em paraísos fiscais. Nem lá nem cá a imprensa divulga massivamente essas ações nefastas, por que será? Parece que a maioria dos jornalistas financeiros são uma combinação de totalmente delirante, sob ordens e mordaças dos superiores ou cúmplices quando se trata de corrupção sistêmica.


O problema disso tudo é que os funcionários do Banco Central possuem informações importantes não públicas o tempo todo, e que são as informações mais importantes e que permitem ganhar muito dinheiro em menor espaço de tempo. Por exemplo, Powell vendeu milhões em ações pouco antes de uma desaceleração significativa do mercado.

Powell também concedeu à BlackRock, gigante do sistema financeiro dos EUA, grandes contratos sem licitação para administrar trilhões em compras de títulos que dobraram o valor do Fed. Segundo um gestor de ativos de Wall Street, a BlackRock administrará um fundo e decidirá se usará o dinheiro do contribuinte para títulos que ela possui. E foi o que ela efetivamente fez, direcionou as compras do Fed para os títulos que ela mesma administra.

Na hipótese do governo eleito não ser alinhado com o neoliberalismo, que privilegia os rendimentos financeiros em detrimento da produção de bens e serviços na economia, nesse caso o Bacen (Banco Central) passa a atuar contrariamente à política que o governo eleito pretende seguir, mais voltada à produção de bens e serviços.

Isso do ponto de vista institucional, onde a opção pelos rendimentos financeiros prejudica o sistema produtivo e causa a desindustrialização do país como visto na Inglaterra com os governos de Margareth Thatcher, nos EUA com o governo Ronald Reagan, na Argentina com o governo Carlos Menem, no Brasil o governo de FHC. Além da desindustrialização e, como consequência, há o desemprego alto e o empobrecimento da classe operária e do povo em geral.

A separação entre Banco Central e o poder Executivo é uma forma de limitar a influência do Planalto sobre decisões de política monetária.

O Bacen é uma autarquia do governo federal e autoridade monetária, e suas atribuições são manter a estabilidade da moeda e o sistema financeiro. Evitar valorização ou desvalorização muito rápida e acentuada do valor do real, supervisionar as operações financeiras e garantir que os bancos tenham caixa para os saques dos clientes.

Para isso utiliza o principal mecanismo de aumentar ou reduzir a taxa de juros básica na economia, a Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia), que é o custo de captação de dinheiro pelos bancos junto ao Banco Central, o governo.

Juros baixos favorecem o crescimento da atividade econômica, “reduzem os rendimentos de aplicações de renda fixa”, permitem maior volume de empréstimos, mas podem levar ao aumento da inflação, não obrigatoriamente, depende de outros fatores também.

Juros altos diminuem a atividade econômica, “aumentam os rendimentos de aplicações de renda fixa”, permitem diminuir o volume de empréstimos, mas podem levar à diminuição da inflação.

Em poucas palavras podemos dizer que a política do governo pode caminhar no sentido de estimular o desenvolvimento econômico aplicando juros baixos, ou então estimular o rentismo em detrimento da atividade econômica, com juros altos. Ou a produção de bens e serviços é estimulada ou as aplicações financeiras são estimuladas, isso depende ainda da força política que os setores da burguesia tem, os aliados à produção ou ao sistema financeiro. Quem pode mais chora menos.

A força maior sempre foi e será da classe trabalhadora, ela é que tem o poder decisório, mas fica sempre dependendo das lideranças dos movimentos sociais e da própria consciência de classe, para onde eles se dirigirem levam o conjunto da classe trabalhadora. Por isso é necessário ocupar as ruas, o autêntico campo de luta e manifestação dessa classe, para que a política siga rumo aos interesses da maioria da população, os trabalhadores.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 21 Fev 2023, 23:19

NOTÍCIAS
ECONOMIA
As consequências da política de juros do Banco Central
As metas de inflação são utilizadas em menos de meia dúzia de países no mundo e servem para exigir o cumprimento de índices que só poderão ser mantidos com juros elevados

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OBanco Central do Brasil, sob o controle mais intenso dos banqueiros e especuladores desde o golpe de 2016, e ainda, mais voraz na gestão Bolsonaro, assumiu uma linha de ação que envolve a maior transferência de recursos orçamentários da história do país em apenas uma administração governamental; que foi a de Jair Bolsonaro. Um montante de mais de seis trilhões de reais foram pagos para o pagamento da dívida pública federal de 2019, desde que Bolsonaro assumiu a presidência, segundo dados oficiais capturados pela Auditoria Cidadã da Dívida Pública (ACD).

Quando pesquisamos no site do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento, verificamos o tamanho da conta que o povo está pagando para remunerar os capitalistas donos dos títulos da dívida pública nacional e estrangeiro. Em 2019 foram pagos R$1,381 trilhão, 2020 1,037 trilhão, 2021 1,704 trilhão e 2022 um recorde de 1,879 trilhão. Somados esses valores chegamos à cifra colossal e absurda de 6,001 trilhões de reais entregues do orçamento estatal ou dos cofres públicos para as mãos de ávidos banqueiros e rentistas do país e bilionários do planeta afora.


Segundo trabalhos da mesma ACD, a cada 1% de aumento na taxa básica de juros, no montante que a dívida pública se encontra; de mais de 8 trilhões de reais, encerrada a contabilidade de 2022; o rombo maior em gastos com juros chega a 38 bilhões anuais. Segundo dados informados pelo próprio Banco Central encontrados neste link. O mesmo mercado que berra de maneira fervorosa quando se trata da elevação do salário mínimo de miséria, do aumento das pensões e aposentadorias ou mesmo de qualquer tipo de auxílio, ou benefício social emergencial ao povo.


As metas de inflação funcionam como uma contenção para a redução da taxa de juros, pois as metas servem para que o argumento inflacionário seja contido através do aumento ou da manutenção da taxa básica de juros nas alturas, o que inibe os investimentos produtivos e mantém o país amarrado em relação ao crescimento e desenvolvimento econômico. Segundo Na teoria econômica monetarista acredita-se que a inflação é gerada pelo aumento da demanda (consumo) ou mesmo da quantidade da moeda em circulação combinada com a sua velocidade de circulação. A “fórmula mágica” segundo essa corrente de pensamento ou teórica defendida pelos economistas neoliberais será sempre acima de tudo aumentar as taxas de juros como forma de inibir o consumo da população e barrar o aumento de preços. Com a queda do consumo, os preços dos bens e serviços tendem a parar de subir, já que as pessoas irão parar de consumir no mesmo nível anterior. O problema que no Brasil atual a economia está em frangalhos, a pobreza e o desemprego explodiram e certamente um aumento inflacionário não poderia ser contido com ainda mais juros. A explicação para o aumento da inflação reside na subida absurda dos combustíveis na gestão Bolsonaro, assim como das tarifas públicas de serviços como água e luz e referentes a impactos externos como a pandemia e a própria guerra na Ucrânia causada pelo imperialismo. Significa dizer que a manutenção de taxas de juros elevadas e no caso brasileiro as maiores do mundo são inócuas para conter a inflação e ainda causadoras de recessões econômicas em médio e longo prazo.

As metas de inflação são utilizadas em menos de meia dúzia de países no mundo e servem para exigir o cumprimento de índices que só poderão ser mantidos, segundo a teoria econômica dos porta-vozes dos banqueiros no Banco Central, com juros elevados e constantes. A saída para essa armadilha contra governos populares e a população deverá ocorrer através das seguintes medidas imediatas: a saída imediata do então presidente do Banco Central Roberto Campos Neto, a revogação da Lei que trata da independência do Banco Central e não apenas a revisão do percentual das metas inflacionárias, mas um decreto que encerre definitivamente o cumprimento de quaisquer “metas inflacionárias” que ao final apenas servem aos interesses dos rentistas e do imperialismo. As metas a cumprir só poderão ser aquelas que condizem aos interesses do Estado brasileiro e do povo, sem tréguas aos capitalistas selvagens, depredadores da nação.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 23 Fev 2023, 04:02

NOTÍCIAS
POLÍTICA NACIONAL
Bolsonaristas querem impedir Mercadante de chegar ao BNDES
Ex-chefe da ABIN de Bolsonaro quer Mercadante fora do BNDES, e usa de lei para tentar afastar da estatal um dos principais homens da equipe econômica de Lula

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Oex-chefe da ABIN de Bolsonaro e atual deputado federal Alexandre Ramagem, eleito no Rio de Janeiro, recorreu à Justiça para barrar a indicação de Aloizio Mercadante para o cargo do presidente do BNDES.

Alexandre Ramagem, do PL, alegou que a indicação de Mercadante ao BNDES supostamente iria contra a Lei das Estatais. Um dos trechos da lei veda a indicação de nome que tenha participado de qualquer instância de uma estrutura decisória de um partido nos últimos 36 meses.


A lei se trata de uma lei reacionária, que visa a instituição de uma tecnocracia supostamente imparcial, eliminando do controle das estatais figuras alinhadas e de confiança de líderes políticos e partidários. É evidente que tenha sido elaborada para impedir que lideranças populares coloquem figuras de confiança de seus partidos para ocupar postos estratégicos, deixando o caminho livre para a imparcialidade. O problema é que, na verdade, ser imparcial numa sociedade de classes onde o sujeito ativo é a burguesia, ou seja, que a burguesia domina, significa ser conivente com o massacre da classe trabalhadora.


Aloizio Mercadante participou da coordenação de campanha do Lula à presidência da República, então estaria vetado de exercer a presidência do BNDES.

Atualmente, essa não é a única ação em andamento que trata do tema. Outro deputado federal, Carlos Sampaio, do PSDB, também recorreu à Justiça Federal pedindo uma liminar contra a indicação de Aloizio Mercadante. As duas ações serão analisadas pela nona Vara Federal do Distrito Federal.

Houve uma flexibilização na regra de indicação para estatais, que possivelmente favorecerá o lado de Mercadante e permitirá que a indicação seja feita de forma democrática. A flexibilização ocorreu no final de 2022, e o projeto aguarda a avaliação do Senado Federal, que com sua composição bolsonarista, talvez desaprove para atravancar o governo Lula.

O que devemos ter claro com a situação é como os bolsonaristas estão tentando barrar um dos homens mais importantes da política econômica do governo Lula. O que revela como o governo está verdadeiramente emparedado pela campanha de sabotagem e paralisação levada adiante pela direita. A direita golpista, os bolsonaristas e a burguesia não querem permitir que Lula governe agora que ganhou.

Na imprensa, a oposição a Lula também é feroz. O convite de Roberto Campos ao roda-viva para fazer propaganda da independência do Banco Central foi um dos ápices da picaretagem do PIG, o Partido da Imprensa Golpista.

Enquanto isso, a imprensa golpista afirma que é Lula quem está querendo brigar. Lula apenas quer exercer seu direito de governar, concedido a ele pelo voto popular da maioria da classe trabalhadora.

Para tornar a situação ainda mais crítica, a extrema-direita, que tem um enorme apoio das forças armadas, também se opõe a sua política econômica, como mostra o caso apresentado por esta matéria.

A situação em que Lula terá de governar será muito difícil e impossível caso Lula não parta para o caminho das mobilizações populares das massas.

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Mensagem por Chapolin Gremista » 23 Fev 2023, 15:34

NOTÍCIAS
AMAZÔNIA É NOSSA!
BNDES controlará doações de EUA, Alemanha e Noruega
O governo brasileiro será responsável pela gestão do Fundo Amazônia

Ointeresse na Amazônia Brasileira, maior parte da floresta amazônica, é compartilhado por todos os países imperialistas. A maior floreste tropical do mundo é uma fonte de riquezas naturais incontáveis, minérios, plantas, corpos hídricos, solo com um potencial incalculável, quem não estaria interessado em gerir tamanho recurso?

Por esse motivo este jornal vem denunciando as manobras imperialistas para diminuir o controle brasileiro sobre a Amazônia. O presidente francês, Emmanuel Macron, chegou a declarar que o território deveria ser de gestão internacional, trocando em miúdes, mandariam os países imperialistas, mais poderosos, e para eles ficariam a maior parte do quinhão, enquanto os países da América do Sul apenas obedeceriam e ficariam com as migalhas.


Bem, uma parte da esquerda vem denunciando que o governo Lula está aceitando doações de governo imperialistas para o Fundo Amazônia, que até o momento recebeu R$ 3,3 bilhões, sendo R$ 1 bilhão da Noruega e R$ 200 milhões da Alemanha. O fundo já acumula no total R$ 5,4 bilhões, dentre os quais R$ 1,8 bilhões já estão contratados.


Aloizio Mercadante, presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) declarou na última reunião para tradar do fundo que:

“O grande desafio é sair do modelo predatório para o modelo de desenvolvimento sustentável na Amazônia. E, para isso, nós precisamos de projetos estruturantes que impulsionem uma nova dinâmica, uma nova indústria, uma agricultura de baixo carbono, uma recuperação de pastos degradados. Esse é o grande objetivo estratégico do governo e do fundo. São 28 milhões de pessoas que precisam ter formas alternativas de vida, quando nós vamos combater, de forma implacável, o processo de devastação e destruição da Amazônia”

Segundo o jornal Poder 360, O presidente (do BNDES) disse ainda que foram liberados R$ 853 milhões para operações de comando e controle coordenadas pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), R$ 253 milhões para ordenamento territorial e R$ 244 milhões para ciência e tecnologia.

O fato importante é que o Brasil será o gestor desse dinheiro e desse fundo, e ao contrário do que aponta uma parcela da esquerda pequeno-burguesa, o fundo em si não representa uma entrega da Amazônia para mãos estrangeiras. Claro que devemos estar alerta a penetração de ONGS e grupos financiados pelas organizações filantrópicas do imperialismo, todas fachadas para a operações de espionagem e sabotagem de governos, e devemos denunciar a demagogia do imperialismo e dos partidos verdes sobre a ecologia, mas neste caso, o controle dos recursos está nas mãos de um órgão governamental, controlado por um homem muito próximo à Lula. O recurso, como assinalado acima, será alocado em instituições federais como o Ibama.

A crítica ao governo e a denúncia das intenções políticas dos países europeus e dos EUA, não deve ser feita levianamente, isso, além de atacar um governo recém-eleito pela esquerda em uma situação em que o imperialismo já começou sua campanha contra esse governo, e busca enfraquecê-lo, deixa ainda mais confusos os ataques reais à soberania nacional através da amazônia.

Vela lembrar o que o atual presidente disse antes mesmo de se eleger:“Vocês sabem que aqui no Brasil a gente não abre mão da soberania da Amazônia, mas é importante lembrar que a Amazônia não é só nossa. Nós temos a Amazônia na Venezuela, na Colômbia, no Peru, no Equador, tem um pouco na Bolívia e até nas Guianas.”

Não é a primeira vez que Lula afirma que não vai abrir mão da soberania, e mesmo declarando que a floresta não pertence somente ao Brasil, e de fato não pertence, ele lembra que o país divide com outros países fronteiriços, nada de europeus nem norte-americanos tomando contra de riquezas e territórios que não são seus.

https://causaoperaria.org.br/2023/bndes ... e-noruega/
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Mensagem por Ramyen » 23 Fev 2023, 19:35

NOTÍCIAS
O GLOBO

Santander obtém vitória na Justiça de São Paulo para apreender e-mails externos da Americanas

https://br.noticias.yahoo.com/santander ... 18467.html
RAMYEN, O MELHOR USUÁRIO DO FÓRUM CHAVES

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Mensagem por Chapolin Gremista » 24 Fev 2023, 00:02

NOTÍCIAS
MERCADO CONTRARIADO
Embate entre Lula e BC não é um jogo de cena
Artigo do Esquerda Diário ignora a realidade e os efeitos concretos da política para poder criticar Lula como um farsante

OMRT publicou em seu sítio, Esquerda Diário, no último dia 14, um artigo chamado “Os significados dos embates entre Lula e o Banco Central”, cuja tese central é mostrar que os embates de Lula com o BC, melhor dizendo, com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, seriam um jogo de cena. Vejamos:

“A autonomia do BC também foi questionada por Lula, o que prontamente gerou reações na mídia, no mercado e mesmo entre políticos, como Arthur Lira, que saíram em defesa de um banco central que seria ‘técnico’ e não ‘político’. No entanto, o próprio governo disse que não vai rever a autonomia do BC.”


Segundo o próprio artigo, Lula questionou a autonomia do BC, o mercado reagiu, políticos da direita golpista (incluindo supostos aliados do governo) criticaram, e, podemos acrescentar, a imprensa capitalista criticou Lula. Em suma, a reação contra Lula foi grande.


Para o MRT, no entanto, esses fatos não são suficientes porque o governo disse que não vai rever a autonomia do Banco. Mais à frente, o artigo explica quais as intenções de Lula: “Nesse sentido dos embates entre governo e BC, as declarações de Lula contra Campos Neto têm o objetivo primordial de abrir mais espaço fiscal para gastos do governo.


Com esse rearranjo, o governo poderia tentar acelerar o crescimento pela via de um novo ‘PAC’, buscando finalizar obras paradas, ampliar construções de rodovias e retomar o Minha Casa, Minha Vida, um dos principais símbolos sociais dos governos do PT – e aqui entra parte do fator político.”

O texto constata que o objetivo de Lula é abrir espaço fiscal para poder colocar em marcha projetos de desenvolvimento e projetos sociais.


Segundo o MRT, Lula estaria fazendo apenas jogo de cena. Lula não gostaria de tirar a autonomia do BC, ele apenas quer espaço para investir em obras de infraestrutura e sociais, “apenas”.

É uma crítica sem pé nem cabeça. Primeiro porque leva mais em conta as supostas intenções do governo do que os fatos propriamente. O MRT não entende que uma declaração de Lula, um político reformista e conciliador, contra o BC autônomo é por si só um problema para os capitalistas. Basta notar a reação da direita, que o próprio MRT assinala, para entender isso.

“No fim das contas, mesmo com a retórica de Lula, o que prima no governo é a responsabilidade com os mercados, no momento em que se discute uma nova regra fiscal para substituir o Teto de Gastos.”

O que o MRT não entende é que a “retórica de Lula” não é uma simples retórica. O MRT acha que está falando de um diretor de centro acadêmico, não do presidente da República, com uma base social gigantesca, e de um dos maiores países do mundo.

Poderíamos criticar Lula por não ir até o fim defendendo a revogação da autonomia do BC. Mas sem levar em conta o caráter da política de Lula, essa crítica não tem efeito nenhum. É óbvio que Lula não vai, de uma hora para outra, revogar a autonomia e bater de frente com os grandes capitalistas. Essa não é a política dele. Mas, como marxistas, o correto é impulsionar uma política cada vez mais à esquerda, partindo da crise que se abriu com as declarações de Lula.

Em vez disso, o MRT acusa Lula de estar apenas fazendo uma manobra. E, pior ainda, essa manobra, segundo o próprio MRT, seria para um objetivo louvável. Podemos criticar qualquer coisa das obras do PAC e do programa Minha Casa Minha Vida, mas do ponto de vista do governo Lula e para um setor massivo do povo, essas são iniciativas importantes. A crítica mostra que o MRT está fora da realidade.

Outra “acusação” do artigo é a de que o PT estaria promovendo Fernando Hadadd como um moderado para as próximas eleições. Lula dá declarações contra a Faria Lima enquanto Haddad se mostra responsável.

Se isso fosse verdade, seria uma das táticas eleitorais mais idiotas da história. Querem promover um novo candidato colocando-o em choque, ao menos no campo das ideias, com o político mais popular do País. A impressão que dá ao ler o artigo do MRT é que eles buscam qualquer coisa para falar mal do governo Lula. E de fato é assim.

O artigo conclui que:

“com essas declarações, Lula busca não perder seu apoio social entre os trabalhadores a médio e longo prazo, enquanto vai forjando o ‘Haddad moderado’ para ser seu sucessor em 2026, ainda mais palatável à burguesia.

Longe de um projeto desenvolvimentista, o que o governo busca para 2026 é um sucessor com responsabilidade para com os mercados e – tão ou mais importante para alcançar seu objetivo eleitoral –, com os votos de Lula, justamente aquilo que a terceira via não tem para se cacifar à presidência sem o PT.”

Haddad pode até ser um nome mais palatável para a terceira via. A burguesia vai permitir que Lula fique quatro anos fazendo declarações para preservar seu apoio social em troca de “forjar Haddad moderado”? É uma análise política feita em especulações e não na realidade.

De qualquer modo, qual seria a política correta de um revolucionário – que é como se apresenta o MRT – diante do fato de que Lula está entrando em colisão, ainda que moderada, com os capitalistas? Em vez de impulsionar essa embate, chamando os trabalhadores e exigir do governo que rompa de fato com a política do mercado, o MRT diz: “Lula é um farsante!”. O problema é que, farsante ou não, Lula não está agradando o mercdo, ao menos nessas questões.

https://causaoperaria.org.br/2023/embat ... o-de-cena/
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Mensagem por Chapolin Gremista » 24 Fev 2023, 18:45

NOTÍCIAS
ASSALTO ANUNCIADO
BB irá transferir cerca de R$12 bi para os especuladores na Bolsa
O Banco do Brasil irá distribuir para os especuladores estrangeiros e nacionais a bagatela de R$ 12 bilhões enquanto os 85 mil bancários ficam com as migalhas do lucro do banco

OBanco do Brasil anunciou no último dia 13 de fevereiro um lucro líquido ajusta de R$ 31,8 bilhões no ano de 2022. O resultado foi 51,3% maior se comparado ao ano de 2021, o que representa um retorno sobre patrimônio líquido (RSPL) de 21,1%. Os ativos totais do banco, em 2022, ficou acima de R$2 trilhões e, para os seus acionistas, o BB irá distribuir, no próximo dia 03 de março, R$11,8 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio, equivalente a 40% do lucro total.

Do total distribuído aos acionistas, 50% dele fica para a União, que detém 50%+1 das ações da empresa e, os outros 49,99% ficarão nas mãos dos especuladores parasitas estrangeiros e nacionais, que detêm, respectivamente, 23,3% e 26,3% (o restante, 0,4% representa ações da tesouraria).


Um dado que chama a atenção foi o faturamento em relação à Receita de Prestação de Serviços que somaram R$32,3 bilhões em 2022 e, em relação a essa verdadeira extorsão, realizada pelos bancos brasileiros à população, o Coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, João Fukunaga, ressalta que:


“Os bancos brasileiros são, sabidamente, aqueles que cobram as mais altas taxas de juros do planeta. Desta maneira, se apropriam de grande parte do resultado gerado por empresas, empreendedores, agricultores e da população em geral. São alguns dos mais potentes e radicais agentes da concentração de renda nas mãos de poucos, responsáveis pelo aprofundamento da desigualdade social que tanto mal faz à maioria da população brasileira”. (Site Fetec/CUT)

Outra questão que chama a atenção é que, enquanto o governo e meia dúzia de parasitas capitalistas nacionais e internacionais irão dividir entre si cerca de R$12 bilhões, os 85 mil trabalhadores do BB, que efetivamente são os responsáveis por mais esse fabuloso lucro aferido pelo banco, que recebem salários cada vez mais arrochados, que sofrem diariamente sistematicamente assédio moral para o cumprimento de metas, irão dividir entre si apenas R$1,2 bilhão.

O lucro do Banco do Brasil, da mesma forma como foi sendo realizado nas demais empresas estatais, como a Petrobrás, por exemplo, que transferiu para os acionistas em 2022 cerca de R$180 bilhões no governo do ex-presidente golpista, Jair Bolsonaro, demostra a rapinagem das estatais; empresas essas que deveriam estar subordinadas aos interesses públicos, mas que vêm sendo utilizadas para beneficiar meia dúzia de acionistas, nacionais e estrangeiros. Para os grandes banqueiros e capitalistas, nacionais e internacionais e seus representantes no governo, o que interessa é somente manter o lucro, e fazem isso às custas da superexploração dos trabalhadores bancários e de toda a população.

Não há dúvida que são os banqueiros quem mais lucram no atual estágio de decomposição econômica e política do capitalismo. Todas essas falcatruas e vigarices promovidas pelos banqueiros só podem ser bloqueadas pela intervenção, firme e organizada, dos trabalhadores através de suas organizações e por meio da organização de uma verdadeira luta pela estatização do sistema financeiro sob o controle dos trabalhadores.

https://causaoperaria.org.br/2023/bb-ir ... -na-bolsa/
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Mensagem por Ramyen » 10 Mar 2023, 18:31

Algo que notei aqui na minha cidade foi que em dois lugares em que o Bradesco tinha agências grandes, ele está entregando mais da metade do prédio, deixando apenas uma portinha com alguns poucos caixas eletrônicos.
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Mensagem por João Lucas Simão » 18 Mar 2023, 00:45


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Mensagem por Arieel » 06 Abr 2023, 19:11


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Mensagem por E.R » 04 Mai 2023, 16:01

NOTÍCIAS
https://g1.globo.com/economia/noticia/2 ... 2024.ghtml

Os bancos associados à Federação Brasileira de Bancos (Febraban) deixarão de oferecer transferências via DOC (Documento de Ordem de Crédito) até 29 de fevereiro de 2024.

Além do DOC, os bancos também deixarão de oferecer a Transferência Especial de Crédito (TEC), que são operações realizadas exclusivamente por empresas para o pagamento de benefícios a funcionários. Atualmente, o valor máximo permitido para qualquer transação via DOC ou TEC é de R$ 4.999,99.

No DOC, as operações são efetivadas um dia após o recebimento da ordem de transferência pelo banco, enquanto no TEC, a transferência é efetuada, no máximo, até o final do dia em que foi dada a ordem.

Não foram anunciadas mudanças nas operações de Transferência Eletrônica Direta (TED).
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