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Se Ronaldinho cair, Patricia deve sair junto.
Isso não é uma informação. É uma conclusão. Notícias vindas de sei lá onde dão conta de que o clube pensa em romper com o “melhor do mundo”. Isso, menos de dois anos após acertarem o contrato que seria até 2014.
Foi Patrícia que trouxe o jogador. Venceu a guerra de churrascarias com Grêmio e Palmeiras e assinou com o “melhor do mundo”. Prometeu com a ajuda de um parceiro pagar um salário exorbitante até para padrões europeus. Não cumpriu. Claro, sempre poderá dizer que foi o parceiro que não pagou, mas era o nome do Flamengo e um jogador do Flamengo. Agora diz que pode pagar sozinha. Como, ninguém sabe, já que não tem nada na camisa que ajude nessa tarefa.
Foi Patrícia que inúmeras vezes disse “ele é solteiro, pode sair à noite e está cumprindo tudo com a gente”, deixando assim as portas abertas para dezenas de faltas a treinos, atrasos, atuações melancólicas, completa falta de liderança ou comprometimento com clube/torcida/time.
Foi Patrícia que bancou o jogador na queda de braço com Luxemburgo e mostrando ao mercado quem manda no futebol rubro-negro de verdade. Qual técnico vai querer assumir o Flamengo, sabendo que terá que ceder à sua maior primadonna sem poder reclamar? Ao menos fosse um Neymar, que compra iates para suas festas, mas promove uma orgia de gols em campo.
Foi Patrícia que viu tudo e nada fez. Jamais enquadrou o “melhor do mundo” ou sequer o chamou para mostrar um pouco de Flamengo. Jamais exigiu mais respeito com os demais jogadores que treinam diariamente.
Foi Patricia que disse que o jogador era sua bandeira, sua conquista, mesmo que isso tenha trazido vexames e desclassificações para o Flamengo. Sejamos justos, ela não é a primeira a comandar times vexatórios, nem será a última, mas nunca antes na história deste clube um presidente defendeu tanto sua maior e mais inoperante estrela sem cobrar uma contra-partida.
A história está cheia de erros de dirigentes. No Flamengo então... Patrícia, e qualquer um, estão sujeitos a erros. Marcio Braga inventou um Dimba que desfacelou o time. Coisa pequena, se comparada com Kléber Leite e o seu Romário. ESS montou uma seleção sem dinheiro e se livrou de uma base que poderia ganhar tudo. Velloso vendeu tudo o que tinha e não tinha. Desde o impeachment ao exílio, todos de alguma forma pagaram. Chegou a hora e vez de Patricia.
Se ela romper com Ronaldinho, não terá sido apenas um erro técnico. Pelas suas atitudes (ou falta de), ela corroborou com o comportamento do “melhor do mundo” dentro e fora de campo. Jamais fez algo para evitar. Não adianta falar “tentamos”. Não, não ! É preciso admitir que por um ano e meio não teve a competência para sequer arrumar um maldito patrocinador master que pusesse o nome na camisa vestida pelo “melhor do mundo”. Demitir o departamento de marketing ? Mas isso também já passou da hora. Tudo já passou da hora.
Vai fazer o que ? Esperar eleições ? Tentar disputar de novo ? Há limite para teimosia. Por uma questão de honra, de honestidade, de carater, de vergonha na cara, Patricia, se romper com Ronaldinho, tem que sair junto. A Libertadores já era.
Mas eu duvido que ela tenha coragem para tal. Se não fez quando viu Zico, que é o Zico, se desligar, não será com um Engodozinho Gaúcho que o fará. Opa, desculpe, “melhor do mundo”.