Globo Esporte.com
. O caso
Walter parece estar perto do fim. Na tarde deste domingo, o
atacante do Internacional quebrou o silêncio e prometeu, mais uma vez, se reapresentar no Beira-Rio. Segundo ele, será na tarde desta segunda-feira, dez dias depois de ter sumido dos treinos. Porém, reconheceu que
voltará apenas por força de contrato.
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Só estou me apresentando porque eu tenho este contrato de três anos, senão não voltaria – afirmou, em entrevista à “Rádio Gaúcha”.
Walter listou alguns dos motivos que o fizeram tomar tal atitude :
. os problemas financeiros dos seus familiares
. as críticas do técnico Jorge Fossati após o jogo contra o Emelec
. as recusas do Inter em vendê-lo para Portugal no início do ano e aumentar o salário dele.
Confirmou duas propostas de europeus, do Porto e do Almería. O salário que receberia na Europa seria de pelo menos € 100 mil
(cerca de R$ 243 mil). As informações foram negadas pelo vice de futebol colorado, Fernando Carvalho. O dirigente afirmou que havia chegado apenas uma oferta, do Portimonense, da Segunda Divisão portuguesa.
O atacante demonstrou muita insatisfação com notícias veiculadas sobre ele e também com o plantão que alguns repórteres fizeram em seu prédio durante o "exílio" particular. Walter se negou a comentar a
suposta saída da concentração antes do jogo contra o Emelec.
Valorização no Inter
"Chegou uma proposta que seria boa para eles e para mim também. O Inter não me vendeu e ainda tentou trazer mais atacantes.
Eu vi que o meu espaço no clube estava diminuindo. O Kléber Pereira não vem para ficar no banco, é um grande atacante. E tem mais o Alecsandro, o Taison, o Edu, todo mundo. Fiquei chateado por ter virado a sexta opção do time."
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Não ganho pouco, é um dinheiro que dá para viver, mas quanto mais você ganha, mais você gasta. Quando eu vim da seleção, eu queria um reforço maior. Queria chegar e ser mais reconhecido."
"Querendo ou não querendo, a gente sabe que os meninos da base ganham menos. Jogador contratado de fora sempre chega ganhando mais. Mas em todo canto é assim. Nós da base precisamos de um retorno."
Problemas familiares
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Tem dez pessoas a quem dou de comer lá em Recife. A família precisa de mim. Sou eu quem põe comida dentro de casa. Os meus familiares não estavam bem. Eu
tive proposta para ser vendido, ganhar um dinheiro bom, e
o Inter não me liberou. Fiquei chateado. No início do ano,
pedi aumento e eles não me deram. Fiquei chateado também. Mas agora é tentar voltar e começar tudo de novo no time B. Cada trabalhador tem seu momento difícil e eu tive o meu.”
Relação com a torcida
"Peço desculpas para o torcedor do Inter, não fiz por querer. Vestindo a camisa do Inter, eu sempre tentei ajudar o máximo. Nesse último jogo, por exemplo, teve um lance que o jogador deles ia entrar dentro da área, eu corri, puxei ele, fiz de tudo para não deixar ele chegar na frente do gol. Eu tenho carinho pela torcida, mas eles não entenderam isso que eu fiz."
Forma física
"Lógico que eu engordei um pouco em oito dias sem trabalhar. Mas vocês me viram passeando, viram que eu não estou gordo. E nunca cheguei perto de 100 quilos, como disseram. Em uma semaninha de treinos, eu volto ao normal."