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Fórum Chaves entrevista Rubén Aguirre, o Prof. Girafales!

Enviado: 08 Dez 2012, 19:30
por Fórum Chaves
O Fórum Chaves, na sua tradição de levar as melhores notícias sobre CH para todos os fãs, já tinha realizado uma entrevista em 2011, com Roberto Gómez Fernández, filho de Chespirito. Agora, estamos de volta com mais uma entrevista exclusiva. E uma grande entrevista! Com exclusividade, conversamos com Rubén Aguirre, o Professor Girafales!

Ele falou conosco a respeito de seu começo de carreira, como conheceu Chespirito, programas em que trabalhou, sua passagem no Brasil e muitas coisas mais! E o melhor, esta entrevista foi feita por fãs e para fãs!

Confira abaixo, em português e espanhol, e em vídeo, a entrevista completa com o Professor Girafales!
VÍDEO
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ENTREVISTA EM PORTUGUÊS
RUBÉN AGUIRRE: Olá, amigos de Fórum Chaves. Que gosto, que prazer que se lembrem tanto de mim. Quero que saibam que de todos os fã-clubes que há de Chaves, o Fórum Chaves é o que mais me escreve, mais me contata pelo Twitter e com o qual mais estou agradecido, Antonio. Assim, estou à sua disposição, você pergunta e eu lhe respondo.

FÓRUM CHAVES: Muito obrigado, Professor Girafales. É para mim, para nosso site Fórum Chaves é uma honra poder falar com você nesta noite. Tenho aqui algumas perguntas, perguntas não-tradicionais, foram feitas pelos fãs de nosso site para lhe perguntar algumas coisas acerca dos programas, algumas curiosidades, coisas sobre todos os programas de sua carreira como ator, de todo o universo de Chaves, Chespirito, tudo isso.
R: Bom, eu farei todo o possível para responder da melhor forma essas perguntas.

F: Obrigado, muito obrigado. Para começar, a primeira pergunta. Mais de quarenta anos de carreira na televisão não são pouca coisa. Desde ator até redator de programas. Como começou sua carreira na televisão e no cinema? Por que se interessou pela comédia? (pergunta de Borges)
R: Bom, veja: eu comecei, primeiramente, no rádio. Logo fui ator de radioprogramas, ou radionovelas, ou séries... não sei como se poderia chamar. Daí passei á televisão como locutor. Estando como locutor de televisão, me deram programas como apresentador, programas infantis. Um se chamou El Club de los Millonarios, outro se chamou El Club de Shory, porque então me chamavam de Shory, entre outros programas. Sempre de apresentador e sempre com crianças... e nada mais. Aí depois conheci... bem, muitos atores, entre eles Roberto Gómez Bolaños, então mais que ator, seguia sendo escritor. E nos tornamos amigos e me convidou a trabalhar com ele.

F: Como conheceu Chespirito e começou a atuar junto a ele? (pergunta de Rafinha)
R: Bom, primeiro eu era executivo em televisão, aparte de ser animador e apresentador, tinha a meu cargo alguns programas. Então, meu chefe, o diretor de programação, me falou de Chespirito, me fez uma consulta com ele, porque Chespirito trazia um projeto que iria se chamar (se chamou ao final) El Ciudadano Gómez. Então foi ao meu escritório, lemos juntos o programa, a mim me pareceu muito bem, lhe dei minha opinião aos diretores da emissora, se faz o piloto e no piloto ocorreu algo curioso. O piloto era de cinco ou sete minutos e se ocupava, se necessitava uma secretária. Eu citei uma atriz para que viesse fazer o papel de secretária e no dia da gravação, não se apresentou. Então falei com Rober e lhe disse: “olhe, dá no mesmo que seja secretária ou secretário?” Disse-me: “Dá na mesma”. Disse-lhe: “Bom, então vou fazer eu o secretário por que a secretária não apareceu em lugar algum”. Essa foi a primeira vez que eu trabalhei em um quadro de sete minutos, mais ou menos, que foi o piloto de El Ciudadano Gómez, em que eu fiz o papel de um secretário de um executivo muito importante da televisão. Essa foi a primeira vez que trabalhei com ele e assim foi como o conheci.

F: De que programas você participou quando deixou a equipe de Chespirito no começo dos anos 70? (pergunta de Chompiras)
R: Bom, minha experiência como condutor e escritor de programas infantis de concursos. Fui escritor e diretor de um programa que se chamava Sube, Pelayo, Sube, que durou seis anos no ar e o escrevi por muito tempo. Era um programa de concursos. Também fiz um programa de comédia chamado Kippycosas, porque o fazia uma senhora chamada Kippy Casado. Era uma comediante muito boa, então me deu... quer dizer, fiz alguns programas com ela nesse programa que se chamou Kippycosas. Então basicamente foram esses dois programas, um de concursos e outro de comédia.

F: O Professor Girafales não costumava dizer seu primeiro nome, Inocencio, na série. Por quê? (pergunta de Corpo do Benito)
R: Porque assim marcava o roteiro. O roteiro sempre colocava somente Professor Girafales, e o roteirista não era eu, era Roberto Gómez Bolaños. Ele sabia por quê, teria que perguntar a ele por que nunca disseram o nome Inocencio. Porém nos roteiros nunca se dizia esse nome, sempre dizia Professor Girafales e nós obedecíamos o que dizia o diretor, o roteirista.

F: A maioria dos roteiros criados por Chespirito tiveram nova versão, remakes. Don Juan Tenório, por exemplo teve mais de quatro versões. O que vocês, atores, opinavam sobre isso? (pergunta de Borges)
R: Bom, primeiro deixe-me lhe dizer que no México é uma tradição essa péssima história de Zorrilla, que se chama Don Juan Tenório. Então, o que fizeram os escritores mexicanos, muitos, foi fazer paródia, fazê-la em piada. Não fazê-la como escreveu Zorrilla, porque a que escreveu Zorrilla é muito ruim, o espanhol esse não sei em que estava pensando e a fez, porém se fez uma tradição no México de usá-la, apresentando sobretudo no teatro. A Roberto lhe ocorreu na primeira vez e saiu tão bonita, na verdade, nos saiu tão bem que o que fazíamos era repetir em novembro, que é quando se celebra essa representação de Don Juan Tenório. Sempre em novembro se repetiam os capítulos, porque deveras como escritor saiu muito bem. Havia versos muito bem feitos, que creem que foi uma obra de arte que fez Roberto e por isso se repetia a cada ano.
F: Certo. Porém, a respeito de outros episódios que tiveram outras versões, às vezes com outros atores que não estavam na primeira versão, que pensavam vocês sobre isso, de regravar esses episódios mais de uma vez?
R: Bom, se trabalhava com o pessoal que tínhamos. Se havia morrido Ramón Valdés, então o papel de... não sei o que fazia don Ramón, o fazia Jaiminho. Se Quico tinha se retirado, pois o papel de Quico era feito por outro ator. Quer dizer, sempre se supriam, porém não era necessário que fossem os mesmos atores, porque os personagens de Don Juan Tenório são muito distintos. Roberto sempre fazia Don Juan Tenório, eu sempre fazia Don Luis Mejía... Edgar Vivar fazia o Ciutti, Maria Antonieta... não, Florinda Meza fazia Dona Inês. Enfim, eram personagens da obra que podíamos mudar se tínhamos, pois, a falta de algum de nós.

F: Algumas vezes, nos episódios de Chaves, o Professor Girafales era golpeado, às vezes por engano por Dona Florinda com um tapa, às vezes por outras coisas pelo Chaves. Isso, alguma vez, lhe machucou de verdade? (pergunta de Antonio Felipe)
R: Não, não, não, nunca, sempre os atores sabem como se “bater” sem nos causar dano. Sabemos como caímos ao solo sem se machucar, brigar inclusive, sem machucar uns aos outros. Isso é parte da escola de atuação de cada ator, cada um deles. Por exemplo, eu admirava muito a Edgar Vivar pela forma que tinha de cair, era uma forma que parecia de verdade se haviam dado um golpe muito forte, ele o fazia por que era um ator muito completo e podia fazer esse tipo de coisas. Ramón acusava o tapa que lhe dava Dona Florinda, porém o acusava tão bem que muita gente pensava que Florinda o batia de verdade. Essa é sua habilidade e ademais, não somente dos atores, mas também do diretor de câmeras para fazer um câmbio, um switch de uma câmera a outra no momento preciso do golpe para que não visse falso, para que parecesse que era de verdade.

F: Qual episódio gostou mais de fazer e qual foi o mais difícil? (pergunta de Rafinha)
R: Os mais difíceis sempre foram os dos Chifladitos. Porém os programas que fazia mais a contragosto eram os que eu tinha que colocar alguma peruca, não sei por que me molestava sempre usar peruca... às vezes fazíamos, por exemplo, algo sobre Cristóvão Colombo, ou sobre índios, ou sobre algo e me colocavam uma peruca, e isso me incomodava muito. Agora, não era difícil, era simplesmente algo que me incomodava. Porém programa difícil de fazer era o dos Chifladitos. Por quê: Por que eram tão incoerentes as coisas que dizíamos, não tinham um seguimento lógico, então era muito difícil memorizar. E nós sempre fazíamos todos os programas de memória, nunca usávamos ponto eletrônico.

F: Como você encarou o fim do Chapolin Colorado, em 1979? Gostou de fazer La Chicharra? (pergunta de Ecco)
R: Bem... Quando Roberto me convidou a seguir participando com ele de seus programas, gostei muito do papel de diretor do jornal de La Chicharra, mesmo que eu vestisse com gravata de coque, colete de lã e uns óculos quadrados, e creio que ele também gostou. O que passa é que o programa em si, pois, não teve o êxito que teve o Chapolin nem o êxito que teve o Chaves, jamais.
F: E como encarou o final do Chapolin, no ano de 1979?
R: Bom, não foi em 1979, foi em 1995, quando sei... Eu falo do Chaves. Todos sentimos muito, muitos de nós quisemos que o programa seguisse, porém compreendemos imediatamente que era impossível para Roberto, para qualquer dos personagens que ele fazia o papel de menino, seguir fazendo depois dos 50 anos... não se pode ficar. Já se viam os pés de galinha, mais que pés de galinha, pareciam axilas de elefante, havia rugas por todas as partes. Não era meu caso, porque como eu não fazia o papel de criança, um professor pode ser grisalho, enrugado, gordo e o que você queira, porém é professor. No caso de um menino era muito difícil interpretá-lo. Houve cirurgias plásticas, sobretudo por parte de Maria Antonieta de las Nieves, creio que Quico também fez alguma cirurgia plástica, Dona Florinda para fazer o papel da Pópis, porém Roberto não quis fazer cirurgia plástica. E creio que fez muito bem, e deixou o programa no momento justo em que disse, “já não nos vemos bem. Vamos mergulhar, vamos cair! Isso é o mais triste, o mais feio. Melhor terminar estando com o programa no topo”.

F: Qual era o sketch que tinha mais êxito na época do Programa Chespirito? (pergunta de Ecco)
R: O sketch... Pois veja, eu creio que era a escolinha, a escolinha da vizinhança do Chaves era a que tinha mais êxito, pelas engenhosas perguntas e respostas. Perguntas do professor, é claro, eram escritas por Roberto Gómez Bolaños, e pelas engenhosas respostas das supostas crianças. Não eram crianças, eram adultos vestidos de crianças. Então as pessoas gostavam muito quando o Quico dizia “os astecas, caratecas, discotecas”. Não sei, o quando Pópis, o quando Chaves, quando Nhonho, enfim, creio que era o esquete que gostavam um pouco mais.

F: Em quem você se baseou para retratar a personalidade do distraído e amoroso Sargento Refúgio? (pergunta de Chápulo)
R: Aquele que marcava o roteiro. Não era cem por cento eu. Porém creio que soube interpretá-lo de modo que o mesmo Chespirito me felicitou alguma vez pela maneira em que eu fazia esse personagem do Sargento Refúgio: um policial não muito brilhante de exemplo, porém muito honrado, muito decente, muito cuidado e muito zeloso de seu dever sempre.

F: Três personagens, três personalidades opostas. Sargento Refúgio, Lucas Tañeda e o Professor Girafales. Que tão difícil foi adaptar-se a cada um dos personagens? (pergunta de RenatoCS)
R: Bem, não foi difícil. Repito, o mais difícil foi o de Lucas Tañeda. Era o que me dava mais trabalho, porém era o personagem que eu mais gostava. Girafales, por exemplo, gosto porque foi o que me internacionalizou, o fazia muito facilmente porque Rubén Aguirre e o Professor Girafales são iguais. Eu na vida real sou vaidoso, sentimental... Tudo o que é o Professor Girafales o sou eu mesmo. Então, representar o papel do Professor Girafales me era muito fácil, me era muito simples, bastava colocar um traje, um chapéu, um charuto, umas flores e era muito simples fazê-lo. Porém, fazer por exemplo o dos Chifladitos, esse me custava muito trabalho fazê-lo. O mesmo com o Sargento Refúgio, porém não tanto. No Sargento Refúgio havia nada mais que ter cuidado com os tons de voz. Porém difícil, somente o dos Chifladitos.

F: Qual foi sua experiência ao gravar El Chanfle, primeira produção cinematográfica de Chespirito e seu elenco? Foi difícil a transição da televisão ao cinema? (pergunta de RenatoCS)
R: Veja, eu considero que é mais difícil fazer cinema que fazer televisão. Vou lhe explicar por quê. Na televisão, você grava um programa do começo ao fim em seis horas, ou em oito horas, ou em quatorze horas, quando é muito grande. Fazer uma obra de teatro, a faz em umas duas horas. Então te permite manter um personagem sempre igual porque o está fazendo no mesmo dia, quase na mesma hora. Entretanto no cinema é difícil, porque de repente dizem “corta”. Um filme dura cinco semanas, por exemplo, para se fazer. E cortam quando está a ponto de chorar ou a ponto de ter uma expressão difícil e aos três dias te dizem que retomamos a cena que fizemos há três dias. Então você tem que recordar-se de como estava essa cena há três dias1 Na televisão não, na televisão não tinha que recordar, se grava tudo seguido, tudo no mesmo dia.

F: Dos quatro filmes que gravaram com Chespirito (El Chanfle, El Chanfle 2, Charrito, Don Ratón y Don Ratero), qual você gostou mais de participar? (pergunta de RenatoCS)
R: Creio que nos Chanfles me diverti mais, eu me diverti mais em El Chanfle.

F: Como foi sua experiência como roteirista de Sube, Pelayo, Sube e como diretor de Aqui Está La Chilindrina? (pergunta de Chompiras)
R: Bom, eu tinha uma larga experiência como escritor de concursos. Fazia-os desde que trabalhava no rádio, fazíamos concursos com os ouvintes. Então, havia que ter muito cuidado, desde logo, porque era um programa de uma hora em que aconteciam oito, dez concursos. Há que fazê-los muito diferentes a cada dia porque o programa era de segunda a sexta. E salvo um ou dois concursos que eram fixos, os mesmos, todos os demais mudavam. Havia que trabalhar muito todo dia para escreve os roteiros do dia seguinte. Quanto ao trabalho diretor de Aqui Está La Chilindrina, foi um encanto. Gostei muito, por várias razões: primeiro, por que em alguma ocasião, Roberto Gómez Bolaños me pediu que o ajudasse a dirigir algumas partes do Chapolin ou do Chaves, sobretudo do Chapolin, para dirigir os extras. Disse: “veja, eu dirijo os atores em primeiro plano, porém me esqueço do que está atrás, dos extras, por favor, encarrega-te deles”, como eu já tinha experiência como diretor. Logo, trabalhar com Maria Antonieta de las Nieves, pois, era uma garantia. Ela é uma grande atriz, muito obediente, sempre fez o que se pedia, e além disso tínhamos um elenco muito profissional. Então não me custou nenhum trabalho. Ao contrário, deu-me muita alegria fazer esse programa. Lamento muito que Televisa tenha decidido encerrar toda a faixa de programas unitários, e encerrou nosso programa, porém não só o nosso, todos os programas que havia às oito da noite de segunda a sexta.

F: Alguns mistérios envolvem os programas Chespirito. Em uma twitcam do ano passado, você disse que muitos episódios se perderam, especialmente os do começo das séries, que gravavam em cima dos programas anteriores, apagando estes últimos, por que ninguém imaginava então que as séries seriam tão exitosas. Contudo, parece que não somente os episódios “piloto” das séries estão perdidos. Os fãs já descobriram muitos episódios do período clássico do Chaves e Chapolin que não são mais exibidos na televisão, como a primeira parte do capítulo com Hector Bonilla. Você sabe algo sobre isso? (pergunta de Borges)
R: Não sei porque isso quem manejava é o departamento de distribuição da Televisa. Eles manejavam isso. Então, o mesmo eles vendiam programas ao Paraguai, Argentina, Chile, Peru. Então, quiça nessas “vendas”, vamos dizer, “aluguéis” do programa, quiçá se perderam alguns, ou não regressaram ao México outros. Então, ignoro totalmente, ignoro o que passou com estes programas que nem eu mesmo me recordo deles.

F: Em 1988, falece o primeiro dos atores do elenco, Ramón Valdés. Depois faleceram Raúl Padilla e Angelines Fernández. Como os atores, incluindo Chespirito, lidaram com isso profissional e pessoalmente? (pergunta de Borges)
R: Pessoalmente nos afetou muitíssimo, porque Ramón se fazia querer por seus companheiros. Era um homem de um caráter muito alegre, muito brincalhão. Então sentimos muitíssimo, pessoalmente. Profissionalmente, o problema foi de Roberto Gómez Bolaños, isso tem que perguntar a ele, para meter outros personagens ou mudar a forma dos roteiros. Eu posso te responder como nos sentíamos pessoalmente. Sinto eu, Rubén Aguirre, muita saudade pessoalmente. Agora que vejo Ramón Valdés nos programas cada vez o admiro mais. Era um grande, mas um grande ator e me doeu muito porque além disso era um grande companheiro, muito bom companheiro. Vejo-o trabalhando e digo: mas que naturalidade, homem! Que maneira de expressar esses sentimentos, quando Quico lhe coloca a bola a um lado, quando... não sei, tantas coisas, os golpes de Dona Florinda. Eu o admiro muito como ator, mais agora que o vejo, já passado o tempo, que quando trabalhava com ele. Quando trabalhava com ele, éramos todos companheiros e não havia nem invejas nem admirações de uns aos outros, fazíamos nosso trabalho. Porém agora, através do tempo que vejo os programas, vejo a grandeza deste ator que foi Ramón Valdés y Castillo.

F: O Professor Girafales teve inúmeros apelidos por causa de sua altura. Mestre Linguiça, tobogã de salto alto, quilômetro parado. Em seus tempos de juventude você teve o mesmo problema? Quais eram seus apelidos? (pergunta de Rafinha)
R: Sim, como não, tive todos! La Garrocha (a vara), aqui la garrocha não sei se é o mesmo que no Brasil, porém é uma vara larga, muito, muito larga. Diziam-me também Pulgarcito por antonomásia, não?, porque Pulgarcito é muito pequenino, então me diziam Pulgarcito. Quando estávamos na escola de canto era Giuseppe de Pulgare, para fazê-lo italiano. Diziam-me Matador porque eu foi toureiro. Quando era toureiro, por aí escutava, ei, Matador! Muitos apelidos, e eu creio que nenhum jovem escapa de ter apelidos na vida, porém a mim nunca nenhum me incomodou.

F: Você é tão romântico como o Professor Girafales? (pergunta de Rafinha)
R: Sim, ou mais.
F: Ou mais?
R: (risos) Não. Somos iguais, somos iguais. Quando você vê ao Professor Girafales está vendo a Rubén Aguirre, o ator. Eu sou igual de namorado, sentimental, vaidoso, todos os defeitos que você vê no Girafales, eu os tenho. Então por isso não me custou trabalho interpretar esse personagem, porque somos iguais, no mais muda o nome. Ele se chama Girafales e eu me chamo Rubén Aguirre, porém somos iguais.

F: Em 2011, você abriu uma conta nas redes sociais Twitter e Facebook, que hoje são um grande êxito com muitíssimos seguidores. Em setembro do ano passado, uma twitcam sua rendeu mais de 20 mil espectadores. Quem o incentivou a começar a usar a internet? (pergunta de Borges)
R: Basicamente minha filha Veronica. A mim, em particular, ao princípio não me interessava porque não estava adentrado nos segredos da tecnologia moderna. Porém quando eu via que meus filhos se punham a chatear e tuítar e tudo isso, um dia minha filha Veronica propôs: “papai, vamos fazer uma... abrir uma conta de Twitter”. Desde então sou feliz porque leio tantas coisas carinhosas de todos. Não contesto todas, é lógico, mas leio todas! Leio todas e estou muito agradecido com tantas coisas bonitas que as pessoas me dizem.

F: Desde que você ingressou no mundo virtual, descobriu que mais pessoas no mundo inteiro adoram seu trabalho e dos programas de Chespirito? (pergunta de Corpo do Benito)
R: Sim, graças precisamente ao Twitter me dei conta disso. Os tuítes não são somente de falantes de espanhol, vêm também do Brasil, que falam português, do Japão, da Espanha, da França, Itália. 84 países no mundo veem o programa ou viam o programa, o programa Chaves. E esses... Coreia! Eu tenho uma gravação onde estou falando em coreano! Te repito, passa em 84 países, incluindo primeiramente, todos os da América Latina e Estados Unidos.

F: Você é fanático de alguma equipe de futebol? (pergunta de E.R)
R: Veja, tanto como fanático não, porém vou com a Universidad, os Pumas da Universidad. Porque como bom professor que sou, tenho que estar com os universitários, e para mim a equipe de Universidad, os Pumas, para mim é o favorito. Agora, não sou tão fanático assim, que me morro de... por causa de uma partida... não. Porém quando jogam os Pumas, não perco jamais.

F: Você já esteve no Brasil com seu circo há muitos anos. Recorda por onde passou o circo e quanto tempo esteve em nosso país? (pergunta de Antonio Felipe)
R: Olhe, é muito difícil. Estive aproximadamente seis meses. Recordo-me que começamos em uma cidade que é fronteira com o Paraguai, que se chama Ponta Porã. Dali fomos pelo Mato Grosso do Sul, cidade por cidade e não me recordo dos nomes. Recordo-me que eu ia pela estrada e pedia ao motorista que parasse para ver as emas ou emos, não sei como se chamam esses que parecem avestruzes. Estavam no campo e eu dizia ao chofer: “pare, pare, que vou ver se posso tirar uma foto ou filmar uma ema”. Como se diz, ema ou emo?
F: É ema, ema.
R: Ema, sim. Tenho muitas fotos de muitas emas porque percorremos por vários lugares. Recordo-me de Bonito... Não sei, é muito difícil que eu possa lembrar tudo isso. Faz muitos anos, nomes de um idioma que eu não falava, eu aprendi meu show por fonética, tive uma professora de português que ia todas as noites ao circo e anotar todos os erros que eu tinha e na manhã seguinte ríamos. Dizia-me: “disseste isso e isto não se diz assim, isto se diz assado”. E me deu muito gosto ver que cada vez eram menos os erros que cometia. Isso foi uma faca de dois gumes. Cheguei a fazer meu show em tão perfeito português que muitas crianças acreditavam que eu falava português, e quando terminava o show, vinham até mim e eu não os entendia, nem eles a mim. Era uma faca de dois gumes. O show eu fazia em perfeito português porque tinha aprendido de memória graças a uma professora que tive. Porém quem aprendeu muito foi minha esposa, ela me acompanhou nessa turnê. Ela era quem me ajudava nos restaurantes para pedir de comer, eu não sabia pedir o espeto corrido, não sei, uma caipirinha... (risos). Sei muito pouco, porém ela se encarregava de táxis, de reservas de hotéis, de tudo isso porque ela sim aprendeu muito português, muito.
F: Maravilhoso. Teve êxito sua passagem pelo Brasil?
R: Sim, claro que sim. O que passa é que nunca fomos por exemplo à capital, às grandes capitais. Sim, estivemos no Brasil, mas não no Rio de Janeiro, nessas partes não estivemos. Eram populações pequenas dessa região que se chama Mato Grosso do Sul.

F: Gostou da versão animada do Professor Girafales no Chaves em Desenho? (pergunta de Antonio Felipe)
R: Pois veja, nem gostei, nem não gostei. Dá-me igual. O único que sinto é que graças a essa série permanecemos na televisão por mais anos do que podemos viver. Graças a essas caricaturas, quando eu estiver morto, seguirá meu nome ou meu nome artístico passando. Não sou fanático dela, nem a vejo, não gosto muito, porém repito, creio que é uma medida muito boa para que tenhamos... para que tenhamos essa permanência no público por mais anos.

F: Tem alguma recordação dos seriados de Chespirito, algum objeto como a roupa do Professor Girafales, gravações de episódios? (pergunta de Thomas Henrique)
R: Não, acredite que não, nem sequer o chapéu. Deixei na Televisa quando a série acabou, não acreditei que poderia fazer falta. E os trajes, ou seja, trajes comuns, quando se tratava de um vestuário especial como Tenório, pois era do departamento de vestuário da Televisa, não era meu. Então não guardo nada disso.

F: Tem algum projeto em mente para os próximos anos? Alguma vez pensou em escrever um livro de memórias?
R: Pediram-me várias vezes, porém creio que isso é a vaidade das vaidades. Eu creio que não vou fazê-lo. Não, não acredito fazê-lo. Como projeto, propôs-me Edgar uma obra de teatro muito bonita para o próximo ano. Se tenho vida e tenho saúde, a farei com ele no teatro. É uma obra especial para dois personagens, para ele e para mim. E quando me contou por telefone, conversou, disse-me como era a obra, fascinou-me, encantou-me. Gostei tanto que disse, conta comigo a hora que for.

F: Como foi participar de América Celebra a Chespirito?
R: Gostei muito. Em primeiro lugar, porque as homenagens devem ser feitas quando a pessoa está viva, não quando está morta. E me deu muito gosto porque a fizeram em vida e porque foi a nata do teatro, do cinema, da televisão, da política. Todas as pessoas foram felicitar Roberto Gómez Bolaños. É claro, entre eles, Edgar Vivar, Florinda, todos estivemos lá. Achei muito emocionante, gostei muito que de todas as classes sociais, políticos, esportistas, todo o Club América - porque ele [Chespirito] torce para o América, todos os jogadores estiveram lá – ali estiveram para felicitá-lo em sua homenagem. Que mais posso dizer, emocionou-me muito essa homenagem.

F: Já estamos para finalizar a entrevista, só tenho mais duas coisas. Primeiro, que pensa de sua dublagem no Brasil?
R: Da dublagem no Brasil, bem, pareceu-me que estou um pouco mais agressivo que em espanhol, creio. Porém como não entendo bem o português, quiçá esteja correto, fizeram muito bem. Devem ter um bom diretor, devem ter alguém. Eu creio que quando o ouvi me pareceu a mim mesmo mais alto, mais bravo... Porém sobretudo o coreano, é espantoso, esse deveras parece que estou brigando com as pessoas, uma coisa muito agressiva.

F: Poderia enviar uma mensagem para seu dublador Osmiro Campos? No próximo sábado vamos fazer um evento em São Paulo, uma reunião de fãs com alguns dos dubladores da série no Brasil e um dos participantes será Osmiro Campos.
R: Ah, a Osmiro, a Osmiro Campos desde aqui lhe mando meu mais carinhoso abraço e a todos vocês lhes desejo êxito nesse evento que terão no próximo sábado. Quero dizer a todo o público do Brasil que estou muito agradecido com eles porque o pouco tempo que passei com vocês, passei muito bem, trataram-me muito bem,. Sempre com um grande calor humano, sempre com muito carinho e estou muito contente de poder ter conhecido esse país tão maravilhoso que é o Brasil.

F: Bom, Rubén, só tenho que agradecer muitíssimo por esta oportunidade de poder falar com você. Para finalizar, gostaria que você enviasse uma mensagem especial para todos os seus fãs do Brasil.
R: Pois a todos meus irmãos do Brasil, primeiramente, um feliz Natal. Que o passem na companhia de seus queridos e que o passem com saúde e muito felizes. Felicidades , amigos do Brasil, especialmente nestas festas natalinas que se aproximam.
ENTREVISTA EN ESPAÑOL

RUBÉN AGUIRRE: Hola, amigos de Fórum Chaves. Qué gusto, qué placer que se acuerden tanto de mí. Quiero que sepan que de todos los clubes de fans que hay del Chavo del Ocho, el Fórum Chaves es el que más me escribe, el que más Twitter demanda y con el que más agradecido estoy, Antonio. Así que estoy a tu disposición, tú pregunta y yo contesto.
FÓRUM CHAVES: Muchas gracias, profesor Jirafales; es para mí, para nuestro sitio Fórum Chaves es un honor poder hablar con usted esta noche. Tengo aquí algunas preguntas: preguntas personales, fueron hechas por los fans de nuestro sitio para preguntarle algunas cosas acerca de los programas, algunas curiosidades, unas cosas acerca de todos los programas de su carrera como actor, de todo lo que… el universo del Chavo, Chespirito, todo eso.
R: Bueno. Yo haré todo lo posible por contestar lo mejor que pueda esas preguntas.

F: Gracias, muchas gracias. Para empezar, la primera pregunta. Más de cuarenta años de carrera en la televisión no son poca cosa. Desde actor hasta regar… actor de programas. ¿Cómo empezó su carrera en la televisión y en el cine? ¿Por qué se interesó en la comedia? (pregunta de Felippe Borges)
R: Bueno, mira: yo empecé, primero que nada, en la radio. Luego fui actor de radioprogramas o radionovelas o series... no sé cómo se podrá llamar. De ahí pasé a televisión como locutor. Estando como locutor de televisión, me dieron programas como conductor, programas infantiles. Uno se llamó El club de los millonarios, otro se llamó El club de Shory, porque entonces como apodo me ponían el Shory, entre otros programas. Siempre de conductor y siempre con niños… y nada más. Ahí después conocí a… pues, a muchos actores, entre ellos a Roberto Gómez Bolaños, entonces más que actor, seguía siendo escritor; y nos hicimos amigos y me invitó a trabajar con él.

F: ¿Cómo llegó usted a conocer a Chespirito y comenzó a actuar junto a él? (pregunta de Rafael Cardoso)
R: Bueno, mira, primero era yo ejecutivo en televisión, aparte de ser animador y conductor, tenía yo a mi cargo algunos programas. Entonces, mi jefe, el director de programación, me habló de Chespirito, me hizo una cita con él porque Chespirito traía un proyecto de un programa que se iba a llamar (se llamó, al final) El ciudadano Gómez. Entonces fue a mi oficina, leímos juntos el programa, a mí me pareció muy bien, le di mi opinión a los directivos de la televisora, se hizo el piloto y en el piloto sucedió algo curioso. El piloto era de cinco o siete minutos, y se ocupaba, se necesitaba una secretaria. Yo cité a una actriz para que viniera a hacer el papel de la secretaria, y el día de la grabación no se presentó. Entonces hablé con Rober y le dije: “Oye, ¿te da lo mismo que sea secretaria que secretario?” Me dijo: “Me da igual”. Le dije: “Bueno, entonces voy a hacer yo el secretario porque la secretaria no apareció por ninguna parte”. Esa fue la primera vez que yo trabajé con él en un programita de unos siete minutos más o menos, que fue el piloto de Ciudadano Gómez, en el que yo hice el papel de un secretario de un ejecutivo muy importante de la televisión. Esa fue la primera vez que trabajé yo con él y así fue como lo conocí.

F: ¿En qué programas participó usted cuando dejó el equipo de Chespirito, en los inicios de los años 70? (pregunta de Cassio Ferreira)
R: Bueno, mira, mi experiencia como conductor y escritor de programas infantiles de concursos. Fui escritor y director de un programa que se llamaba Sube, Pelayo, sube, que duró seis años al aire y yo lo escribí mucho tiempo. Era un programa de concursos. También hice un programa de comedia llamado Kippycosas, porque lo hacía una señora llamada Kippy Casado. Era una comediante muy buena, entonces me dio... es decir, hice algunos programas con ella en ese programa que se llamó Kippycosas. Entonces básicamente esos dos programas: uno de concursos y otro de comedia.

F: El profesor Jirafales no acostumbraba decir su primer nombre, Inocencio, en la serie. ¿Por qué? (pregunta de Paulo Pacheco)
R: Porque así lo marcaba el libreto. El libreto siempre ponía solamente profesor Jirafales, y el libretista no era yo, era Roberto Gómez Bolaños. Él sabría por qué, habría que preguntarle a él por qué nunca dijeron el nombre Inocencio. Pero en los libretos nunca decía ese nombre: siempre decía profesor Jirafales y nosotros obedecíamos lo que decía el director, el libretista.

F: La mayoría de los libretos creados por Chespirito tuvieron nueva versión, remakes. Don Juan Tenorio, por ejemplo, tuvo más de cuatro versiones. ¿Qué opinaban ustedes, los actores, sobre esto? (pregunta de Felippe Borges)
R: Bueno, primero déjame decirte que en México es una tradición esa malísima obra de Zorrilla que se llama Don Juan Tenorio. Entonces, lo que hicieron los escritores mexicanos, muchos, fue hacer parodia, hacerla en broma. No hacerla como la escribió Zorrilla, porque la que escribió Zorrilla es muy mala, el español ese no sé en qué estaba pensando y la hizo, pero se hizo una tradición en México de usarla, presentando sobre todo en teatro. A Roberto se le ocurrió la primera vez y nos salió tan bonita, la verdad; nos salió muy bien que lo que hacíamos era repetir en noviembre, que es cuando se celebra esa representación de Don Juan Tenorio. Siempre en noviembre se repetían los capítulos, porque de veras como escritor salió muy bien. Había versos muy bien logrados, que creen que fue una obra de arte lo que hizo Roberto y por eso se repetía cada año.
F: Cierto, pero acerca de otros episodios que tuvieron otras versiones, a veces con otros actores que no estaban en la primera versión, ¿qué pensaban ustedes acerca de eso, de regrabar esas otras, esos episodios más de una vez?
R: Bueno, se trabajaba con el personal que teníamos. Si ya había muerto don Ramón, entonces el papel de… no sé, el que hacía don Ramón, lo hacía Jaimito; si ya se había retirado Quico, pues el papel de Quico lo hacía otro actor. Es decir, siempre se suplían pero no era necesario que fueran los mismos actores, porque los personajes de Don Juan Tenorio son muy distintos. Roberto siempre hacía a don Juan Tenorio, yo siempre hacía a don Luis Mejía… cómo se llama, Edgar Vivar hacía el Chuti, María Antonieta de la… no, Florinda Meza hacía a doña Inés; en fin, eran personajes de la obra que podíamos cambiar si teníamos, pues, la falta de alguno de nosotros.

F: Algunas veces en los episodios del Chavo, el profesor Jirafales era golpeado, a veces por equivocación por doña Florinda con una cachetada; a veces por otras cosas por el Chavo. ¿Eso, alguna vez, le hizo daño de verdad? (pregunta de Antonio Felipe)
R: No, no, no, nunca, siempre los actores sabemos cómo pegarnos sin hacernos daño; sabemos cómo caernos al suelo sin hacernos daño; hacer peleas inclusive, sin hacernos daño los unos a los otros. Eso es parte de la escuela de actuación de cada actor, cada uno de ellos. Por ejemplo, yo admiraba mucho a Edgar Vivar por la forma que tenía de caerse: era una forma que parecía que de verdad se había dado un golpe muy fuerte y nada, él lo hacía porque era un actor muy completo y podía hacer ese tipo de cosas. Ramón acusaba la cachetada que le daba doña Florinda, pero la acusaba tan bien que mucha gente pensaba que Florinda le pegaba de verdad. Esa es su habilidad, y además no solamente de los actores, sino también del director de cámaras para hacer un cambio, un switcheo de una cámara a otra en el momento preciso del golpe para que no se viera falso, para que pareciera que fuera de verdad.

F: ¿Qué episodio le gustó más hacer y cuál fue el más difícil? (pregunta de Rafael Cardoso)
R: Bueno, mira: los más difíciles siempre fueron los Chifladitos. Pero los programas que hacía más a disgusto eran los que tenía yo que ponerme alguna peluca, no sé por qué me molestaba siempre traer pelos… a veces hacíamos, por ejemplo, algo sobre Cristóbal Colón, o sobre indios, o sobre algo y me ponían una peluca, y eso me molestaba mucho. Ahora, no era difícil: era simplemente que me molestaba. Pero programa difícil de hacer era el de los Chifladitos. ¿Por qué? Porque eran tan incoherentes las cosas que decíamos, no tenían un seguimiento lógico, entonces era muy difícil memorizarlos. Y nosotros siempre hicimos todos los programas de memoria, nunca usamos apuntador electrónico.

F: ¿Cómo usted encaró el fin del Chapulín Colorado, en 1979? ¿Le gustó hacer La Chicharra? (pregunta de Felipe Ecco)
R: Bueno, La Chicharra no se hizo, bueno… Cuando me invitó Roberto a seguir participando con él en sus programas, me gustó mucho el papel del director del periódico de La Chicharra; mismo que yo vestí con corbata de moño, con chaleco de lana, unos anteojos cuadraditos, y creo que a él también le gustó. Lo que pasa es que en el programa en sí, pues, no tuvo el éxito que tuvo el Chapulín ni el éxito que tuvo el Chavo del Ocho, jamás.
F: ¿Y cómo encaró el final del Chapulín Colorado, en aquel año de 79?
R: Bueno, no fue en el 79, fue en el 95, cuando se… Yo hablo del Chavo del ocho. A todos nos pudo mucho, muchos quisimos que el programa siguiera, pero comprendimos inmediatamente que era imposible para Roberto, para cualquiera de los personajes que hacía el papel de niño, seguir haciéndolo después de los 50 años… no se puede quedar; ya se veían las patas de gallo, más que patas de gallo parecían axilas de elefante, se colgaban los pellejos por todas partes. No era mi caso porque como yo no hacía el papel de niño, un profesor puede ser canoso, y arrugado, y gordo y lo que tú quieras; pero es profesor. Pero en el caso de un niño era muy difícil interpretarlo. Hubo cirugías plásticas, sobre todo por parte de María Antonieta de las Nieves, creo que Quico también se hizo alguna cirugía plástica, doña Florinda para hacer el papel de la Popis; pero Roberto no quiso hacerse cirugía plástica. Y yo creo que hizo muy bien, y dejó el programa en el momento justo en que dijo: “Ya no nos vemos bien: ¡vamos en picada, vamos a caer! Eso es más triste, es más feo. Mejor vamos a terminarlo estando el programa en la cumbre”.

F: ¿Cuál era el sketch que más éxito tenía en la época del programa Chespirito? (pregunta de Felipe Ecco)
R: El sketch… Pues mira, yo creo que era la escuelita, la escuelita de la vecindad del Chavo era la que más éxito tenía por las ingeniosísimas preguntas y respuestas de los… Preguntas del profesor, por supuesto, las escribía Roberto Gómez Bolaños; y por las ingeniosas respuestas de los supuestos niños. No eran niños, eran adultos vestidos de niños. Entonces a la gente le gustaba mucho cuando Quico decía los aztecas, karatecas, discotecas… No sé, o cuando Popis, o cuando El Chavo, cuando Ñoño; en fin, creo que era el sketch que gustaba un poco más.

F: ¿En quién se basó usted para retratar la personalidad del distraído y enamoradizo sargento Refugio? (pregunta de Ricardo Yoncón)
R: Mira, el cual me lo marcaba el libreto. No era cien por ciento yo. Pero creo que supe interpretarlo de modo que hasta el mismo Chespirito me felicitó alguna vez por la manera en que hacía yo ese personaje del sargento Refugio: un policía no muy brillante de ejemplo pero muy honrado, muy decente, muy cuidadoso y muy celoso de su deber siempre.

F: Tres personajes, tres personalidades opuestas. Sargento Refugio, Lucas Tañeda y el profesor Jirafales. ¿Qué tan difícil fue adaptarse a cada uno de los personajes? (pregunta de RenatoCS)
R: Bueno, no fue difícil. Te repito, el más difícil fue, desde luego, el de Lucas Tañeda. Porque era el que me daba más trabajo pero era el personaje que yo más quería. Jirafales, por ejemplo, que lo quiero porque fue el que me internacionalizó, lo hacía muy fácilmente porque Rubén Aguirre y el profesor Jirafales son iguales. Yo en la vida real soy presumido, soy vanidoso, soy cursi… Todo lo que es el profesor Jirafales lo soy yo mismo. Entonces, representar el papel del profesor Jirafales me era muy fácil, me era muy sencillo, bastaba con que me pusiera un traje, un sombrero, un puro, unas flores y era muy sencillo hacerlo. Pero en cambio, hacer por ejemplo el de los Chifladitos, ese me costaba mucho trabajo hacerlo. Lo mismo el sargento Refugio, pero no tanto. En el sargento Refugio había nada más que tener cuidado con los tonos, los tonos de la voz. Pero difícil, solamente el de los Chifladitos.

F: ¿Cuál fue su experiencia al grabar El Chanfle, primera producción cinematográfica de Chespirito y su elenco? ¿Fue difícil el cambio de la televisión al cine? (pregunta de RenatoCS)
R: Mira, yo considero que es más difícil hacer cine que hacer televisión. Te voy a tratar de explicar por qué. En televisión, grabas un programa de principio a fin en seis horas, o en ocho horas, o en catorce horas, cuando te vas muy largo. Hacer una obra de teatro, la haces en unas dos horas. Entonces te permite mantener un personaje siempre igual porque lo estás haciendo el mismo día, casi casi a la misma hora. En cambio el cine es difícil porque de repente dicen “corte”. Una película dura cinco semanas, por ejemplo, para hacerse; y cortan cuando estás a punto de llorar o a punto de tener una expresión difícil y a los tres días te dicen [que] retomamos la escena en la que nos quedamos hace tres días. ¡Entonces tú tienes que acordarte de cómo estaba esa escena hace tres días! En tele no, en televisión no tenías que recordarlo; se graba todo seguido, todo… el mismo día, vaya.

F: De las cuatro películas que grabaron con Chespirito (El Chanfle, El Chanfle 2, Charrito, Don Ratón y don Ratero), ¿en cuál le gustó más participar?
R: Pues yo creo que en los Chanfles me divertí más, me divertí yo más en El Chanfle.

F: ¿Cómo fue su experiencia como libretista de Sube, Pelayo, sube, y como director en Aquí está la Chilindrina? (pregunta de Cassio Ferreira)
R: Bueno, mira. Yo tenía una muy larga experiencia como escritor de concursos. Los hacía desde que trabajaba en radio, hacíamos concursos con los radioyentes. Entonces, habría que tener mucho cuidado, desde luego, porque era un programa de una hora en el que se llevan ocho, diez concursos; hay que hacerlos distintos cada día porque el programa era de lunes a viernes. Y salvo uno o dos concursos que eran fijos, los mismos, todos los demás eran cambiantes. Había que trabajar mucho todo el día para escribir los libretos del día siguiente. En cuanto al trabajo de director de La Chilindrina, fue un encanto. A mí me gustó mucho, por muchas razones: primero, porque ella, en alguna ocasión, Roberto Gómez Bolaños me pidió que lo ayudara a dirigir algunas partes del Chapulín o del Chavo del ocho, sobre todo del Chapulín, para dirigir sobre todo a los extras. Dice: “Mira, yo dirijo a los actores en el primer plano pero me olvido de lo que está atrás, de los extras, por favor encárgate de ellos”, como yo ya tenía experiencia como director. Luego, trabajar con María Antonieta de las Nieves, pues era una garantía. Ella es una gran actriz, muy obediente, siempre hizo lo que se le pidió, y teníamos además un elenco muy profesional. Entonces no me costó ningún trabajo. Al contrario, me dio mucha alegría haber hecho ese programa. Lamento mucho que Televisa haya decidido quitar toda la barra de programas unitarios, y nos quitó a nosotros, pero no solamente a nosotros; quitó todos los programas que había a las ocho de la noche de lunes a viernes.

F: Algunos misterios envuelven a los programas de Chespirito. En una crítica del año pasado, usted dijo que muchos episodios se perdieron, especialmente los del comienzo de las series, que se grababan encima de los programas anteriores, borrando estos últimos, porque nadie imaginaba entonces que las series serían tan exitosas. Con todo, parece que no son solamente los episodios “piloto” de las series, que están perdidos. Los fans ya descubrieron muchos episodios del período clásico del Chavo y Chapulín que no son más emitidos por televisión, como la primera parte del capítulo con Héctor Bonilla. ¿Usted sabe algo acerca de eso? (pregunta de Felippe Borges)
R: No, mira, no lo sé porque eso lo manejaba el departamento de distribución de Televisa. Ellos manejaban eso. Entonces, lo mismo les vendía programas a Paraguay, que a Argentina, que a Chile, que a Perú. Entonces, quizás en esas “rentadas”, vamos a decir, “alquiladas” de programa, quizás se perdieron algunos, o quizás no regresaron a México otros. Entonces, ignoro totalmente, lo ignoro, qué pasó con esos programas que ni yo mismo me acuerdo de ellos.

F: En 1988, fallece el primero de los actores del elenco, Ramón Valdés. De ahí fallecieron Raúl Padilla y Angelines Fernández. ¿Cómo los actores, incluyendo a Chespirito, lidiaron con eso profesional y personalmente? (Felippe Borges)
R: Bueno, mira, personalmente nos afectó muchísimo porque Ramón se hacía querer por sus compañeros. Era un hombre de un carácter muy alegre, muy juguetón. Entonces lo extrañamos muchísimo, personalmente. Profesionalmente, el problema fue de Roberto Gómez Bolaños, eso pregúnteselo a él, para meter los otros personajes o cambiar la forma de libretos. Yo te puedo responder cómo nos sentimos personalmente. Lo extrañamos mucho personalmente, Rubén Aguirre. Ahora que lo veo en programas a Ramón Valdés cada vez lo admiro más. Era un gran pero un gran actor y me dolió mucho porque además era un gran compañero, un muy buen compañero. Lo veo trabajando y digo: ¡pero qué naturalidad, hombre! Qué manera de expresar esos sentimientos, cuando Quico le bota la pelota a un lado, cuando… no sé, tantas cosas, los golpes de doña Florinda. Yo lo admiro mucho como actor, más ahora que lo veo, ya pasado el tiempo, que cuando trabajaba con él. Cuando trabajaba con él, éramos compañeros todos y no había ni envidias ni admiraciones de unos a otros, hacíamos nuestro trabajo. Pero ahora, a través del tiempo que veo los programas, veo la grandeza de este actor que fue Ramón Valdés y Castillo.

F: El profesor Jirafales tuvo innúmeros apodos por causa de su altura. Maestro Longaniza, tobogán de Saltillo, kilómetro parado. ¿En sus tiempos de juventud usted tuvo el mismo problema? ¿Cuáles eran sus apodos? (pregunta de Rafael Cardoso)
R: ¡Sí, cómo no, tuve todos! La Garrocha, aquí la garrocha no sé si es lo mismo que en Brasil, pero es un palo largo, muy largo, muy largo. Me decían también Pulgarcito por antonomasia, ¿no?, porque Pulgarcito es muy pequeñito, entonces me decían Pulgarcito. Cuando estábamos en la escuela de canto era Giuseppe de Pulgare, para hacerlo italiano. Me decían Matador porque yo fui torero: cuando era torerillo, por ahí [escuchaba] ¡hey, Matador! Muchos apodos, y yo creo que ningún joven se escapa de tener apodos en la vida, pero a mí nunca me ha molestado ninguno.

F: Cierto. ¿Usted es tan romántico como el profesor Jirafales? (pregunta de Rafael Cardoso)
R: Sí, o más.
F: ¿O más?
R: [Risas] No. Somos iguales, somos iguales. Cuando tú ves al profesor Jirafales estás viendo a Rubén Aguirre, el actor. Yo soy igual de enamorado, cursi, vanidoso; todos los defectos que le veas a Jirafales los tengo yo. Entonces por eso no me costó trabajo interpretar ese personaje, porque somos iguales: nomás cambia el nombre. Él se llama Jirafales y yo me llamo Rubén Aguirre, pero somos iguales.

F: En 2011, usted abrió una cuenta en las redes sociales Twitter y Facebook, y hoy son un gran éxito con muchísimos seguidores. En septiembre del año pasado una twitcam rindió más de veinte mil espectadores. ¿Qué lo incentivó a comenzar a usar el Internet? (pregunta de Felippe Borges)
R: Básicamente mi hija Verónica. A mí, en lo particular al principio no me interesaba porque no estaba yo adentrado en los secretos de la tecnología moderna. Pero cuando yo veía que mis hijos se ponían a chatear y a tuitear y a todo eso, un día mi hija Verónica me propuso: Papá, vamos a hacer una… a abrirte una cuenta de Twitter. Desde entonces soy feliz porque leo tantas cosas hermosas de todos. No las contesto todas, por supuesto, ¡pero las leo todas! Todas las leo, y estoy muy agradecido con tantas cosas bonitas que me dice la gente.

F: Y desde que usted ingresó al mundo virtual, ¿ha descubierto que más personas en todo el mundo adoran su trabajo y de los programas de Chespirito? (pregunta de Paulo Pacheco)
R: Bueno, gracias precisamente al Twitter me he dado cuenta de ello. Sí, mira, los tuiters no son solamente de hispanohablantes: vienen también de Brasil, que hablan portugués; de Japón, de España, de Francia, de Italia. 84 países en el mundo ven el programa o veían el programa; ven el programa del Chavo del ocho, y esos… ¡Corea, yo tengo una grabación en donde estoy hablando en coreano! Te repito, pasa en 84 países, incluyendo desde luego, primero que nada, todos los de Latinoamérica y Estados Unidos.

F: ¿Usted es fanático de algún equipo de fútbol? (pregunta de Eduardo Rodrigues)
R: Mira, tanto como fanático no, pero le voy a la Universidad, a los Pumas de la Universidad. Porque como buen profesor que soy, tengo que estar con los universitarios, y para mí el equipo de la Universidad, los Pumas, para mí ese es el favorito. Ahora, no soy tan fanático así, que me muero del… sino de un partido… no. Pero cuando juegan los Pumas no me lo pierdo jamás.

F: Usted ya estuvo en Brasil con su circo hace muchos años. ¿Recuerda usted por dónde pasó el circo y cuánto tiempo estuvo usted en nuestro país? (pregunta de Antonio Felipe)
R: Mira, es muy difícil. Estuve aproximadamente seis meses. Me acuerdo que empezamos en una ciudad que es frontera con Paraguay que se llama Ponta Porã. De ahí nos fuimos por Mato Grosso do Sul pueblo por pueblo y no me acuerdo de los nombres. Me acuerdo que yo iba en la carretera y le pedía al chofer que parara para corretear a las emas o emos, no sé cómo se llaman esos que parecen avestruces. Estaban en el campo y yo le decía al chofer: “Párate, párate, que voy a ver si puedo tomar una foto o una película a una ema… ¿Cómo se dice, ema o emo?
F: Es ema, ema.
R: Ema, sí. Tengo muchas fotos de muchas emas porque recorrimos gran parte. Me acuerdo de Bolito… No sé, es muy difícil que yo pueda recordar todo esto. Hace muchos años de eso, nombres en un idioma que yo no hablaba, yo me aprendí mi show por fonética, tuve una maestra de portugués que iba todas las noches al circo a anotar todos los errores que yo tenía y a la mañana siguiente reíamos. Me decía: “Dijiste esto y esto no se dice así. Esto se dice asá”. Y me dio mucho gusto ver que cada vez eran menos los errores que cometía. Eso fue un arma de dos filos. Llegué a hacer mi show en tan perfecto portugués que muchos niños creían que yo hablaba portugués, y cuando terminaba el show venían a verme y yo no les entendía ni ellos a mí tampoco. Era un arma de dos filos. El show lo hacía en perfecto portugués porque me lo tenía aprendido de memoria gracias a una maestra que yo tuve. Pero la que aprendió mucho fue mi esposa, ella me acompañó en esa gira. Ella era la que me ayudaba en los restaurantes para pedir de comer, yo no sabía pedir el espeto corrido, no sé, una caipiriña… [risas] Sé muy poco, pero ella se encargaba de taxis, de reservaciones de hoteles, de todo eso porque ella sí aprendió, mi esposa sí aprendió mucho portugués, mucho.
F: Maravilloso. ¿Tuvo éxito su pasaje por Brasil?
R: Sí, por supuesto que sí. Lo que pasa es que nunca fuimos por ejemplo a la capital, a las grandes capitales. Sí estuvimos en Brasil, ya, pero no en Río de Janeiro, en esas partes no estuvimos. Eran poblaciones pequeñas de esa región que se llama Mato Grosso do Sul.

F: ¿A usted le gustó la versión animada del profesor Jirafales en El Chavo Animado? (pregunta de Antonio Felipe)
R: Pues mira, ni me gustó ni no me gustó. Me da igual. Yo lo único que siento es que gracias a esa serie permaneceremos en la televisión por más años de los que podamos vivir. Gracias a estas caricaturas, cuando yo esté muerto seguirá mi nombre o mi nombre artístico pasando. No soy fanático de ella, no las veo, no me gustan mucho, pero repito, creo que es una muy buena medida para que tengamos… para que tengamos esa permanencia en el público por más años.

F: ¿Tiene algún recuerdo de los seriados [las series] de Chespirito, algún objeto como la ropa del profesor Jirafales, grabaciones de episodios? (pregunta de Thomas Henrique)
R: No, fíjate que no, ni siquiera el sombrero. Lo dejé en Televisa todo cuando se acabó, no creí que me pueda hacer falta. Y los trajes, o sea, trajes comunes; cuando se trataba de un vestuario especial como el Tenorio, pues era propiedad del departamento de Vestuario de Televisa, no era mío. Entonces no guardo nada de eso.

F: ¿Tiene usted algún proyecto en mente para los próximos años? ¿Alguna vez ha pensado en escribir un libro de memorias?
R: Me lo han pedido varias veces, pero creo que eso es vanidad de vanidades. Yo creo que no lo voy a hacer. No, no creo hacerlo. Como proyecto me propuso Edgar una obra de teatro muy hermosa para el año próximo. Si tengo vida y tengo salud la haré con él en el teatro. Es una obra especial para dos personajes, para él y para mí. Y cuando me la contó por teléfono, me platicó, me dijo cómo era la obra, me fascinó, me encantó. Me gustó tanto que le dije, cuenta conmigo a la hora que la hagas.

F: ¿Cómo fue participar de América celebra a Chespirito?
R: Ah, me dio mucho gusto. En primer lugar, porque los homenajes se le deben hacer a la gente cuando está viva, no cuando está muerta. Y me dio mucho gusto porque se lo hicieron a él en vida y porque fue lo más granado del teatro, del cine, de la televisión, de la política. Toda la gente fue a felicitar a Roberto Gómez Bolaños. Por supuesto, yo entre ellos; Edgar Vivar, Florinda, todos estuvimos ahí. Me pareció muy emocionante, me gustó mucho que de todas clases sociales, políticos, deportistas, todo el Club América porque él le va al Club América; todos, pero todos los jugadores fueron ahí; ahí estuvieron con él para felicitarlo por su homenaje. Qué más te puedo decir, me emocionó mucho ese homenaje.

F: Ya estamos por finalizar la entrevista, sólo tengo dos cosas más. Primero, ¿qué piensa de su doblaje en Brasil?
R: Del doblaje en Brasil, bueno, me pareció que estoy un poco más agresivo que en español, creo. Pero como no entiendo bien el portugués, quizás esté correcto, quizás me hicieron muy bien. Deben tener un buen director, deben tener alguien. Yo creo [que] cuando lo oí me parecí a mí mismo más gritón, más enojón, más enojado, más… Pero sobre todo el del coreano, es espantoso; eso de veras parece que estoy peleando con la gente, una cosa muy agresiva.

F: Cierto. ¿Podría enviar un mensaje para su doblador Osmiro Campos? El próximo sábado vamos a hacer un evento en São Paulo: una reunión de los fans con algunos de los dobladores de la serie acá en Brasil y uno de los participantes será Osmiro Campos.
R: Ah, a Osmiro, a Osmiro Campos desde aqui le mando mi más cariñoso abrazo y a todos ustedes les deseo éxito en ese evento que van a tener el próximo sábado. Quiero decirle a todo el público de Brasil que estoy muy agradecido con ellos porque el poco tiempo que pasé con ustedes lo pasé muy bien, me trataron muy bien. Siempre con un gran calor humano, siempre con mucho cariño y estoy muy contento de poder haber ido a conocer ese país tan maravilloso que es Brasil.

F: Bueno, Rubén, sólo tengo que agradecer muchísimo por esta oportunidad de poder hablar con usted. Sólo para finalizar, me gustaría que usted enviase especial para todos sus fans de Brasil.
R: Pues a todos mis hermanos de Brasil, primero que nada, una feliz Navidad. Que la pasen en la compañía de sus seres queridos y que la pasen con salud y muy contentos. Felicidades, amigos de Brasil, especialmente en estas fiestas navideñas que se aproximan.
Entrevista com o Professor Girafales
- Realização: Fórum Chaves
- Produção e entrevista: Antonio Felipe
- Transcrição: Chápulo
- Tradução: Antonio Felipe
- Edição: msm_del_ocho
- Colaboração: Borges, Chápulo, Chompiras, Corpo do Benito, Ecco, E.R, Rafinha, RenatoCS e Thomas Henrique

Re: Fórum Chaves entrevista Rubén Aguirre, o Prof. Girafales

Enviado: 08 Dez 2012, 20:20
por kelvindesouza
Muito bom! Parabéns a todos os idealizadores dessa interessantíssima entrevista com o Rubén,o"Professor girafales".E que venham mais.Vejo com muita alegria as grandes e exclusivas novidades do Forum Chaves.Mais uma vez,parabéns.

Re: Fórum Chaves entrevista Rubén Aguirre, o Prof. Girafales

Enviado: 08 Dez 2012, 20:24
por Filipe Chambón
Sensacional, muito boa! Parabens Antônio e a todos os que ajudaram na edição do video, tradução e tudo mais.

Re: Fórum Chaves entrevista Rubén Aguirre, o Prof. Girafales

Enviado: 08 Dez 2012, 20:42
por luispancada
Adorei, muito bom, tente fazer com mais atores...esse ficou otimo!

Re: Fórum Chaves entrevista Rubén Aguirre, o Prof. Girafales

Enviado: 08 Dez 2012, 20:56
por J.Vila
Genial! Parabéns a todos os envolvidos e muito obrigado por nos proporcionar essa entrevista. :)

Re: Fórum Chaves entrevista Rubén Aguirre, o Prof. Girafales

Enviado: 08 Dez 2012, 21:28
por Florinda
Dá gosto assistir a uma entrevista bem realizada como essa,com perguntas pertinentes e realmente interessantes, ao contrário de tantas outras que vemos por aí,feitas por jornalistas e repórteres totalmente despreparados. E como sempre,o Rubén foi um gentleman,muito atencioso e educado. Parabéns a todos!

Re: Fórum Chaves entrevista Rubén Aguirre, o Prof. Girafales

Enviado: 08 Dez 2012, 21:49
por Marcos Albino
Ótima entrevista. A primeira decente que vejo com algum ator CH.

Muito boas perguntas, a edição deve ter dado um trabalhão. Ficou ótimo. Parabéns a todos os envolvidos.

Re: Fórum Chaves entrevista Rubén Aguirre, o Prof. Girafales

Enviado: 08 Dez 2012, 21:54
por Rodrigo370
Parabéns, ótima entrevista.

Re: Fórum Chaves entrevista Rubén Aguirre, o Prof. Girafales

Enviado: 08 Dez 2012, 22:30
por Billy Drescher
Ótima entrevista. Parabéns a todos.

Re: Fórum Chaves entrevista Rubén Aguirre, o Prof. Girafales

Enviado: 08 Dez 2012, 22:32
por Ero Sennin
De mais! Perguntas muito bem elaboradas. Parabéns a todos que tiveram participação aí na edição e tal. Muito show!
Rubén foi muito carismático. Mostrou ser muito atencioso com os fãs. :joia:

Re: Fórum Chaves entrevista Rubén Aguirre, o Prof. Girafales

Enviado: 08 Dez 2012, 23:06
por Daniel Brito
Sensacional, apenas isso. :)

Re: Fórum Chaves entrevista Rubén Aguirre, o Prof. Girafales

Enviado: 08 Dez 2012, 23:09
por James Revolti
Muito BOM!
Parabéns ao Antonio e a todos os envolvidos!

Várias informações bacanas, o piloto do Cidadão Gomez, as plásticas... :lol:

Emocionante, deu gosto de ver, mesmo. ;)

Re: Fórum Chaves entrevista Rubén Aguirre, o Prof. Girafales

Enviado: 08 Dez 2012, 23:18
por Beterraba
Sensacional, muito bom :joia:

Re: Fórum Chaves entrevista Rubén Aguirre, o Prof. Girafales

Enviado: 08 Dez 2012, 23:19
por Furtado
Entrevista muito boa e completa, parabéns à todos os envolvidos! :joinha:

Re: Fórum Chaves entrevista Rubén Aguirre, o Prof. Girafales

Enviado: 08 Dez 2012, 23:19
por Rafinha
Ficou fodona! Parabéns a todos e principalmente ao Antonio que tomou a iniciativa, buscou essa entrevista e conseguiu realizá-la.