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Chaves e Chapolin completam 28 anos de sucesso no Brasil!

Enviado: 24 Ago 2012, 00:00
por Antonio Felipe
CHAVES E CHAPOLIN - 28 ANOS DE SUCESSO NO BRASIL
Agosto de 1984. O mundo ainda vivia os temores da Guerra Fria. O Brasil ainda se recuperava da derrota para Itália na Copa do Mundo de 1982. A Apple tinha lançado seu Macintosh. Na política, os brasileiros lutavam pelas Diretas Já. O SBT ainda era conhecido por TVS. E nesse canal, estreavam em agosto de 1984 duas séries que hoje são amadas pelo Brasil: Chaves e Chapolin.

Os seriados, criados por Roberto Gómez Bolaños, já eram um sucesso estrondoso em toda a América Latina. Desde o México até a Terra do Fogo, Chaves e Chapolin eram idolatrados, em todos os países um gigantesco sucesso de audiência, o que se demonstrava durante as turnês dos personagens, que atraíam multidões para as ruas, aeroportos, estádios.

No México, ambas as séries tinham acabado havia quatro anos - sendo substituídas pelo Programa Chespirito, onde Chaves e Chapolin viraram quadros. No Brasil, a história estava apenas começando. Nos últimos dias de agosto (a data de estreia é incerta, mas convencionou-se adotar 24 de agosto como o dia comemorativo para o fato), estas séries começavam a ser exibidas pela então TVS. O primeiro episódio de Chaves a ir ao ar foi "O Matador de Lagartixas". Já de parte do Chapolin, "Aristocratas Vemos, Gatunos Não Sabemos" debutou a série do Vermelhinho no país. O lote inicial tinha poucos episódios em exibição, se considerarmos todos aqueles que foram produzidos ao longo de sete anos: 84 episódios de Chaves e 26 de Chapolin. Com o passar dos anos, novos lotes chegaram ao Brasil e integraram o acervo. Atualmente, são exibidos 220 episódios de Chaves (outros cinco episódios e cinco esquetes estão perdidos). Até o final de 2011, o SBT exibia 120 episódios de Chapolin (outros 17 episódios estão perdidos).

Não demorou muito para que Chaves e Chapolin se tornassem fenômenos de audiência. Por muito as séries eram exibidas em horário nobre, às 20h, obtendo ótimos índices no Ibope, que chegavam, se não a ameaçar, a incomodar o Jornal Nacional, telejornal mais assistido do Brasil. Passaram-se cinco, dez, quinze, vinte, vinte e oito anos. E Chaves segue sendo um ótimo curinga do SBT, utilizado como meio de levantar a audiência nos horários em que é exibido, ainda que não apresente grandes índices como há alguns anos - em 2000, o seriado derrubou o "Mais Você", de Ana Maria Braga, em sua estreia na Globo. Chaves é exibido no momento de segunda a sexta, às 18h, ficando quase sempre na vice-liderança na audiência. Há exibições também às 6h e 18h45 de sábado, e 9h de domingo. Chapolin está no momento fora do ar no SBT.

Apesar do grande sucesso das séries entre o público, Chaves e Chapolin nem sempre tiveram o digno tratamento por parte do SBT. Dezenas de episódios sumiram ao longo do tempo na programação do canal. Até 2003, quase uma centena de capítulos apenas de Chaves estava fora do ar, o que originou grandes movimentos de fãs, que organizados através da internet, exigiam o retorno imediato de tais episódios. Surgiram muitas lendas em torno da existência desses episódios. Alegava-se censura, danos causados por incêndio, alagamento ou mofo. O fator determinante para o fim do mistério dos perdidos surgiu no ano de 2010, quando os canais a cabo TLN e Cartoon Network começaram a transmitir Chaves e Chapolin e revelaram diversas pérolas aos fãs, como "Os Espíritos Zombeteiros" e "A Pichorra", todos em excelente qualidade. O SBT começou a mudar o quadro em 2011, quando se manifestou de forma oficial sobre os episódios perdidos durante o Festival SBT 30 Anos, especial Chaves. O diretor de programação do canal, Murilo Fraga, afirmou que tais episódios estavam engavetados por serem semelhantes a outros já em exibição. Poucos dias depois, veio o anúncio que levou fãs de todo o Brasil ao êxtase: os episódios perdidos de Chaves enfim, seriam exibidos. E no mês de agosto, o canal transmitiu nove episódios, dois deles, inclusive, sem registro de exibição no país. Mas não era o bastante. Os fãs queriam também os episódios semelhantes. E em janeiro de 2012, o canal exibiu 59 episódios, muitos deles perdidos até mesmo desde 1984, bem como vários que jamais tinham sido transmitidos alguma vez.

Outra reclamação dos fãs foi o constante vai-e-vem de Chaves e Chapolin na programação do SBT. Durante anos, as séries tinham exibições regulares no canal, sempre em horários fixos. A partir dos últimos dez anos, as séries foram sendo utilizadas como curingas, mudando várias vezes de horário, para atender às necessidades do SBT em recuperar a audiência perdida. Chegou-se ao ponto de quase 50 episódios de Chaves serem exibidos por semana no canal, o que provocou uma inevitável saturação e queda na audiência. Chapolin, por outro lado, não teve tanta sorte como o garoto da vila. A série passou a ser subutilizada no canal, saindo várias vezes do ar. Há quase dez anos, o Polegar não aparece para todo o Brasil pela tela do SBT, sendo exibido apenas em horários com programação local em afiliadas. Além disso, outro problema enfrentado pelas séries são os sucessivos cortes nos episódios. Para garantir o horário das transmissões - ou para suprir lacunas - o canal às vezes corta de forma violenta alguns episódios.

Entretanto, esses problemas apontados não foram capazes de impedir que Chaves e Chapolin se tornassem verdadeiros fenômenos culturais no Brasil. As séries hoje são um verdadeiro objeto de culto. Comunidades do Orkut chegavam a reunir centenas de milhares de amantes das criações de Chespirito. Só no Fórum Chaves, são mais de 100 mil pessoas envolvidas através do site e suas redes sociais. Em 2010, no Festival da Boa Vizinhança, ocorrido em São Paulo, com as presenças de Carlos Villagrán (Quico) e Edgar Vivar (Senhor Barriga), mais de cinco mil pessoas de todas as partes do país se fizeram presentes, para celebrar a chavesmania. Os brasileiros são o público mais fanático pelas séries, o que é reconhecido até mesmo por Edgar Vivar. Roberto Gómez Bolaños disse em 2011 que a maioria das mensagens que recebia no Twitter era de fãs brasileiros.

Chaves e Chapolin são mexicanos, mas o público brasileiro os adotou como se fossem nascidos aqui. Com personagens que representam tipos facilmente encontrados em qualquer lugar do país, as séries completam 28 anos de grande sucesso e exibição quase ininterrupta. Um fenômeno que ainda intriga especialistas e suscita grandes debates na mídia ou mesmo entre os fãs. Entre as muitas razões apontadas para tal sucesso, duas delas parecem ser unânimes: a universalidade e atemporalidade destes seriados, que podem ser assistidos e compreendidos em qualquer lugar e em qualquer época. Não à toa, além de 28 anos de Brasil, as séries completam 40 anos de sucesso em toda a América Latina.

Chaves e Chapolin: 28 anos de sucesso no Brasil!
O "boom" de Chaves e Chapolin

Em meados da década de 1990, as séries de Chespirito já eram grande sucesso de público no Brasil. Entretanto, boa parte da mídia não enxergava boas qualidades nos seriados. Muitos críticos de TV sequer consideravam aceitável a hipótese de um "enlatado" mexicano ter tanto êxito no Brasil. Não faltavam apontamentos pejorativos, dando conta de que eram séries "pobres", "bregas", "kitsch", "trash", entre outras qualificações nada agradáveis. Em matéria para o Jornal do Brasil, no ano de 1989, o jornalista Ingo Ostrovsky apontou Chaves como "a droga que faz a cabeça". Mesmo a passagem de Carlos Villagrán (Quico) pelo Brasil não foi suficiente para dar fim às sucessivas críticas negativas.

A situação começou a mudar a partir do ano de 2000. Os sites e fóruns sobre Chaves e Chapolin começaram a se proliferar e neles, centenas de fãs foram se reunindo, para compartilhar sua adoração pelas séries. A mídia começou a descobrir que existiam muito mais fãs de CH do que eles imaginavam. Com isso, um novo nicho se abriu no mercado. O SBT começou a explorar o tema "Chaves" de forma mais respeitosa, percebendo o status "cult" que as séries tinham alcançado no país. Quem mais bebeu dessa fonte foi Sônia Abrão, com o programa Falando Francamente, no SBT. Sônia explorou o tema de forma quase incessante, exibindo trechos de episódios perdidos, entrevistas com os atores e até mesmo trazendo o ator Edgar Vivar ao Brasil, fato que pode ser considerado como o pontapé inicial do "boom" de Chaves e Chapolin.

A partir desse momento, o chamado "Meio CH" (denominação do universo de sites, fóruns e fã-clube de Chespirito no Brasil) foi se consolidando. O Fã-Clube Chespirito-Brasil realizou eventos que reuniam fãs para assistir a episódios e conversar com os dubladores das séries. No ano de 2005, grandes acontecimentos mexeram com os fãs: lançamento de boxes de DVDs dos seriados; a publicação do livro "Chaves - Foi sem querer querendo?"; realização do primeiro Festival da Boa Vizinhança, que reuniu mais de 5.000 fãs em São Paulo; e até mesmo um leilão pela disputa da transmissão de Chaves e Chapolin no Brasil, onde até a Globo tentou comprar os direitos das séries.

A partir de 2010, CH virou tema quase permanente na mídia. Chaves passou a ser exibido no Cartoon Network e TLN. Ocorreu o 2º Festival da Boa Vizinhança, em São Paulo, com Kiko e Senhor Barriga. Vários eventos aconteceram no país, como um show do Kiko em Fortaleza (2011) e shows do Senhor Barriga (São Paulo, 2011, Porto Alegre e São Paulo, 2012), além da visita de Maria Antonieta de las Nieves ao Programa do Ratinho, também em 2011. Nesse mesmo ano, Ratinho vai ao México e entrevista Roberto Gómez Bolaños e Florinda Meza. Chespirito, aliás, torna-se um fenômeno também no Twitter, onde amealhou quase quatro milhões de seguidores. O SBT voltou a exibir os episódios perdidos e semelhantes de Chaves. E a Televisa realizou em 2012 a homenagem "América Celebra a Chespirito", que comemorou os 40 anos das séries de Bolaños.

Com a geração digital, hoje se sabe que existem centenas de milhares, milhões de fãs de Chaves e Chapolin no Brasil. Um fenômeno cultural que conquista cada vez mais seguidores e que, depois de muito tempo e contestação, foi reconhecido como tal por parte da mídia, que hoje trata de forma mais respeitosa as séries, seus criadores e seus fãs.
E o futuro?

Com 28 anos de CH no Brasil e um "boom" que já dura vários anos, é estranho perguntar qual seria o futuro das séries. No entanto, há muito ainda para acontecer. Novos episódios de Chaves foram dublados, sendo estes aqueles que o SBT ainda não tinha em seu acervo. 14 já estão prontos para exibição e ao que tudo indica, se tiverem êxito, os demais capítulos serão dublados. E com o sucesso destes, provavelmente Chapolin também terá o restante do acervo dublado. A série do Polegar, aliás, que espera a volta ao ar no SBT. Há uma enorme possibilidade de que, a exemplo do ocorrido com Chaves, muitos semelhantes de Chapolin voltem ao ar. Também é esperada a exibição dos episódios de Chaves que seguem perdidos no SBT.

Caso sejam concretizadas essas possibilidades, há uma boa chance de chegarmos aos 30 anos de Chaves e Chapolin no Brasil, em 2014, com todos os episódios em exibição no SBT. Seria um presente e tanto para os milhões de fãs das séries no Brasil.
Entrevistas especiais

Convidamos três ilustres fãs de Chaves e Chapolin para falar sobre o sucesso dos seriados no Brasil.

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Rodrigo Scarpa, conhecido como o Repórter Vesgo, do Pânico na Band, é um fã de carteirinha das séries. Em 2012, ele tentou chegar perto de Roberto Gómez Bolaños e Florinda Meza, na cidade de Cancún (México), onde o casal reside. Não conseguiu, mas deixou um presente: um sanduíche de presunto e um ramo de flores.

1. Qual seu episódio preferido de Chaves e Chapolin?
Adoro e sempre lembro dos episódios do Chaves em Acapulco.

2. Qual seu personagem preferido?
Eu amo o Seu Madruga! Virou um ídolo cult estampando camisetas e homenagens.

3. Há quanto tempo você assiste às séries?
Desde quando tenho 5 anos de idade.

4. Chaves e Chapolin completam 28 anos de exibição no Brasil. Em sua opinião, qual o motivo de tamanho sucesso das séries por aqui?
Não só por aqui, mas no mundo inteiro Chaves é um sucesso pela linguagem popular e humor simples que é sinônimo de resultado de Ibope e boas risadas.

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Murilo Bordoni pode ser considerado um privilegiado. Fã das séries, ele pode estar perto de todos os atores vivos. Produtor do Programa do Ratinho, conferiu Quico, Chiquinha e Senhor Barriga ao vivo na atração do SBT. Em 2011, foi ao México produzir a entrevista de Chespirito e Florinda para o Ratinho. E em 2012, esteve em América Celebra a Chespirito, onde ficou próximo de Rubén Aguirre (Prof. Girafales).

1. Qual seu episódio preferido de Chaves e Chapolin?
Chaves: Acapulco
Chapolin: O poço do Racha Cuca

2. Qual seu personagem preferido?
Difícil... Seu Madruga... Chapolin...

3. Há quanto tempo você assiste a estas séries?
Desde que eu me conheço por gente...

4. Chaves e Chapolin completam 28 anos de exibição no Brasil. Em sua opinião, qual o motivo de tamanho sucesso das séries por aqui?
A simplicidade. Como ouvi do próprio Roberto quando estive em sua casa: "O segredo do sucesso é não querer agradar a todos."

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Assim como os atores de Chaves, Tatá Werneck é conhecida pelo trabalho na comédia. VJ da MTV, Tatá é uma fanática pelas séries de Chespirito. Em 2011, quando a Chiquinha esteve no Brasil, Tatá foi ao hotel onde Maria Antonieta estava hospedada e lá conheceu um de seus ídolos de infância. Ídolo que, aliás, ela interpretou em uma recente paródia de Chaves no "Comédia MTV".

1. Qual seu episódio preferido de Chaves e Chapolin?
Meu Deus! Não dá para escolher um preferido. Eu tenho frases de vários e momentos marcantes que geraram bordões que uso diariamente. Esse, inclusive, é um pré-requisito para fazer amigos: "conhece Chaves? Então complete: quais as profissões que já teve o Seu Madruga?". Mas amo a invasão na casa da Bruxa do 71, o festival da boa vizinhança, a festa à fantasia, Tripa Seca e Quase Nada, Chapolin na prisão e com os piratas, Acapulco, coisas grandes pequeninas bicicletas bailarinas, quando a Chiquinha e o Seu Madruga tem que escrever o que a Chiquinha deve fazer na parede quando chegar a Dona Florinda, a vizinha e o Sr. Barriga e ela fala "bolo", mas escreve "pastel"; a barraca do churros e dos refrescos de tamarindo que tem gosto de limão, mas são de groselha ou Vice-versa, Hector Bonilla, Seu Madruga dando aula na escola; quando Chaves foi mordido pelo cachorro; a lista de compras que é trocada pela carta do Professor Girafales para a Dona Florinda... E essa que tá aqui atrás.

2. Qual seu personagem preferido?
Se eu vir o Chaves na minha frente eu desmaio. Sem exagero. Já tentei largar tudo e ir atrás dele, mas sei que ele não esta bem e de nada adiantaria. Aliás, se algo acontecer algo com ele, acho que fico um ano sem conseguir falar. Mas amo a Chiquinha também e o Seu Madruga! Amo! De chorar! O Seu Madruga é um gênio! Aliás, todos são. Em nenhum momento você percebe um ator fazendo uma criança. Você vê apenas Chaves, Chiquinha e Kiko. Vê a obra e não o artista. Eles são tão bons que o que criaram percorre gerações sem perder a força que tinha quando foi criado. É atemporal.

3. Há quanto tempo você assiste a estas séries?
Não me lembro de nenhuma fase da vida em que passasse Chaves e eu não estivesse parada na hora do almoço vendo. Meu castigo quando fazia mer** era não ver Chaves. Eu via todos repetidos com a mesma vontade da primeira vez. E quando escapulia um novo eu ficava uma hora no telefone falando sobre ele. E não estudava. E ficava de recuperação. Sobre inglês nada. Sobre chaves tudo!

4. Chaves e Chapolin completam 28 anos de exibição no Brasil. Em sua opinião, qual o motivo de tamanho sucesso das séries por aqui?
Em primeiro lugar são atores geniais. Todos têm um trabalho de corpo, de sutileza, tão pensado, que você jamais ousaria não acreditar que existem Chiquinha, Seu Madruga, Dona Florinda, Chaves e Sr. Barriga. Por fazerem um humor nada apelativo, tudo que fizeram pode, hoje e ontem, ser passado e reprisado sem qualquer reparação de conteúdo. Apesar de não trabalharem com o factual (como a maioria dos programas de humor), trabalham com o imutável: a criança que todos já fomos e somos. As brincadeiras, o óbvio (que de tão óbvio vira mito), a ingenuidade, e principalmente, a cumplicidade que criam com o telespectador que, mesmo já tendo visto um milhão de vezes tudo aquilo, amam tanto aqueles personagens, que se tornam parte daquela rotina. E vibram com ela. Quando eu era criança e assistia, eu não achava genial. Eu apenas amava. Tinha apenas a verdade da criança de "isso eu gosto. Isso eu quero ver". Quando cresci (nem tanto assim) percebi o quanto aquilo tudo é uma obra prima, um feito e uma aula para quem trabalha ou não com arte e humor.
Certa vez, quando Kiko e Sr. Barriga vieram ao Brasil (nada de Carlos e Edgar. São Kiko e Sr. Barriga pra sempre) eu arrumei uma maneira de entrevistá-los e almoçar com eles. Estava tão anestesiada que enfiei um sushi no nariz. E tive a oportunidade de acompanhar - com meu espanhol do Telecurso 2000 - uma reconciliação entre eles. Naquele dia eu agradecia a cada segundo pelo momento em que tomei todas as decisões na vida que me possibilitaram estar lá. E vi, mais uma vez, o quanto a arte era maior que o ego. Por mais que soubéssemos das brigas e disputas... Você via isso em cena? Ou você torcia pro dia em que a Chiquinha ia se declarar pro Chaves e chorava com a Dona Florinda reconhecendo o valor do Seu Madruga na barraca de churros? Sim. As pessoas boas devem amar seus inimigos. Sim. Te perdoo. Naquele mesmo almoço que derramei água no peito enquanto pensava "meu Deus! Eles comem!", eles ainda me disseram que não havia uma dose sequer de improviso. Que tratava-se de um trabalho técnico e minucioso construído em meses de ensaio. Em algum momento alguém deixou de ver o frescor daquelas cenas? Parecia que estava sendo feito na hora. Mesmo que já tivéssemos visto e decorado cada fala daquela briga que, 28 anos depois, prende a mesma atenção da criança de boca aberta vendo a primeira bolada na barriga. Só que agora a gente entende porque ama. E ama ainda mais. E fala no Twitter.

Obs. da atriz: parei tudo quando essas perguntas chegaram pra mim. Estou escrevendo pelo celular e sem tempo de revisão porque estão me gritando pra voltar pro trabalho. Mas essas foram as respostas mais "de coração" que já dei na minha vida. E agora sim eu vou ao futebol.
Texto, pesquisa e entrevistas por: Antonio Felipe, para o Fórum Chaves

Re: Chaves e Chapolin completam 28 anos de sucesso no Brasil

Enviado: 24 Ago 2012, 00:31
por Rafinha
Ótima matéria!

Re: Chaves e Chapolin completam 28 anos de sucesso no Brasil

Enviado: 24 Ago 2012, 00:56
por Florinda
Eu tenho a mesma dificuldade da Tatá em escolher um episódio preferido.Sempre quando eu falo de um,já me lembro de outro que adoro,e mais outro...kkk.
Os personagens favoritos do Murilo,são os mesmos que os meus: Seu Madruga e Chapolin.
Também adorei a matéria!

Re: Chaves e Chapolin completam 28 anos de sucesso no Brasil

Enviado: 24 Ago 2012, 01:21
por Leandro Boutsen
Ótima matéria, parabéns Antonio ;)

Re: Chaves e Chapolin completam 28 anos de sucesso no Brasil

Enviado: 24 Ago 2012, 02:34
por @EA
Ótimas entrevistas, emocionante mesmo o depoimento da Tatá Werneck sobre os 28 anos de CH no Brasil! :)

Re: Chaves e Chapolin completam 28 anos de sucesso no Brasil

Enviado: 24 Ago 2012, 06:56
por Chapulín Colorado
Excelente matéria! Parabéns!
Personagem favorito, não precisa nem falar, hehehe.
O SBT precisa rever o Chapolin, se pelo menos eles intercalassem ele com o Chaves durante a semana, não saturava o Chaves e com certeza a audiência iria subir ainda mais. Eu pelo menos supro meu vício no Chapolin pelo Telecanal.
Agora...
Só os comentários da Tatá que são verdadeiros, diga-se de passagem. Dá pra ver a diferença das respostas, de quem é fã mesmo e de quem só conhece o negócio.

Re: Chaves e Chapolin completam 28 anos de sucesso no Brasil

Enviado: 24 Ago 2012, 07:29
por IHH!!!
Linda matéria e entrevistas Parabéns Antônio.
Realmente as palavras de Tatá descreve bem o sentimento CH, que só quem ama as séries realmente sabe o que ela esta falando.

Re: Chaves e Chapolin completam 28 anos de sucesso no Brasil

Enviado: 24 Ago 2012, 08:25
por Arkantos
Excelente matéria! Parabéns! :)

Re: Chaves e Chapolin completam 28 anos de sucesso no Brasil

Enviado: 24 Ago 2012, 08:47
por Barbano
Olha só... belo trabalho, Antonio. :D

E vamos para 28 anos mais. :]

A Tatá mandou tudo isso pelo celular? Caraca...

Re: Chaves e Chapolin completam 28 anos de sucesso no Brasil

Enviado: 24 Ago 2012, 08:52
por Daniel Brito
Que matéria fantástica! Parabéns, Antonio! :reverencia:

Sem dúvida, a entrevista com a Tatá Werneck foi a melhor.

Re: Chaves e Chapolin completam 28 anos de sucesso no Brasil

Enviado: 24 Ago 2012, 08:56
por Mourão Brother
A fluência com que a Tatá descreveu a sua paixão por Chaves é incrível. O seu lado fã está mais do que demonstrado. Os outros só se fizeram valer do título de "fã de carteirinha". Nada mais. Fã de CH não é aquele que, uma vez ou outra, senta no sofá e assiste a uma meia dúzia de episódios de CH por semana. É aquele que, em momentos "estrupícios" da sua vida, lembra de cenas CH e ri, aparentemente, sem nenhum motivo. É aquele que lembra do legado desses atores que, copiando as palavras da Tatá, não são Edgar Vivar, Maria Antonieta, Carlos e Bolaños. São e sempre serão Seu Barriga, Chiquinha, Quico e Chaves.

Ótima matéria Antonio Felipe. É uma dissertação interessante. Mas acho que poderia ter explorado um pouco mais esse vai-e-vem de episódios CH (sobretudo, de Chapolin) e o quesito dublagem.

Parabéns Antônio...

...e PARABÉNS AO CHAVITO BRASILEÑO!

Re: Chaves e Chapolin completam 28 anos de sucesso no Brasil

Enviado: 24 Ago 2012, 09:33
por Marcelo Queiros
Tatá Werneck :love: , otima matéria!

Re: Chaves e Chapolin completam 28 anos de sucesso no Brasil

Enviado: 24 Ago 2012, 10:04
por Rogério Juvenales
A Entrevista Da Tatá Werneck Foi A Melhor! :joia:

E Esses Chatos Que Falavam Que Chaves E Chapolin Eram Uma Porcaria Só Por Causa Dos Cenários Precários,Nunca Devem Ter Assistido 1 Só Episódio <_< ,Pra Saber Que Todo O Sucesso Era Por Causa Daqueles Atores Ótimos,Gênios,E Porque Mesmo Sendo Simples,Ele É O Melhor Seriado De Comédia,Chaves É Cultura! :D ,Pena Que O Brasil Demorou Para Entender Isso... -_-

Re: Chaves e Chapolin completam 28 anos de sucesso no Brasil

Enviado: 24 Ago 2012, 10:13
por Hyuri Augusto
Otima materia.Achei muito boa.

Re: Chaves e Chapolin completam 28 anos de sucesso no Brasil

Enviado: 24 Ago 2012, 10:25
por Marlon Oliveira Lima
Parabéns ao Antonio Felipe por essa estupenda matéria. Que o Chaves continue no ar firme e forte como sempre, já o Chapolin que volte logo para completar a nossa alegria.